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SETEMBRO
FICHA TÉCNICA

Elaboração da Cartilha
Psicólogo Diego M. de Matos Silva

Projeto Gráfico
Psicólogo Diego M. de Matos Silva
Eduardo Santos

Apoio
PRECISAMOS FALAR
SOBRE O SUICÍDIO!

Suicídio não é frescura e nem um modo de chamar atenção.


É um grito de socorro para quem não encontra solução!

Quem tenta suicídio não quer morrer.


Quer se ver livre do que tanto lhe faz sofrer.

Se você precisa de ajuda, eis me aqui para lhe ajudar!


Posso te indicar um(a) psicólogo(a) e até mesmo, quem nada
vai lhe cobrar!

Psicólogo Diego M. de Matos Silva


As informações e dados utilizados para a construção
desse Guia foram adaptados principalmente de três
referências: Prevenção do Suicídio: Manual dirigido a
profissionais das equipes de saúde mental – Ministério
da Saúde de 2006; Suicídio e os desafios para a
Psicologia; e Cartilha Falando Abertamente Sobre
Suicídio, do CVV.
Este Guia foi produzido pelo Psicólogo Diego Marques
de Matos Silva (CRP-09/14942) e tem como objetivo
prevenir as tentativas de suicídio e suicídio pela
comunidade, pois compreendemos que o aumento
de informações apropriadas são fundamentais para
salvar vidas.
Por que Setembro Amarelo?

Setembro é o mês mundial de prevenção do suicídio. No


Brasil, desde 2015, foi criada a campanha Setembro
Amarelo, uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida
(CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A ideia é
promover eventos que abram espaço para debates sobre
saúde mental e suicídio, alertando a população sobre a
importância de sua discussão sobre o tema.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC


Como podemos definir o Suicídio?

Segundo o CVV, suicídio é um gesto de autodestruição,


realização do desejo de morrer ou de dar fim à própria
vida. É uma ação que tem graves implicações sociais.
Ainda segundo o CVV, a cada 40 segundos uma pessoa
se mata no mundo, totalizando quase um milhão de
pessoas todos os anos. Estima-se que de 10 a 20 milhões
de pessoas tentam suicídio a cada ano.

O sentimento e o impulso são normais?

Segundo o CVV, pensar em suicídio faz parte da


natureza humana e é estimulada pela possibilidade de
escolha. O impulso também é uma reação natural,
porém é mais comum nas pessoas que estão exaustas e
emocionalmente fragilizadas diante de alguma situação
que estão expostas e que pode despertar pensamentos
suicidas.

O suicídio pode ser prevenido?

Sim. Segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde,


90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos, desde
que existam condições mínimas para oferta de ajuda
voluntária e profissional.
Porque o suicídio é considerado um problema de saúde
pública?

> O suicídio é uma das 10 maiores causas de morte em todos


os países. É uma das três maiores causas de morte na faixa de
15 a 29 anos. O impacto psicológico e social em famílias e na
sociedade é imensurável. Em média, um suicídio afeta pelo
menos outras seis pessoas.

> Em geral, homens cometem mais suicídio do que as


mulheres, embora elas apresentem maior número de
tentativas;

> Estima-se que cerca de 90% dos indivíduos que puseram fim
às suas vidas cometendo suicídio tinham algum transtorno
mental e que, na época, 60% deles estavam deprimidos;

> A quantidade de tentativas é de 10 a 20 vezes mais alta que


a de mortes;

> A redução da perda de vidas devido a suicídios tornou-se


um objetivo internacional essencial em saúde mental. A meta
de ação de Saúde Mental da OMS era a redução em 10% até
2020.

> Aproximadamente 55% das pessoas que se suicidam nunca


se consultaram com um profissional de saúde mental e 80%
foram a um médico no mês anterior ao suicídio.
As pessoas que tentam suicídio pedem socorro?

Sim, é normal pedir ajuda em momentos criticos quando


o suicídio parece uma saída. A vontade de viver aparece
sempre, resistindo ao desejo de se autodestruir. De
forma inesperada, as pessoas se veem diante de
sentimentos opostos, o que faz com que considerem a
possibilidade de lutar para continuar vivendo. Encontrar
alguém que tenha disponibilidade para ouvir e
compreender os sentimentos e pensamentos suicidas
fortalece as intenções de viver. Por isso é importante
oferecer ajuda e aconselhar à procura de apoio médico.
Mitos e Verdades
sobre o Suicídio

MITO: QUEM QUER SE MATAR NÃO AVISA, FAZ


MITO. Estudos apontam que cerca de 80% das pessoas que cometem
suicídio pedem ajuda, de forma explícita ou não. Em momentos críticos,
quando o suicídio parece uma saída, a vontade de viver resiste ao desejo
da autodestruição. Encontrar alguém para ouvir e compreender os
sentimentos e pensamentos suicidas fortalece a intenção de viver.
(Fonte: "Cartilha Falando Abertamente Sobre Suicídio", do CVV).

