Período Medieval Europeu

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Período medieval europeu

O período medieval europeu foi compreendido entre os séculos X e XV. Marcado pela
queda do império romano do Ocidente (com capital em roma) e a tomada de
Constantinopla (Capital do império romano do Oriente)

Esse período pode ser dividido em:

ALTA IDADE MÉDIA:


Entre os séculos V e X - Marcado pela criação e apogeu da sociedade e economia feudal

BAIXA IDADE MÉDIA


Entre os séculos XI e XV - Marcado pela decadência do feudalismo e formação do sistema
mercantil burguês

Porque não devemos confundir idade média com feudalismo? Idade média é um
recorte temporal, enquanto feudalismo é um sistema político-econômico e social
predominante em parte da Europa Ocidental

ALTA IDADE MÉDIA

Como o feudalismo foi se consolidando gradualmente?

O Império Romano do Ocidente enfrentava uma grande crise, o que favoreceu as invasões
de vários povos, principalmente os germânicos (chamados pelos romanos de "bárbaros",
por serem estrangeiros e não falarem latim). Com o tempo, esses povos germânicos
formaram novos reinos, resultado da interação entre suas tradições (Dos povos
germânicos) e as romanas. Um exemplo disso é o Reino dos Francos, que após sua
expansão deu origem à Dinastia Merovíngia e, posteriormente, à Dinastia Carolíngia.

As invasões bárbaras contribuíram para o processo de ruralização, pois a insegurança nas


cidades levou muitas pessoas a buscarem refúgio no campo. Esse contexto marcou o
declínio da economia baseada no trabalho escravo, característica do mundo romano, e a
transição para o colonato romano. Nesse sistema, os camponeses trabalhavam as terras
em troca de proteção e uma parte da colheita, criando as bases da servidão feudal.

Com o colapso do Império, houve uma descentralização política. O poder central foi
substituído pela autoridade local dos senhores feudais, que assumiam o controle de suas
terras e protegiam as comunidades ao seu redor.

Outro fator importante foi o enfraquecimento da economia monetária, que deu lugar a uma
economia baseada em trocas e na produção local. A terra tornou-se a principal fonte de
riqueza e poder. Nesse cenário, a Igreja Católica desempenhou um papel fundamental,
legitimando a ordem feudal, oferecendo apoio espiritual e administrativo e se tornando uma
das maiores proprietárias de terras.

SOCIEDADE

A sociedade feudal era hierárquica, com pouca mobilidade social, e estava profundamente
baseada no teocentrismo. A Igreja Católica determinava que a posição de cada indivíduo
era resultado da vontade divina: nascer rico era considerado uma bênção.

Pirâmide Social Feudal:

1.​ Clero:
○​ Representado pelos oratores ("os que oram"), o clero era responsável pela
vida espiritual e pela manutenção da ordem divina.
2.​ Nobreza:
○​ Formada pelos bellatores ("os que guerreiam"), a nobreza era responsável
pela proteção militar e pela administração dos feudos. As relações entre os
nobres eram organizadas pela suserania e vassalagem, uma adaptação do
antigo comitatus germânico.
■​ Suserano: O nobre que concedia terras (feudos) ou castelos.
■​ Vassalo: O nobre que recebia as terras, comprometendo-se a
protegê-las, cuidar delas e prestar serviços militares ao suserano,
especialmente em tempos de guerra.
3.​ Servos:
○​ Compostos pelos laboratores ("os que trabalham"), os servos sustentavam o
sistema feudal com sua força de trabalho. Eles deviam pagar várias taxas e
tributos aos senhores feudais, como:
■​ Corvéia: Trabalho compulsório de 3 a 4 dias por semana nas terras
do senhor feudal.
■​ Talha: Entrega de metade da produção ao senhor.
■​ Banalidade: Taxa pelo uso de equipamentos do feudo, como o
moinho e o forno.

A economia feudal

A economia feudal era essencialmente agrária e de subsistência, baseada na posse e na


exploração das terras (os feudos). A produção era destinada principalmente ao consumo
local, e as trocas comerciais eram limitadas. A Igreja Católica, como grande proprietária de
terras, teve um papel central no funcionamento dessa economia, consolidando ainda mais
sua influência na sociedade feudal.

