Unifacisa 2024 - P9 - Pediatria - Dezembro - Com Gabarito
Unifacisa 2024 - P9 - Pediatria - Dezembro - Com Gabarito
Unifacisa 2024 - P9 - Pediatria - Dezembro - Com Gabarito
Gabarito: c
2. Um menino, com 8 anos de idade, vem ao ambulatório levado pela mãe com queixa de baixa
estatura. Ele diz que é o mais baixo dos seus amigos, e a mãe acha que ele está crescendo pouco. A
estatura do paciente é de 120cm, estando no escore Z -1 na curva da estatura. Em relação ao caso
clínico descrito e aos conhecimentos médicos relacionados, julgue o item a seguir. Um paciente com
velocidade de crescimento adequada, estatura final dentro do alvo parental e uma IO levemente
atrasada em relação à cronológica tem mais tempo para crescer, ocasionando maior ganho
estatural.
a) certo
b) errado
Gabarito: a
Comentário: Incorreta. Essa síndrome consiste em mulheres que não formam útero, mas os genitais
externos são normais.
Gabarito: a
4. Menino, 1 ano e 10 meses, comparece à consulta de puericultura e a mãe refere que ele não fala
nenhuma palavra, mas entende ordens e aponta o que quer. Na consulta, permaneceu muito atento
ao celular, interagindo pouco com o entorno e com as pessoas. Quando solicitado, removeu seus
sapatos com ajuda, empilhou 3 potes, apontou algumas figuras de animais e objetos e chutou bola.
Não emitiu palavras durante a consulta. No prontuário da criança constava crescimento e
desenvolvimento adequados até 1 ano e 2 meses de idade, quando o atendimento foi interrompido
devido à pandemia. Criança nascida a termo, sem referências de intercorrências no pré-natal e no
parto. Testes de triagem neonatal normais. Qual é a conduta mais adequada?
Comentário: Incorreta. Essas informações já foram coletadas, e o ideal seria solicitar uma avaliação
audiológica antes de encaminhar para fonoaudiólogo.
c) Encaminhar para serviço de psiquiatria para realização do checklist para autismo em crianças
pequenas.
Comentário: Incorreta. O pediatra pode realizar o checklist para avaliação de autismo, a triagem não
precisa ser feita pelo especialista.
Gabarito: d
5. Adolescente, masculino, 13 anos, é avaliado pelo pediatra devido a queixa de baixa estatura. Não
há relato de doença crônica, alterações alimentares ou lesões do sistema nervoso central. Gráfico de
crescimento mostra altura e peso abaixo e paralelos ao escore-z - 2 nos últimos 3 anos. A altura-alvo
é no escore z 0. A idade óssea é três anos mais baixa do que a idade cronológica. Exame físico: idade
aparente é inferior à referida e o estágio puberal de Tanner é G1/P1. O diagnóstico para essa baixa
estatura é:
a) genética.
b) constitucional.
c) hipotireoidismo.
d) genética e constitucional.
Comentário: Gabarito oficial. A questão diz que o paciente não tem relato de doença crônica e não
dá nenhum resultado de exame, por isso não podemos falar em hipotireoidismo. O paciente
apresenta baixa estatura, pois está no Z escore -2 e, como tem idade óssea está atrasada em 3 anos
e o paciente não está em puberdade G1P1, uma possível causa é o retardo constitucional de
crescimento.
Gabarito: d
a) Curva glicêmica
Comentário: Incorreta, alta estatura não tem relação com glicemia aos 4 anos.
b) Ultrassonografia pélvica
Comentário: Incorreta, a ultrassonografia pélvica poderia ser solicitada para ver presença de
tumores, endométrio e etc. Porém ela não é fundamental para iniciar a investigação de uma
provável puberdade precoce central. Nesse caso temos o sinal do crescimento acelerado muito mais
proeminente que o surgimento de caracteres sexuais secundários, portanto nos remete a uma causa
central, como por exemplo um hamartoma, tumor do SNC produtor de GnRh que estimula a
produção de Gh, e também de LH e FSH
c) Ultrassonografia de adrenal
Comentário: Incorreta, a ultrassonografia adrenal poderia ser solicitada para ver presença de
tumores, mas seria mais indicada se sinais proeminente de adrenarca precoce. Porém ela não é
fundamental para iniciar a investigação de uma provável puberdade precoce central. Nesse caso
temos o sinal do crescimento acelerado muito mais proeminente que o surgimento de caracteres
sexuais secundários, portanto nos remete a uma causa central, como por exemplo um hamartoma,
tumor do SNC produtor de GnRh que estimula a produção de Gh, e também de LH e FSH
Comentário: Incorreta, a função tireoidiano pode até ser solicitada futuramente para avaliar se o
TSH está aumentado, porém não é fundamental. Caso acima se refere a puberdade precoce central
Comentário: Correta, menina com sinal de caracter sexual eminente (odor nas axilas), e crescimento
muito acelerado para idade cronológica, devemos pensar em puberdade precoce, nesse caso, mais
de causa central (provável tumor do SNC produtor de GnRH), devido ao crescimento mais
proeminente que os caracteres sexuais secundários, portanto, para corroborar essa hipótese,
devemos pedir uma radiografia para idade óssea, pois na puberdade precoce central temos que:
idade óssea > idade estatura > idade cronológica. Assim temos como avaliar também o risco de
perda estatura.
Gabarito: e
a) A1 / B2 / C3 / D4
b) A2 / B1 / C4 / D3
Comentário: A resposta está correta. Nos casos de meningite bacteriana a amamentação deve ser
interrompida por 24 a 96 horas após o início da terapia e melhora clínica. Na coqueluche, a
amamentação deve ser interrompida por 5 dias após o início da terapia. Em casos de infecção por
citomegalovírus o aleitamento materno deve ser interrompido se o recém-nascido for menor de
1500g ou menor que 30 segundos. Nos casos de sarampo mãe e recém-nascido devem ser
separados, a amamentação suspensa por 4 dias e o bebê pode receber leite materno ordenhado cru.
