aula03 - Conectivos lógicos
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aula03 - Conectivos lógicos
Autor:
Equipe Exatas Estratégia
Concursos
27 de Abril de 2023
Índice
1) Conectivos Lógicos - Questões Clássicas
..............................................................................................................................................................................................3
APRESENTAÇÃO DA AULA
Fala, pessoal!
O primeiro assunto que vamos tratar nessa aula é relativo a questões clássicas envolvendo os conectivos
lógicos. Esse tema requer que as tabelas-verdade dos cinco conectivos estejam "no sangue".
Em seguida, abordaremos o tema lógica de argumentação: argumentos dedutivos. Você verá que essa
matéria apresenta certa intersecção com o assunto anterior.
Como de costume, vamos exibir um resumo logo no início de cada tópico para que você tenha uma visão
geral do conteúdo antes mesmo de iniciar o assunto.
Com calma e persistência, vamos avançando no conteúdo. Lembre-se de que sempre temos um fórum de
dúvidas à disposição.
@edu.mocellin
Antes de iniciar o assunto desse tópico, é necessário que você DECORE o uso dos cinco conectivos lógicos.
Pessoal, nesse momento vamos tratar de um tipo específico de questão que costuma aparecer muito em
provas de concurso público.
Essas questões apresentam uma certa intersecção com Lógica de Argumentação, porém também podem
ser cobradas em provas que não exigem explicitamente esse assunto.
Para o aluno mais avançado, talvez o presente tópico pareça redundante. Apesar disso, as questões que
vamos tratar aqui são um pouco diferentes das questões que resolvemos na primeira aula de Lógica de
Proposições, quando aprendemos sobre o uso dos cinco conectivos.
A partir de agora, vamos resolver questões que apresentam algumas proposições lógicas no enunciado, as
quais chamaremos de afirmações, para em seguida pedir qual proposição seria uma consequência
verdadeira resultante dessas afirmações do enunciado.
Perceba que no enunciado são apresentadas algumas proposições lógicas, as quais chamaremos
de afirmações. Veja que, em seguida, é pedido qual proposição seria uma consequência
verdadeira resultante dessas afirmações do enunciado.
Nesse exemplo, temos três afirmações no enunciado e cinco possíveis consequências para
serem analisadas nas alternativas.
Naturalmente, em uma prova no estilo "certo ou errado", teremos apenas uma possível consequência para
analisar.
Excelente pergunta! As afirmações do enunciado que apresentam um "formato fácil" são as seguintes:
Observe que, nesses quatro casos, temos "de graça" o valor lógico de uma ou mais proposições simples.
Veja:
• Afirmação (verdadeira ou falsa) com proposição simples: o valor lógico da afirmação é dado e ela se
trata de uma proposição simples. Logo, temos de imediato o valor lógico dessa proposição simples;
• Afirmação verdadeira com conjunção: as duas proposições simples que compõem a conjunção são
verdadeiras;
• Afirmação falsa com uma disjunção inclusiva: as duas proposições simples que compõem a disjunção
inclusiva são falsas;
• Afirmação falsa com condicional: o primeiro termo do condicional é verdadeiro e o segundo termo
é falso.
Calma, caro aluno. Vamos massificar esse aprendizado com questões. Novamente, peço que você não se
preocupe ao errar, pois o enfoque, nesse momento, é o aprendizado.
A afirmação I é uma disjunção inclusiva verdadeira e, portanto, deve apresentar ao menos um termo
verdadeiro. Como m é F, devemos ter que p é V.
Veja que já passamos por todas as afirmações e descobrimos os valores lógicos de todas as proposições
simples. Vamos agora para a etapa 4.
As afirmações apresentadas, considerando que Valter foi quem as disse, são as seguintes:
I. c∨f (V) − "[Valter come carne] ou [Valter come frango]."
II. l∨~c (V) − "[Valter come legumes] ou [Valter não come carne]."
III. m∨~f (V) − "[Valter come macarrão] ou [Valter não como frango]."
IV. ~m (V) − "Valter não comeu macarrão."
A afirmação III, que é verdadeira, é uma disjunção inclusiva. Como m é F, é necessário que ~f seja verdadeiro,
pois, para uma disjunção inclusiva ser verdadeira, ao menos um dos termos deve ser verdadeiro. Portanto,
como ~f é verdadeiro, f é F.
Agora que temos o valor de f, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição f.
A afirmação I, que é verdadeira, é uma disjunção inclusiva. Como f é F, é necessário que c seja verdadeiro,
pois, para uma disjunção inclusiva ser verdadeira, ao menos um dos termos deve ser verdadeiro. Portanto,
c é V.
Agora que temos o valor de c, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição c.
A afirmação II, que é verdadeira, é uma disjunção inclusiva. Como c é V, temos que ~c é F. Note, portanto,
que é necessário que l seja verdadeiro, pois, para uma disjunção inclusiva ser verdadeira, ao menos um dos
termos deve ser verdadeiro. Portanto, l é V.
Veja que já passamos por todas as afirmações e descobrimos os valores lógicos de todas as proposições
simples. Vamos agora para a etapa 4.
A afirmação I é uma disjunção inclusiva verdadeira. Para a disjunção inclusiva ser verdadeira, ao menos um
dos seus termos deve ser verdadeiro. Como p é F, temos que b é V.
Veja que já passamos por todas as afirmações e descobrimos os valores lógicos de todas as proposições
simples. Vamos agora para a etapa 4.
(TRF3/2016) Considere, abaixo, as afirmações e o valor lógico atribuído a cada uma delas entre parênteses.
− Ou Júlio é pintor, ou Bruno não é cozinheiro (afirmação FALSA).
− Se Carlos é marceneiro, então Júlio não é pintor (afirmação FALSA).
− Bruno é cozinheiro ou Antônio não é pedreiro (afirmação VERDADEIRA).
A partir dessas afirmações,
a) Júlio não é pintor e Bruno não é cozinheiro.
b) Antônio é pedreiro ou Bruno é cozinheiro.
c) Carlos é marceneiro e Antônio não é pedreiro.
d) Júlio é pintor e Carlos não é marceneiro.
e) Antônio é pedreiro ou Júlio não é pintor.
Comentários:
A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência
verdadeira resultante dessas afirmações.
Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.
A afirmação I é uma disjunção exclusiva falsa. Isso significa que ambas as parcelas apresentam o mesmo
valor. Como j é V, ~b deve ser V. Logo, b é F.
Agora que temos o valor de b, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição b.
A afirmação III é uma disjunção inclusiva verdadeira. Para a disjunção inclusiva ser verdadeira, ao menos
uma das duas parcelas deve ser verdadeira. Como b é falso, isso significa que a outra parcela, ~a, é
verdadeira. Logo, a é F.
Veja que já passamos por todas as afirmações e descobrimos os valores lógicos de todas as proposições
simples. Vamos agora para a etapa 4.
Cumpre destacar que nem sempre vamos conseguir determinar o valor lógico de todas as
proposições simples. Mesmo assim, deve-se prosseguir para a verificação da resposta que
apresenta uma proposição verdadeira. Vejamos o exercício a seguir.
(TRT 4/2022) Toda vez que viaja ao interior, Luciano não vai à feira. Quando está em férias e não é dia útil,
Luciano viaja ao interior. Se hoje Luciano foi à feira, então, necessariamente,
a) é dia útil.
b) Luciano está em férias.
c) Luciano não está em férias.
d) não é dia útil.
e) Luciano não viajou ao interior.
Comentários:
A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência
verdadeira resultante dessas afirmações.
Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.
Essa imprecisão pode confundir o concurseiro, que pode ser levado a crer que não há
afirmações em algum dos "formatos fáceis". Vejamos o exercício a seguir, em que
destacamos parte do enunciado para melhor compreensão.
A afirmação II é uma disjunção inclusiva verdadeira. Como f é F, temos que c é V, pois uma das parcelas deve
ser verdadeira.
Agora que temos o valor de c, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição c.
A afirmação III é uma disjunção inclusiva verdadeira. Como ~c é F, temos que a é V, pois uma das parcelas
deve ser verdadeira.
Agora que temos o valor de a, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição a.
A afirmação I é uma disjunção inclusiva verdadeira. Como ~a é F, temos que p é V, pois uma das parcelas
deve ser verdadeira.
Veja que já passamos por todas as afirmações e descobrimos os valores lógicos de todas as proposições
simples. Vamos agora para a etapa 4.
Creio que, depois dessa bateria de questões, você deve ter ganhado mais confiança na resolução desse tipo
de problema. Para não errar essas questões, perceba que o domínio das tabelas-verdade dos cinco
conectivos é fundamental.
Professor, o que acontece quando nenhuma das afirmações da questão está em algum
dos "formatos fáceis"?
• Um argumento é a relação que se dá entre um conjunto de premissas que dão suporte à defesa de uma
conclusão.
• Para fins do estudo dos argumentos dedutivos, as premissas podem ser definidas como proposições
que devem ser consideradas verdadeiras para se chegar a uma conclusão.
• Premissas também são conhecidas por hipóteses do argumento.
• Validade é uma característica dos argumentos dedutivos. Esse tipo de argumento pode ser válido ou
inválido; e
• Veracidade é uma característica das proposições. As proposições podem ser verdadeiras ou falsas.
Não há uma relação direta entre a validade de um argumento e a veracidade da sua conclusão.
A forma simbólica de um argumento dedutivo pode ser descrita por uma condicional em que:
• O antecedente é a conjunção das premissas; e
• O consequente é a conclusão.
Nesse caso, temos a seguinte condicional associada ao argumento:
(P1∧P2∧... ∧Pn) → C
Silogismo categórico
Método da tabela-verdade
Construir a tabela-verdade da condicional associada ao argumento, dada por (P1∧P2∧... ∧Pn) → C:
• Se a condicional que representa o argumento for uma tautologia, o argumento é válido; e
• Se a condicional não for uma tautologia, o argumento é inválido.
Para utilizar esse método nas questões, muitas vezes é interessante utilizar equivalências lógicas para
deixar as condicionais dispostas de uma forma em que é possível conectá-las. As equivalências mais
utilizadas são:
• Equivalência contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p; e
• Transformação da disjunção inclusiva em condicional: p∨q ≡ ~p→q.
Algumas questões de concurso público podem apresentar condicionais nas premissas e uma conclusão
que é uma proposição simples. Nesse caso, busca-se obter uma conclusão da forma p→~p ou da forma
~p→p.
Dilema Construtivo
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: Se r, então s.
Premissa 3: p ou r.
Conclusão: q ou s.
Dilema Destrutivo
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: Se r, então s.
Premissa 2: ~q ou ~s.
Conclusão: ~p ou ~r.
Podemos definir argumento como a relação que se dá entre um conjunto de premissas que dão suporte à
defesa de uma conclusão.
Os argumentos podem ser classificados em três tipos: argumentos dedutivos, argumentos indutivos e
argumentos abdutivos.
Nesse momento vamos estudar somente os argumentos dedutivos, que são aqueles que fazem parte da
Lógica Proposicional, isto é, que pertencem ao ramo da lógica que estudamos até o momento. Os outros
tipos de argumentos, caso façam parte do seu edital, serão abordados futuramente.
Para fins do estudo dos argumentos dedutivos, as premissas podem ser definidas como proposições que
devem ser consideradas verdadeiras para se chegar a uma conclusão.
Vale ressaltar que as premissas também são conhecidas por hipóteses do argumento.
Os argumentos dedutivos são aqueles que não produzem conhecimento novo. Isso significa que a
informação presente na conclusão já estava presente nas premissas. Veja o exemplo:
Observe que, considerando a premissa 1 verdadeira, temos que a conjunção "João e Pedro foram à praia"
é verdadeira, e isso significa que as proposições simples que a compõem, "João foi à praia" e "Pedro foi à
praia", são ambas verdadeiras. Observe que, nesse caso, a conclusão "João foi à praia" torna explícito um
conhecimento que já estava presente na premissa.
Quando temos um argumento dedutivo composto por exatamente duas premissas e uma conclusão, esse
argumento é chamado de silogismo. Exemplo:
Novamente, podemos perceber que o argumento dedutivo acima não produziu conhecimento novo.
Os argumentos hipotéticos, por outro lado, são aqueles que fazem uso dos cinco conectivos: conjunção,
disjunção inclusiva, disjunção exclusiva, condicional e bicondicional. Os dois primeiros argumentos
apresentados nesse tópico são argumentos hipotéticos.
Proposições
Categóricos
Argumentos categóricas
dedutivos Uso dos
Hipotéticos
conectivos
O primeiro ponto que deve ser entendido quanto a diferença entre validade e veracidade é:
• Validade é uma característica dos argumentos dedutivos. Esse tipo de argumento pode ser válido
ou inválido; e
• Veracidade é uma característica das proposições. As proposições podem ser verdadeiras ou falsas.
Feita essa distinção, vamos desenvolver essas duas ideias. Quanto à validade dos argumentos, nesse
momento serão apresentados apenas conceitos preliminares. Ainda nessa aula, aprenderemos os métodos
de verificação da validade de um argumento dedutivo.
P3: "Se eu correr uma menor distância em 12 minutos, então minha performance no teste físico
diminui."
Para avaliar a validade do argumento, estamos preocupados apenas com a forma com que ele é construído.