Baixa Idade Média: O Auge e Declínio do Feudalismo

Recuperação e Crescimento Populacional

Após séculos de instabilidade e invasões bárbaras, a Europa começou a se reorganizar e a


população a crescer. Esse crescimento foi sustentado por avanços tecnológicos na
agricultura, que possibilitaram uma produção mais eficiente.
Principais inovações agrícolas:

●​ Arado pesado: Facilitou o cultivo de solos mais duros e ampliou as áreas


agricultáveis.
●​ Sistema de rotação de três campos: Melhorou a fertilidade do solo, permitindo
alternar o cultivo e deixar parte das terras em descanso.

Essas melhorias resultaram em excedentes agrícolas, o que não só garantiu maior


segurança alimentar, mas também incentivou o comércio e o renascimento urbano.

Urbanização e Renascimento Comercial

Com o aumento da produção e a busca por mais liberdade, muitas pessoas começaram a
deixar os feudos para viver próximas às muralhas, onde encontravam maior proteção e
menos restrições do sistema feudal, pois, dentro das muralhas, pagariam impostos, longe,
seria muito perigoso.

Surgimento dos burgos:

●​ Os burgos (pequenas comunidades protegidas por muralhas) deram origem às


cidades medievais.
●​ A população urbana cresceu com a chegada de artesãos, comerciantes e
camponeses.

Reintrodução da moeda e desenvolvimento do comércio:

●​ O renascimento das trocas comerciais trouxe de volta o uso da moeda, substituindo


gradativamente a economia de escambo (trocas diretas).
●​ Feiras locais e internacionais, como as de Champagne, tornaram-se pontos de
encontro para mercadores de diferentes regiões.

Declínio do Sistema Feudal e Ascensão da Burguesia

Com as mudanças econômicas e sociais, o feudalismo começou a declinar:

●​ Economia Monetária: Muitos senhores feudais passaram a aceitar tributos em


dinheiro ao invés de trabalho servil, o que enfraqueceu a servidão.
●​ Fuga dos servos para as cidades: Em busca de melhores condições de vida,
muitos camponeses deixaram os feudos.

A burguesia, formada por comerciantes e artesãos, emergiu como uma nova classe social
dominante nas cidades, acumulando riqueza e influenciando a transformação econômica e
cultural.

Impacto da Peste Negra (1347-1351)

A Peste Negra foi um marco na Baixa Idade Média, devastando a população europeia e
acelerando as transformações sociais:
●​ Devastação populacional: Aproximadamente um terço da população europeia
morreu, levando à escassez de mão de obra.
●​ Enfraquecimento do Feudalismo: A falta de trabalhadores aumentou os salários e
deu mais poder de barganha aos camponeses.
●​ Revoltas sociais: Tentativas de reforçar a servidão resultaram em revoltas, como a
dos camponeses ingleses em 1381.

Fortalecimento das Monarquias e Transição para a Idade Moderna

Na reta final da Baixa Idade Média, as monarquias começaram a centralizar o poder:

●​ Centralização do poder: Os reis consolidaram seu controle sobre territórios e


reduziram a influência dos senhores feudais.
●​ Alicerce dos Estados Modernos: Essa centralização foi fundamental para o
surgimento dos Estados nacionais.

A burguesia desempenhou um papel importante nesse processo, financiando iniciativas


reais e contribuindo para o Renascimento, que marcaria a transição para a Idade Moderna.

Preparação para o Renascimento:

●​ A urbanização e o renascimento comercial criaram o cenário ideal para o


florescimento cultural.
●​ O colapso do sistema feudal abriu espaço para novas formas de organização social
e econômica.

E esse período foi chamado de renascimento, pois, como as pessoas da época começaram
a chamar antes de “Idade das trevas”, e esse novo período foi de renovação e melhora,
coisas mais tecnológicas, eles chamaram de Renascimento, como se a Europa tivesse
renascido.

