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Epidemiologia de Cólera_2025 (1)

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VIGILÂNCIA

EPIDEMIOLÓGICA
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE
EPIDEMIOLOGIA DE CÓLERA
PÚBLICA

DR. EUSÉBIO MANUEL, MD, Epidemilogista, Sanitarista


CHEFE DO DEPARTAMENTO DE HIGIENE E VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

• É o conjunto de acções que proporcionam o


conhecimento, a detecção e prevenção de qualquer
mudança nos factores que determinam as condições de
saúde individual ou colectiva para adoptar medidas de
prevenção e controlo;

• A VIGILÂNCIA constitui uma abordagem cuidada e


atenta de recolha permanente de informação útil para
melhorar e preservar a saúde da população e em
populações.
CÓLERA

• A cólera é uma gastroenterite aguda


caracterizada por inicio súbito de diarreia aquosa
(com aspecto de água de arroz ou de urina),
acompanhada ou não com vómitos. Este quadro
clínico evolui rapidamente para desidratação
grave e colapso cardiovascular.

• GENERO: Vibrio
• FAMÍLIA: Vibrionacae
• Reservatório: Homem
HISTORIAL

Todos os anos, muitos países são afectados. A entrada da cólera numa localidade
ou país não pode ser evitada, contudo, a sua disseminação pode ser travada com
medidas apropriadas.

Mais de 90% dos casos de cólera são leves e difíceis de diferenciar de outros tipos
de doenças diarreicas agudas.

Os portadores assintomáticos da doença são comuns;

A melhoria do tratamento, na maioria dos casos por terapia de reidratação oral,


pode reduzir a taxa de letalidade para menos de 1% (taxa aceite
internacionalmente).

A vacinação e a profilaxia em massa são ineficazes para evitar ou controlar os


surtos epidémicos de cólera.

Os cuidados com a água de beber e com os alimentos, tratamento adequado dos


excretas e do lixo e a higiene pessoal são os meios mais eficazes para os indivíduos
reduzirem o risco de cólera.
HISTORIAL

A cólera é um problema grave de saúde pública, com uma


rapida propagação e elevado risco de morte. Portanto, deve
ser dada atenção especial à sua vigilância e controlo;

O tratamento é fácil mas deve ser apropriado e atempado;

As boas medidas preventivas na comunidade e nos centros


de tratamento são essenciais para quebrar a cadeia de
transmissão.
HISTORIAL

Os primeiros casos foram descritos na Ilha de Sulavésia-


Indonésia em 1961 (Séc XIX);

1962- Reunião da OMS- Doença de notificação obrigatória, de


quarentena e do Reg.Sanit Internacional;

Em 1966 a pandemia propagou-se a numerosos países da


Ásia;

Em 1970 atingiu a Europa e alguns países da região Africana:


Guiné-Conacry, Somália e a Tunísia;

A partir de 1973 e 1974 foram registados casos no continente


Americano.
HISTORIAL
1817- Endemia Sudoeste de Ásia, Ganga e Bramaputi

1817-1926- Pandemia (6 Pandemia)

1851- Conferência Sanitária Internacional


- Etiologia, epidemiologia, clínica e profilática

1926-1960- Endemia Sudoeste da Ásia, Paquistão, Ìndia, Banglades

1961 (7 Pandemia)- Eltor- Arquipélago da Índonésia, Finlândia,


Filipinas, Campusua, Birma, Corea –África e Europa

1962- OMS- Eltor- Conferência Internacional da OMS


1971--> Pandemia -> 36 Países da Àsia, África (G.Conacri, Somália
e Tunísia) e Europa = 171.000 casos

1977-1983 = 12.196 casos (32 Países)


ANTECEDENTES HISTÓRICOS
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA SAÚDE

 A primeira pandemia de cólera ocorreu de 1817 até 1824 a doença se


espalhou da Índia para o Sudeste Asiático, Oriente Médio, Europa e
África Oriental;

 Posteriormente aconteceram 6 pandemias que se estenderam em


grande parte do mundo;

 A sétima pandemia teve origem em 1961 na Indonésia e é marcada pelo


surgimento de uma nova estirpe, nomeada El Tor, que ainda persiste
hoje em países em desenvolvimento;

 Em Angola, o último surto epidémico de Cólera registou-se em 2018.