Não estamos discutindo a veracidade das premissas P1, P2 e P3 nem a veracidade da conclusão C. Não
sabemos ao certo se as condicionais, quando contrastadas com a realidade dos fatos, são verdadeiras:
• Se a pessoa comer muito, ela necessariamente vai engordar? Pode ser que ela tenha uma genética
propícia...
• Se essa pessoa engordar, ela realmente corre uma menor distância em 12 minutos? Pode ser que
não...
• Se essa pessoa correr uma distância menor em 12 minutos, a performance dela no teste físico
realmente vai diminuir? Esse teste físico pode ser composto por diversas modalidades...
• Se essa pessoa comer muito, ela realmente vai ter sua performance diminuída no teste físico?
Enfim, para fins de aferição da validade de um argumento, todos esses questionamentos quanto à
veracidade das premissas e da conclusão são irrelevantes.
Veremos a seguir que, para verificar se um argumento é válido ou inválido, as premissas são CONSIDERADAS
verdadeiras. Isso não significa que, no mudo dos fatos, elas de fato são verdadeiras.
Um argumento dedutivo é válido quando a sua conclusão é uma consequência inevitável do conjunto de
premissas. Em outras palavras, podemos dizer que:
Pessoal, sabemos que, no mudo dos fatos, vacas não têm asas. Apesar disso, devemos considerar as
premissas como verdadeiras. Cogite a possibilidade de que todas as vacas têm asas. Agora pense na minha
vaquinha que se chama Mimosa. Perceba que uma consequência inevitável desse raciocínio é que a Mimosa
tem asas. A conclusão é necessariamente verdadeira uma vez que se consideram as premissas verdadeiras.
Note que, no caso acima, temos que a proposição P1, quando avaliada pela realidade dos
fatos, é nitidamente falsa e, mesmo assim, o argumento é válido. Isso porque, por mais
que P1 seja falsa no mundo dos fatos, devemos considerá-la verdadeira para fins de
aferição da validade do argumento.
Ainda não vimos os métodos de verificação da validade de um argumento dedutivo, porém, somente com
a definição, podemos resolver algumas questões. Veja:
Vamos a um exemplo:
Perceba que esse é um argumento inválido, uma vez que as premissas não garantem que a conclusão seja
verdadeira, pois Godofredo pode ser um cachorro, ou seja, Godofredo pode ser um animal que não é uma
vaca. Nesse caso específico, perceba que ao se considerar verdadeiras as premissas "Todas as vacas são
animais" e "Godofredo não é uma vaca", a conclusão é falsa, pois não se pode afirmar de modo inequívoco
que "Godofredo não é um animal".
Já vimos que, para a aferição da validade de um argumento, devemos CONSIDERAR as premissas verdadeiras
e avaliar se, como consequência disso, a conclusão é verdadeira ou falsa.
Quando falamos de veracidade das proposições, estamos nos referindo à contextualização das premissas
e da conclusão com o mundo real. Nesse caso, ao dizer que uma proposição (premissa ou conclusão) é
verdadeira ou falsa estamos, na verdade, contrastando a proposição com o mundo dos fatos para averiguar
se ela é de fato verdadeira ou se ela realmente é falsa.
Observe que não é possível ter um argumento válido com premissas verdadeiras e
conclusão falsa.
Professor, fiquei confuso. Se eu me deparar, por exemplo, com um argumento em que as premissas são
falsas e a conclusão é falsa. Como vou saber se o argumento é válido ou não?
Calma, caro aluno! Em breve vamos falar sobre os métodos de verificação da validade de um argumento.
Para obter a validade de um argumento, não devemos avaliar a veracidade das proposições. Como
acabamos de ver, um argumento com premissas falsas e conclusão falsa pode ser tanto válido quanto
inválido.
Observe também que não há uma relação direta entre a validade de um argumento e a veracidade da sua
conclusão. Um argumento pode ser válido tanto com uma conclusão verdadeira quanto com uma conclusão
falsa.
Como acabamos de ver, é possível termos um argumento válido com premissas falsas e conclusão falsa.
Além disso, é possível ter um argumento inválido com premissas falsas e conclusão falsa, bem como com
premissas verdadeiras e conclusão falsa.
(PF/2021)
P1: Se a fiscalização foi deficiente, as falhas construtivas não foram corrigidas.
P2: Se as falhas construtivas foram corrigidas, os mutuários não tiveram prejuízos.
P3: A fiscalização foi deficiente.
C: Os mutuários tiveram prejuízos.
Considerando um argumento formado pelas proposições precedentes, em que C é a conclusão, e P1 a P3
são as premissas, julgue o item a seguir.
Caso o argumento apresentado seja válido, a proposição C será verdadeira.
Comentários:
Não há uma relação direta entra a validade de um argumento e a veracidade da sua conclusão. Um
argumento pode ser válido tanto com uma conclusão verdadeira quanto com uma conclusão falsa.
Gabarito: ERRADO.
(PO AL/2013) Nas investigações, pesquisadores e peritos devem evitar fazer afirmações e tirar conclusões
errôneas. Erros de generalização, ocorridos ao se afirmar que certas características presentes em alguns
casos deveriam estar presentes em toda a população, são comuns. É comum, ainda, o uso de argumentos
inválidos como justificativa para certas conclusões. Acerca de possíveis erros em trabalhos investigativos,
julgue o item a seguir.
Em um argumento inválido, a conclusão é uma proposição falsa.
Comentários:
Um argumento dedutivo é inválido quando, CONSIDERADAS as premissas como verdadeiras, a conclusão
obtida é falsa.
Veja que é plenamente possível termos um argumento inválido com uma conclusão verdadeira. A obtenção
da validade do argumento depende da forma com que ele e construído, não da veracidade da conclusão.
Um argumento dedutivo com n premissas (P1; P2; ... ; Pn) e com uma conclusão C pode ser representado
na forma simbólica ou na forma padronizada.
A forma simbólica de um argumento dedutivo pode ser descrita por uma condicional em que:
(Pref. Limoeiro de Anadia/2013) A afirmação “Um ________ pode ser representado de forma simbólica por
P1 & P2 & P3 & ... & Pn → Q, onde P1, P2, ... Pn são denominados ________ e Q é denominada ________
do argumento.”
a) Predicado; Hipóteses; Premissa.
b) Argumento Dedutivo; Premissas; Hipótese.
c) Argumento Indutivo; Variáveis; Conclusão.
d) Argumento Válido; Premissas; Hipótese.
e) Argumento Dedutivo; Premissas; Conclusão.
Comentários:
Trata-se de um argumento dedutivo em que P1; P2 ; ...; P3 são as premissas ou hipóteses e Q é a conclusão.
Observação: lembre-se de que o conectivo "&" é uma conjunção, que poderia ter sido representada por "∧".
Gabarito: Letra E.
(PF/2021)
P1: Se a fiscalização foi deficiente, as falhas construtivas não foram corrigidas.
P2: Se as falhas construtivas foram corrigidas, os mutuários não tiveram prejuízos.
P3: A fiscalização foi deficiente.
C: Os mutuários tiveram prejuízos.
Considerando um argumento formado pelas proposições precedentes, em que C é a conclusão, e P1 a P3
são as premissas, julgue o item a seguir.
A tabela verdade da proposição condicional associada ao argumento tem menos de dez linhas.
Comentários:
Considere as seguintes proposições simples:
d: "A fiscalização foi deficiente."
f: "As falhas construtivas foram corrigidas."
m: "Os mutuários tiveram prejuízo."
Veja que nessa condicional temos apenas 𝑛 = 3 proposições simples distintas. Logo, o número de linhas da
tabela-verdade da proposição condicional associada ao argumento é:
𝟐𝟑 = 𝟖 linhas
Portanto, é correto dizer que a tabela-verdade da proposição condicional associada ao argumento tem
menos de dez linhas.
Gabarito: CERTO.
Silogismo categórico
Já vimos que argumentos categóricos são aqueles que apresentam proposições categóricas. Além disso,
sabemos que um silogismo é composto por exatamente duas premissas.
Nesse tópico, vamos apresentar alguns conceitos relacionados ao silogismo categórico, isto é, conceitos
sobre argumentos que apresentam apenas duas premissas que são proposições categóricas
Esse assunto não costuma ser muito cobrado em provas, mas é necessário apresentá-los para que você tenha
um material completo.
Observe, no exemplo abaixo, que "guepardo" é o termo maior, "rápido (a)" é o termo médio e "tartaruga" é
o termo menor.
Perceba que, no exemplo dado, "Todo o guepardo é rápido" é a premissa maior e "Alguma tartaruga não é
rápida" é a premissa menor.
Por convenção, costuma-se colocar a premissa maior como a primeira do silogismo categórico, porém, em
uma questão de concurso público, a banca pode inverter a ordem das premissas para confundir o candidato.
Portanto, é necessário que você entenda as definições de premissa maior e de premissa menor.
Já aprendemos em aula passada que uma proposição categórica pode ser classificada como:
O modo do silogismo categórico é composto por três letras que representam as proposições categóricas na
seguinte sequência: [Premissa Maior][Premissa Menor][Conclusão]. Para o caso no nosso exemplo, o modo
do silogismo é AOE.
a) Silogismo de primeira figura: termo médio é sujeito na premissa maior e predicado na menor.
b) Silogismo de segunda figura: termo médio é predicado nas duas premissas.
c) Silogismo de terceira figura: termo médio é sujeito nas duas premissas.
d) Silogismo de quarta figura: termo médio é predicado na premissa maior e sujeito na menor.
Trata-se de um silogismo de segunda figura, pois o termo médio "rápido (a)" é predicado nas suas premissas.
(PC SP/2013) Assinale a alternativa que representa o modo e a figura do silogismo seguinte.
Todo sapo é verde.
Algum cão não é verde.
Logo, nenhum cão é sapo.
a) OAE – 2.
b) AEI – 4.
c) EAO – 1.
d) AOE – 2.
e) AIE – 3.
Comentários:
O termo médio é o termo que não aparece na conclusão: verde. Esse termo é predicado nas duas premissas,
logo, trata-se de um silogismo de segunda figura.
A termo maior é o predicado da conclusão: sapo.
O termo menor é o sujeito da conclusão: cão.
Podemos então observar que o silogismo está no modo "tradicional", em que a premissa maior é a primeira
premissa "Todo sapo é verde":
Vamos agora obter o modo.
1) Todo silogismo deve conter somente três termos: maior, médio e menor;
2) O termo médio deve ser universal ao menos uma vez;
3) O termo médio não pode entrar na conclusão;
4) Nenhum termo da conclusão pode ser mais extenso na conclusão do que nas premissas.
5) A conclusão sempre acompanha a premissa mais fraca;
6) De duas premissas afirmativas a conclusão deve ser afirmativa;
7) De duas premissas particulares não poderá haver conclusão;
8) De duas premissas negativas não poderá haver conclusão.
O fato de a conclusão acompanhar a premissa mais fraca significa que, se houver uma premissa negativa, a
conclusão será negativa. Se houver uma premissa particular, a conclusão será particular. Se houver ambas,
a conclusão deverá ser negativa e particular.
(PETROBRAS/2010) Com relação às regras para validade de um silogismo, analise o que se segue.
I - Todo silogismo deve conter somente três termos.
II - De duas premissas particulares não poderá haver conclusão.
III - Se há uma premissa particular, a conclusão será particular.
IV - Se há um termo médio negativo, a conclusão será negativa.
São regras válidas para um silogismo
A) I e IV, apenas.
B) II e III, apenas.
C) I, II e III, apenas.
D) I, II e IV, apenas.
E) I, II, III e IV.
Comentários:
I - Certo, todo silogismo deve conter somente três termos: maior, médio e menor.
II - Certo, está é uma regra de validade do silogismo categórico: "de duas premissas particulares não poderá
haver conclusão".
III - Certo, pois a conclusão sempre acompanha a premissa mais fraca. Isso significa que se houver uma
premissa negativa, a conclusão será negativa. Se houver uma premissa particular, a conclusão será particular.
Se houver ambas, a conclusão deverá ser negativa e particular.
IV - Errado. Não temos como afirmar isso. Não há que se falar em "termo médio negativo", mas sim em
premissa, conclusão ou proposição negativa. Quanto às premissas, sabemos que a conclusão sempre
acompanha a premissa mais fraca.
Gabarito: Letra C.
==2bf42a==
Pessoal, especial atenção para esse tópico, pois é o mais importante dessa aula.
Existem diversas formas de se avaliar se um argumento dedutivo é válido ou inválido. A seguir, vamos
apresentar os principais métodos.
Conforme já mencionado nessa aula, os argumentos dedutivos podem ser argumentos categóricos ou
argumentos hipotéticos.
Quando temos argumentos categóricos, a validade do argumento é aferida por meio dos diagramas lógicos
aprendidos na aula anterior.
Não vamos discorrer muito sobre diagramas lógicos nessa aula, pois tudo o que você precisava saber já foi
apresentado na aula anterior. Vamos apenas realizar um exemplo para "refrescar a memória":
(PC ES/2011) Um argumento constituído por uma sequência de três proposições — P1, P2 e P3, em que P1
e P2 são as premissas e P3 é a conclusão — é considerado válido se, a partir das premissas P1 e P2, assumidas
como verdadeiras, obtém-se a conclusão P3, também verdadeira por consequência lógica das premissas. A
respeito das formas válidas de argumentos, julgue o item.
