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Resumo - Hematologia 24

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Sangue

O sangue é um tecido conjuntivo fluido


de extrema importância para a
manutenção de todos os tecidos e
órgãos do corpo

O sangue é considerado como um sistema


complexo e relativamente constante, constituído
de: Fase sólida: glóbulos brancos, os glóbulos
vermelhos e plaquetas. fase líquida: soro,
plasma.
Composição do Sangue
O sangue é composto pelas Hemácias,
Plaquetas, plasma e Leucócitos. Ele é
responsável pelo transporte de gases no
corpo humano (CO₂ e O₂), é responsável
também pelo transporte de células do
sistema imune e coagulação.
Hemácias
As Hemácias são arredondadas,
parecem achatadas ao centro, são
anucleadas, pois não possuem núcleos,
transportam os gases e são as células
mais numerosas no sangue.

Importante lembrar que, as Hemácias


dão cor ao sangue, porque dentro delas
temos a molécula da Hemoglobina que
possui 4 cadeias.
Hemoglobina
A molécula de hemoglobina é uma
proteína de estrutura quaternária,
composta por quatro cadeias
polipeptídicas, duas do tipo α e duas
do tipo β, e um grupo heme ligado a
cada uma delas

O grupo heme contém um átomo de ferro


central em seu interior, mantido no estado
ferroso. O ferro é o responsável pela
captação do oxigênio, uma vez que o mineral
se liga ao oxigênio com facilidade.
Plasma
O plasma é a parte líquida do sangue, de
coloração amarelo palha, composto por
água (90%), proteínas e sais. Através dele
circulam por todo o organismo as
substâncias nutritivas necessárias à vida
das células. Essas substâncias são:
proteínas, enzimas, hormônios, fatores de
coagulação, imunoglobina e albumina. O
plasma representa aproximadamente 55%
do volume de sangue circulante.
Plaquetas
As plaquetas são pequenas células que
tomam parte no processo de coagulação
sanguínea, agindo nos sangramentos
(hemorragias). Existem entre 200.000
e 400.000 plaquetas por milímetro
cúbico de sangue.
Quando o sangue sai dos vasos acontece
o que chamamos de plaqueta ativada que
promove a coagulação do sangue para
chegar na fibrina, evitando que aconteça
uma grande perca de sangue, para isto
acontecer temos a plaqueta ativada que
promove a formação da coagulação e
formação de fibrina, para acontecer a
formação da fibrina acontece uma
cascata de coagulação.
A fibrina é como se fosse uma
rede, prendendo as células
sanguíneas, para que rapidamente
o ser humano pare de perder
sangue.
Leucócitos
Os leucócitos, também denominados
glóbulos brancos, são um grupo de
células constituído por neutrófilos,
basófilos, eosinófilos, linfócitos e
monócitos que têm a função de proteger
o organismo contra infecções. Eles são
produzidos na medula óssea ou em
tecidos linfoides e permanecem no
sangue temporariamente.
Linfócitos
Os linfócitos atuam na linha de defesa do
corpo humano, são um tipo de células dos
glóbulos brancos, que desempenham um
papel crucial no sistema imunológico e
são encontrados em diferentes partes do
corpo, como o sangue, os tecidos
linfoides, o baço e os gânglios linfáticos.
Neles temos dois como principais:
• linfócitos T
• linfócitos B

Nos linfócitos T se encontram os auxiliadores


(CD4) e os citotóxicos (CD8).
Neutrófilos
Os Neutrófilos são um tipo de célula do
sistema imune, responsável pela defesa do
corpo contra infecções bacterianas e fúngicas,
Essas células são produzidas na medula óssea
e circulam pelo sangue até encontrarem um
patógeno invasor. Quando isso acontece, os
neutrófilos se movem em direção ao local da
infecção e iniciam o processo de fagocitose,
que é basicamente a ingestão e destruição dos
patógenos e representam cerca de 60% a 70%
dos leucócitos, os neutrófilos também realizam
a diapedese/migração celular.