Exercícios:

https://www.todamateria.com.br/exercicios-sobre-feudalismo/

Qual destes acontecimentos se passou durante a Baixa Idade Média?

a) Expansão do Islamismo pela Península Ibérica

b) Início da Dinastia Carolíngia

c) Guerra dos Cem Anos

d) Reinado de Justiniano I

e) Derrota dos mouros na Batalha de Poitiers


A respeito da crise do século XIV, selecione a alternativa INCORRETA.

a) O século XIV ficou marcado por colheitas ruins que propagaram fome
pela Europa.

b) Houve rebeliões de trabalhadores tanto nas cidades quando no


campo.

c) Cerca de 1/3 da população europeia morreu por conta da peste negra.

d) As guerras foram um fator que difundiu pobreza e morte nesse século


de crise.

e) A peste negra foi levada à Europa por meio do contato dos nórdicos
com o Reino de Rus, reino na região da atual Ucrânia.

Leia o trecho a seguir:

Esse período do ano mil e das décadas seguintes é um período


essencial para a reestruturação social e política do espaço da
cristandade, e esta reestruturação deixou na organização territorial da
Europa marcas profundas. Dada a importância do castelo feudal nesta
nova organização, os historiadores, para designá-la, tomaram uma
palavra italiana no grande livro de Pierre Toubert sobre o Latium
medieval: o incastellamento, o encastelamento.
LE GOFF, Jacques. As raízes medievais da Europa. Petrópolis: Vozes, 2011, p. 78.

A palavra utilizada por Jacques Le Goff ,a partir da nomenclatura


estabelecida por Pierre Toubert, está relacionada com:

a) Renascimento comercial.

b) Feudalização.

c) Surgimento dos burgos.

d) Peste negra.

e) Centralização monárquica.
A Baixa Idade Média é um período de consideráveis transformações na
Europa Ocidental. Selecione a alternativa que apresenta uma
transformação que permitiu o aumento da produtividade agrícola na
Europa.

a) Utilização do estribo

b) Invenção do trabuco

c) Utilização da charrua de metal

d) Invenção da imprensa

e) Invenção de tear

(Cespe/Cebraspe) O feudalismo foi um sistema que vigorou na Idade


Média e que teve implicações políticas, econômicas e sociais. Nesse
sistema,

a) o poder estava centralizado no soberano.

b) a população era predominantemente urbana.

c) a economia era baseada na indústria.

d) a sociedade era dividida em ordens.

e) a nobreza era encarregada do comércio.

(AGIRH – adaptado) Entre os séculos XI e XIII, a Europa passou por um


processo de grande desenvolvimento econômico, graças ao aumento da
produção agrícola e à expansão comercial e urbana. Entretanto, no final
do século XIII, esse desenvolvimento desacelerou. Essa situação,
chamada “crise do século XIV”, foi provocada por vários motivos, com
destaque para:

a) a destruição das plantações por pragas e as Cruzadas.

b) a abertura do Mar Mediterrâneo e a troca de servos por trabalhadores


assalariados.

c) a crise do açúcar e a Contrarreforma.

d) a Guerra dos Cem Anos e a peste negra.

e) as invasões normandas e a invenção da imprensa.


(Objetiva) Sobre a sociedade feudal, marque C para as afirmativas
Certas, E para as Erradas e, após, assinale a alternativa que apresenta a
sequência CORRETA.

( ) As relações feudais permitiam aos senhores aumentar a força militar.


A prática da vassalagem está relacionada à necessidade de apoio
armado.

( ) O feudalismo foi construído sobre uma base econômica conhecida


como sistema senhorial. A comunidade de aldeia, composta por servos
presos à terra, tornou-se a estrutura agrícola essencial da sociedade
medieval.

( ) A sociedade feudal era um mundo predominantemente masculino; no


entanto, as mulheres, principalmente pertencentes à nobreza, tinham
um papel decisivo na administração dos feudos.

a) C - C - E.

b) E - C - C.

c) C - E - E.

d) E - C - E.

e) E - E - E.