Considere a seguinte sequência de proposições:
P1 – Existem policiais que são médicos.
P2 – Nenhum policial é infalível.
P3 – Nenhum médico é infalível.
Nessas condições, é correto concluir que o argumento de premissas P1 e P2 e conclusão P3 é válido.
Comentários:
A partir da premissa P1, sabemos que existe intersecção entre o conjunto dos policiais e o conjunto dos
médicos:
A premissa P2 nos diz que "nenhum policial é infalível". Isso significa que o conjunto dos infalíveis não tem
intersecção com o conjunto dos policiais. Temos então três formas de representar o conjunto dos infalíveis:
A conclusão P3 nos diz que "nenhum médico é infalível". Observe que, ao se desenhar os diagramas lógicos,
verifica-se que, considerando as premissas P1 e P2 verdadeiras, a conclusão P3 do argumento não é
necessariamente verdadeira, pois duas das possibilidades apresentadas apresentam alguns médicos
infalíveis. Trata-se, portanto, de um argumento inválido
Gabarito: ERRADO.
Método da tabela-verdade
Considere um argumento hipotético com as premissas P1, P2, ..., Pn e com a conclusão C. Temos a seguinte
condicional associada ao argumento em questão:
Ressalto que o método da tabela-verdade não costuma ser rápido e, por isso, não deve ser utilizado com
frequência. Lembre-se que se tivermos 𝒏 proposições simples distintas no argumento, a tabela-verdade
apresentará 𝟐𝒏 linhas.
Vejamos um exemplo.
(TRE RJ/2012) O cenário político de uma pequena cidade tem sido movimentado por denúncias a respeito
da existência de um esquema de compra de votos dos vereadores. A dúvida quanto a esse esquema persiste
em três pontos, correspondentes às proposições P, Q e R, abaixo:
P: O vereador Vitor não participou do esquema;
Q: O prefeito Pérsio sabia do esquema;
R: O chefe de gabinete do prefeito foi o mentor do esquema.
Os trabalhos de investigação de uma CPI da câmara municipal conduziram às premissas P1, P2 e P3 seguintes:
P1: Se o vereador Vitor não participou do esquema, então o prefeito Pérsio não sabia do esquema.
P2: Ou o chefe de gabinete foi o mentor do esquema, ou o prefeito Pérsio sabia do esquema, mas não ambos.
P3: Se o vereador Vitor não participou do esquema, então o chefe de gabinete não foi o mentor do esquema.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte, acerca de proposições lógicas.
A partir das premissas P1, P2 e P3, é correto inferir que o prefeito Pérsio não sabia do esquema.
Comentários:
Note que o enunciado já identificou as proposições simples. A conclusão que se quer avaliar é "o prefeito
Pérsio não sabia do esquema", ou seja, queremos avaliar se ~Q é uma conclusão válida do argumento.
Observe que na linha 6 a condicional [(P→~Q)∧(R∨Q)∧(P→~R)]→~Q é falsa. Como a condicional não é uma
tautologia, temos um argumento inválido.
Gabarito: ERRADO.
Em questões de múltipla escolha, é comum que tenhamos que selecionar nas alternativas uma conclusão
que tornaria o argumento válido. Nesse caso, para evitar construir uma tabela-verdade para cada alternativa,
devemos seguir as seguintes etapas:
Etapa 3: verificar a resposta que apresenta uma proposição que é verdadeira para todas as linhas obtidas
na etapa anterior
a) p – alternativa incorreta, pois p é falso nas linhas 5 e 6.
b) a – alternativa correta, a é verdadeiro para todas as linhas obtidas.
c) e – alternativa incorreta, pois e é falso nas linhas 2 e 6.
d) ~p − alternativa incorreta, pois ~p é falso para a linha 2.
d) ~e − alternativa incorreta, pois ~e é falso para a linha 5.
Gabarito: Letra B.
Comentários:
Vamos resolver essa questão pelo método da tabela-verdade.
Devemos selecionar a alternativa que apresenta uma conclusão que tornaria o argumento válido. Nesse
caso, vamos seguir as três etapas apresentadas na teoria.
Observe que obtivemos apenas uma linha em que as afirmações são simultaneamente verdadeiras (linha 2).
Logo, para essa linha da tabela-verdade, a é V, b é V e c é F.
Etapa 3: verificar a resposta que apresenta uma proposição que é verdadeira para todas as linhas obtidas
na etapa anterior
No caso específico dessa questão, perceba que todas as respostas são conjunções das proposições simples.
Pode-se perceber mais facilmente que a alternativa D é a correta, pois afirma que a, b e ~c são verdadeiros.
Para fins didáticos, vamos verificar as demais alternativas:
a) a ∧ b ∧ c - conjunção falsa, pois c é falso.
b) ~a ∧ b ∧ c - conjunção falsa, pois ~a e c são falsos.
c) a ∧ ~b ∧ ~c - conjunção falsa, pois ~b é falso.
e) ~a ∧ ~b ∧ c - conjunção falsa, pois todas suas parcelas são falsas.
Gabarito: Letra D.
Assim, para aferir a validade de um argumento, podemos utilizar a definição de argumento válido/inválido.
Nesse método, devemos considerar as premissas verdadeiras e verificar se a conclusão é necessariamente
verdadeira.
Esse método apresenta uma semelhança muito grande com aquelas "questões clássicas" que envolvem os
conectivos lógicos. Quando estamos tratando de argumentos, as premissas devem ser tratadas como
afirmações verdadeiras.
Esse método acaba sendo útil somente quando temos premissas que se enquadram nos "formatos fáceis"
vistos na teoria sobre as "questões clássicas". Como premissas são tratadas como afirmações verdadeiras,
esse método só é útil quando temos:
• Etapa 1: identificar as afirmações (premissas) que se apresentam em algum dos "formatos fáceis";
• Etapa 2: desconsiderar o contexto da questão, transformando as afirmações da língua portuguesa
para a linguagem proposicional;
• Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples presentes nas afirmações (premissas) do
enunciado;
• Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira (conclusão verdadeira).
Note que, na etapa 4, estamos na verdade aferindo a validade do argumento, ou seja, estamos averiguando
se a conclusão é verdadeira uma vez que as premissas foram consideradas verdadeiras.
A premissa II é uma condicional verdadeira em que o consequente b é falso. Logo, p é F, pois se fosse
verdadeiro entraríamos no único caso em que a condicional é falsa (V→F).
A premissa III é uma condicional verdadeira em que o consequente p é falso. Logo, ~a é F, pois se fosse
verdadeiro entraríamos no único caso em que a condicional é falsa (V→F). Assim a é V.
A premissa IV são duas disjunções inclusivas que em conjunto são verdadeiras. Devemos ter ao menos uma
proposição simples verdadeira. Como ~a é F e b é F, então c deve ser verdadeiro. Logo, c é V.
Para aplicar o método da conclusão falsa, é necessário que a conclusão esteja em um dos seguintes
formatos:
• Proposição simples;
• Disjunção inclusiva; ou
• Condicional.
Identificada a conclusão como um desses três formatos, devemos aplicar os seguintes passos:
Se é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa, o
argumento é inválido. Se não for possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo
a conclusão falsa, o argumento é válido.
O método da conclusão falsa é um dos métodos mais rápidos para se resolver questões do tipo "Certo ou
Errado", pois esse tipo de questão costuma apresentar apenas uma possibilidade de conclusão para ser
verificada.
Vamos a um exemplo.
Etapa 3: tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a
conclusão falsa
Para a premissa Q2 ser verdadeira, f é F, pois não podemos ter o antecedente f verdadeiro com o
consequente p falso.
Para a premissa P2 ser verdadeira, s é F, pois não podemos ter o antecedente s verdadeiro com o
consequente p falso.
Para a premissa P1 ser verdadeira, e∧g é falso, pois não podemos ter o antecedente e∧g verdadeiro com o
consequente s falso. Para e∧g ser falso, podemos ter e falso, g falso ou ambos falsos.
Para a premissa Q1 ser verdadeira, e∧~g é falso, pois não podemos ter o antecedente e∧~g verdadeiro com
o consequente f falso. Para e∧~g ser falso, podemos ter e falso, ~g falso ou ambos falsos.
Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa.
Os casos das premissas Q2 e P2 são mais evidentes, pois basta que s e f sejam falsos.
Para os casos das premissas P1 e Q1, devemos ter e∧g falso e também e∧~g falso. Isso é possível quando
e é F, independentemente do valor de g.
Como é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa, temos
um argumento inválido.
Gabarito: ERRADO.
Esse tipo de argumento, independentemente do número de premissas, é sempre válido. Costuma-se chamar
essa propriedade de transitividade do condicional.
Para utilizar esse método nas questões, muitas vezes é interessante utilizar equivalências lógicas para deixar
as condicionais dispostas de uma forma em que é possível conectá-las. As equivalências mais utilizadas são:
Ao concatenarmos a contrapositiva da afirmação I com a afirmação II, obtemos a conclusão o→u. Veja:
Contrapositiva I: o→~a
Afirmação II: ~a→u
Conclusão: o→u
Logo, é correto concluir o→u, que corresponde a "se [biba é bola] então é [babalu]".
Gabarito: Letra A.
Algumas questões de concurso público podem apresentar condicionais nas premissas e uma conclusão que
é uma proposição simples. Nesse caso, busca-se obter uma conclusão da forma p→~p ou da forma ~p→p.
Vejamos um exemplo.
Como a conclusão p→~p é uma consequência verdadeira das afirmações do enunciado, temos que p é falso.
Isso porque, caso p fosse verdadeiro, teríamos a condicional V→F, que é uma condicional falsa.
Logo, é correto concluir ~p, isto é, "Priscila não é paulista". O gabarito, portanto, é letra C.
Gabarito: Letra C.
Vamos agora resolver uma mesma questão com dois métodos: transitividade do condicional e conclusão
falsa.
Observação: vamos tratar a proposição "A inflação diminuirá" como a negação de "A inflação aumentará".
Sabemos que não é correto negar uma proposição por esse antônimo (pois a inflação pode se manter
constante), porém vamos mitigar esse conhecimento pelo fato de se tratar de uma questão de lógica de
argumentação, não sendo um problema de negação de proposições.
Veja que ~(e∧i) pode ser desenvolvida por De Morgan, de modo que a nossa premissa II fica assim:
Premissa II equivalente: ~f→(~e∨~i)
Pronto! Perceba que se aplicarmos a regra da transitividade para a premissa III com a "premissa II
equivalente", obtemos a conclusão!
Premissa III: b→~f
Premissa II equivalente: ~f→(~e∨~i)
Conclusão: b→(~e∨~i)
Isso significa que, quando as premissas II e III são consideradas verdadeiras, a conclusão necessariamente é
verdadeira. O gabarito, portanto, é CERTO.
Etapa 3: tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a
conclusão falsa
Na premissa III, para a condicional b→~f ser verdadeira, como b é V, ~f deve ser V. Isso significa que f é F.
Para a premissa II, temos o condicional (e∧i)→f. Observe que com os valores obtidos até agora, que são
consequências da conclusão falsa, temos que essa premissa é falsa, pois o antecedente é verdadeiro e o
consequente é falso.
Não é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. O
argumento, portanto, é válido.
Gabarito: CERTO.
Pessoal, regras de inferência são "regras de bolso" que servem para verificar a validade de um argumento
dedutivo com maior rapidez.
Existe um número incontável de regras de inferência. Vamos apresentar as mais comuns que já apareceram
em provas de concursos públicos.
Perceba que no Modus Ponens temos como premissas um condicional e a afirmação do antecedente. A
conclusão é o consequente.
Premissa 2: Eu trabalho.
(PETROBRAS/2012) Dadas as premissas p1, p2,..., pn e uma conclusão q, uma regra de inferência a partir da
qual q se deduz logicamente de p1, p2,..., pn é denotada por p1, p2,..., pn ⊢ q. Uma das regras de inferência
clássica é chamada Modus Ponens, que, em latim, significa “modo de afirmar”.
Qual a notação que designa a regra de inferência Modus Ponens?
a) p ∨ q, ¬p ⊢ q
b) p ∧ q, ¬p ⊢ ¬q
c) p q ⊢ p→q
d) p, p → q ⊢ q
e) q, p → q ⊢ p
Comentários:
O modus ponens é dado pelo seguinte argumento:
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: p.
Conclusão: q.
A representação simbólica, seguindo a ordem das premissas apresentadas, é p→q; p ⊢ q. Observe que a
alternativa D apresenta essa representação com a simples troca da ordem das premissas: p , p→q ⊢ q.
Gabarito: Letra D.
Perceba que no Modus Tollens temos como premissas um condicional e a negação do consequente. A
conclusão é a negação do antecedente.
Veja que o Modus Tollens nada mais é do que a aplicação Modus Ponens quando se faz a contrapositiva da
condicional:
Note que temos as seguintes premissas por meio das quais devemos encontrar uma conclusão apropriada:
Premissa 1: h→a
Premissa 2: ~a
Veja que o argumento apresentado é corresponde ao Modus Tollens: temos como premissas um condicional
e a negação do consequente. Uma conclusão válida, portanto, é dada pela negação do antecedente: ~h.