MITO: FALAR SOBRE SUICÍDIO PODE


INCENTIVAR MAIS SUICÍDIOS
MITO. A primeira medida preventiva é a educação: é preciso deixar de ter
medo de falar sobre o assunto, derrubar tabus e compartilhar
informações ligadas ao tema. Como já aconteceu no passado, por
exemplo, com doenças sexualmente transmissíveis ou câncer, a
prevenção tornou-se realmente bem sucedida quando as pessoas
passaram a conhecer melhor esses problemas. Saber quais as principais
formas de ajudar pode ser o primeiro passo para reduzir as taxas de
suicídio no Brasil, onde 32 pessoas por dia tiram a própria vida. (Fonte:
"Cartilha Falando Abertamente Sobre Suicídio", do CVV).
MITO: QUEM PENSA EM SUICÍDIO JÁ DESISTIU
DE VIVER
MITO. No momento em que tem ideias suicidas, a pessoa combina dois
ou mais sentimentos ou ideias conflituosas. É um estado interior
chamado de ambivalência. Ela se sente esquecida ou ignorada e tem a
sensação de estar só - uma solidão sentida como um isolamento
insuportável. Muita gente tem o desejo de revide ou imposição do
mesmo sentimento negativo aos outros, querendo que sintam o mesmo
que ela. Outras pessoas sentem vontade de desaparecer, fugir ou ir para
um lugar ou situação melhor. Quase sempre, sentem uma necessidade
de alcançar a paz, descanso ou um final imediato aos tormentos que não
terminam. Resumindo, quer parar de sofrer e não necessariamente
morrer. (Fonte: "Cartilha Falando Abertamente Sobre Suicídio", do CVV).

VERDADE: PENSAR EM SUICÍDIO É COMUM


VERDADE. As razões podem ser bem diferentes, porém muito mais
gente do que se imagina já teve esta intenção. Segundo estudo realizado
pela UNICAMP, 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram
seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a
elaborar um plano para isso. Ou seja, em uma sala com 30 pessoas, 5
delas já pensaram em suicídio. (Fonte: "Cartilha Falando Abertamente
Sobre Suicídio", do CVV).
VERDADE: O SUICÍDIO ESTÁ VINCULADO A
ALGUM TRANSTORNO MENTAL
VERDADE. O suicídio resulta de uma crise de duração maior ou menor,
que varia de pessoa para pessoa. Especialistas em saúde mental podem
identificar sintomas de transtorno mental na maioria das pessoas que
optaram pelo suicídio ou fizeram tentativas, sendo que os sintomas
podem ser leves, moderados ou severos. Os principais transtornos são:
depressão, dependência química, esquizofrenia.
Seja qual for o transtorno e sua gravidade, sempre haverá um momento
crítico que pode ser superado e, o principal, as pessoas correm menos
risco de se matar quando aceitam ajuda. (Fonte: "Cartilha Falando
Abertamente Sobre Suicídio", do CVV).

VERDADE: QUEM ESTÁ POR PERTO PODE


AJUDAR ALGUÉM QUE PENSA EM SUICÍDIO
VERDADE. É preciso perder o medo de se aproximar das pessoas e
oferecer ajuda. A pessoa que está em crise suicida se percebe sozinha e
isolada. Se um amigo se aproximar e perguntar "tem algo que eu possa
fazer para te ajudar?", a pessoa pode sentir abertura e desabafar. Nessa
hora, ter alguém para conversar pode fazer toda a diferença. E qualquer
um pode ser esse "ombro amigo", que ouve sem fazer críticas ou dar
conselhos. Quem decide ajudar não deve se preocupar com o que vai
falar. O importante é estar preparado para ouvir e respeitar o momento e
a forma de pensar desta pessoa. (Fonte: "Cartilha Falando Abertamente
Sobre Suicídio", do CVV) .
VERDADE: O SUICÍDIO É PREVENÍVEL
VERDADE. Segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, 90% dos
casos de suicídio podem ser prevenidos, desde que existam condições
mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional. (Fonte: "Cartilha
Falando Abertamente Sobre Suicídio", do CVV).
Não podemos e não devemos ignorar o
suicídio