É importante lembrar que o leite materno é a principal e melhor forma de nutrição para recém-
nascidos e lactentes, mas em algumas condições maternas pode ser necessário interromper a
amamentação.
c) A4 / B1 / C3 / D2
d) A2 / B4 / C1 / D3
Gabarito: b
8. Lactente de 20 dias, vem para primeira consulta na UBS. Foi nascido a termo, sem intercorrências
por parto vaginal. Peso do nascimento 2.660 g, comprimento 48 cm. Peso na alta hospitalar de 2.400
g (com 72h de vida). Iniciado o aleitamento materno na primeira hora de vida. Mãe referiu certa
dificuldade nos primeiros 5 dias, mas agora refere que a criança mama bem. Oferta as duas mamas
em livre demanda. Apresentando diurese adequada. Evacuando a cada 2 dias, fezes pastosas em
grande quantidade, sem dor. Peso de hoje: 2.990 g, comprimento 49 cm. Sobre os dados
apresentados na história, assinale a alternativa correta.
a) Lactente com ganho de peso inadequado, rever pega e posição e orientar oferta do leite
posterior.
Comentário: Incorreta. O ganho de peso do lactente foi de 34 g/dia, ou seja, está adequado. A
fórmula não está indicada.
b) Lactente com ganho de peso inadequado, encaminhar para orientações de aleitamento materno
no banco de leite mais próximo.
c) Lactente com ganho de peso inadequado, iniciar complementação com fórmula apropriada para
idade utilizando copinho para que não ocorra desmame materno.
Comentário: Incorreta. O ganho de peso foi adequado, não é necessário rever a técnica de
amamentação.
d) Lactente com ganho de peso inadequado e padrão evacuatório inadequado. Suspeitar de alergia a
proteína do leite de vaca e orientar a mãe a realizar dieta restritiva sem leite ou derivados.
Comentário: Incorreta. O ganho de peso foi adequado, basta reforçar a necessidade de manter o
aleitamento materno.
e) Lactente com ganho de peso adequado. Reforçar o aleitamento materno exclusivo. Orientar que
padrão evacuatório está normal e que pode ser variável em lactentes em seio materno.
Comentário: Correta. Dividindo 590 g de ganho de peso por 17 dias, temos um ganho de 34 g/dia.
Portanto, como ganhou próximo de 25 a 30 g/dia, o ganho de peso é adequado. Como está em
aleitamento exclusivo, dois dias sem evacuar é normal. Devemos reforçar a importância do
aleitamento materno e informar que o bebê pode ficar até 10 dias sem evacuar.
Gabarito: e
a) A pesquisa de anticorpos IgE específicos para o leite de vaca, teste de puntura ou prick teste e
dieta de exclusão de proteína do leite de vaca
Comentário: Incorreta - estes dados não são característicos de alergia a proteína do leite de vaca.
b) A pesquisa de anticorpos IgG específicos para o leite de vaca, teste de puntura ou prick teste e
dieta de exclusão de proteína do leite de vaca.
Comentário: Incorreta - estes dados não são característicos de alergia a proteína do leite de vaca.
Comentário: Correta - Novas diretrizes para o diagnóstico da doença celíaca pediátrica – Sociedade
Europeia de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (ESPGHAN): - O documento da
ESPGHAN relembra que a doença celíaca é subdiagnosticada devido à apresentação variada de sinais
e sintomas clínicos, devendo ser suspeitada na presença de sinais e sintomas gastrointestinais –
diarreia crônica ou intermitente, constipação, dor abdominal, distensão abdominal, náusea/vômitos
recorrentes; sintomas extraintestinais variados – perda de peso, déficit pondero-estatural, atraso
puberal, irritabilidade, fadiga, neuropatia, artrite/artralgia, anemia crônica por deficiência de ferro,
mineralização óssea reduzida, aftas recorrentes, dermatite herpetiforme, defeitos no esmalte
dental, bioquímica hepática anormal; e em condições específicas de risco aumentado da doença –
antecedente familiar primeiro grau, condições autoimunes como DM1, síndrome de Down,
síndrome de Turner, deficiência de IgA, dentre outras. -Segundo a ESPGHAN, o diagnóstico de
doença celíaca pode ser preciso e estabelecido com segurança com ou sem biópsias duodenais, se
seguindo recomendações apropriadamente. - Testes para IgA total e IgA anti-transglutaminase
devem ser usados para crianças com suspeita de doença celíaca. Em crianças com valores séricos
normais de IgA para a idade, a IgA-antitransglutaminase deve ser usada, independentemente da
idade. Em crianças com valor de IgA total baixo, um teste baseado em IgG precisa ser usado como
segundo passo. - Endoscopia com biópsias duodenais devem ser realizada em crianças com IgA-
antitransglutaminase positivo, mas títulos mais baixos - 10x o limite superior da normalidade deve
ser obrigatória. - Pacientes com deficiência de IgA e que são positivo para um teste sorológico
baseado em IgG deve ser biopsiados. - “Doença Celíaca em potencial”: pacientes com IgA-
antitransglutaminase e antiendomisio positivo e sem alterações histológicas. No entanto, esses
resultados podem ser devido à baixa ingestão de glúten antes das biópsias, erro de amostragem.
Requer vigilância clínica e laboratorial - sorologia, biópsias adicionais - para monitorar a possível
evolução atrofia das vilosidades e encaminhamento para especialista com experiência em doença
celíaca para acompanhamento. ESPGHAN.
d) Anticorpo antigliadina deaminada (AAGD) / Tipagem HLA DQ2 e DQ8, se anticorpo AAGD positivo
e dieta de exclusão de glúten e contaminantes.
Gabarito: c
Especialidade: Pediatria;
10. A desnutrição é uma doença multicausal – normalmente com raízes na pobreza – que acomete
todos os órgãos. Sobre as alterações fisiopatológicas que ocorrem na desnutrição, é correto afirmar
que:
a) o edema generalizado na criança com desnutrição, do tipo Kwashiorkor, protege contra
desidratação, uma vez que ela tem excesso de água corporal.
b) a secreção ácida gástrica, reduzida na criança com desnutrição, facilita a colonização do estômago
por bactérias intestinais fecais.
Comentário: Correta. De uma forma geral, a Desnutrição Proteico-Energética (DPE) afeta o sistema
gastrintestinal causando atrofia da mucosa gástrica e intestinal, e ainda no estômago causa
hiperplasia, lesões ulceradas, diminuição do ácido clorídrico, enfraquecimento da barreira gástrica às
bactérias, já no intestino, há diminuição das criptas, vilosidades e micro vilosidades intestinais,
tamanho dos enterócitos, diminuição do trânsito intestinal causando até constipação, e devido à
atenuação do sistema imunológico, é comum observar infecções e diarreia (Molina, G et alli:
CONSEQUÊNCIAS DA DESNUTRIÇÃO PROTÉICA PARA O TRATO GASTRINTESTINAL, in: Arquivos do
MUDI, v13, n 1/2/3, 2009, Universidade Estadual de Maringá).