Logo, conclui-se corretamente que:
~h: "Hoje não é feriado."
Gabarito: Letra A.
(ISS Manaus/2019) João não viaja no feriado, caso Joana esteja na capital ou o time de João não jogue. Se
João viajou no feriado, então
a) Joana não estava na capital e o time de João jogou.
b) Joana estava na capital ou o time de João não jogou.
c) Joana não estava na capital e o time de João não jogou.
d) Joana estava na capital e o time de João não jogou.
e) Joana não estava na capital ou o time de João jogou.
Comentários:
Vamos resolver esse problema pelas regras de inferência.
Sejam as proposições simples:
f: " João viaja no feriado."
c: "Joana está na capital."
t: "O time de João joga."
"João não viaja no feriado, caso Joana esteja na capital ou o time de João não jogue" corresponde a:
(c∨~t)→~f: "Se [(Joana está na capital) ou (o time de João não joga)], então [João não viaja no feriado]."
Veja que o argumento apresentado é corresponde ao Modus Tollens: temos como premissas um condicional
e a negação do consequente (pois a premissa f é a negação do consequente ~f). Uma conclusão válida,
portanto, é dada pela negação do antecedente. Logo, é correto concluir ~(c∨~t). Por De Morgan, temos:
~(c∨~t) ≡ ~c∧~(~t)
Veja que a conclusão obtida, que corresponde a ~c∧t, está presente na letra A.
Gabarito: Letra A.
Veja, portanto, que o argumento apresentado de fato é um Modus Tollens em que se utilizou a Lei de De
Morgan:
Premissa 1: condicional [(~A) ∧ (~G)] → (~P).
Premissa 2: negação do consequente ~(~P) ≡ P.
Conclusão: negação do antecedente ~[(~A) ∧ (~G)] ≡ A∨G.
Gabarito: Letra D.
(SEDF/2017) Lógica é a ciência que estuda princípios e métodos de inferência, tendo como objetivo principal
determinar em que condições certas coisas se seguem (são consequência), ou não, de outras.
A partir da definição da lógica filosófica apresentada anteriormente, julgue o item que se segue.
Qualquer argumento que estiver estruturado nas formas lógicas do modus ponens ou do modus tollens será
válido, independentemente do valor de verdade dos conteúdos das proposições.
Comentários:
Sabemos que a validade dos argumentos independe da veracidade das proposições, pois ela depende
exclusivamente da forma em que os argumentos estão estruturados.
Além disso, vimos na teoria que as regras de inferência, dentre as quais temos modus ponens e modus
tollens, sempre nos dão argumentos válidos.
Gabarito: CERTO.
Silogismo Hipotético
Silogismo Hipotético
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: Se q, então r.
Conclusão: Se p, então r.
(ISS Curitiba/2019) Um argumento da lógica proposicional é formado por premissas (P1, P2, ... , Pn) e uma
conclusão (Q). Um argumento é válido quando P1 ∧ P2 ∧... ∧ Pn → Q é uma tautologia. Nesse caso, diz-se
que a conclusão Q pode ser deduzida logicamente de P1 ∧ P2 ∧... ∧ Pn. Alguns argumentos, chamados
fundamentais, são usados correntemente em lógica proposicional para fazer inferências e, portanto, são
também conhecidos como Regras de Inferência. Seja o seguinte argumento da Lógica Proposicional:
Premissa 1: SE Ana é mais velha que João, ENTÃO Ana cuida de João.
Premissa 2: SE Ana cuida de João, ENTÃO os pais de João viajam para o exterior.
Conclusão: SE Ana é mais velha que João, ENTÃO os pais de João viajam para o exterior.
Assinale a alternativa que apresenta o nome desse argumento.
a) Modus Ponens.
b) Modus Tollens.
c) Dilema Construtivo.
d) Contrapositivo.
e) Silogismo Hipotético.
Comentários:
Estamos diante de um Silogismo Hipotético, pois o argumento em questão apresenta a seguinte forma:
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: Se q, então r.
Conclusão: Se p, então r.
Gabarito: Letra E.
Em resumo, o Dilema Construtivo ou Silogismo Disjuntivo apresenta três premissas: duas condicionais e a
disjunção inclusiva dos antecedentes das condicionais. A conclusão dessa regra de inferência é a disjunção
inclusiva dos consequentes das condicionais.
(CM Indaiatuba/2018) Se Joana é dentista e Mauro é médico, então Cristina não é funcionária pública. Se
Mirian é casada, então João é solteiro. Sabe-se que Joana é dentista e Mauro é médico, ou que Mirian é
casada. Logo:
a) Cristina não é funcionária pública.
b) João é solteiro.
c) Cristina não é funcionária pública e João é solteiro.
d) João é solteiro ou Cristina não é funcionária pública.
e) Cristina é funcionária pública e João não é solteiro.
Comentários:
Considere as seguintes proposições simples:
j: "Joana é dentista."
a: "Mauro é médico."
c: "Cristina é funcionária pública."
i: "Mirian é casada."
j: "João é solteiro."
Veja que as premissas presentadas correspondem ao dilema construtivo, em que a terceira premissa é a
disjunção inclusiva dos antecedentes das duas primeiras premissas: (j∧a) ∨ i.
Sabemos que no dilema construtivo uma conclusão que torna o argumento válido é a disjunção inclusiva
dos consequentes das duas primeiras premissas: ~c∨ j:
~c ∨ j: "[Cristina não é funcionária pública] ou [João é solteiro]."
Essa conclusão correta está presente na letra D na forma equivalente em que se troca de posição os dois
termos da disjunção inclusiva:
j ∨ ~c: "[João é solteiro] ou [Cristina não é funcionária pública]."
Gabarito: Letra D.
Dilema Destrutivo
Dilema Destrutivo
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: Se r, então s.
Premissa 3: ~q ou ~s.
Conclusão: ~p ou ~r.
Em resumo, o Dilema Destrutivo apresenta três premissas: duas condicionais e a disjunção inclusiva da
negação dos consequentes das condicionais. A conclusão dessa regra de inferência é a disjunção inclusiva
da negação dos antecedentes das condicionais.
(PC SP/2018) Se o depoente A compareceu ao plantão, então o boletim de ocorrência do depoente A foi
lavrado. Se o depoente B compareceu ao plantão, então o boletim de ocorrência do depoente B foi lavrado.
Sabendo-se que o boletim de ocorrência do depoente A não foi lavrado ou o boletim de ocorrência do
depoente B não foi lavrado, então conclui-se, corretamente, que
a) o depoente B não compareceu ao plantão.
b) o depoente A não compareceu ao plantão ou o depoente B não compareceu ao plantão.
c) o depoente A não compareceu ao plantão e o depoente B também não compareceu.
d) se o depoente A não compareceu ao plantão, então o depoente B também não compareceu.
e) o depoente A não compareceu ao plantão.
Comentários:
Considere as seguintes proposições simples:
p: "O depoente A compareceu ao plantão."
q: "O boletim de ocorrência do depoente A foi lavrado."
r: "O depoente B compareceu ao plantão."
s: "O boletim de ocorrência do depoente B foi lavrado."
Veja que as premissas presentadas correspondem ao dilema destrutivo, em que a terceira premissa é a
disjunção inclusiva da negação dos consequentes das duas primeiras premissas: ~q∨~s.
Sabemos que no dilema destrutivo uma conclusão que torna o argumento válido é a disjunção inclusiva da
negação dos antecedentes das duas primeiras premissas: ~p∨~r.
Observe que a conclusão é a disjunção inclusiva das negações dos antecedentes das condicionais. No caso
da questão, a conclusão é a seguinte disjunção inclusiva: ~(r∧s)∨ ~s.
Gabarito: Letra C.
Muitas vezes um problema pode se apresentar como se fosse um problema de lógica de argumentação
quando, na verdade, basta utilizar algumas equivalências lógicas para se obter a conclusão.
Vamos a um exemplo:
(SEFAZ RS/2019) No exercício de suas atribuições profissionais, auditores fiscais sempre fazem afirmações
verdadeiras, ao passo que sonegadores sempre fazem proposições falsas.
Durante uma audiência para tratar da autuação da empresa X, um auditor fiscal fez as seguintes afirmações
sobre essa empresa:
• A1: “Se identifiquei erro ou inconsistência na declaração de imposto da empresa X, eu a notifiquei”.
• A2: “Se o erro não foi sanado, eu a autuei”.
• A3: “Se a empresa não recorreu da autuação, eu a multei”.
Nessa situação hipotética, à luz da premissa estabelecida, assinale a opção que apresenta uma proposição
necessariamente verdadeira.
a) “A empresa X errou em sua declaração de imposto”.
b) “A empresa X apresentou inconsistência em sua declaração de imposto”.
c) “A empresa X foi notificada, autuada e multada”.
d) “A empresa X não sanou o erro identificado e foi autuada”.
e) “A empresa X recorreu da autuação ou foi multada”.
Comentários:
Pessoal, observem que a questão parece ser de lógica de argumentação, pois ela apresenta 3 afirmações
verdadeiras (premissas) e pede uma proposição necessariamente verdadeira com base nessas premissas
(conclusão).
Observe, porém, que cada uma das premissas apresenta proposições simples que não aparecem nas
outras.
I. i→n: “Se [identifiquei erro ou inconsistência na declaração de imposto da empresa X], [eu a notifiquei]”
II. ~s→a: “Se [o erro não foi sanado], [eu a autuei]”.
III. ~r→m: "Se [a empresa não recorreu da autuação], [eu a multei]”.
Como as premissas são "independentes", vamos aplicar equivalências lógicas nelas para ver se nas
alternativas aparece uma conclusão que é consequência imediata de uma premissa.
I. i→n ≡ ~i∨n: "[O erro ou inconsistência não foi identificado] ou [a empresa foi notificada]."
II. ~s→a ≡ ~(~s)∨a ≡ s∨a: "[O erro foi sanado] ou [a empresa foi autuada]."
III. ~r→m ≡ ~(~r)∨m ≡ r∨m: "[A empresa recorreu da autuação] ou [foi multada]."
Perceba que a equivalência da premissa III corresponde à letra E. Portanto, uma vez que a premissa III deve
ser considerada verdadeira, a letra E apresenta uma conclusão necessariamente verdadeira.
Gabarito: Letra E.
Comentários:
A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta, em cada item, por uma
consequência verdadeira resultante dessas afirmações.
Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula, julgando os itens na última etapa.
Note que o enunciado nos diz que cada chave pode estar aberta ou fechada, não havendo terceiro estado
possível.
Em outras palavras, quando uma chave "está fechada", isso significa dizer que a chave "não está aberta".
Ainda quanto ao enunciado, podemos extrair que "a chave E está fechada". Assim, temos uma proposição
simples que deve ser considerada verdadeira: "a chave E não está aberta". É essa afirmação que devemos
atacar primeiro.
I. a→b (V) – “Se [a chave A está aberta], então [a chave B está aberta]."
II. b→c (V) − "Se [a chave B está aberta], então [a chave C está aberta]."
III. b→d (V) − "Se [a chave B está aberta], então [a chave D está aberta]."
IV. c∨d→e (V) − "Se [(a chave C está aberta) ou (a chave D está aberta)], então [a chave E está aberta]."
Agora que temos o valor de e, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição e.
A afirmação IV é uma condicional verdadeira. Como o consequente e é F, o antecedente c∨d é F, pois caso
contrário recairíamos na condicional falsa da forma V→F. Como a disjunção inclusiva c∨d, é falsa, ambas as
suas parcelas devem ser falsas. Logo, c é F e d é F.
Agora que temos o valor de c e de d, podemos seguir para qualquer afirmação que tenha c ou d.
A afirmação III é uma condicional verdadeira. Como o consequente d é falso, temos que o antecedente
b é F, pois caso contrário recairíamos na condicional falsa da forma V→F.
Agora que temos o valor de b, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição b.
A afirmação II é uma condicional verdadeira. Note que essa afirmação não nos traz nenhuma informação
nova, pois já sabemos que b é F e c é F, de modo que a condicional em questão, F→F, de fato é verdadeira.
A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o consequente b é falso, temos que o antecedente a é F,
pois caso contrário recairíamos na condicional falsa da forma V→F.
Veja que já passamos por todas as afirmações e descobrimos os valores lógicos de todas as proposições
simples. Vamos agora para a etapa 4.
Questão 01
Vimos que b é F. Podemos afirmar, portanto, que ~b é verdadeiro, ou seja, é verdade dizer que "a chave B
está fechada".
Questão 02
Vimos que c é F. Podemos afirmar, portanto, que ~c é verdadeiro, ou seja, é verdade dizer que "a chave C
está fechada"
Assim, é errado afirmar que a chave C pode estar aberta. O gabarito, portanto, é ERRADO.
Questão 03
Vimos que d é F. Podemos afirmar, portanto, que ~d é verdadeiro, ou seja, é verdade dizer que "a chave D
está fechada".
Questão 04
Sabemos que a, b, c, d e e são proposições falsas. Isso significa que ~a, ~b, ~c, ~d e ~e são proposições
verdadeiras. Portanto, é verdade que:
~a: "A chave A não está aberta." = "A chave A está fechada."
~b: "A chave B não está aberta." = "A chave B está fechada."
~c: "A chave C não está aberta." = "A chave C está fechada."