Uma leitura atenta dos textos da Alta Idade Média permitiu concluir que
a peste fora virulenta na Europa e em torno da bacia mediterrânica entre
os séculos VI e VIII, com uma espécie de periodicidade dos surtos
epidêmicos, cujos picos se situavam a cada nove ou doze anos. Depois
ela pareceu desaparecer no século IX, mas para ressurgir brutalmente
em 1346 nas margens do mar de Azov... Durante todo o resto do século
XIV e ao menos até o começo do século XVI, a peste reapareceu quase a
cada ano em um lugar ou outro da Europa ocidental. Em 1359, ei-la na
Bélgica e na Alsácia; em 1360-1361, na Inglaterra e na França... Um
cronista de Orviedo anotava; A primeira Peste geral ocorreu em 1348 e
foi a mais forte”. Depois acrescentava; “Segunda peste em, 1363…”.
Seja ainda o caso de Châlons-sur-Marne. As datas de epidemias na
cidade parecem obedecer a um ritmo e salienta-se um ataque por
décadas.”.
Delemau, Jean. História do medo no Ocidente 1300-1800. Uma cidade sitiada; tradução
Maria lucia Machado, tradução das notas Heloisa Jahn- São Paulo; Companhia das
Letras.

O texto acima fala sobre a peste negra na Idade Média. Agora leia as
alternativas seguintes e marque a única CORRETA.

a) A concepção teológica da Igreja Católica na época facilitou o


tratamento da doença.

b) As condições de higiene, alimentação e moradia precárias facilitaram


o rápido contágio em várias regiões da Europa.

c) O animal vetor de transmissão da peste negra era o pombo, animal


muito utilizado na alimentação dos europeus.

d) A peste provocava úlceras, derrame cerebral e parada cardíaca.

e) Era uma doença de fácil tratamento e, por isso, foi rapidamente


contida na Europa,

espalhando-se somente pela Ásia.

O renascimento comercial permitiu o surgimento de dois importantes


polos comerciais na Europa durante a Baixa Idade Média. Ao sul, as
cidades italianas dominavam o comércio no Mar Mediterrâneo, enquanto
no norte da Europa vigorava uma aliança comercial que ficou conhecida
como:

a) Liga Hanseática.

b) Liga Novgorod.

c) Liga Teutônica.

d) Aliança Germânica.

e) Aliança Saxônica.

Na política, a Europa presenciou durante a Baixa Idade Média:

a) a formação de conselhos populares.

b) a centralização do poder.

c) a separação de Estado e Igreja


d) a maior participação popular.

e) o surgimento de monarquias constitucionais.

O evento que encerrou a Idade Média e, consequentemente, a Baixa


Idade Média foi:

a) peste negra.

b) fim da Guerra dos Cem Anos.

c) conquista de Ceuta.

d) coroação de Isabel de Castela.

e) conquista de Constantinopla.

Exercício 1: (Enem 2011)

Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade


medieval nascido talvez de um profundo sentimento de
insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do
mesmo modo no meio urbano, pois que uma das
características da cidade era de ser limitada por portas e
por uma muralha.

DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G.


História da vida privada da Europa Feudal à Renascença. São
Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).

As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes


mudanças no final da Idade Média, quando elas assumiram a
função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo
está diretamente relacionado com:

A) o crescimento das atividades comerciais e


urbanas.

B) a migração de camponeses e artesãos.


C) a expansão dos parques industriais e fabris.

D) o aumento do número de castelos e feudos.

E) a contenção das epidemias e doenças.

Exercício 2: (UFSC 2015)

Sobre o período conhecido como Idade Média, é CORRETO


afirmar que:

1) o romance de cavalaria foi um gênero literário


que divulgou ideias de amor cortês.

2) a peste negra foi uma doença que teve graves


consequências para a sociedade medieval,
dizimando parte da população europeia.

4) as universidades criadas no período tiveram


importante papel no desenvolvimento da cultura
e do ensino no Ocidente.

8) a formação das corporações de ofício está


relacionada à efervescência comercial da Europa
no início da Idade Média.

16) várias dissidências da Igreja surgiram no


período, como foi o caso dos cátaros. Devido ao
acolhimento à diversidade defendido pela Igreja,
as comunidades cátaras puderam ser mantidas.

32) o cristianismo difundido pela Igreja penetrou de


tal maneira em todas as camadas da sociedade
medieval que foi capaz de anular as crenças
pagãs de origem antiga.
64) as ordens mendicantes foram criadas por uma
parcela do clero medieval que defendia o
conceito de usura e estimulava o acúmulo de
bens e lucro.