Comentário: Incorreta. A desnutrição causa baixa de potássio nos indivíduos acometidos e não
hiperpotassemia.
Gabarito: b
11. Menina de 18 meses, previamente hígida, é trazida para a consulta na Unidade Básica de Saúde.
A menor era institucionalizada e foi adotada há 2 meses. A mãe adotiva relata que a menor iniciou
há 1 mês com quadro de tosse, febre baixa e inapetência e que foi levada a um pronto-socorro, no
qual realizaram radiografia de tórax e prescreveram amoxicilina 50 mg/kg/dia, durante 10 dias, para
quadro de pneumonia. O antibiótico terminou há 14 dias, porém a criança continua sintomática. Ao
exame físico, está em regular estado geral, emagrecida, descorada +/4, levemente taquipneica, sem
desconforto respiratório, com frequência cardíaca de 110 bpm e afebril. Apresenta gânglio cervical
de 2 cm de diâmetro. Ausculta pulmonar com roncos e estertores subcrepitantes difusos. Ausculta
cardíaca e abdome sem alterações. Recebeu as seguintes vacinas, de acordo com a caderneta de
vacinação: BCG e hepatite B ao nascimento, 3 doses de pentavalente e VIP com 2, 4 e 6 meses, 2
doses de pneumocócica 10-valente e 2 doses de meningocócica conjugada tipo C com 3 e 5 meses.
Exames realizados no início do quadro: radiografia de tórax apresenta condensação em lobo médio e
hemograma: Hb = 10,1 g/dL, Ht = 30%, volume corpuscular médio (VCM) = 68 µ³, concentração de
hemoglobina corpuscular média (CHCM) = 28 g/dL, coeficiente de variação do volume eritrocitário
(RDW) = 18%, leucócitos = 10 200 (3% bastonetes, 56% segmentados, 3% eosinófilos, 2% monócitos,
36% linfócitos), plaquetas = 390 000/mm3. Antes da adoção, foram realizadas as sorologias para HIV,
sífilis e hepatite C, todas negativas. De acordo com os dados clínicos e hematimétricos, a principal
hipótese é de
a) anemia falciforme
Comentário: Incorreta. Não há dados clínicos e laboratoriais para confirmar este tipo de anemia
b) anemia ferropriva.
Comentário: Incorreta. Não há dados clínicos e laboratoriais para confirmar este tipo de anemia
Comentário: Incorreta. Devido ao elevado RDW isto é refutado pois é típica de quadro crônico
carencial.
Gabarito: b
Comentário: Correta. Contexto de erro alimentar, hemoglobina abaixo de 11 g/dL (anemia), VCM
abaixo de 80 fL (microcítica), HCM abaixo de 26 pg (hipocrômica) e RDW acima de 13% (ferropriva).
Gabarito: c
a) Eutrófico
Comentário: Incorreta. A classificação de IMC para eutrofia é quando o IMC da criança estiver entre
o percentil 3 e 85.
Comentário: Incorreta. O examinado não deu o percentil de peso dessa criança. Por isso, não
podemos afirmar se ela está com peso adequado para idade.
c) Risco de sobrepeso
Comentário: Correta. Como a paciente está entre o percentil 85 a 97 para o IMC, e ela tem menos
de 5 anos, a classificação é RISCO de sobrepeso.
d) Sobrepeso
Comentário: Incorreta. A classificação de obesidade é quando o IMC estiver acima do percentil 99,9
Gabarito: c
14. Rafael, 4 anos passou com a pediatra em consulta de rotina, sendo que permaneceu 2 anos sem
vir, devido a pandemia. O seu peso antes da pandemia era próximo z escore 0, mas agora está pouco
acima do z escore +2. Qual a classificação nutricional segundo o peso e as Curvas da Organização
Mundial da Saúde?
Comentário: Incorreta. Nessa classificação, o peso deveria estar entre os escores Z -2 e +2.
Comentário: Correta. Como o escore Z do peso está acima de +2, é classificado como peso elevado
para idade. Para o peso, a classificação nutricional é a seguinte:Abaixo do escore Z -3: muito baixo
peso para idade;Entre escores Z -3 e -2: baixo peso para idade;Entre escores Z -2 e +2: peso
adequado para idade;Acima do escore Z +2: peso elevado para idade.
c) Sobrepeso.
Comentário: Incorreta. Em menores de 5 anos, classificamos como sobrepeso o IMC que está entre
os escores Z +2 e +3.
d) Obesidade.
e) Obesidade
Comentário: Incorreta. Esse termo não é usado para a classificação de peso, mas para a do IMC.
Gabarito: b
Comentário: Errada. o uso de antibióticos na diarréia esta restrito a casos de disenteria, colera,
infecção aguda comprovada por Giardia e Entamoeba hystolitica, imunossuprimidos, anemia
falciforme e portadores de prótese
Comentário: Correta. O Zinco pode reduzir a duração do quadro de diarréia, pois tem um papel
importante no crescimento celular. Utilizar em menores de 5 anos por 10 a 14 dias
Comentário: Errada. Não há intolerancia a proteína do leite de vaca em casos de diarréia, o que
pode acontecer é uma intolerancia secundária a lactose
e) deve ser estimulado o jejum para proporcionar repouso alimentar e menor risco de translocação
bacteriana.
Gabarito: c
- 2023 - INEP - Extra 1 - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
16. Um menino de 15 meses, previamente hígido e com peso de 11,0 kg, aferido há 1 semana,
apresenta-se em uma unidade de pronto-atendimento com quadro de diarreia e de vômitos
persistente há 3 dias. Na última hora, já apresentou 5 episódios de vômitos de conteúdo alimentar.
Ao exame físico durante a consulta, apresenta-se com peso de 10,0 kg, hipotônico, com pulsos
fracos, com tempo de enchimento capilar de 3 segundos, com olhos fundos, choro sem lágrimas, e
sem conseguir ingerir líquidos. Diante do quadro desse paciente, a conduta inicial e imediata do
médico deve ser realizar administração endovenosa de
Comentário: Incorreta. O volume da solução está correto, porém deve ser administrado em 30
minutos.