~d: "A chave D não está aberta." = "A chave D está fechada."
~e: "A chave E não está aberta." = "A chave E está fechada."
Logo, sabemos que todas as chaves estão fechadas. Consequentemente, é ERRADO afirmar que é impossível
determinar o estado atual de todas as chaves.
Comentários:
Note que temos uma conjunção verdadeira em "(Marcos não figura no quadro de associados), mas (ele está
com os pagamentos em dia)". É essa afirmação que devemos atacar primeiro.
b: "Marcos tem o direito a receber os benefícios providos pela associação de moradores de seu
condomínio."
A afirmação II é uma conjunção verdadeira. Logo, ambas as parcelas devem ser verdadeiras. Assim, ~a é
verdadeiro e p é verdadeiro. Consequentemente, a é F e p é V.
A afirmação I é uma condicional verdadeira. Note que o antecedente a∧p é falso, pois um de seus termos,
p, é falso. Observe, portanto, que nada podemos afirmar quanto ao valor lógico de b, pois a condicional é
verdadeira qualquer que seja o valor lógico de b. Isso porque os condicionais F→V e F→F são ambos
verdadeiros.
Nesse caso, o item nos diz que "não se pode afirmar que Marcos não tem direito a receber os benefícios
providos pela associação de moradores de seu condomínio". Note que o item está correto, pois, conforme
foi constatado na etapa anterior, nada podemos afirmar quanto ao valor lógico de "b".
Gabarito: CERTO.
Comentários:
Note que temos uma disjunção inclusiva falsa em "(Maria é enfermeira) ou (João é motorista)". É essa
afirmação que devemos atacar primeiro.
p: "Paulo é fiscal."
j: "João é motorista."
m: "Maria é enfermeira."
A afirmação II é uma disjunção inclusiva falsa. Logo, ambas as parcelas devem ser falsas. Consequentemente,
m é F e j é F.
Gabarito: Letra A.
(CESPE/Pref. B dos Coqueiros/2020) Paulo, Pedro e João têm, cada um, uma única profissão.
Sabe-se que:
• se Paulo é pedreiro, então Pedro não é porteiro;
• se Pedro não é porteiro, então João é encanador.
Com base nessas informações, sabendo-se que João não é encanador, conclui-se que
a) Pedro é porteiro e Paulo não é pedreiro.
b) Pedro é porteiro e Paulo é pedreiro.
c) Pedro não é porteiro e Paulo é pedreiro.
d) Pedro não é porteiro, mas não se sabe se Paulo é ou não pedreiro.
e) Pedro é porteiro, mas não se sabe se Paulo é ou não pedreiro.
Comentários:
Note que temos uma proposição simples verdadeira em "João não é encanador". É essa afirmação que
devemos atacar primeiro.
e: "Paulo é pedreiro."
==2bf42a==
o: "Pedro é porteiro."
j: "João é encanador."
d) "Pedro não é porteiro, mas não se sabe se Paulo é ou não pedreiro." − Temos que o é verdadeiro, ou seja,
"Pedro é porteiro". Além disso, ~e é falso. Portanto, sabemos que "Paulo não é pedreiro".
e) "Pedro é porteiro, mas não se sabe se Paulo é ou não pedreiro." − De fato, temos que o é verdadeiro, ou
seja, "Pedro é porteiro". Apesar disso, note que ~e é falso. Portanto, sabemos que "Paulo não é pedreiro".
Gabarito: Letra A.
(CESPE/PC ES/2011) Para descobrir qual dos assaltantes — Gavião ou Falcão — ficou com o dinheiro
roubado de uma agência bancária, o delegado constatou os seguintes fatos:
F1 – se Gavião e Falcão saíram da cidade, então o dinheiro não ficou com Gavião;
F2 – se havia um caixa eletrônico em frente ao banco, então o dinheiro ficou com Gavião;
F3 – Gavião e Falcão saíram da cidade;
F4 – havia um caixa eletrônico em frente ao banco ou o dinheiro foi entregue à mulher de Gavião.
Considerando que as proposições F1, F2, F3 e F4 sejam verdadeiras, julgue o item subsequente, com base
nas regras de dedução.
A proposição “O dinheiro foi entregue à mulher de Gavião” é verdadeira.
Comentários:
Note que temos uma conjunção verdadeira na afirmação F3. É essa afirmação que devemos atacar
primeiro.
Sejam as proposições:
"Se [(Gavião saiu da cidade) e (Falcão saiu da cidade)], então [o dinheiro não ficou com Gavião]."
"Se [havia um caixa eletrônico em frente ao banco], então [o dinheiro ficou com Gavião]."
"[Havia um caixa eletrônico em frente ao banco] ou [o dinheiro foi entregue à mulher de Gavião]."
Agora que temos o valor de a e de f, vamos para outra afirmação que apresenta essas proposições.
A afirmação F1 é um condicional verdadeiro com um antecedente a∧f verdadeiro, pois a e f são ambos
verdadeiros. Isso significa que o consequente ~g deve ser verdadeiro, pois caso contrário teríamos a
condicional falsa (V→F). Logo, g é F.
Agora que temos o valor de g, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição g.
A afirmação F2 é um condicional verdadeiro com um consequente g falso. Isso significa que o antecedente
e deve ser falso, pois caso contrário teríamos a condicional falsa (V→F). Logo, e é F.
Agora que temos o valor de e, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição e.
A afirmação F4 é uma disjunção inclusiva verdadeira com um dos termos falso (e). Isso significa que o outro
termo deve ser verdadeiro. Logo, m é V.
Veja que já passamos por todas as afirmações e descobrimos os valores lógicos de todas as proposições
simples. Vamos agora para a etapa 4.
Como se trata de uma questão de certo ou errado, devemos avaliar a assertiva. Trata-se de uma assertiva
correta, pois a proposição “O dinheiro foi entregue à mulher de Gavião”, representada por m, é verdadeira.
Gabarito: CERTO.
(CESPE/TRT 17/2009) Considere que cada uma das proposições seguintes tenha valor lógico V.
I. Tânia estava no escritório ou Jorge foi ao centro da cidade.
II. Manuel declarou o imposto de renda na data correta e Carla não pagou o condomínio.
III. Jorge não foi ao centro da cidade.
A partir dessas proposições, é correto afirmar que a proposição “Tânia não estava no escritório” tem,
obrigatoriamente, valor lógico V.
Comentários:
Note que temos uma proposição simples em "Jorge não foi ao centro da cidade". Além disso, temos uma
conjunção verdadeira em "(Manuel declarou o imposto de renda na data correta) e (Carla não pagou o
condomínio)." Podemos atacar inicialmente qualquer uma dessas duas afirmações.
A afirmação II é uma conjunção verdadeira. Logo, ambos os termos devem ser verdadeiros. Assim, m é V e
~c é verdadeiro. Portanto, c é F.
A assertiva em questão diz que ~t é verdadeiro. Sabemos que isso não é verdade, pois t é verdadeiro.
Gabarito: ERRADO.
(CESPE/TRE MA/2009) Gilberto, gerente de sistemas do TRE de determinada região, após reunir-se com
os técnicos judiciários Alberto, Bruno, Cícero, Douglas e Ernesto para uma prospecção a respeito do uso
de sistemas operacionais, concluiu que:
• Se Alberto usa o Windows, então Bruno usa o Linux;
• Se Cícero usa o Linux, então Alberto usa o Windows;
• Se Douglas não usa o Windows, então Ernesto também não o faz;
• Se Douglas usa o Windows, então Cícero usa o Linux.
Com base nessas conclusões e sabendo que Ernesto usa o Windows, é correto concluir que
a) Cícero não usa o Linux.
b) Douglas não usa o Linux.
c) Ernesto usa o Linux.
d) Alberto usa o Linux.
e) Bruno usa o Linux.
Comentários:
Note que temos uma proposição simples verdadeira em "Ernesto usa o Windows". É essa afirmação que
devemos atacar primeiro.
A afirmação III é uma condicional verdadeira. Como o consequente ~e é falso, o antecedente ~d deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos na condicional falsa da forma V→F. Logo, temos que d é V.
A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o antecedente c é verdadeiro, o consequente a deve ser
verdadeiro, pois caso contrário recairíamos na condicional falsa da forma V→F. Logo, temos que a é V.
A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o antecedente a é verdadeiro, o consequente b deve ser
verdadeiro, pois caso contrário recairíamos na condicional falsa da forma V→F. Logo, temos que b é V.
Nas letras A e B temos a negação das proposições simples. Como obtemos todas proposições simples
verdadeiras, essas alternativas estão erradas.
As letras C e D são proposições simples que não aparecem no enunciado do problema (Alberto e Ernesto
usam Windows. Nada foi falado sobre eles usarem Linux).
Gabarito: Letra E.
(CESPE/TRE MG/2009) A eleição do presidente de uma associação esportiva é realizada em dois turnos.
No primeiro turno, cada sócio é consultado e indica um nome de sua preferência, escolhido entre os seus
pares e que satisfaça os requisitos estabelecidos. Concorrem como candidatos no segundo turno os cinco
sócios que receberem mais indicações no primeiro turno. O presidente é então escolhido, desse conjunto
de cinco candidatos, pelos membros de um colégio eleitoral formado pelos sócios Edmundo, Gilvan,
Roberto, Cláudio e Lourenço. O presidente eleito é aquele que recebe a maioria simples dos votos secretos
do colégio eleitoral. Nas últimas eleições dessa associação esportiva, no primeiro turno, foram indicados
os candidatos Antônio, Benedito, Carlos, Douglas e Eduardo. Para o segundo turno, um dos sócios analisou
a conjuntura e formulou as afirmações seguintes.
I. Se Edmundo votou em Antônio, então Gilvan não votou em Benedito.
II. Se Cláudio não votou em Douglas, então Edmundo votou em Antônio.
III. Nem Roberto votou em Carlos, nem Lourenço votou em Eduardo.
IV. Gilvan votou em Benedito ou Roberto votou em Carlos.
Com base nessas informações, assinale a opção correta.
a) Se Gilvan votou em Benedito, então Edmundo votou em Antônio.
b) Cláudio votou em Douglas e Gilvan votou em Benedito.
c) Roberto votou em Carlos ou Edmundo votou em Antônio.
d) Cláudio não votou em Douglas e Gilvan não votou em Benedito.
e) Cláudio votou em Douglas e Edmundo votou em Antônio.
Comentários:
Note que temos uma conjunção verdadeira em "Nem Roberto votou em Carlos, nem Lourenço votou em
Eduardo ". É essa afirmação que devemos atacar primeiro.
Afirmação I. e→~g
Afirmação II. ~c→e
Afirmação III. ~r∧~l
Afirmação IV. g∨r
A afirmação III é uma conjunção verdadeira. Para a conjunção ser verdadeira, ambas as parcelas devem ser
verdadeiras. Logo, ~r é V e ~l é V. Consequentemente, r é F e l é F.
A afirmação IV é uma disjunção inclusiva verdadeira. Para a disjunção inclusiva ser verdadeira, ao menos
uma das parcelas deve ser verdadeira. Como r é F, temos que g é V.
A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o consequente ~g é falso, o antecedente e deve ser falso,
pois caso contrário recairíamos na condicional falsa da forma V→F. Logo, temos que e é F.
A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o consequente e é falso, o antecedente ~c deve ser falso,
pois caso contrário recairíamos na condicional falsa da forma V→F. Portanto, ~c é F. Consequentemente,
temos que c é V.
b) c∧g - conjunção verdadeira, pois ambas as parcelas são verdadeiras. Este é o gabarito.
Gabarito: Letra B.
Comentários:
Questão 01
A questão trata sobre a diferença entre validade dos argumentos dedutivos e verdade das proposições.
Sabemos da teoria que existem três situações em que um argumento pode ser válido:
Logo, não necessariamente um argumento válido precisa apresentar uma conclusão verdadeira.
Questão 02
A questão trata sobre a diferença entre validade dos argumentos dedutivos e verdade das proposições.
O argumento dedutivo é inválido quando, consideradas as premissas como verdadeiras, a conclusão obtida
é falsa.
Sabemos da teoria que existem quatro situações em que um argumento pode ser inválido:
Logo, se o argumento em questão não é válido, não necessariamente suas premissas precisam ser
proposições falsas.
Comentários:
Questão 03
Sabemos da teoria que nessas três situações o argumento pode ser válido:
Logo, é errado afirmar que toda premissa de um argumento válido é verdadeira. Veja um exemplo de um
argumento válido com uma premissa falsa:
Questão 04
Sabemos da teoria que existem quatro situações em que um argumento pode ser inválido:
Observe que podemos ter um argumento inválido com conclusão verdadeira. Logo, a assertiva está ERRADA,
pois uma conclusão verdadeira não garante que o argumento é válido.
Questão 05
Sabemos da teoria que nessas três situações o argumento pode ser válido:
Note que podemos ter um argumento válido com conclusão falsa. Para tanto, basta que tenhamos premissas
falsas. Logo, a assertiva está ERRADA, pois uma conclusão falsa não garante que o argumento é inválido.
(CESPE/SERPRO/2013) Ser síndico não é fácil. Além das cobranças de uns e da inadimplência de outros,
ele está sujeito a passar por desonesto.