A cidade contemporânea, apesar de grandes


transformações, está mais próxima da cidade medieval
do que esta última da cidade antiga. A cidade da Idade
Média é uma sociedade abundante, concentrada em um
pequeno espaço, um lugar de produção e de trocas em
que se mesclam o artesanato e o comércio alimentados
por uma economia monetária. É também o cadinho de
um novo sistema de valores nascido na prática laboriosa
e criadora do trabalho, do gosto pelo negócio e pelo
dinheiro. É assim que se delineiam, ao mesmo tempo,
um ideal de igualdade e uma divisão social da cidade, na
qual os judeus são as primeiras vítimas. Mas a cidade
concentra também os prazeres, os da festa, os dos
diálogos na rua, nas tabernas, nas escolas, nas igrejas e
mesmo nos cemitérios. Uma concentração de
criatividade de que é testemunha a jovem universidade
que adquire rapidamente poder e prestígio, na falta de
uma plena autonomia.

LE GOFF, Jacques. Por amor às cidades: conversações com Jean Lebrun.


São Paulo: UNESP, 1998. p. 25. Apud: VICENTINO, Cláudio; DORIGO,
Gianpaolo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. p. 187.2.
v. 1.

Sobre o período medieval, é CORRETO afirmar que:

1) as Cruzadas quase impediram o desenvolvimento


das cidades medievais por dois motivos:
ocorreram em áreas rurais e tinham como
objetivo impor os ideais cristãos que
condenavam a cobiça e o desejo por lucro.
2) com a intensificação das atividades comerciais
nas cidades, foram organizadas as hansas ou
associações de mercadores. A reunião de várias
hansas no norte da atual Alemanha deu origem à
Liga Hanseática.

4) muitas cidades medievais se originaram dos


burgos, aglomerações surgidas a partir da
intensificação do comércio.

8) as corporações de ofício surgiram com o


desenvolvimento da mão de obra especializada
dedicada ao artesanato e foram responsáveis por
organizar o aprendizado e o controle destas
atividades.

16) as universidades surgiram da iniciativa de um


grupo de intelectuais europeus que pretendia
tornar o ensino independente da Igreja.

32) a atividade bancária não se consolidou no


período, pois havia falta de matéria-prima para a
fabricação de moedas. Isso fez com que o
comércio se realizasse exclusivamente por meio
do escambo.

Exercício 4: (UDESC 2017/1)

Em A civilização feudal, o historiador Jérôme Baschet


escreveu que a “Idade Média convida, com particular
acuidade, a uma reflexão sobre a construção social do
passado”.

BASCHET, Jérôme. A civilização feudal: do ano mil à colonização da


América. São Paulo: Editora Globo, 2006, p. 26.
Tendo como referência a citação acima e o período da
história, conhecido como Idade Média, assinale a alternativa
incorreta.

A) O Iluminismo consolidou ideias como


fragmentação política, fixação espacial,
desordem, regressão e estagnação nas suas
representações sobre o mundo medieval.

B) Os debates contemporâneos sustentam que


fazem parte da dinâmica feudal o poder
monárquico, a função militar e a presença de
autoridade episcopal.

C) O fenômeno urbano na chamada Idade Média


Central está associado ao desenvolvimento das
atividades artesanais e comerciais.

D) O Feudalismo foi uma categoria meramente


econômica que designou o modo de
funcionamento de toda a sociedade medieval na
Europa.

E) A visão sobre o mundo medieval foi pautada por


perspectivas do período no qual o historiador
escreve, como exemplo, a idealização romântica
produzida no século XIX.

Exercício 5: (UFRGS 2017)

Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações


abaixo, sobre a história da Idade Média ocidental.

( ) A instalação de povos de origem germânica no território


do Império Romano, as chamadas “invasões bárbaras”,
ocorreu também por meio de processos migratórios pacíficos
e negociados com o Estado romano.​
( ) O processo de fragmentação territorial do Império
Romano Germânico, após a ascensão de Carlos Magno no
século VIII, foi decorrência da ruptura entre o reino franco e
a Igreja cristã.​
( ) A servidão foi uma situação intermediária entre a
escravidão definitiva e a liberdade plena, pois impunha uma
série de limitações aos servos, sem torná-los propriedade
dos seus senhores.​
( ) A Escolástica, principal método de ensino nas
universidades medievais, previa o estudo filológico da Bíblia
e recusava o recurso à filosofia antiga, considerada pagã e
herética.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de


cima para baixo, é:

A) V – V – F – V.