Gabarito: b
17. Menino, 9 meses de idade, tem febre, diarreia e vômitos há 2 dias. Apresenta 6 a 8 evacuações
líquidas ao dia, sem muco ou sangue. Ao exame, está irritado, a mucosa oral está seca, o turgor
diminuído, e o tempo de enchimento capilar é de 4 segundos. Não há informação de diurese nas
últimas 6 horas. O plano de tratamento adequado ao quadro apresentado é
Comentário: O tratamento venoso está indicado em pacientes com desidratação grave ou sem
condições de ingerir líquidos. Não há necessidade de coletar nenhum exame complementar
b) internação hospitalar, hidratação intavenosa com Ringer lactato 70 mL/kg em 2 horas e posterior
dosagem sérica de eletrólitos.internação hospitalar, hidratação intavenosa com Ringer lactato 70
mL/kg em 2 horas e posterior dosagem sérica de eletrólitos.
Comentário: O tratamento venoso está indicado em pacientes com desidratação grave ou sem
condições de ingerir líquidos. Não há necessidade de coletar nenhum exame complementar
c) oferta de soro de hidratação oral padrão 1000 mL, no serviço de saúde e coleta de coprocultura.
Comentário: A quantidade de soro é calculado pelo peso. Não há necessidade de coletar nenhum
exame complementar
d) oferta domiciliar de soro de reidratação oral padrão e outros líquidos após cada evacuação.
Retorno para avaliação em 24 horas.
Comentário: O tratamento domiciliar é reservado para quem não tem desidratação, e a paciente
está desidratada.
Gabarito: e
18. Um paciente de dois anos de idade, sexo feminino, dá entrada no pronto atendimento com
quadro de diarreia com cinco dias de evolução, fezes aquosas em grande volume com vários
episódios ao dia. A mãe relata que a criança apresentou febre nos primeiros dois dias e houve
quadro semelhante em toda família. Ao exame, encontrava-se hipocorado (1+/4+), anictérico,
acianótico, mucosas secas, taquicárdico, sedento, boa perfusão capilar, sem edemas. Frequência
cardíaca = 120 bpm, frequência respiratória = 30 irpm. Aparelho digestivo: abdome normotenso,
indolor, sem massas ou visceromegalias, ruído hidroaéreo positivo.
Comentário: Incorreta, a etiologia mais comum é viral, pelo rotavírus (50% dos casos).
Comentário: Incorreta, não se deve restringir lactose na diarreia aguda (< 14 dias), sabendo que o
quadro diarreico viral é autolimitando, em caso de persistência da diarreia > 14 dias, pode-se
considerar a isenção de lactose da dieta, antes desse tempo, como no caso acima (5 dias) não há
necessidade.
Comentário: Incorreta, o zinco pode reduzir a gravidade da diarreia, deve ser administrados desde o
início do caso por 10 a 14 dias.
Gabarito: a
19. Criança do sexo feminino, com 5 meses e previamente hígida, apresenta quadro de irritabilidade,
dor abdominal, febre, mal-estar, náuseas e vômitos. Mãe nega episódios semelhantes anteriores.
Realizado exame de urina com o seguinte resultado: numerosos leucócitos; hemácias: 20.000 mL;
nitrito positivo; presença de contagem bacteriana > 100.000 ufc/mL. Paciente foi internada e, após
24 horas de tratamento com antibioticoterapia, recebe alta em bom estado geral e afebril. No
seguimento ambulatorial. Em relação à investigação por imagem desta criança, dentre as condutas
abaixo, a melhor é
Comentário: Incorreta. O primeiro exame de imagem que deve ser solicitado na investigação de um
quadro de infecção urinária prévia é a ultrassonografia.
Comentário: Incorreta. Todo lactente com episódio de infecção do trato urinário confirmado, ainda
mais com a presença de febre, deve realizar investigação com exame de imagem.
Comentário: Incorreta. A uretrocistografia miccional estará indicada nos pacientes que apresentam
alteração na ultrassonografia e/ou na citilografia e/ou apresentem infecções de repetição.
Comentário: Correta. Toda criança que tem diagnóstico de certeza de ITU merece uma investigação
por imagem, sendo a ultrassonografia o primeiro exame a ser realizado, por não ser um exame
invasivo, não expor o paciente à radiação e ser de fácil acesso. A ultrassonografia é realizada com o
objetivo de confirmar e/ou detectar má formações, embora um resultado normal não descarte a
presença de alterações.
Gabarito: d
20. Um lactente de 10 meses de vida é levado pela mãe à unidade de pronto atendimento infantil
devido à febre alta com 48 horas de evolução, associada a vômitos e inapetência. Nega alergia
medicamentosa. Vacinação em dia. Infecção do trato urinário (ITU) aos sete meses com tratamento
ambulatorial. Nega demais comorbidades. Ao exame físico encontrava-se irritado, febril (38,1 °C),
corado, hidratado, acianótico, anictérico, sem outras alterações. Coletadas urina rotina (EAS), Gram
de gota e urino cultura (URC) por cateterismo vesical que evidenciou esterase leucocitária positiva,
nitrito positivo, piócitos campos repletos, presença de bastonetes Gram-negativos; URC em
andamento. Considerando a hipótese diagnóstica desse caso, assinale a alternativa correta.
Comentário: Incorreta. O EAS não substitui a cultura de urina. A urocultura é o padrão-ouro para
confirmação de ITU. Seus parâmetros variam conforme o método de coleta
b) A urino cultura é o método padrão-ouro para a confirmação do diagnóstico de ITU, sendo que o
método de coleta não interfere na avaliação do resultado.
c) O tratamento deve ser instituído precocemente. A alteração do estado geral e os vômitos tornam
esse paciente elegível ao tratamento parenteral.
Comentário: Correto. lactentes jovens, com acometimento do estado geral, vômitos e desidratação
devem iniciar o tratamento com medicação parenteral, em geral ceftriaxone.
d) O tratamento parenteral deve ser mantido por 10 dias, para reduzir o risco de formação de
cicatriz renal.
Comentário: Incorreta. O tratamento com antibiótico parenteral não precisa ser mantido por 10
dias, com 48 a 72h do início, ocorrendo melhora do quadro e/ou resultado de cultura, pode
modificar para via oral com espectro equivalente.
Gabarito: c
Especialidade: Pediatria;
Comentário: Incorreta. O grupo de frutas e verduras está logo acima da base, faz parte do 2o grupo
e, na idade de escolar e pré - escolares devemos consumir 3 porções de frutas e verduras. Não há
alimentos que devam ser consumidos sem restrições.