A esse respeito, um ex-síndico formulou as seguintes proposições:
— Se o síndico troca de carro ou reforma seu apartamento, dizem que ele usou dinheiro do condomínio
em benefício próprio. (P1)
— Se dizem que o síndico usou dinheiro do condomínio em benefício próprio, ele fica com fama de
desonesto. (P2)
— Logo, se você quiser manter sua fama de honesto, não queira ser síndico. (P3)
Com referência às proposições P1, P2 e P3 acima, julgue o item a seguir.
Comentários:
Lembre-se que o argumento dedutivo é válido quando a conclusão é necessariamente verdadeira quando
se consideram as premissas verdadeiras.
Observe que a conclusão apresenta proposições estranhas às premissas: "manter a fama de honesto" e "não
querer ser síndico" não aparecem nas premissas P1 e P2. Não há qualquer conexão lógica entre as premissas
e a conclusão, de modo que o argumento não pode ser válido.
Gabarito: ERRADO.
Comentários:
Premissa: Penso.
Conclusão: Existo.
Observe que o argumento é inválido, pois a premissa não dá suporte para a conclusão. Diferente seria se
incluíssemos no argumento a premissa "Todos os que pensam, existem". Veja:
Nesse caso, por diagramas lógicos, a conclusão inequivocamente decorre das premissas e o argumento é
válido.
Gabarito: ERRADO.
P2: Há, ainda, entre os servidores do órgão X, a certeza de que, se o candidato foi recrutado pela
organização criminosa para ser aprovado no concurso, então essa organização deseja obter informações
sigilosas ou influenciar as decisões do órgão X.
Diante dessa situação, o candidato, inquirido a respeito, disse o seguinte:
P3: Ele é meu amigo de infância, e eu não sabia que ele é chefe de organização criminosa;
P4: Pedi a ele que pagasse meu curso de preparação, mas ele não pagou.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsecutivos.
Com fundamento nas proposições P1, P2, P3 e P4, confirma-se a suspeita de que o chefe de organização
criminosa tenha custeado para o candidato curso de preparação para o concurso.
Comentários:
A questão fala que, com fundamento nas proposições, confirma-se uma conclusão. Trata-se de um
argumento que, para ser válido, devemos considerar as proposições (premissas) verdadeiras para verificar
se a conclusão é verdadeira.
"Pedi a ele que pagasse meu curso de preparação, mas ele não pagou"
"[Pedi ao chefe da organização criminosa que pagasse meu curso de preparação] e [o chefe de organização
criminosa não pagou o curso de preparação]."
Devemos considerar as premissas verdadeiras. Isso significa que, sendo a conjunção acima verdadeira, suas
duas parcelas são verdadeiras. Logo, devemos considerar verdadeiro:
Gabarito: ERRADO.
(CESPE/FUNPRESP-JUD/2016) Julgue o item a seguir, a respeito das maneiras de pensar com argumentos
racionais.
Considere o seguinte silogismo:
Em cada mão, os seres humanos têm quatro dedos.
Em cada pé, os seres humanos têm três dedos.
Logo, os seres humanos têm mais dedos nas mãos que nos pés.
No silogismo apresentado, a conclusão é uma consequência das premissas.
Comentários:
Veja que se for verdade que "em cada mão, os seres humanos têm quatro dedos" e que "em cada pé, os
seres humanos têm três dedos", a conclusão " os seres humanos têm mais dedos nas mãos que nos pés" é
uma consequência inevitável do conjunto de premissas. O gabarito, portanto, é CERTO.
Observação: seria interessante se a banca incluísse no argumento uma premissa que afirmasse que os seres
humanos têm o mesmo número de mãos e de pés. Isso porque, no caso de os seres humanos terem três pés
e duas mãos, teríamos um total de 2×4 = 8 dedos nas mãos e 3×3 = 9 dedos nos pés. Nesse caso, a conclusão
não seria uma consequência das premissas e o gabarito seria ERRADO.
Gabarito: CERTO.
(CESPE/PC DF/2013)
P1: Se a impunidade é alta, então a criminalidade é alta.
P2: A impunidade é alta ou a justiça é eficaz.
P3: Se a justiça é eficaz, então não há criminosos livres.
P4: Há criminosos livres.
C: Portanto a criminalidade é alta.
Considerando o argumento apresentado acima, em que P1, P2, P3 e P4 são as premissas e C, a conclusão,
julgue o item subsequente.
O argumento apresentado é um argumento válido.
Comentários:
Vamos resolver essa questão pelo método fundamental, pois uma das premissas é uma proposição simples.
Em seguida, a questão será resolvida pelo método da conclusão falsa, que também é aplicável ao caso pelo
fato da conclusão ser uma proposição simples.
Método fundamental
Estamos lidando com uma implicação lógica do tipo A, pois temos uma premissa em forma de proposição
simples. É essa afirmação que devemos atacar primeiro.
P1: i→c
P2: i∨j
P3: j→~l
P4: l
C: c
A premissa 4 é verdadeira. l é V.
Para a premissa 3 ser verdadeira, como o consequente da condicional ~l é falso, devemos ter que j é F.
Para a disjunção inclusiva da premissa 2 ser verdadeira, ao menos um termo deve ser verdadeiro. Como j é
falso, i é V.
Para a condicional da premissa 1 ser verdadeira, não podemos ter o caso V→F. Como o antecedente i é
verdadeiro, o consequente não pode ser falso. Logo, c é V.
Observe que a conclusão é a proposição simples c, que é verdadeira. Logo, o argumento é válido, pois ao se
considerar as premissas verdadeiras, a conclusão necessariamente é verdadeira. O gabarito, portanto, é
CERTO.
Desconsiderar o contexto
Etapa já realizada.
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
Para a premissa 1 ser verdadeira, como o consequente da condicional é falso, o antecedente deve ser falso.
Logo, i é F.
A para a disjunção inclusiva da premissa 2 ser verdadeira, ao menos um termo deve ser verdadeiro. Como i
é falso, devemos ter que j é V.
Para a premissa 3 ser verdadeira, não podemos recair no caso em que a condicional é falsa (V→F). Como o
antecedente j é verdadeiro, o consequente ~l deve ser verdadeiro. Logo, l é F.
Para a premissa 4 ser verdadeira, l deve ser verdadeiro. Observe que não é possível que tal premissa seja
verdadeira, pois já obtemos que l deve necessariamente ser falso quando consideramos a conclusão falsa.
Veja que não é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa.
O argumento, portanto, é válido.
Gabarito: CERTO.
Comentários:
Veja que essa premissa pode ser entendida por duas proposições categóricas:
Isso porque, quando dizemos que somente o homem que erra recebe penalidades, o restante dos homens
(homens que não erram) necessariamente não recebem penalidades.
Todo homem que erra recebe penalidades: o conjunto dos que erram está contido no conjunto dos
que recebem penalidades.
Todo homem que jamais erra não recebe penalidades: o conjunto dos que jamais erram não tem
intersecção com o conjunto dos que recebem penalidades.
==2bf42a==
Essa premissa pode ser entendida por "todo homem inteligente jamais erra". Veja que o conjunto dos
homens inteligentes está contido no conjunto dos que jamais erram.
Nesse momento, temos o diagrama com todas as informações que as premissas nos trazem. Devemos, agora,
avaliar se a conclusão é uma consequência necessária das premissas.
Essa conclusão pode ser entendida por "nenhum homem inteligente recebe penalidades".
Veja que, pelo diagrama construído, o conjunto dos homens inteligentes de fato não tem qualquer
intersecção com o conjunto dos homens que recebem penalidades. A conclusão, portanto, é de fato uma
consequência obrigatória das premissas. Logo, temos um argumento válido.
Gabarito: CERTO.
(CESPE/STJ/2015) Mariana é uma estudante que tem grande apreço pela matemática, apesar de achar
essa uma área muito difícil. Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é aprovada nas
disciplinas de matemática que cursa na faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina
chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela não tem tempo suficiente para estudar e não
será aprovada nessa disciplina.
A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, acerca das
estruturas lógicas.
Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela
aprende o conteúdo de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de Química Geral, então ela
é aprovada em Química Geral”; c: “Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar que o
argumento formado pelas premissas p e q e pela conclusão c é um argumento válido.
Comentários:
Como a conclusão é uma proposição simples, podemos usar o método da conclusão falsa.
Desconsiderar o contexto
Sejam as proposições simples:
Premissa 1: m→n
Premissa 2: n→a
Conclusão: a
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
Para a premissa 2 ser verdadeira, devemos ter o antecedente da condicional falso, pois o consequente a é
falso. Logo, n é F.
Para a premissa 1 ser verdadeira, devemos também ter o antecedente da condicional falso, pois o
consequente n é falso. Logo, m é F.
Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. Logo,
o argumento é inválido.
Gabarito: ERRADO.
(CESPE/MIN/2013) Ao comentar a respeito da qualidade dos serviços prestados por uma empresa, um
cliente fez as seguintes afirmações:
P1: Se for bom e rápido, não será barato.
P2: Se for bom e barato, não será rápido.
P3: Se for rápido e barato, não será bom.
Com base nessas informações, julgue o item seguinte.
Um argumento que tenha P1 e P2 como premissas e P3 como conclusão será um argumento válido.
Comentários:
b: "É bom."
r: "É rápido."
a: "É barato."
P1: b∧r → ~a
P2: b∧a → ~r
Conclusão: r∧a → ~b
Se considerarmos a conclusão falsa, o antecedente r∧a é verdadeiro e o consequente ~b é falso. Logo, temos
que r é V, a é V e b é V.
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
A premissa P1 não pode ser verdadeira, pois o antecedente b∧r é verdadeiro e o consequente ~a é falso. O
mesmo ocorre para a premissa P2, o antecedente b∧a é verdadeiro e o consequente ~r é falso.
Não é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. O
argumento, portanto, é válido.
Gabarito: CERTO.
(CESPE/MDIC/2014)
P1: Os clientes europeus de bancos suíços estão regularizando sua situação com o fisco de seus países.
P2: Se os clientes brasileiros de bancos suíços não fazem o mesmo que os clientes europeus, é porque o
governo do Brasil não tem um programa que os incite a isso.
Considerando que as proposições P1 e P2 apresentadas acima sejam premissas de um argumento, julgue
o item a seguir, relativo à lógica de argumentação.
O argumento formado pelas premissas P1 e P2 e pela conclusão “Os clientes brasileiros de bancos suíços
não estão regularizando sua situação com o fisco de seu país.” é um argumento válido.
Comentários:
Como a conclusão é uma proposição simples, podemos usar o método da conclusão falsa.
Desconsiderar o contexto
r: "Os clientes europeus de bancos suíços estão regularizando sua situação com o fisco de seus países."
b: "Os clientes brasileiros de bancos suíços não estão regularizando sua situação com o fisco brasileiro."
g: "O governo do Brasil não tem um programa que incite os clientes brasileiros de bancos suíços a
regularizar sua situação com o fisco brasileiro "
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
Observe que a premissa P2 é verdadeira, pois o antecedente b falso já garante que a condicional será
verdadeira. O valor lógico de g, portanto, pode ser V ou F.
Como o valor lógico de g é indiferente, podemos supor que seja V, por exemplo.
Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. Basta
que, por exemplo, b seja F, r seja V e g seja V. Logo, o argumento é inválido.
Gabarito: ERRADO.
(CESPE/MPOG/2015)
A partir dos argumentos apresentados pelo personagem Calvin na tirinha acima mostrada, julgue o
seguinte item.
Considere que o argumento enunciado por Calvin na tirinha seja representado na forma: “P: Se for
ignorante, serei feliz; Q: Se assistir à aula, não serei ignorante; R: Serei feliz; S: Logo, não assistirei à aula”,
em que P, Q e R sejam as premissas e S seja a conclusão, é correto afirmar que essa representação constitui
um argumento válido.
Comentários:
Como a conclusão é uma proposição simples, podemos usar o método da conclusão falsa.
Desconsiderar o contexto
Sejam as proposições simples:
i: "Serei ignorante."
f: "Serei feliz."
a: "Assistirei à aula."
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. Logo,
o argumento é inválido.
Gabarito: ERRADO.
(CESPE/Pol. Leg./2014) Caso as proposições P1, P2 e P4 sejam verdadeiras, será verdadeira a proposição
“o candidato X é eleito ou ele me dá um agrado antes da eleição”.
(CESPE/Pol. Leg./2014) O argumento cujas premissas sejam as proposições P1, P2, P3 e P4 e cuja
conclusão seja a proposição C será válido.
Comentários:
Questão 16
Como a conclusão é uma disjunção inclusiva, podemos usar o método da conclusão falsa.
Desconsiderar o contexto
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
Note que P2 não pode ser verdadeira, pois o antecedente v∧~e∧~a é verdadeiro (conjunção de temos
verdadeiros) e o consequente p é falso. Temos uma condicional da forma V→F, que é falsa.
Veja que não é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa.
O argumento, portanto, é válido. Isso significa que o gabarito é CERTO.
Questão 17
Como a conclusão é uma disjunção inclusiva, podemos usar o método da conclusão falsa.
Desconsiderar o contexto
Premissa P1: ~p
Premissa P2: v∧~e∧~a → p
Premissa P3: v∧e∧~b → p
Premissa P4: v
Conclusão C: a ∨ b
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
Na premissa P2, temos uma condicional com o consequente p falso. O antecedente deve ser falso, pois caso
contrário teríamos o caso da condicional falsa V→F. Isso significa que v∧~e∧~a é falso. Como v é verdadeiro
e ~a é verdadeiro, devemos ter ~e falso para a conjunção ser falsa. Logo, e é V.