B) F – V – F – V.

C) V – F – V – F.

D) F – V – V – F.

E) F – F – V – V.

Exercício 6: (UFRGS 2016)

Sobre a história da Idade Média, assinale a alternativa


correta.

A) A criação do Sacro Império Romano Germânico


no Ocidente, no contexto da expansão carolíngia
do século VIII, resultou na conversão dos francos
ao cristianismo.
B) A Igreja permitia o ingresso feminino apenas nas
ordens regulares, enquanto as seculares eram
reservadas somente aos homens.

C) A aristocracia exercia atividade guerreira,


embora não fosse detentora de terras ou de
direitos senhoriais.

D) A criação dos relógios mecânicos públicos, a


partir do século XIII, reforçou o monopólio
eclesiástico no controle do tempo pela Igreja.

E) A presença islâmica no Mediterrâneo, a partir do


século VII, caracterizou-se pela destruição dos
mecanismos de administração urbana nas
cidades europeias.

Exercício 7: (UFRGS 2016)

Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações


abaixo, sobre a crise do século XIV na Europa, durante a
Baixa Idade Média.

( ) A principal causa da crise foi uma combinação entre a


Guerra dos Trinta Anos, as revoltas continentais contra o
absolutismo e a propagação da peste bubônica por todo o
continente.​
( ) A Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra foi o
principal conflito militar associado à crise e teve por
resultado a vitória francesa diante dos ingleses.​
( ) A crise enfraqueceu política e economicamente os
senhores feudais, dando início a uma gradual transferência
de poder para as monarquias europeias nos séculos
seguintes.​
( ) A crise destruiu o absolutismo monárquico como sistema
político e abriu caminho para a descentralização de poder,
típica do período medieval tardio.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de
cima para baixo, é:

A) V – F – F – V.

B) F – F – V – V.

C) V – V – F – F.

D) F – V – V – F.

E) F – V – F – V.

Exercício 8: (UFRGS 2015)

Considere as seguintes afirmações acerca das relações entre


o Oriente e o Ocidente no mundo medieval.

I - Uma das causas da queda do Império Romano do


Ocidente foi a expansão do islamismo pelo território da
Europa ocidental.​
II - A cultura árabe legou para as sociedades europeias
estudos sobre autores como Platão e Aristóteles,
estabelecendo um elo de ligação entre o mundo antigo pagão
e o mundo moderno cristão.​
III - A península ibérica foi profundamente marcada pela
presença muçulmana, que se estendeu entre os séculos VIII
e XV, produzindo reflexos na cultura lusitana e hispânica.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.

B) Apenas II.

C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.

E) I, II e III.

Exercício 9: (FUVEST 2018)

Um grande manto de florestas e várzeas cortado por


clareiras cultivadas, mais ou menos férteis, tal é o
aspecto da Cristandade — algo diferente do Oriente
muçulmano, mundo de oásis em meio a desertos. Num
local a madeira é rara e as árvores indicam a civilização,
noutro a madeira é abundante e sinaliza a barbárie. A
religião, que no Oriente nasceu ao abrigo das palmeiras,
cresceu no Ocidente em detrimento das árvores, refúgio
dos gênios pagãos que monges, santos e missionários
abatem impiedosamente.

J. Le Goff. A civilização do ocidente medieval. Bauru: Edusc, 2005.


Adaptado.

Acerca das características da Cristandade e do Islã no


período medieval, pode-se afirmar que:

A) o cristianismo se desenvolveu a partir do mundo


rural, enquanto a religião muçulmana teve como
base inicial as cidades e os povoados da
península arábica.

B) a concentração humana assemelhava-se nas


clareiras e nos oásis, que se constituíam como
células econômicas, sociais e culturais, tanto da
Cristandade quanto do Islã.