Segundo o Conselho Federal de Psicologia


(CFP, 2013) mais de um milhão de pessoas
tiram a própria vida todos os anos no mundo.
Diego M. de Matos Silva Trata-se de um problema social de grande
Psicólogo Clínico e relevância para a saúde pública, e que pode
Organizacional ser evitado.
CRP- 09/14942 Após realizar algumas palestras em
Graduado em Psicologia prevenção ao suicídio em alguns colégios
pela Universidade em Goiânia, percebi que o suicídio ou a
Salgado de Oliveira ideação suicida é bem mais frequente do
(Goiânia-Go); que eu pudesse imaginar. Em algumas
Pós Graduando em escolas fiz uma pergunta chave cuja resposta
Terapia Sistêmica de e percentual dos que respondiam positivo a
Família e Casal pelo ela, era em até 75%, a pergunta era: Quem
CEAPG Goiânia. aqui por não se sentir amado já pensou ou
tem pensado em suicídio? Levante a mão!
Naquela ocasião presenciei crianças de até 11
anos de idade aos prantos levantarem as
mãos. Educadores e pais que já haviam
perdido as esperanças se manifestavam
nesta hora, e então percebi que não existe
uma idade, crença, raça ou religião, o suicídio
faz parte da natureza humana!
Apesar dos fatores que contribuem para o
suicídio variarem entre grupos demográficos
e populações específicas, os mais vulneráveis
são os jovens, os mais idosos e os
socialmente isolados, assim como afirma o
CFP (2013).
O Comportamento suicida e o suicídio podem ocorrer como
consequências de diversos fatores, como: a perda de emprego, estresse
financeiro, isolamento social, situações negativas durante a gravidez ou
na família, consequências de transtornos psicológicos como depressão,
bipolaridade, abuso sexual, abuso de substâncias, etc.
E todos estes fatores são preocupantes pois leva o indivíduo a sentir
não pertencente e abandonado, e uma vez que estes sentimentos estão
presentes ocorre a inibição da resiliência!
Mas o que venha ser resiliência?
Para a Física: “Propriedade de um corpo recuperar sua forma original
após sofrer um choque ou deformação”
Resiliência, no caso de seres humanos, não é sinônimo de ser
inabalável, impassível, inalterável. Mas resiliente é aquele que apesar das
adversidades consegue ter uma postura otimista, atitude positiva e
produtiva. Não se trata de não cair. Mas, sim, da capacidade de levantar!
Já dizia Jean Paul Sartre: Não importa o que fizeram com você. O que
importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.
É possível desenvolver resiliência ou ela é uma característica inata do
ser humano?
-Sim. É possível desenvolver resiliência, mas antes, é preciso identificar
em que área da vida ela te falta: No Financeiro (Econômico); Na Saúde
(Físico); Nos Relacionamentos (Socioafetiva); No trabalho (Intelectual);
No Profissional; Espiritual?
A resiliência é determinante para a postura que teremos frente aos
desafios da vida! Mas e quando ela se foi? E quando ela foi tomada pelo
vazio existencial? E quando em todas as esferas biopsicossocioespiritual
a pessoa já foi afetada?
- É preciso entender que a melhor maneira de lidar com o suicídio ou
com a ideação suicida é buscando ajuda multiprofissional e
multidisciplinar, é preciso ser trabalhado todos os fatores: biológico,
psicológico, social e espiritual. Resiliência se adquire a partir do
repertório de enfrentamento!
Onde Procurar Ajuda?

A partir do dia 01/07/2018 tornou-se gratuito a ligação ao


número (188) do Centro de Valorização da Vida (CVV). O
orgão sem fins lucrativos funciona desde 1962, é
dedicado a escutar qualquer pessoa que esteja passando
por dificuldades, funcionando como uma prevenção ao
suicídio.

O CVV atende voluntária e gratuitamente todas as


pessoas que querem e precisam conversar, sob total
sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.

Busque ajuda! Procure um psicólogo, Faça terapia!


Procure o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de sua
cidade!

#Ligue gratuitamente 188

Todos pela vida


REFERÊNCIAS

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção do suicídio: manual


dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. Brasília: [...],
2006.

2. Centro de Valorização da Vida. Falando abertamente sobre


suicídio, 2017. Disponível em: https://www.cvv.org.br/wp-
content/uploads/2017/05/Falando-Abertamente-CVV-2017.pdf.
Acesso em: 17 Agosto 2021.

3. O Suicídio e os desafios para a Psicologia/ Conselho Federal


de Psicologia. Brasília: CFP, 2013.
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@diegomarquespsi

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