Fagocitose é o
processo de
prolongamento
citoplasmático
no patógeno
para seu
extermínio.
Basófilo
Os basófilos liberam histaminas que é
o que provoca a permeabilidade dos
vasos sanguíneos, edema e eritema,
liberam também a
heparina(anticoagulante).
Eosinófilos
Os eosinófilos também tem capacidade de
• fagocitar
• fazer a diapedese
E se associam aos parasitas para liberar
toxinas.
Monócitos
Os monócitos são as maiores células
Sanguíneas, elas fagocitam e transformam-
se em macrófagos.
Hematopoese
É o Processo de formação das células
sanguíneas. Acontece na Medula óssea,
Principalmente no esqueleto central, fêmur
e úmero.
Pode acontecer em alguns casos a
Hematopoese Extramedular que é quando o
baço e fígado passam a auxiliar na produção
de células Sanguíneas.
São produzidos na medula óssea os
glóbulos brancos, Glóbulos vermelhos,
plaquetas. Lembrando que os glóbulos
brancos são os leucócitos e os globos
vermelhos são as hemácias.
Curiosidade:
o fígado e o baço passam a atuar
na produção de células sanguíneas
em alguns casos, porque lá no
começo da vida o fígado e o baço
atuavam na produção de células
sanguíneas até a medula óssea se
estabelecer de fato.
Eritropoese
É a diminuição do núcleo e ocorre o
seguinte processo, As hemácias podem
sofrer alterações na sua morfologia.

•Importante saber que deve ser


reportadas no laudo quando sofrerem
alterações, podendo ser identificadas
Anemia falciforme, por exemplo.
Megacariocitopoese
No processo de megacariopoese, ocorrem diferentes
estágios de desenvolvimento das células:

Megacarioblasto: possui cromatina frouxa, citoplasma


basofílico e sem grânulos. Promegacariócito: ocorre a
produção de grânulos e apresenta aspecto multinuclear.
Megacariócito basófilo: possui um núcleo arredondado
ou irregular, cromatina mais condensada.
Megacariócito acidófilo: apresenta cromatina grosseira, e
o citoplasma é mais acidófilo. Formação das plaquetas:
são fragmentos citoplasmáticos, de forma arredondada,
com grânulos de cor azul-avermelhado.
Granulocitopoese Neutrófilos

O citoplasma é granular e são ligadas por


pontas de cromatina, célula SP,
citoplasma abundante e granulação fina
violeta. •SP= sangue periférico.
Granulocitopoese Eosinófilo
O citoplasma é rosado no bastonete eosinófilo, já na
granulocitopoese o mieloblasto tem o núcleo ovalado,
a cromatina é frouxa, no promielócito a cromatina é
mais condensada com nucléolos, no mielócito o
núcleo é redondo e o citoplasma é acidófilo com
granulações secundárias, no metamielócito a
cromatina é granular e o citoplasma é acidófilo com
granulações, os bastonetes possuem forma de U e o
citoplasma é mais claro e granular.

Monocitopoese
Monoblasto: O monoblasto é uma célula-tronco na medula
óssea que se diferencia em monócitos. Promonocitos: O
promonocito é a forma intermediária do monoblasto
durante o processo de diferenciação em monócitos.

Monócito: O monócito é o tipo maduro de célula branca do


sangue que é produzido a partir do promonocito.

Linfocitopoese

O linfoblasto é uma célula-tronco na medula óssea que se


diferencia em linfócitos com núcleo oval Prolinfócito é a forma
intermediária do linfoblasto durante o processo de diferenciação
em linfócitos. O linfócito médio é uma forma intermediária do
linfócito, com um tamanho e forma específicos, produzido a
partir do prolinfócito. O linfócito pequeno é o tipo maduro de
linfócito produzido a partir do linfócito médio.
Hemograma
É o tipo de exame complementar mais
solicitado, além de auxiliar no diagnóstico
e doenças infecciosas, doenças crônicas e
em emergência clínica e cirúrgica.

Doenças que podem ser


diagnosticada com o hemograma:
•Anemia •Doenças hemolíticas,
•Policitemias
inflamatórias e crônicas
•Leucemia
•Distúrbios de Processos infecciosos
coagulação e alérgicos
No hemograma temos a série vermelha e a série branca.
Eritrograma= série vermelha
Leucograma= série branca

Na série vermelha é avaliado o número


de eritrócitos, a dosagem de
hemoglobina, o hematócrito e os
índices hematimétricos.