Comentário: Correta. O grupo de cerais, tubérculos e raízes fazem parte da base da pirâmide e
devem ser consumidos em maior quantidade. A quantidade ideal para pré-escolares é de 5 porções.
Gabarito: d
- 2022 - AREMG-PSU - Associação de Apoio a Residência Médica de Minas Gerais - Processo Seletivo
Unificado
22. A escolha dos alimentos para o preparo das refeições da criança é fundamental para uma
alimentação adequada e saudável. Nos 2 primeiros anos de vida da criança, a escolha dos alimentos
merece atenção especial, pois é quando os hábitos alimentares estão sendo formados e existem
alguns cuidados relacionados a esses alimentos. Considerando cuidados de saúde e segurança do
lactente, qual dentre as opções abaixo apresenta um alimento que NÃO precisa ser evitado no
primeiro ano de vida da criança:
a) carne de porco
Comentário: Correta. É importante lembrar que as papilas gustativas estão em formação até os 2
anos de idade. Portanto, os alimentos que a criança for exposta nesse período de tempo vai
repercutir por toda a vida. A introdução alimentar deve começar a partir dos 6 meses de vida até 1
ano de idade, nenhuma proteína animal é proibida, pode oferecer carne de porco, vaca, peixe e ovo
completo (clara e gema).
b) mel
Comentário: Incorreta. O mel deve ser evitado por conta do risco de botulismo no 1º ano de vida.
c) pipoca
Comentário: Incorreta. Pipoca tem risco de broncoaspiração e deve ser evitada no 1º ano, até a
criança coordenar melhor sua deglutição-respiração.
d) suco de frutas
Comentário: Incorreta. Suco de fruta é muito calórico para crianças no 1º ano de vida, devendo ser
evitado, dando preferência a frutas em forma sólida.
Gabarito: a
Especialidade: Pediatria;
23. Você está atendendo um pré-escolar, 4 anos, em exacerbação de asma classificada como grave.
Quanto aos broncodilatadores e dispositivos inalatórios assinale a opção correta..
c) Os dispositivos em pó são boas opções para a exacerbação pela satisfatória deposição pulmonar.
Comentário: Incorreta. Para uma deposição adequada das partículas inaladas pelos dispositivos em
pó a inspiração deve ser profunda e a inalação rápida, forçada e constante, desde o início. A inalação
pouco vigorosa e lenta compromete a eficácia da medicação. O paciente com asma exacerbada
apresenta inspirações curtas e rápidas, com expiração prolongada, o que dificulta a absorção
adequada da medicação através do inalador em pó.
Especialidade: Pediatria;
24. Lactente, 2 anos e 4 meses com história de 4 episódios de sibilância, sem necessidade de
internamentos. Mãe percebe cansaço quando brinca e quando ri, o que vem acontecendo
diariamente. A criança tem pele seca, com muito prurido. Irmão mais velho tem quadro respiratório
semelhante. Assinale a alternativa com a melhor abordagem terapêutica para o caso.
Comentário: Incorreta. Como discutido na alternativa geral, trata-se de uma criança com alto índice
preditivo para asma. Se os sintomas fossem esporádicos e não diários, ou se estivessem associados à
quadros virais, essa seria a opção inicial de tratamento. No entanto o paciente tem sintomas diários
e IPA elevado, o que indica a necessidade de corticoide inalatório.
Comentário: Incorreta. Os dispositivos inalatórios em pó só estão indicados para crianças com mais
de 5 anos de idade pela necessidade de colaboração do paciente para realizar inalação profunda e
rápida.
Comentário: Incorreta. Como discutido na alternativa geral, trata-se de uma criança com alto índice
preditivo para asma que necessita usar corticoide inalatório diariamente. O formoterol é um beta-2
agonista de longa ação que é indicado para crianças maiores de 4 anos.
Gabarito: a
Tópicos: Dermatite atópica em Pediatria - Clínica; Curso clínico; Quadro clínico; Dermatite atópica;
25. A dermatite atópica é uma doença inflamatória cutânea crônica e recidivante que acomete
principalmente pacientes da faixa etária pediátrica. Assinale a alternativa incorreta sobre essa
doença:
a) Nos menores de 6 meses, as lesões mais frequentes são as pápulas eritematosas, crostas e
liquenificação, geralmente em regiões flexurais e nas mãos.
Comentário: Correta. Nessa faixa etária, as lesões acometem mais as regiões extensoras e não
flexoras dos membros. Como essa alternativa está incorreta, devemos assinalá-las.
b) As lesões cutâneas nos lactentes caracterizam-se por prurido intenso, eritema, pápulas, vesículas
e formação de crostas, que se localizam na face e poupam o maciço central, pode acometer face
extensora dos membros e tronco.
Comentário: Incorreta. As lesões da dermatite atópica nos lactentes são mais frequentes em face e
em regiões extensoras. Como essa alternativa está correta não deve ser assinalada.
c) A partir dos 2 anos até a puberdade, as lesões localizam-se principalmente nas regiões flexurais
dos joelhos e dos cotovelos, pescoço, pulsos e tornozelos.
Comentário: Incorreta. Após os 2 anos o acometimento das regiões flexurais são mais frequentes.
Como essa alternativa está correta não deve ser assinalada.
Comentário: Incorreta. Esse sinais são sinais clássicos de paciente com atopia. Como essa alternativa
está correta não deve ser assinalada.
Gabarito: a
a) 90% dos pacientes apresentam colonização por estafilococos aureus em área lesional.
Comentário: A pele dos pacientes com dermatite atópica apresenta colonização por Staphylococcus
aureus em creca de 90% das vezes, mas isso não implica em infecção clínica. O tratamento com
antibióticos deve ser reservado apenas para crianças que apresentem sinais de infecção. No entanto,
é comum ocorrer infecção secundária pelo S. aureus, o que pode agravar o quadro de eczema.
Portanto, é importante tratar precocemente qualquer infecção secundária por S. aureus para evitar
complicações e piora dos sintomas da dermatite atópica.
Comentário: As mutações de perda de função no gene da filagrina (FLG) são amplamente associadas
à dermatite atópica. A filagrina desempenha um papel crucial na estrutura da epiderme,
contribuindo para a formação e manutenção da barreira cutânea. Quando ocorrem mutações no
gene da filagrina, ocorre uma disfunção na barreira cutânea, resultando em uma maior
suscetibilidade a irritantes, alérgenos e perda de água transepidérmica, levando a desidratação da
pele.