8
AGENTES INFECCIOSOS

Existem mais de 100 serotipos de agentes infecciosos,


mas apenas 3 são responsáveis pelas epidemias de
cólera:

1) VIBRIAO COLÉRICO CLÁSSICO

2) VIBRIÃO COLÉERICO EL TOR 01 (serotipos:


Ogawa, Inaba e Hikojima)

3) VIBRIÃO COLÉRICO: 139 (descoberto em 1992)


CARACT. DO VIBRIÃO EL TOR

 O Vibrião Cólera El Tor- é o responsável pelas pandemia e


epidemias, incluindo o actual surto;

 Apresenta características diferentes do vibração cólera


clássico: Em fase de epidemia produz menos casos
secundários sintomáticos e apresenta menos casos graves;

 O período de excreção do vibrião El Tor é mais longo ( 3 à


20 dias) contra (1 à 7 dias para o clássico);

 Sobrevive muito tempo no meio ambiente.


ANGOLA- HISTÓRICO
TENDÊNCIA ANUAL DOS CASOS DE CÓLERA, ANGOLA,1987-2013

80000

70000 69476

60000

50000

40000

Casos
30000

16222
20000
17601 18390

15500 9043
10000 7656 10002 10541 6655

1649
648 20191955 2296
2189
3893
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

113.737 casos
4.206 óbitos
DISTRIBUIÇÃO DE CASOS E ÓBITOS DE
POR CÓLERA-2017

PROVÍNCIAS CASOS ÓBITOS TAXA DE LETAL.

Cabinda 236 14 5,9%

Luanda 5 0 0%

Uíge-Maquela do Zombo 28 1 3,5%

Zaire-Soyo 255 14 5,4%

Total: 524 29 5,5%


DISTRIBUIÇÃO DE CASOS E ÓBITOS DE CÓLERA, 13 Dez 2016 - 31 de Jan 2017

Comunas afectadas

Casos notificados

Óbitos Extra-
Hospitalares

Hospitalares

Data Inicio de Número Comunas Número de bairros


Óbitos
Casos

MUNICÍPIO
Data Inicio de Sintomas
Sintomas Ultimo Caso Município Afectadas afectados
1º Caso Notificado
Notificado
K.Kiaxi 1 1
CABINDA 56 2 1 10-jan-17 30-jan-17
BELAS* 1 0 0 18-jan-17 18-jan-17 Soyo 4 35
KILAMBA KIAXI 1 0 0 24-jan-17 24-jan-17 Cabinda 1 24
SAMBA* 3 0 0 18-jan-17 19-jan-17
13-dez-16 30-jan-17
Belas 1 1
SOYO 156 6 1
TOTAL 217 8 2 13-dez-16 30-jan-17 Samba 1 1
DISTRIBUIÇÃO DE CASOS E ÓBITOS POR MUNICÍPIO-
14/12/2016 À 13/07/2017

MUNICÍPOS Nº DE CASOS Nº ÓBITOS T. LETAL (%)

Cabinda 236 14 5.9


Soyo 255 12 4.7
Maquela do 19 1 5.2
Zombo
Bela 1 0 0,0
Kilamba kiaxi 1 0 0,0
Samba 3 0 0,0
TOTAL: 515 27 5.2
DISTRIBUIÇÃO DE CASOS E ÓBITOS POR GRUPO
ETÁRIO-LUANDA-2018
GRUPO ETÁRIO CASOS ÓBITOS

0-4 ANOS 5 0

5-14 ANOS 11 1

15+ ANOS 13 4

TOTAL: 29 5
SITUAÇÃO ACTUAL, 01.12.2024-12_01_2025
Casos e óbitos diario por data do inicio dos síntomas

44
36
Obitos Casos
31
24 37
20
17

2 1 10
1 4 3 1 3 3
1 1 1

Data inicio sintomas


Casos e óbitos por faixa etária.