O eritrograma é uma parte do exame que inclui a


contagem de eritrócitos, dosagem de hemoglobina,
hematócrito, VCM, HCM, CHCM e RDW.
VCM= Tamanho-> É chamado de
Microcitose quando as Hemácias são
pequenas. E Macrocitose quando as
Hemácias são grandes.
HCM→ Coloração, as hemácias
hipocrômicas tendem a ter uma coloração
mais clara, já as hipercrômicas tendem a ter
uma coloração bem mais escura.
CHCM→ “Coloração“, é um tipo de exame
mais detalhado da coloração, é mais
específico.
RDW→ Variação de tamanho, quando as
hemácias estão muito elevadas é chamado de
Ansiocitase.
Série branca: leucograma é a parte
do exame que avalia os leucócitos

Primeiramente é feita uma contagem de


todos os leucócitos, depois de cada de cada
segmento (tipos), é avaliado os Neutrófilos,
metamielocitos, bastonetes, segmentados,
eosinofilos, Basófilos,linfócitos e
monócitos.
Como Ler um Hemograma
Para entenderos como ler o exame, temos o valor
relativo e o valor absoluto. É analisado o número total
de Leucócitos pela a porcentagem, e os demais pelo
valor numérico. Valor relativo = % Valor absoluto =
Valor numérico Nos exames sempre vem o resultado do
paciente e os valores numéricos de base ao lado do
resultado do paciente, esses valores numéricos base
variam de acordo com cada estado.
Temos um nome para quando as células estão
aumentadas ou diminuídas.

Basofilo não tem diminuiçao porque só vai ate

0. Leucocitose está relacionada com:


•Infecções •Medicamentos
•Neoplasias •Coleta Estressante
Leucopenia é observado em:

•Infecções
•Quimioterapia
•Medicamentos
Neutrofilia É observado em:
•Exercício físico, gravidez
•Infecções: Bacterianas, virais, Fúngicas
•Inflamação: Artrite
•Neoplasias: Doenças
•Mieloproliferativas
•Drogas: Corticóides
Neutropenia é observado em:
•Desnutrição de Neutrófilos
•Infecções
•Reações imunológicas
Produção Diminuída:
•Hereditariedade
•Toxidade Química
•Aplasia Medular
•Diferença Nutricional
Eosinofilia é observado em:

•Tuberculose •Alergias •Leucemia


eosinofílica •Síndrome Hiper-Eosinofílica
•Parasitoses •Neoplasias •Leucemia
mieloide crônica (LMC)

Monocitose é observado em:

•Doenças Gastrointestinais
•Doenças Mieloproliferativas
•Sífilis

•Tuberculose •Doenças Mieloproliferativas


•Sífilis •Endocardite

Basofilia é observado em:

•Parasitoses •Alergia •Síndrome


Mieloproliferativa
Anemia
A anemia está relacionada com as
hemácias sendo identificada no
hemograma, na série vermelha.

Anemia é a diminuição da concentração


de Hemoglobina no sangue.

E pode ser vista por dois pontos de vista,


a fisiopatologia e pelas alterações
morfológicas.
Folato = Ácido fólico
Podemos avaliar se é um caso de hemólise,
através da dosagem de:
•Haptoglobina •Bilirrubina Indireta
•Reticulócitos
Alterações Morfológicas

VCM- Volume Corpo muscular Médio Microcitose é


observada principalmente na: •Anemia ferropriva Mas
pode ser observada também na: Talassemia
Hemoglobinopatia Anemia sideroblástica Enquanto a
Macrocitose é observada principalmente na: •Anemia
Megaloblástica •Hepatopatias

Porém, podendo também ser observada na:


•Hemorragia recente
•Anemia hemolítica
•Reticulocitose
Microcitose Normocitose

Macrocitose
HCM-Hemoglobina Corpo muscular
Médio Hipocrômica pode ser observada
em:
•Talassemia •Anemia ferropriva
Hipercrômica pode ser observada em:
Anemias por falta de absorção ou
armazenamento de B12, folato,
deficiência. Hipocrômica
Normocrômica

Hipercrômica
Leucemia
É uma doença dos glóbulos brancos, a sua principal
característica é o acumulo de células doentes na Medula
Óssea que tomam conta do lugar das células sanguíneas
normais.

Leucemia Mielóide Aguda


Afeta as células mieloides e avança rapidamente, ocorre em
ambas as idades, mas a incidência aumenta com o aumento da
idade.
Sintomas:
•Insuficiencia Medular
•Anemia
•Dores abdominais e articulares

Fatores de risco:

•Síndrome de Down e outras doenças


hereditárias •síndrome mielodisplásica e
outras desordens sanguíneas •Tabagismo
•Quimioterapia •Radiação ionizante
•histórico familiar

Diagnóstico: •Blastos (células maiores)


•Leucocitose Diminuição de •Hemoglobina
(Dim.HB) •Trombocitopenia
Citoquímica:

Mieloperoxidase + PAS - SudamBlack +


É feito o exame de citoquímica,que da positivo pra
mieloperoxidase, negativo pro PAS e positivo pro sudam black
Leucemia Mielóide Crônica
Afeta as células mieloides e se desenvolvem devagar, acomete
principalmente em adultos.