Comentário: No início da doença aguda, citocinas como IL-4, IL-13 e IL-22 contribuem para a inibição
da diferenciação epidérmica de produtos gênicos, como a filagrina. São portanto interleucinas
fundamentais para o processo fisiopatogênico, tanto que o dupilumabe, um imunobiológico usado
no tratamento de dermatite atópica moderada a grave, atua justamente no bloqueio da sinalização
de IL-4 e IL-13.
Comentário: A fisiopatologia da dermatite atópica envolve uma interação complexa entre uma
barreira epidérmica disfuncional, anormalidades do microbioma da pele e, predominantemente,
desregulação imunológica do tipo Th2. Há uma complexa interdependência entre as alterações da
barreira cutânea, os mecanismos de resposta imunológica e as alterações genéticas. Esses fatores
determinam uma resposta de hipersensibilidade a elementos encontrados no meio ambiente,
predominantemente do tipo Th2, podendo-se observar resposta Th1 na fase crônica da doença.
Comentário: Cerca de 20 a 30% dos pacientes com dermatite atópica apresentam escamas
aderentes poligonais, sobretudo localizadas nos membros inferiores mas que podem acometer todo
o tegumento, poupando as fossas cubitais e poplíteas, configurando a ictiose vulgar.
Gabarito: c
Especialidade: Pediatria;
Temas: IVAS;
27. Uma menina de 6 anos de idade queixa-se de febre de 39,5 °C há um dia, dor de garganta e dor
abdominal. Nega coriza ou tosse. Ao exame físico, apresenta-se em regular estado geral, eupneica,
com exsudato purulento em tonsilas e petéquias no palato, sem visceromegalias. Pele: sem lesões.
Ausência de adenomegalias. Não estava disponível o teste rápido para detecção de antígeno
estreptocócico. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta.
a) amoxicilina, 50 mg/kg/dia, em dose única diária, por 10 dias é uma opção terapêutica
Comentário: Correta. O paciente apresenta uma faringotonsilite com sintomas sistêmicos, com
febre elevada e dor abdominal. A ausência de coriza e tosse fala menos a favor de uma infecção por
vírus comuns como adenovírus ou influenza, onde esses sintomas estariam presentes. A ausência de
hepatoesplenomegalia também fala contra a mononucleose, infecção causada majoritariamente
pelo vírus Epstein-Barr. Além disso, a presença de exsudato purulento e petéquias no palato sugere
principalmente a infecção pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A (EBHGA). As
faringotonsilites por EBHGA são mais frequentes na faixa de 3 a 15 anos de idade, e a preocupação
em relação a essa etiologia deve-se a seu potencial de causar infecções invasivas, escarlatina,
glomerulonefrite e febre reumática. O tratamento deve ser feito com penicilina ou amoxicilina, que
são os antimicrobianos de primeira linha. Em relação a amoxicilina, a dose preconizada é de 50
mg/kg/dia por 10 dias, e o uso de uma dose diária é recomendado pelas diretrizes de 2009 da
American Heart Association e de 2012 da Infectious Diseases Society of America.
b) em caso de alergia à penicilina, uma opção terapêutica seria sulfametoxazol com trimetoprim
Comentário: Incorreta. Em caso de alergia à penicilina, o tratamento deverá ser feito com
cefalosporinas de primeira ou segunda geração ou com macrolídeos.
c) não deve ser prescrito antibiótico sem a realização do teste rápido para detecção de antígeno
estreptocócico
Comentário: Incorreta. O ideal é que seja realizado exame de cultura ou teste rápido de detecção do
antígeno estreptocócico, no entanto, na ausência do exame e com o objetivo de evitar complicações
como febre reumática e infecções invasivas, deve-se iniciar a terapia com antibióticos
imediatamente.
d) o tratamento com antibiótico não evitará febre reumática se houver predisposição genética para
essa complicação
Comentário: Incorreta. O uso de antibiótico adequado em até 9 dias do início dos sintomas é capaz
de impedir a febre reumática em todos os pacientes.
e) se o teste rápido para detecção de antígeno estreptocócico for negativo, a hipótese de faringite
estreptocócica será descartada
Gabarito: a
- 2022 - CERMAM - Comissão Estadual de Residência Médica do Amazonas
Especialidade: Pediatria;
28. Menino de 3 anos de idade foi levado a consulta médica por queixa de tosse, coriza e obstrução
nasal há 12 dias, sem melhora. Apresenta secreção nasal esverdeada intensa, principalmente ao
acordar, que vai melhorando ao longo do dia. Queixa-se de cefaleia em região frontal durante todo o
período de doença. Não há alterações do exame clínico. Traz radiografia de seios da face realizada
hoje, com nível hidro-aéreo em seios maxilares. Considerando a principal hipótese diagnóstica para
o caso, qual das alternativas a seguir justifica a introdução de antibioticoterapia.
Comentário: Incorreta. Cefaléia frontal pode ser um sintoma da sinusite, mas não é um critério do
diagnóstico nem indicação de tratamento.
Comentário: Correta. Um quadro respiratório prolongado, sem melhora por 10 dias, faz o
diagnóstico de sinusite e é indicação de tratamento com antibiótico.
Comentário: Incorreta. A radiografia de seios da face não faz o diagnóstico de sinusite e nem deveria
ser solicitado.
Gabarito: c
29. Menino de 4 anos dá entrada no pronto atendimento com quadro de tosse e febre não medida
há cinco dias. Há um dia piorou a aceitação alimentar, apresentou 1 episódio de vômito e cansaço.
Ao exame físico apresenta-se em bom estado geral, temperatura de 38,5 ºC, frequência cardíaca de
110 bpm e frequência respiratória de 44 ipm. Ausculta pulmonar com estertores subcrepitantes em
base de pulmão direito, tempo de enchimento capilar de 2 segundos. Saturação em ar ambiente:
95%. Assinale a alternativa que apresenta a conduta correta.
Gabarito: b
a) A pneumonia afebril do lactente é comum nos bebês entre 2-3 meses e deve ser considerada
naqueles lactentes com estado geral preservado, histórico de conjuntivite, quadro de tosse seca e
eosinofilia periférica associada.
Comentário: Incorreta. A pneumonia afebril do lactente é uma patologia que deve ser considerada
nessa faixa etária, em crianças com bom estado geral, conjuntivite e eosinofilia o agente mais
comum é a Clamidia. Como a alternativa está correta, não deve ser assinalada.