Na premissa P3, temos uma condicional com o consequente p falso. Seu antecedente v∧e∧~b é verdadeiro,
pois todas já obtemos todas parcelas que compõem essa conjunção de três termos e elas são verdadeiras.
Logo, estamos diante de uma condicional V→F. Isso significa que a condicional P3 é falsa.
Não é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. O
argumento, portanto, é válido.
(CESPE/Agente PF /2014) Se Maria, em seu depoimento, disse que Paulo é inocente, e se Paulo for de
fato inocente, então é correto afirmar que Jair é culpado.
Comentários:
Questão 18
Desconsiderar o contexto
Sejam as proposições simples:
p: "Paulo é inocente."
o: "João é inocente."
r: "Jair é inocente"
j: "Todas as afirmações de José eram verdadeiras."
m: "Todas as afirmações de Maria eram falsas."
k: "Maria, em seu depoimento, disse que Paulo é inocente."
As premissas e a conclusão são:
P2: ~o → r
P3: ~r → (j ∧ m)
C: (k∧p)→~r
Observação: para descontextualizar o problema, tivemos que considerar que "inocente" é a negação de
"culpado".
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
Para a premissa 1 ser verdadeira, como o antecedente p é verdadeiro, o consequente não pode ser falso.
Logo, (~o ∨~r) deve ser verdadeiro. Como ~r é falso, ~o deve ser verdadeiro. Assim, o é F.
Para a premissa 2 ser verdadeira, como o antecedente é verdadeiro, o consequente não pode ser falso. Logo,
r é V.
A premissa 3 é verdadeira, pois trata-se de uma condicional com o antecedente (~r) falso.
Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. Logo,
o argumento é inválido. O gabarito, portanto, é ERRADO.
Questão 19
Desconsiderar o contexto
Premissa 1: P → Q∨R
Premissa 2: Q → ~R
Premissa 3: R → S∧~T
Conclusão: P→Q∨S∨T
Observação: para descontextualizar o problema, tivemos que considerar que "inocente" é a negação de
"culpado" e também que a negação de "Maria falou a verdade no depoimento" é " Todas as afirmações de
Maria eram falsas".
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
Para a premissa 1 ser verdadeira, o consequente deve ser verdadeiro, pois caso contrário teríamos o caso
V→F, que nos traz uma condicional falsa. Assim, Q∨R é verdadeiro. Como Q é falso, devemos ter que R é V.
Veja que a premissa 3 não pode ser verdadeira, pois temos o antecedente R verdadeiro com o consequente
S∧~T falso (pois S é falso).
Veja que não é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa.
O argumento, portanto, é válido. Isso significa que o gabarito é CERTO.
Comentários:
Desconsiderar o contexto
Sejam as proposições simples:
d: "O dólar vai subir."
e: "As exportações aumentarão."
i: "As importações diminuirão."
f: "A inflação aumentará."
b: "O BACEN aumentará a taxa de juros."
Observação: vamos tratar a proposição "a inflação diminuirá" como a negação de "a inflação aumentará".
Premissa I: d→(e∨i)
Premissa II: (e∧i)→f
Premissa III: b→~f
Conclusão: d→~f
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
Observe que a premissa II é verdadeira, pois trata-se de uma condicional com o consequente f verdadeiro.
Para a premissa III ser verdadeira, como o consequente ~f é falso, devemos ter o antecedente falso para não
cairmos no caso V→F. Logo, b é F.
Para a premissa I ser verdadeira, dado que o antecedente d é V, o consequente não pode ser falso, pois nesse
caso teríamos V→F. Assim, (e∨i) é verdadeiro. Poderíamos, por exemplo, escolher e verdadeiro e i
verdadeiro.
Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. Logo,
o argumento é inválido.
Gabarito: ERRADO.
(CESPE/SERPRO/2013) Ser síndico não é fácil. Além das cobranças de uns e da inadimplência de outros,
ele está sujeito a passar por desonesto.
A esse respeito, um ex-síndico formulou as seguintes proposições:
— Se o síndico troca de carro ou reforma seu apartamento, dizem que ele usou dinheiro do condomínio
em benefício próprio. (P1)
— Se dizem que o síndico usou dinheiro do condomínio em benefício próprio, ele fica com fama de
desonesto. (P2)
— Logo, se você quiser manter sua fama de honesto, não queira ser síndico. (P3)
Com referência às proposições P1, P2 e P3 acima, julgue o item a seguir.
A partir das premissas P1 e P2, é correto concluir que a proposição “Se o síndico ficou com fama de
desonesto, então ele trocou de carro” é verdadeira.
Comentários:
P1: t∨r → s
P2: s→ d
C: d→t
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
Na premissa P2, o consequente d é verdadeiro. Logo, o condicional é verdadeiro, o único caso em que ele
poderia ser falso é V→F. Para a premissa ser verdadeira, o valor de s é indiferente.
Na premissa P1, temos duas proposições simples cujos valores lógicos não foram determinados: r e s. Se
atribuirmos o valor verdadeiro para s e para r, temos que a premissa P1 é verdadeira.
Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. Logo,
o argumento é inválido.
Gabarito: ERRADO.
(CESPE/ANAC/2009) Uma companhia aérea está fazendo um projeto para implantar novos voos entre
cidades que ainda não dispõem de voos diários. Ficou decidido que:
voos que fizerem escala na cidade A, farão escala na cidade B;
voos que fizerem escalas na cidade B farão escala nas cidades C ou D;
voos que fizerem escala na cidade E não farão escala na cidade C.
Considerando essas informações, julgue o item subsequente.
Um voo que não faça escala em D poderá fazer escalas em A e E.
Comentários:
Perceba que a conclusão é uma condicional que pode ser escrita da forma "se [~D], então [A e E]". Como a
conclusão é uma condicional, podemos usar o método da conclusão falsa.
Desconsiderar o contexto
Premissa 1: A→B
Premissa 2: B→C ∨ D
Premissa 3: E→~C
Conclusão: ~D→A∧E
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
Para tentar obter um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa, vamos
usar o caso em que A é F e E é F. Se não for possível que as premissas sejam verdadeiras, ainda poderemos
tentar os dois casos VF e FV (com D falso), pois esses dois casos também mantém a conclusão falsa.
Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa: basta
que D, A, E e B sejam todos falsos. Logo, o argumento é inválido.
Gabarito: ERRADO.
Comentários:
Desconsiderar o contexto
P1: r∧d∧e∧t∧a → k
P2: k → f
C: d → f
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
Para a premissa P2 ser verdadeira, k é F, pois não podemos ter o antecedente k verdadeiro com o
consequente f falso.
Para a premissa P1 ser verdadeira, r∧d∧e∧t∧a é F, pois não podemos ter o antecedente r∧d∧e∧t∧a
verdadeiro com o consequente k falso.
Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. Para
tanto, além dos valores obtidos, basta que r∧d∧e∧t∧a seja falso, ou seja, basta que uma das cinco
proposições, r, d, e, t ou a sejam falsas. Temos, portanto, um argumento inválido.
Gabarito: ERRADO.
m: "Consumirei menos."
f: "Serei feliz."
e: "Ficarei menos estressado."
As premissas do argumento e a conclusão C são dadas por:
P1: a→ g∧t
P2: g→m
P3: m→~f
P4: t→e
P5: e→f
C: a→ f∧~f
Partir da hipótese que a conclusão é falsa
Sendo a conclusão falsa, a→ f∧~f é falso. Isso significa que a é V e f∧~f é falso. Observe que sempre a
conjunção de uma proposição com a sua negação é falsa, logo o fato de f∧~f ser falso não nos traz nenhuma
informação nova.
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
A premissa P1 é uma condicional verdadeira com o antecedente a verdadeiro. Logo, o consequente g∧t deve
ser verdadeiro, pois se o consequente fosse falso teríamos uma condicional falsa. Isso significa que g é V e
que t é V.
A premissa P2 é uma condicional verdadeira com o antecedente g verdadeiro. Logo, o consequente m é V,
pois se o consequente fosse falso teríamos uma condicional falsa.
A premissa P3 é uma condicional verdadeira com o antecedente m verdadeiro. Logo, o consequente ~f é V,
pois se o consequente fosse falso teríamos uma condicional falsa. Isso significa que f é F.
A premissa P4 é uma condicional verdadeira com o antecedente t verdadeiro. Logo, o consequente e é V,
pois se o consequente fosse falso teríamos uma condicional falsa.
Note que não é possível que a premissa P5 seja uma condicional verdadeira, pois temos o antecedente e
verdadeiro com o consequente f falso.
Não é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. O
argumento, portanto, é válido.
Gabarito: CERTO.
Pretende-se acrescentar ao conjunto de proposições P1, P2 e P3 uma nova proposição, P0, de modo que
o argumento formado pelas premissas P0, P1, P2 e P3, juntamente com a conclusão “A população não faz
justiça com as próprias mãos” constitua um argumento válido. Assinale a opção que apresenta uma
proposta correta de proposição P0.
a) Há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito.
b) Não há investigação ou o suspeito não é flagrado cometendo delito.
c) Não há investigação e o suspeito não é flagrado cometendo delito.
d) Se o suspeito é flagrado cometendo delito, então há punição de criminosos.
e) Se há investigação, então há punição de criminosos.
Comentários:
Pessoal, essa questão foge um pouco do comum. A questão pede qual premissa deve ser inserida no
argumento para que ele seja válido.
A conclusão é uma proposição simples. Podemos então aplicar o método da conclusão falsa.
Desconsiderar o contexto
Primeiramente, vamos montar o argumento utilizando letras para representar as proposições simples. Sejam
as proposições simples:
i: "Há investigação"
O argumento fica:
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
P1: temos que o consequente da condicional p é F. Para P1 ser verdadeira, a disjunção i ∨ f deve ser falsa.
Logo, i é F e f é F.
Até agora todas as premissas podem ser verdadeiras mantendo a conclusão falsa.
Observe que a questão quer um argumento válido. Como estamos aplicando o método da conclusão falsa,
devemos fazer com que não seja possível que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão
falsa.
Observe a letra A:
Se incluirmos a letra A na premissa P0, então essa premissa i ∨ f, de acordo com os resultados obtidos, deve
ser falsa se mantivermos a conclusão falsa.
Nesse caso, teremos um argumento válido, pois não é possível que todas as premissas sejam verdadeiras
mantendo a conclusão falsa.
Gabarito: Letra A.
(CESPE/TRT 10/2013) Será válido o argumento em que as premissas sejam as proposições P2, P3 , P4 e
P5 e a conclusão seja a proposição “Se você praticar exercícios físicos regularmente e tiver uma dieta
balanceada, não sentirá dores na região lombar”.
(CESPE/TRT 10/2013) De acordo com as informações apresentadas, estar com a estrutura muscular
fraca ou com sobrepeso é condição suficiente para o paciente sentir dores na região lombar.
Comentários:
Questão 26
P2: m∨s → c
P3: c → l
P4: e → ~m
P5: d → ~s
C: e∧ d→ ~l
Considerando que a conclusão é falsa, temos o antecedente e∧ d verdadeiro e o consequente ~l falso. Logo,
e é V, d é V e l é V.
Tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa
Perceba que as premissas P4 e P5 apresentam um antecedente verdadeiro. Para elas serem verdadeiras, o
consequente delas não pode ser falso, pois senão cairíamos no caso V→F, que é um condicional falso. Logo,
~m é V e ~s é V. Consequentemente, m é F e s é F.
A premissa P3 é verdadeira independentemente do valor de c, pois seu consequente l é verdadeiro.
A premissa P2 é verdadeira independentemente do valor de c, pois seu antecedente m∨s é falso.
Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. Logo,
o argumento é inválido. O gabarito, portanto, é ERRADO.
Questão 27
Ao dizer "de acordo com as informações apresentadas", pereba que a questão quer que consideremos as
afirmativas como sendo verdadeiras (premissas).
Além disso, a questão pergunta se "estar com a estrutura muscular fraca ou com sobrepeso é condição
suficiente para o paciente sentir dores na região lombar". Isso significa que a questão quer saber se m∨s é
condição necessária para l. Em outras palavras, o problema pergunta se podemos concluir m∨s → l.
P1: o ∧ p
P2: m∨s → c
P3: c → l
P4: e → ~m
P5: d → ~s
C: m∨s → l
Ao aplicar o método da transitividade do condicional, observe que conclusão é uma consequência direta
das premissas P2 e P3. Logo, considerando as premissas verdadeiras, a conclusão é verdadeira. Observe:
Comentários:
Sejam as proposições:
p: "Andar rápido faz bem."
q: "Coelhos não morrem cedo."
A questão pede uma premissa para ser incluída junto à premissa p→q para que o argumento seja válido com
a conclusão ~p.
Sabemos que o argumento Modus Tollens é sempre válido e, se incluirmos a premissa ~q, teremos essa
regra de inferência. Veja:
Premissa 1: p→q
Premissa 2: ~q
Conclusão: ~p
(CESPE/MPE TO/2006) Considere uma argumentação em que as duas proposições simbólicas abaixo
são premissas, isto é, têm avaliação V.