77

61
Casos Óbitos

38

18 18
9 2 1 3 9 3
1 1 1
S/I 0-9 10-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70 e mais

Faixa etária (anos)


Total de casos, casos confirmados e óbitos por provincia.
Casos e óbitos notificados nas
Total cumulativo desde a 1ª Semana
últimas 24 horas (12 de janeiro
Epidemiológica de 2025
de 2025)
PROVÍNCIA MUNICÍPIO BAIRRO

Confirm

Confirm

Letalida
Total de

Total de

Taxa de
Óbitos

Óbitos

de (%)
Casos

Casos

Casos

Casos
ados

ados
Paraíso 23 2 1 94 17 6 6.4
Vidrul 10 0 0 29 2 1 3.4
Belo Monte 10 0 0 25 1 3 12.0
Boa Esperança 0 0 0 5 0 1 20.0
Cerâmica 0 0 0 2 0 0 0.0
Eco Campo 0 0 0 1 0 0 0.0
N. Urbanização 0 0 0 3 0 1 33.3
Cacuaco Retranca 0 0 0 2 1 0 0.0
Luanda Vila do Cacuaco 0 0 0 1 0 0 0.0
Pescador 2 0 0 6 0 1 16.7
Pedreira 2 0 1 5 1 1 20.0
Cacuaco sede 2 0 0 8 2 1 12.5
Boca do Rio 1 0 0 2 0 0 0.0
Caop Velha 1 0 0 1 0 0 0.0
Kikolo 0 0 0 12 3 1 8.3
Belas Camama 0 0 0 2 0 0 0.0
Viana V. Viana 2 0 0 5 0 1 20.0
Funda 0 0 0 1 0 0 0.0
Panguila 0 0 0 1 0 0 0.0
Catete
Icolo e Catete sede 0 0 0 3 1 0 0.0
Bengo Mayombe 0 0 0 1 0 0 0.0
Sequele Sequele 0 0 0 5 0 0 0.0
Quiçama Cajú 0 0 0 1 1 0 0.0
Caxito 0 0 0 4 1 0 0.0
Bengo Dande
Barra do Dande 1 0 1 5 2 1 20.0
Total 54 2 3 224 32 18 8.0
MODO DE TRANSMISSÃO

 O Vibrião Cólera é eliminado pelas fezes e


vómitos de pessoas infectadas, sintomáticas ou
não;

 Existe a transmissão Indirecta: Através da


ingestão de água ou de alimentos contaminados;

 Transmissão Directa: Através das mãos


contaminadas levadas à boca.
FACTORES DE RISCO
 Ingestão de água e de alimentos contaminados;

 Deficiente acesso à água potável;

 Grandes concentrações de pessoas (festas ou funerais);

 Contacto com pessoas que morreram de cólera


ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS

Diarreia líquida abundante com aspecto de água de


arroz, sem cheiro ou com odor a peixe;
Na maioria das vezes acompanhado de vómitos e
habitualmente sem febre;
Leva rapidamente a desidratação ou colapso
circulatório;

Afecta maioritariamente pessoas com de 5 anos,


que vivem em condições sócio económicas e
sanitárias precárias;
OBJECTIVOS GLOBAIS DE VIGILÂNCIA DA
CÓLERA

❑ Detecção de casos e Resposta pronta e adequadamente


para o controlo dos surtos

❑ Confirmar a existência de um surto, recolha e


transporte de amostras para laboratório de referência
DETECÇÃO E REGISTO DE CASOS

 Implica a identificação de casos/doentes utilizando-se


definições padronizadas de caso ou o laboratório

 Definições de caso padronizadas são critérios padronizados


que permitem decidir se uma pessoa apresenta ou não uma
determinada doença

 Utilizando definições padronizadas de caso , asseguramos


que todos os casos são diagnosticados, ao mesmo tempo
que se identifica Onde e Quando ocorreram.
Definição de caso

✓Utilidade:
Antes de utilizar as medidas de frequência (incidência e
prevalência) é essencial definir claramente o caso, para evitar
todo o mal entendido e as confusões

✓Possível (suspeito)

✓Provável

✓Confirmado
DEFINIÇÃO DE CASO

➢ Caso suspeito- doentes de 5 ou mais anos de


idade com desidratação grave ou morte por
diarreia aquosa aguda;

➢ Caso confirmado- um caso suspeito em cujas


fezes se isolou o Vibrio Cholerae ou Vibrião
Colérico

26
Caso confirmado clínico-epidemiológico

Em áreas onde não esteja a circular o Vibrio Cholerae ou Vibrião


Colérico:

 Diarreia aquosa aguda em indivíduos com 5 anos ou mais de


idade, provenientes de área com circulação de vibrião, desde que
a chegada seja no máximo de 10 dias (com confirmação
laboratorial);

Em áreas onde esteja a circular o Vibrio Cholerae ou Vibrião Colérico:

 Diarreia aquosa aguda em indivíduos com 5 anos ou mais de


idade, desde que não haja diagnóstico clínico ou laboratorial de
outra etiologia;
 Crianças menores de 5 anos de idade com diarreia aguda e
história de contacto com caso de cólera, nos últimos 10 dias,
desde que não haja diagnóstico clínico ou laboratorial de outra
etiologia.
27
Vigilância Epidemiológica (1)

 Finalidade da Vigilância
De um modo geral a finalidade da vigilância de doenças prioritárias é a
detecção precoce e a resposta atempada às principais causas de
doença, morte e incapacidade.

 Uso da Definição de caso recomendada


Caso Suspeito: Esta definição fornece indicações que permitem
suspeitar de um caso ou de um surto epidémico;

Caso Confirmado: Esta definição fornece indicações que permitem


considerar um caso como confirmado através de testes de diagnóstico
laboratorial;

Caso Provável:
Vigilância Epidemiológica (2)

 Resposta ao limiar epidémico para doenças de


potencial epidémico Ou Resposta a um surto
epidémico suspeito de outras doenças de
importância para a Saúde Pública
Para as doenças de potencial epidémico e para as doenças alvo
para eliminação e ou erradicação, um caso confirmado deve
desencadear acções de resposta, tais como a realização de
actividades de vacinação de urgência, o reforço ao acesso à água
potável, campanhas de educação da comunidade e a melhoria do
seguimento dos casos.

Para outras doenças prioritárias de importância para a Saúde


Pública, a confirmação de uma epidemia deve implicar uma
resposta apropriada tal como a melhoria da cobertura de
determinadas vacinas, o reforço do seguimento dos casos de
doenças da AIDI, o fornecimento de informação, educação e
comunicação para a prevenção e luta contra as doenças etc.
NOTIFICAÇÃO DOS CASOS

REGISTO DOS CASOS.


Para todos casos de suspeitos deve-se notar os seguintes
dados:
- Nome e apelido do doente
- Origem (Bairro, rua,comuna/município)
- Idade, Sexo, Data de Consulta ou de admissão
- Exames complementares e o resultado
- Tratamento (nome do medicamento)
- Evolução (curado, falecido, transferido, abandono, sequelas
- Estado vacinal (sim/não, data).
REGISTOS DOS CASOS- Continuação

 É essencial anotar as datas da semana


epidemiológica;

 Envio das fichas de registo e de notificação


atempada;
 Notificação e comunicação da informação
(semanal/diário) respeitando a hora de corte;

 Fluxograma da informação.
Notificação de casos

 A identificação de casos deve ser seguida de notificação


ao nível seguinte (superior). A pontualidade e a
integralidade da notificação são dois aspectos a serem
avaliados, definindo-se:

◼ A percentagem de unidades de saúde que notificam os casos com


pontualidade e integralidade;

◼ A percentagem de relatórios enviados ao nível


superior(integralidade);
◼ A percentagem de relatórios enviados dentro do prazo
estipulado(pontualidade)
Detecção e Registo de Casos
cont.
 Para a detecção e registo de casos é necessário
identificar:
◼ A percentagem de unidades de saúde que possuem
definições padronizadas de caso;

◼ A percentagem de unidades de saúde que mantêm, de


forma regular, os registos de casos de DDA
Confirmação dos casos

 A confirmação de um caso pode ser feita, através da:


◼ Utilização de definições padronizadas de caso
Ou
do laboratório;

 È necessário calcular a :
◼ Percentagem de casos notificados que estão de acordo
com a definição padronizada de caso;

◼ Percentagem de casos confirmados laboratorialmente


Análise e interpretação de dados
 Os dados devem ser analisados para produzir
informação útil à tomada de decisões. Neste
processário é necessário determinar a proporção de
unidades de saúde que:

◼ Fazer a análise dos dados segundo as caractrísticas


individuais, local e tempo;

◼ Periodicidade da análise ( diária, semanal e mensal);

◼ Possuem denominadores;

◼ Calculam a prevalência das doenças


ANÁLISE DA INFORMAÇÃO

 Pessoa(as características individuais (sexo, idade),


permitem calcular as taxas de ataque, letalidade e
decidir sobre as estratégias a adoptar).