Comentário: Incorreta. De fato, os vírus são os agente principais. Como a alternativa está correta,
não deve ser assinalada.
Gabarito: d
Especialidade: Pediatria;
b) crianças com menos de 2 anos não devem realizar a prova tuberculínica por interferência da BCG.
c) O tratamento da infecção latente, quando indicado, pode ser realizado com 120 doses de
rifampicina.
d) as crianças devem ser afastadas da creche/escola até definição diagnóstica, pelo risco de
transmissão aos demais colegas.
e) Os recém-nascidos filhos de mãe com tuberculose não devem ser amamentados ao seio.
Gabarito: c
- 2021 - SANTA CASA-SP - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
32. Um lactente com oito meses de vida tem quadro de febre diária há vinte dias, sem outras
queixas. Após a internação, para investigação, o paciente evoluiu com rebaixamento do nível de
consciência, bradicardia e bradipneia. Após estabilização hemodinâmica, foi realizada RNM de
encéfalo, que evidenciou realce meníngeo em base de crânio e ventriculomegalia. Liquor: 400
células/mm3 (78% linfócitos, 10% monócitos e 12% neutrófilos); proteína 200 mg/dL; e glicose 15
mg/dL.Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta a conduta a ser
realizada.
b) solicitar PCR para M. tuberculosis no LCR e, uma vez positivo, iniciar esquema com rifampicina +
isoniazida + pirazinamida por dois meses e com rifampicina + isoniazida por mais sete meses
c) iniciar corticoide sistêmico e esquema com rifampicina + isoniazida + pirazinamida por dois meses
e com rifampicina + isoniazida por mais sete meses
d) iniciar esquema com rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol por dois meses e com
rifampicina + isoniazida por mais dez meses
e) iniciar corticoide sistêmico e esquema com rifampicina + isoniazida + pirazinamida por dois meses
e com rifampicina+ isoniazida por mais dez meses
Gabarito: e
33. Lactente, sexo masculino, 12 meses de idade, proveniente do estado da Bahia há dez dias,
apresenta, há cerca de 24 horas, exantema maculopapular que parece ser não pruriginoso e que se
iniciou no tronco e evoluiu para região cervical e coxas, simetricamente. O quadro foi precedido de 3
dias de febre (38,5 oC a 39 oC) e irritabilidade. A última febre foi identificada e medicada há cerca de
24 horas. Qual o diagnóstico mais provável?
a) Exantema súbito.
Comentário: Correta. quadro típico com aparecimento do exantema após o final da febre
Comentário: Errada. A doença causada pelo Zika é caracterizada por febre baixa associado junto a
febre a exantema maculo papular, dor de cabeça, artralgia, conjuntivite não purulenta e dores
musculares
c) Coxsackiose.
Comentário: Errada. o coxsackie causa o quadro chamado mão pé boca, que se caracteriza por
vesículas em mãos, pés, boca podendo acometer perineo e região genital.
d) Escarlatina.
Comentário: Errada. A escarlarina causada pelo S. pyogenes em geral esta associada a quadro de
amigdalite evoluindo com um exantema áspero com aspecto de lixa
e) Febre maculosa.
Comentário: Errada. Em geral costuma haver epidemiologia e se da por meio da picada do carrapato
estrela contaminado pela bactéria rickettsii. Os sintomas são fbre, dor de cabeça, diarréia, desanimo,
erupções cutâneas avermelhadas que podem evoluir com sangramento, esplenomegalia, ictericia
Gabarito: a
34. Um paciente de 6 anos de idade está com febre, inapetência, lesões polimórficas, centrípetas e
pruriginosas por todo o corpo, além de lesões orais. O estado vacinal dele é desconhecido. Nesse
caso clínico, o diagnóstico mais provável é de
a) impetigo
Comentário: Incorreta. Essa patologia é caracterizada por crostas melicéricas que acomete face e
extremidades.
b) rubéola
Comentário: Incorreta. Essa patologia é caracterizada por exantema rubeoliforme com início na
face, evoluindo para o tronco. Adenopatia retroauricular é comum nessa doença.
c) varicela
Comentário: Correta. A varicela é caracterizada por lesões em diferentes estágios de evolução como
pápula, vesícula, crostas. Essas lesões são extremamente pruriginosas.
d) prurigo estrófulo.
e) eritema infeccioso.
Comentário: Incorreta. O eritema infeccioso caracteriza-se por exantema em face que conflue
formando uma placa vermelho rubra concentrada principalmente na região das bochechas
poupando a região perioral ( dando a impressão de face esbofeteada).
Gabarito: c
a) a vacina BCG tem eficácia em torno de 85% para proteção de tuberculose pulmonar em menores
de 5 anos
Comentário: Incorreta. Apresenta cerca de 78% de eficácia para as formas graves da tuberculose
(tuberculose miliar e meningite tuberculosa).
b) pacientes imunossuprimidos não devem ser imunizados para poliomielite, sarampo e varicela,
devido ao risco de reações adversas
Comentário: Incorreta. Pacientes imunodeprimidos não devem ser vacinados com a forma oral da
vacina contra poliomielite, mas podem ser vacinados com a forma injetável, que é inativada.
Imunodeprimidos não devem receber BCG, polio oral, febre amarela, tríplice viral, varicela e dengue.
c) pacientes com cardiopatias, pneumopatias e síndrome de Down devem receber a vacina contra
pneumococo polissacarídica 23-valente nos centros de imunizações especiais
Comentário: Correta. Esta vacina não está na rotina do Calendário Nacional de Vacinação, mas deve
ser realizada em pacientes com síndrome de Down no 2º ano de vida e em pacientes cardiopatas e
pneumopatas.
e) A vacina contra influenza é recomendada no 1º ano de vida para crianças saudáveis e após 1 ano
apenas para os que apresentam comorbidades
Gabarito: c
36. Miguel é uma criança de 3 meses, que foi levada por sua mãe, Rafaela, para consulta de
puericultura. Miguel nasceu com peso de 3450g, perímetro cefálico de 34cm e 48cm de
comprimento; seu exame físico, hoje, apresenta as seguintes medidas: peso de 6830g, perímetro
cefálico de 41cm e comprimento de 61cm. Quando questionada, Rafaela traz algumas
preocupações: refere que está preocupada com o peso de Miguel, pois acha que produz pouco leite;
está preocupada também com o desenvolvimento do bebê e se ele já não deveria estar sentando.