1. (A∧¬B) → C
2. ¬C
Neste caso, se a conclusão for a proposição (¬A∨B), tem-se uma argumentação válida
Comentários:
A questão apresenta um condicional e a negação do consequente dessa condicional como premissas.
Sabemos que, por Modus Tollens, uma conclusão que torna o argumento válido é a negação do antecedente.
Vamos então negar o antecedente:
~(A∧~B)
Por De Morgan, temos:
~A∨~ (~B)
A dupla negação de uma proposição é a própria proposição original. Logo:
~A∨B
A conclusão obtida é a conclusão que o enunciado afirma.
Gabarito: CERTO.
Comentários:
Não podemos utilizar o método da conclusão falsa, pois temos conjunções como possíveis conclusões nas
alternativas. Também não é o caso de utilizar o método da transitividade da condicional, pois as possíveis
conclusões apresentadas não são condicionais. Usar o método fundamental nos traria uma questão tipo B,
que é um pouco mais demorada.
P1: (M∨~G)→(C∧~I),
P2: I→(~C∧G),
P3: G→M
P4: ~C∨M
Observe a premissa 3. Utilizando a equivalência lógica da transformação da condicional em disjunção
inclusiva, temos:
G→M ≡ ~G∨M
Pela propriedade comutativa, podemos permutar os termos ~G e M. Nossa premissa 3 fica:
M∨~G
Note que a premissa 3, que é verdadeira, é o antecedente da condicional da premissa 1!
Para a premissa 1 ser verdadeira, como temos o antecedente verdadeiro, o consequente não pode ser falso,
pois nesse caso teríamos V→F. Logo, C∧~I é verdadeiro. Portanto, C é V e I é F.
Pela premissa 4, para disjunção inclusiva ser verdadeira, ao menos um termo deve ser verdadeiro. Como ~C
é falso, temos que M é V.
Resta-nos obter G. Observe que essa proposição simples aparece apenas nas proposições 1 e 3.
A partir da proposição 3 não podemos obter o valor de G, pois como o consequente M é V, a condicional já
é verdadeira independentemente do valor de G. Da proposição 1 também não se pode obter o valor de G.
Logo, quanto a G, nada podemos afirmar.
Vamos verificar a alternativa que apresenta uma proposição verdadeira:
a) M∧~I - conjunção verdadeira, pois M e ~I são verdadeiros. Este é o gabarito.
b) ~C∧I - conjunção falsa, pois ambos os termos são falsos.
c) G∧~M - conjunção falsa, pois M é falso.
d) M∧~C - conjunção falsa, pois ambos os termos são falsos.
e) C∧G - conjunção falsa, pois apesar de C ser verdadeiro, nada podemos afirmar de G.
Gabarito: Letra A.
==2bf42a==
(CESPE/Pref. B dos Coqueiros/2020) Paulo, Pedro e João têm, cada um, uma única profissão.
Sabe-se que:
• se Paulo é pedreiro, então Pedro não é porteiro;
• se Pedro não é porteiro, então João é encanador.
Com base nessas informações, sabendo-se que João não é encanador, conclui-se que
a) Pedro é porteiro e Paulo não é pedreiro.
b) Pedro é porteiro e Paulo é pedreiro.
c) Pedro não é porteiro e Paulo é pedreiro.
d) Pedro não é porteiro, mas não se sabe se Paulo é ou não pedreiro.
e) Pedro é porteiro, mas não se sabe se Paulo é ou não pedreiro.
(CESPE/PC ES/2011) Para descobrir qual dos assaltantes — Gavião ou Falcão — ficou com o dinheiro
roubado de uma agência bancária, o delegado constatou os seguintes fatos:
F1 – se Gavião e Falcão saíram da cidade, então o dinheiro não ficou com Gavião;
F2 – se havia um caixa eletrônico em frente ao banco, então o dinheiro ficou com Gavião;
F3 – Gavião e Falcão saíram da cidade;
F4 – havia um caixa eletrônico em frente ao banco ou o dinheiro foi entregue à mulher de Gavião.
Considerando que as proposições F1, F2, F3 e F4 sejam verdadeiras, julgue o item subsequente, com base
nas regras de dedução.
A proposição “O dinheiro foi entregue à mulher de Gavião” é verdadeira.
(CESPE/TRT 17/2009) Considere que cada uma das proposições seguintes tenha valor lógico V.
I. Tânia estava no escritório ou Jorge foi ao centro da cidade.
II. Manuel declarou o imposto de renda na data correta e Carla não pagou o condomínio.
III. Jorge não foi ao centro da cidade.
A partir dessas proposições, é correto afirmar que a proposição “Tânia não estava no escritório” tem,
obrigatoriamente, valor lógico V.
(CESPE/TRE MA/2009) Gilberto, gerente de sistemas do TRE de determinada região, após reunir-se com
os técnicos judiciários Alberto, Bruno, Cícero, Douglas e Ernesto para uma prospecção a respeito do uso
de sistemas operacionais, concluiu que:
• Se Alberto usa o Windows, então Bruno usa o Linux;
• Se Cícero usa o Linux, então Alberto usa o Windows;
• Se Douglas não usa o Windows, então Ernesto também não o faz;
• Se Douglas usa o Windows, então Cícero usa o Linux.
Com base nessas conclusões e sabendo que Ernesto usa o Windows, é correto concluir que
a) Cícero não usa o Linux.
b) Douglas não usa o Linux.
c) Ernesto usa o Linux.
d) Alberto usa o Linux.
e) Bruno usa o Linux.
(CESPE/TRE MG/2009) A eleição do presidente de uma associação esportiva é realizada em dois turnos.
No primeiro turno, cada sócio é consultado e indica um nome de sua preferência, escolhido entre os seus
pares e que satisfaça os requisitos estabelecidos. Concorrem como candidatos no segundo turno os cinco
sócios que receberem mais indicações no primeiro turno. O presidente é então escolhido, desse conjunto
de cinco candidatos, pelos membros de um colégio eleitoral formado pelos sócios Edmundo, Gilvan,
Roberto, Cláudio e Lourenço. O presidente eleito é aquele que recebe a maioria simples dos votos secretos
do colégio eleitoral. Nas últimas eleições dessa associação esportiva, no primeiro turno, foram indicados
os candidatos Antônio, Benedito, Carlos, Douglas e Eduardo. Para o segundo turno, um dos sócios analisou
a conjuntura e formulou as afirmações seguintes.
I. Se Edmundo votou em Antônio, então Gilvan não votou em Benedito.
II. Se Cláudio não votou em Douglas, então Edmundo votou em Antônio.
III. Nem Roberto votou em Carlos, nem Lourenço votou em Eduardo.
IV. Gilvan votou em Benedito ou Roberto votou em Carlos.
Com base nessas informações, assinale a opção correta.
GABARITO – CEBRASPE
(CESPE/SERPRO/2013) Ser síndico não é fácil. Além das cobranças de uns e da inadimplência de outros,
ele está sujeito a passar por desonesto.
A esse respeito, um ex-síndico formulou as seguintes proposições:
— Se o síndico troca de carro ou reforma seu apartamento, dizem que ele usou dinheiro do condomínio
em benefício próprio. (P1)
— Se dizem que o síndico usou dinheiro do condomínio em benefício próprio, ele fica com fama de
desonesto. (P2)
— Logo, se você quiser manter sua fama de honesto, não queira ser síndico. (P3)
Com referência às proposições P1, P2 e P3 acima, julgue o item a seguir.
Considerando que P1 e P2 sejam as premissas de um argumento de que P3 seja a conclusão, é correto
afirmar que, do ponto de vista lógico, o texto acima constitui um argumento válido.
(CESPE/FUNPRESP-JUD/2016) Julgue o item a seguir, a respeito das maneiras de pensar com argumentos
racionais.
Considere o seguinte silogismo:
Em cada mão, os seres humanos têm quatro dedos.
Em cada pé, os seres humanos têm três dedos.
Logo, os seres humanos têm mais dedos nas mãos que nos pés.
No silogismo apresentado, a conclusão é uma consequência das premissas.
(CESPE/PC DF/2013)
P1: Se a impunidade é alta, então a criminalidade é alta.
P2: A impunidade é alta ou a justiça é eficaz.
P3: Se a justiça é eficaz, então não há criminosos livres.
P4: Há criminosos livres.
C: Portanto a criminalidade é alta.
Considerando o argumento apresentado acima, em que P1, P2, P3 e P4 são as premissas e C, a conclusão,
julgue o item subsequente.
O argumento apresentado é um argumento válido.
(CESPE/STJ/2015) Mariana é uma estudante que tem grande apreço pela matemática, apesar de achar
essa uma área muito difícil. Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é aprovada nas
disciplinas de matemática que cursa na faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina
chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela não tem tempo suficiente para estudar e não
será aprovada nessa disciplina.
A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, acerca das
estruturas lógicas.
Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela
aprende o conteúdo de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de Química Geral, então ela
é aprovada em Química Geral”; c: “Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar que o
argumento formado pelas premissas p e q e pela conclusão c é um argumento válido.
(CESPE/MIN/2013) Ao comentar a respeito da qualidade dos serviços prestados por uma empresa, um
cliente fez as seguintes afirmações:
P1: Se for bom e rápido, não será barato.
P2: Se for bom e barato, não será rápido.
P3: Se for rápido e barato, não será bom.
Com base nessas informações, julgue o item seguinte.
Um argumento que tenha P1 e P2 como premissas e P3 como conclusão será um argumento válido.
(CESPE/MDIC/2014)
P1: Os clientes europeus de bancos suíços estão regularizando sua situação com o fisco de seus países.
P2: Se os clientes brasileiros de bancos suíços não fazem o mesmo que os clientes europeus, é porque o
governo do Brasil não tem um programa que os incite a isso.
Considerando que as proposições P1 e P2 apresentadas acima sejam premissas de um argumento, julgue
o item a seguir, relativo à lógica de argumentação.
O argumento formado pelas premissas P1 e P2 e pela conclusão “Os clientes brasileiros de bancos suíços
não estão regularizando sua situação com o fisco de seu país.” é um argumento válido.
(CESPE/MPOG/2015)
A partir dos argumentos apresentados pelo personagem Calvin na tirinha acima mostrada, julgue o
seguinte item.
Considere que o argumento enunciado por Calvin na tirinha seja representado na forma: “P: Se for
ignorante, serei feliz; Q: Se assistir à aula, não serei ignorante; R: Serei feliz; S: Logo, não assistirei à aula”,
em que P, Q e R sejam as premissas e S seja a conclusão, é correto afirmar que essa representação constitui
um argumento válido.
(CESPE/Pol. Leg./2014) Caso as proposições P1, P2 e P4 sejam verdadeiras, será verdadeira a proposição
“o candidato X é eleito ou ele me dá um agrado antes da eleição”.
(CESPE/Pol. Leg./2014) O argumento cujas premissas sejam as proposições P1, P2, P3 e P4 e cuja
conclusão seja a proposição C será válido.
(CESPE/Agente PF /2014) Se Maria, em seu depoimento, disse que Paulo é inocente, e se Paulo for de
fato inocente, então é correto afirmar que Jair é culpado.
(CESPE/SERPRO/2013) Ser síndico não é fácil. Além das cobranças de uns e da inadimplência de outros,
ele está sujeito a passar por desonesto.
A esse respeito, um ex-síndico formulou as seguintes proposições:
— Se o síndico troca de carro ou reforma seu apartamento, dizem que ele usou dinheiro do condomínio
em benefício próprio. (P1)
— Se dizem que o síndico usou dinheiro do condomínio em benefício próprio, ele fica com fama de
desonesto. (P2)
— Logo, se você quiser manter sua fama de honesto, não queira ser síndico. (P3)
Com referência às proposições P1, P2 e P3 acima, julgue o item a seguir.
A partir das premissas P1 e P2, é correto concluir que a proposição “Se o síndico ficou com fama de
desonesto, então ele trocou de carro” é verdadeira.
==2bf42a==
(CESPE/ANAC/2009) Uma companhia aérea está fazendo um projeto para implantar novos voos entre
cidades que ainda não dispõem de voos diários. Ficou decidido que:
• voos que fizerem escala na cidade A, farão escala na cidade B;
• voos que fizerem escalas na cidade B farão escala nas cidades C ou D;
• voos que fizerem escala na cidade E não farão escala na cidade C.
Considerando essas informações, julgue o item subsequente.
Um voo que não faça escala em D poderá fazer escalas em A e E.
(CESPE/TRT 10/2013) Será válido o argumento em que as premissas sejam as proposições P2, P3 , P4 e
P5 e a conclusão seja a proposição “Se você praticar exercícios físicos regularmente e tiver uma dieta
balanceada, não sentirá dores na região lombar”.
(CESPE/TRT 10/2013) De acordo com as informações apresentadas, estar com a estrutura muscular
fraca ou com sobrepeso é condição suficiente para o paciente sentir dores na região lombar.
(CESPE/MPE TO/2006) Considere uma argumentação em que as duas proposições simbólicas abaixo
são premissas, isto é, têm avaliação V.
1. (A∧¬B) → C
2. ¬C
Neste caso, se a conclusão for a proposição (¬A∨B), tem-se uma argumentação válida
GABARITO – CEBRASPE