 Tempo (apresentar os dados num gráfico. A curva


epidémica permite afirmar a existência de uma
epidemia, medir a sua importância e seguir a
evolução).

 Lugar( identificar zonas de risco e seguir a


extenção geográfica da doença)
MEDIDAS DE OCORRÊNCIA DA
DOENÇA

 INCIDÊNCIA
 LETALIDADE
 TAXAS: Incidência/Ataque, Letalidade
 RISCOs ( relativo, atribuível, odds rátio)
Avaliação da ocorrência de doença
 Definição Padronizada de caso;

 Casos novos: novos episódios vs novas pessoas


doentes;

 Qual é a população em risco ( que denominador);

 Que populações comparar que indicadores usar na


comparação;

 Quais os tipos de estudos epidemiológicos mais


adequados
MEDIÇÃO DE FREQUÊNCIA DAS
DOENÇAS
➢ Contagem dos indivíduos infectados

➢ População que originou os casos

➢ Período de tempo (comparação entre populações ou


mesma população em momentos diferentes)

➢ Proporções, taxas
PREVALÊNCIA & INCIDÊNCIA &
LETALIDADE

➢ PREVALÊNCIA: é o número de casos de uma doença


em uma população definida em certo ponto de
tempo.

➢ INCIDÊNCIA: é o número de casos novos que


ocorreram em um certo período de tempo em uma
população específica

➢ LETALIDADE:- é o número de óbitos que ocorreram


em um certo período de tempo em uma população
específica
Taxas

nº de casos
Taxa = ------------------ x C
população em risco
TAXA DE INCIDÊNCIA & ATAQUE

“É uma medida de taxa instantânea de


desenvolvimento de uma doença numa população”

nº de casos novos de uma doeça num período de


tempo
TI =____________________ x C
Total de pessoas em observação nesse período
de tempo
Taxa de ataque

 Taxa de ataque: é um tipo de incidência cumulativa


que expressa a acorrência da doença numa
população particular em risco observada num
período limitado do tempo o factor do hospedeiro e
a ocorrência da doença”

 A comparação de taxas de ataque entre populações


expostas e não expostas é particularmente
importante na investigação de um surto.
▪Taxa de ataque (TA)

I (incidência)
 TA = _________ x Constante (factor)
população em risco

Casos novos
TA = ___________ x Constante
População em Risco
Taxa de Incidência
✓ Utilidade:
➢ Estimativa da população susceptível -10-40%
➢ Poder epidemiogenese #Patogenicidade
➢ Intensidade #Frequência # força da doença
➢ Determinação da carga de trabalho teórica.
➢ Extrapolação sobre a evolução futura do surto
➢ Formulação de hipóteses sobre o possível tipo de
contaminação
➢ Identificação de grupos com risco mais elevado
(localização, profissão, …)
➢ Obtenção de informação que permita pressionar as
autoridades locais e os doadores.
Taxa de Letalidade

✓ Taxa de Letalidade: proporção de mortes por


uma doença entre todos os que tiveram essa
mesma doença

nº de óbitos por uma dada doença


 TL=________________ x 100%
Total de casos da mesma doença
Taxa de letalidade & Virulência

Utilidade:
Indica se o caso foi identificado atempadamente
Indica qualquer problema com o tratamento, tendo a doença
sido já diagnosticado
Sugere a ocorrência de um agente patogénico novo, mais
virulento ou resistente aos fármacos
Indica a fraca qualidade- ou inexistência de cuidados médicos
Compara a qualidade do tratamento dos casos entre diferentes
áreas delimitada
As intervenções dos programas de saúde pública podem influenciar a taxa de
letalidade;
que os casos sejam rapidamente detectados e adequadamente
tratados :
é o indicador de qualidade dos cuidados prestados durante uma
epidemia
Utilidade:

Falta de confiança, especificidades culturais, falta de


informação, difícil acesso devido a instabilidade de
segurança e dificuldades em meio de transporte

Má acessibilidade, negligência da população e


deficiente qualidade no manuseamento dos casos (
cuidados de emergência)Má qualidade dos cuidados,
outra doença associada.
Resposta aos Surtos Epidémicos e Outros
Problemas de Saúde Pública

 Quando ocorre um surto de uma doença prioritária, a resposta deve


ser imediata. Todos os esforços e recursos deverão ser orientados
para o controlo do surto epidémico. Se tiver havido uma preparação
antecipada o sistema de saúde funcionará com eficácia;

 As medidas necessárias para tratar e controlar a doença e prevenir


mortes ou incapacidades desnecessárias devem ser tomadas com
antecedência;

 Quando se identifica um problema através da análise da informação de


rotina, é preciso seleccionar uma resposta apropriada e agir. Por
exemplo, melhorar o diagnóstico e o tratamento dos casos de
pneumonia nas crianças com menos de 5 anos de idade.
Investigação de epidemias

 Percentagem de unidades de saúde que comparam os


dados actuais com a incidência prevista para confirmar
uma epidemia;

 Percentagem de suspeita de epidemias investigadas nos


últimos 12 meses;

 Percentagem de unidades de saúde que procederam à


investigação de uma epidemia,

 Percentagem de unidades que investigaram uma


epidemia fazendo o mapeamento dos casos
Investigação “fase Preliminar

➢ 1. AVALIAÇÃO DA UTILIDADE DA
INVESTIGAÇÃO

✓ O que é e porque investigar?

➢ 2. CONSULTA DOCUMENTÁRIA
AVALIAÇÃO DA UTILIDADE DA INVESTIGAÇÃO

 Etapa essencial para a formulação do questionário para


resposta exacta. O questionário influencia positiva ou
negativamente nos objectivos do estudo e sua planificação.
Ex: qual é a Frequência hospitalar da doença.

 De modo geral as investigações, servem para:


➢ medir a frequência das doenças na população.
➢ Identificar os factores de risco intervenientes na doença.
➢ Avaliar a eficácia do tratamento ou intervenções preventivas
➢ Descrever o comportamento da população face aos
problemas de Saúde
MÉTODOS DOS ESTUDOS
EPIDEMIOLÓGICOS
1. Epidemiologia descritiva

2. Epidemiologia analítica

3. Epidemiologia Experimental
Atribuições do Técnico Municipal de
V.E para os Casos Suspeitos
 Preencher a ficha de investigação epidemiológica de
Cólera;
 Preencher a lista de contactos dos casos e fazer
seguimento dos mesmos durante 5 dias consecutivos,
utilizando a ficha de controlo de contactos;
 Fazer a notificação imediata de todos os casos à Direcção
Provincial de Saúde e encaminhar cópia da ficha de
Investigação;
 Em caso de óbito, comunicar imediatamente a equipa de
Vigilância Epidemiológica Provincial para a colheita de
Biopsia de Pele e transporte do cadáver.
MEDIDAS A TOMAR FRENTE AO
CADÁVER
 Fazer desinfecção do quarto ou enfermaria;
 Fazer desinfecção das vestimentas e dos objectos
utilizados pelo doente que morreu;
 Enterrar o mais rápido possível e no cemitério mais
próximo do local do óbito;
 Os funerais devem realizar-se com rapidez e na cidade
onde ocorreu a morte;
 Deve-se fazer todo o possível para evitar reuniões e
limitar os rituais das cerimónias fúnebres.
“Continuamente nos defrontamos com uma
série de novas oportunidades, disfarçadas
sob a forma de problemas.”

John W. Gardner
Os melhores líderes são aqueles que os outros mal percebem que eles existem
Não são tão bons, aqueles que as pessoas obedecem e aclamam
Piores os que são desprezados
Os bons líderes são aqueles que falam pouco
E, quando seu trabalho está feito, as pessoas dizem: “Nós cumprimos a tarefa!”

Verso 17 Tao Te Ching


Um sonho estratégico,
compartilhado,
alcançável.
CÓLERA

 MUITO OBRIGADO

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