Ao conferir o cartão de vacinas de Miguel, o médico da UBS verifica as seguintes vacinas no cartão:
BCG, DTP, Hib, VIP e pneumo conjugada. Considerando o caso descrito e seus conhecimentos, julgue
o item a seguir. Pela verificação do cartão de vacinação, é possível verificar que Miguel ainda não
recebeu nenhuma dose de vacina contra pólio.
a) certo
b) errado
Comentário: A criança recebeu a dose de VIP (vacina inativada contra poliomielite) provavelmente
aos 2 meses seguindo o calendário vacinal.
Gabarito: b
37. Pré-escolar, dois anos, é levada à emergência com história de ter apresentado crise convulsiva
generalizada tônico-clônica, que durou cerca de cinco minutos, resolvendo espontaneamente. Faz
dois dias que vem apresentando coriza hialina e tosse muito discreta e há menos de 12 horas febre
(mantida em torno de 38,5 °C). Nega queda do estado geral anterior ao episódio, uso de medicações
e crises semelhantes. Um tio paterno tem epilepsia. Exame físico: acordada, lúcida, orientada, com
exame neurológico normal. Assinale a alternativa incorreta:
Comentário: Correta. O liquor não deve ser colhido, pois o paciente não apresenta sinais meníngeos,
a crise não foi complexa e o paciente não estava usando antibiótico que pudesse mascarar os
sintomas meníngeos.
Comentário: Correta. A convulsão febril simples é uma convulsão sem doença neurológica prévia,
por isso é idiopática.
Comentário: Correta. A crise simples é breve (neste caso, durou 5 minutos), generalizada, não
recorre em 24 horas, tem resolução espontânea e recuperação do nível de consciência, o que se
encaixa no quadro do enunciado. Já a crise complexa dura mais de 15 minutos, é focal ou parcial,
com recorrência em 24 horas e alteração do exame neurológico após a crise. Geralmente, a crise
está associada a infecções e não requer exames complementares.
e) Os exames de neuroimagem devem ser realizados pois irão contribuir para o diagnóstico.
Comentário: Incorreta. Na crise simples, geralmente, não são necessários exames complementares,
como o exame de imagem. Deve-se investigar a fonte da infecção. Exames de imagem são indicados
em crises complexas, se a crise fosse focal e sem recuperação da consciência.
Gabarito: e
- 2022 - AMRIGS-PSU - Associação Médica do Rio Grande do Sul - Processo Seletivo Unificado
Especialidade: Pediatria; Pediatria;
a) é definida por crise epiléptica que acomete criança entre 3 meses e 5 anos de idade, na vigência
de febre, com acometimento das leptomeninges cranianas.
Comentário: Incorreta. A crise convulsiva febril é definida por crise convulsiva que ocorre em
crianças previamente hígidas, sem alteração no Sistema Nervoso Central (SNC), de 6 meses a 5 anos
de idade. Quando há comprometimento de qualquer estrutura do SNC que justifique a crise
convulsiva, ela não pode ser classificada como crise convulsiva febril.
Comentário: Incorreta. Por definição, não é necessário solicitar nenhum exame de imagem ou
exame laboratorial para confirmar o diagnóstico de uma crise convulsiva simples. O
eletroencefalograma é solicitado se as convulsões febris têm características focais ou são
recorrentes e o hemograma pode ser solicitado para buscar algum foco infeccioso, não para fazer o
diagnóstico de crise convulsiva febril.
Comentário: Incorreta. O tratamento profilático pode ser indicado para o paciente que tem crise
convulsiva febril recorrente ou com episódios prolongados. Nesses casos, será utilizado um
benzodiazepínico durante os períodos de febre. Em casos de crise simples, não é necessário o
tratamento profilático, visto que não diminui o risco de epilepsia futura.
Comentário: Correta. A crise convulsiva febril simples acomete crianças previamente saudáveis, sem
comprometimento do SNC, de 6 meses a 5 anos de idade. Ela tem duração curta, menor do que 15
minutos, e costuma ser tônico-clônica generalizada, sem recorrência nas primeiras 24 horas. Logo, o
diagnóstico de crise convulsiva febril é clínico, pelas características discutidas.
Gabarito: d
- 2023 - SANTA CASA-BH - Pró-Residência - Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte - Pró-
Residência
39. Apesar do avanço da terapia antimicrobiana, dos cuidados intensivos e da introdução de vacinas
para imunoprofilaxia, a meningite bacteriana continua associada a elevadas taxas de letalidade,
complicações e risco de sequelas. Sobre o tratamento das meningites bacterianas na pediatria, é
CORRETO afirmar que:
a) Apesar da necessidade de um esquema antibacteriano extenso, o tratamento em lactentes pode
ser feito de maneira ambulatorial, desde que os responsáveis legais sejam devidamente orientados.
Comentário: Incorreta. A vancomicina ,devido sua baixa penetração liquórica, não deve ser usada
isoladamente sempre deve estar associada a outro antibiótico como a ceftriaxone por exemplo.
d) Alguns fármacos devem ser utilizados com cautela em neonatos, pois podem elevar o risco de
coledocolitíase.
Gabarito: d
40. Uma criança do sexo feminino, de 2 anos de idade, foi levada ao pronto atendimento com
história de febre baixa e cefaleia há 10 dias, que evoluiu com vômitos, rebaixamento de nível de
consciência, convulsão tônico-clônica prolongada e coma. Foi realizada punção lombar, revelando-se
o seguinte: 700 células/mm3, com 10% de neutrófilos, 90% de linfócitos, proteína 200 mg/dL e
glicose 16 mg/dL. Assinale a alternativa que apresenta o principal agente etiológico nesse caso
clínico hipotético.
a) herpes simples 1
Comentário: Incorreto. Quadro mais agudo e no LCR a celularidade é baixa com presença de padrão
linfomocitário com glicorraquia normal
b) Streptococcus pneumoniae
Comentário: Incorreto. pleiocitose elevava > 1000 com padrão neutrofílico, glicorraquia normal a
diminuída e proteinorraquia aumentada
c) Neisseria meningitidis
Comentário: Incorreto. pleiocitose elevava > 1000 com padrão neutrofílico, glicorraquia normal a
diminuída e proteinorraquia aumentada
Comentário: Incorreto. pleiocitose elevava > 1000 com padrão neutrofílico, glicorraquia normal a
diminuída e proteinorraquia aumentada
e) Mycobacteria tuberculosis
Gabarito: e