C) a Cristandade é considerada o negativo do Islã,


pela ausência de cidades, circuitos mercantis e
transações monetárias, que abundavam nas
formações sociais islâmicas.
D) o clero cristão, defensor do monoteísmo estrito,
combateu as práticas pagãs muçulmanas,
arraigadas nas florestas e nas regiões desérticas
da Cristandade ocidental.

E) a expansão econômica islâmica caracterizou-se


pela ampliação das fronteiras de cultivo, em
detrimento das florestas, em um movimento
inverso àquele verificado no Ocidente medieval.

Exercício 10: (Enem 2015)

A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, dividida


em três: uns oram, outros combatem, outros, enfim,
trabalham. Essas três partes que coexistem não suportam
ser separadas; os serviços prestados por uma são a condição
das obras das outras duas; cada uma por sua vez
encarrega-se de aliviar o conjunto... Assim a lei pode triunfar
e o mundo gozar da paz.​
ALDALBERON DE LAON. ln: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos
medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981.

A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida


durante a Idade Média. Um objetivo de tal ideologia e um
processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente,
em:

A) Justificar a dominação estamental / revoltas


camponesas.

B) Subverter a hierarquia social/ centralização


monárquica.

C) Impedir a igualdade jurídica/ revoluções


burguesas.
D) Controlar a exploração econômica / unificação
monetária.

E) Questionar a ordem divina / Reforma Católica.

Exercício 11: (Enem 2015)

Calendário medieval, século XV.

Disponível em: www.ac-grenoble.fr. Acesso em: 10 maio 2012.

Os calendários são fontes históricas importantes, na medida


em que expressam a concepção de tempo das sociedades.
Essas imagens compõem um calendário medieval
(1460-1475) e cada uma delas representa um mês, de
janeiro a dezembro. Com base na análise do calendário,
apreende-se uma concepção de tempo:

A) cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno


retorno.

B) humanista, identificada pelo controle das horas


de atividade por parte do trabalhador.

C) escatológica, associada a uma visão religiosa


sobre o trabalho.

D) natural, expressa pelo trabalho realizado de


acordo com as estações do ano.

E) romântica, definida por uma visão bucólica da


sociedade.

Exercício 12: (URCA 2018/1)

“Ao usurário, a Igreja e os poderes laicos diziam: “Escolha: a


bolsa ou a vida!. Mas o usurário pensava: o que eu quero é “a
bolsa e a vida”. Os usurários impenitentes que, no momento
da morte, preferiam não restituir o dinheiro mal adquirido ou
mesmo leva-lo consigo para a morte zombando do Inferno
que lhes era prometido, devem ter sido apenas uma minoria.
Pode-se mesmo perguntar se não se tratava de usurários
imaginados pela propaganda eclesiástica para melhor
divulgar sua mensagem. Tal atitude seria explicada apenas
pela descrença, e o descrente do século XIII aparece mais
como uma hipótese do que como um personagem real.” (GOFF,
Jacques le. A bolsa e a vida: a usura na Idade Média. São Paulo: Brasiliense,
1989)

Assinale das alternativas abaixo aquela que podemos


considerar correta em relação ao que afirma o historiador
medievalista:
A) Anteriormente ao século XIII, numa sociedade de
cristianização incompleta, a religião tinha
imposto sua lei, mas não tinha penetrado em
todas consciências. Havia homens e mulheres
que se entregavam à busca dos bens mundanos,
arrastados ao pecado pela atração dos gozos
terrestres.

B) O cristianismo medieval europeu, anterior ao


século XIII, era intolerante e obrigava os laicos a
viverem como “santos”, devendo fazer penitência
e respeitar a religião, enquanto os clérigos,
especialmente os monges, viviam do pecado da
usura.

C) Os laicos medievais europeus dos séculos


anteriores ao século XIII viviam em um estado
permanente de natureza selvagem incentivado
pela Igreja, reis e imperadores, como forma de
limitar o número de contemplados para um lugar
no paraíso.

D) Para os poderosos medievais anteriores ao século


XIII Deus estava longe e o mundo próximo, duro,
atormentado pela fome, doenças e guerras,
enquanto os laicos pobres davam graças a Deus e
a salvação.

E) Por volta do ano mil, estabeleceu-se o


Feudalismo na Europa e com ele aumentaram as
injustiças e as desigualdades, enquanto a Igreja
abandonou a ideia de cristianizar a sociedade e
procurou desmistificar a ideia de existência do
Diabo.

Exercício 13: (URCA 2017/2)


“De meados do século XII a cerca de 1340, o
desenvolvimento da cristandade latina atinge o seu apogeu.
Nesse apogeu a França ocupa o primeiro lugar e o grande
movimento de urbanização está no auge. As cidades são uma
das principais manifestações e um dos motores essenciais
dessa culminação medieval.” (LE GOFF, Jacques. O apogeu da cidade
medieval.)

Observando o texto do historiador acima e considerando o


período histórico da Europa, por ele destacado, pode-se
corretamente afirmar:

A) A Europa vivenciava um período de retração


econômica, enquanto as cidades entravam em
processo de decadência;

B) A Igreja Católica foi-se adaptando à nova


realidade, enquanto triunfava sobre as ameaças
heréticas e construía seus grandes templos;

C) Aos poucos ia se constituindo uma nova


sociedade voltada para o uso da terra e a
ruralização da sociedade;

D) Manifestava-se um desequilíbrio entre a nobreza


que não acreditava na vida urbana e a burguesia
que buscava uma vida rural semelhante à
nobreza;

E) Triunfavam as cidades desordenadas que se


contrapunham e não se submetiam aos
monarcas.

Exercício 14: (URCA 2017/1)

Foi durante a Renascença que surgiu o costume de dividir a


história do mundo em três grandes épocas. Antiga, Medieval
e Moderna. Sobre o conceito de Idade Média, assinale a
alternativa correta:

A) A definição de Idade Média, durante a


Renascença, se coaduna com a crença de que a
humanidade passou por um processo contínuo de
progresso desde seus primórdios até à Idade
Moderna.

B) Para os Renascentistas, a Idade Média fora um


interregno de profunda ignorância e superstição,
no qual o homem viveu com os olhos vendados,
esquecido das maravilhas do conhecimento e
interessado somente em fugir às misérias deste
mundo e aos tormentos do inferno.

C) O problema em conceituar a Idade Média, como


período de obscurantismo é porque os
historiadores não consideram que desde a queda
Romana até a Renascença Italiana os europeus
vivenciaram uma unidade cultural entre seus
povos.

D) Durante toda a Idade Média a cultura europeia


representou uma volta ao barbarismo cultural,
com a estagnação do intelecto e o mergulho
profundo na ignorância e na credulidade.

E) Com o Império Carolíngio, século IX, a Europa


mergulhou definitivamente no ruralismo
econômico, no ascetismo mórbido e no desprezo
por este mundo.

Exercício 15: (URCA 2016/2)

Observe o texto a seguir:


No século XIV, os portões dos feudos se fecharam para os
visitantes, que passaram a ser vistos como inimigos. O
isolamento entre os reinos tornou-se ainda maior e havia um
crescente sentimento de xenofobia. Ninguém era bem-vindo
e todos eram suspeitos de carregar a peste. Nos anos que se
seguiram, os europeus viveram dominados pelo medo e por
uma só pergunta: quando ela vai voltar?​
(Superinteressante)

Assinale a alternativa que melhor condiz com o texto:

A) O período em questão remonta à Baixa Idade


Média durante o renascimento comercial e
urbano, quando a peste negra surgiu
predominantemente no campo.

B) Como o europeu não sabia tratar a peste e nem


suas formas de contágio, ela acabou se
expandindo com uma grande velocidade,
acarretando milhões de mortos e, como
consequência, a escassez da mão de obra,
prejudicando o comércio e a produção agrícola.

C) Com menor reserva de mão de obra houve uma


redução da exploração servil, pois as pessoas se
tornaram mais sensíveis, religiosas e
humanitárias.

D) No campo religioso, todas as doenças eram vistas


como castigo divino, o que possibilitou o
fortalecimento do poder da Igreja Católica que
manteve sua unidade na Europa, ao longo dos
séculos que se seguiram após a peste.
E) A peste fez com que as pessoas abandonassem a
crença e a devoção nas feitiçarias e outras
formas místicas, buscando respostas e curas para
as doenças nas orações da Igreja Católica.

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