Fatores de risco:

Exposição a altas doses de radioatividade. Idade aumentada.


Mais comum em homens.

Este tipo de leucemia pode afetar qualquer idade, porém é


incomum em crianças e provável em adultos entre 40 e 61
anos, sendo mais propício ao gênero masculino, já que o
gênero feminino não são acometidos por este tipo de
neoplasia.
Leucemia Linfóide Aguda
A leucemia linfoide aguda (LLA) é um tipo de câncer que
afeta os glóbulos brancos, mais especificamente os
linfócitos, que são responsáveis por combater infecções e
proteger o corpo de doenças.
A LLA é causada por uma mutação no DNA de um linfócito,
que gera um linfoblasto que não amadurece e não se
transforma em uma célula sanguínea funcional. Os
linfoblastos (linfócitos imaturos) se multiplicam de forma
anormal e descontrolada na medula óssea, impedindo a
produção de células sanguíneas saudáveis.
A LLA é o tipo de câncer mais comum na infância, mas
adultos também podem ser diagnosticados. Quando
diagnosticada precocemente, tem cerca de 75% de chances
de cura.
Os sintomas da LLA incluem: Anemia, Trombocitopenia,
Granulocitopenia ou neutropenia, Infiltração de órgãos por
células leucêmicas, Dores ósseas e nas articulações.
O tratamento da LLA é feito com quimioterapia, e em alguns
casos, pode ser necessário um transplante de medula óssea.
Para detectar precocemente a LLA, é importante estar
atento aos sinais de: Febre, Dores ósseas, Palidez cutânea,
Cansaço fácil, Hematomas espontâneos.
O diagnóstico da leucemia linfoide aguda (LLA) é feito por meio de
exames de sangue, de medula óssea e outros procedimentos:
Hemograma completo: O primeiro exame a ser realizado, que pode
indicar a presença de LLA se o número de linfoblastos for superior a
25%

Exame de medula óssea: A morfologia das células e da medula óssea


são características da LLA
Perfil químico sanguíneo: Mede os níveis de substâncias liberadas no
sangue pelos órgãos e tecidos do corpo
Exames de coagulação: Avalia a coagulação do sangue e a presença de
deficiências em proteínas
Citometria de fluxo: Utiliza anticorpos para tratar as amostras de
células
Imunohistoquímica: As células são examinadas sob o microscópio para
verificar se os anticorpos aderem a elas .
Avaliação citogenética: Identifica compostos celulares
Hibridização por fluorescência in situ (FISH): Exame sensível que
pode encontrar uma célula anormal em meio a milhares de células
normais .
Reação em cadeia da polimerase (PCR): Exame sensível que pode
encontrar uma célula anormal em meio a milhares de células normais
Exame do líquido espinhal: Solicitado se o médico desconfia de um
envolvimento do sistema nervoso central
Ultrassonografia: Analisa o aumento do baço e fígado
A LLA é um câncer causado por uma mutação no DNA de um linfócito,
um tipo de célula responsável pela defesa do organismo. Os sintomas
podem variar de acordo com a idade do paciente e a gravidade da
doença.
Leucemia Linfóide Crônica

É uma proliferação clonal de linfócitos


maduros (linfócitos B CD5+, na medula
óssea, sangue periférico, baço e
linfonodos, e é o tipo de leucemia mais
comum nos países ocidentais, ocorrendo
principalmente em homens, sendo mais
comum em idosos a partir dos 70 anos.

Diagnóstico:
•Blastos
•Linfocitose relativa e absoluta
Anemia falciforme
A anemia falciforme é uma doença
genética e hereditária causada por uma
mutação no gene HBB, que codifica a
hemoglobina. A mutação leva à formação
de uma hemoglobina anormal, chamada
de HbS, que é de herança recessiva
A anemia falciforme é caracterizada por
uma alteração nos glóbulos vermelhos do
sangue, que perdem a forma de disco e
ficam enrijecidos, tomando a forma de
foice. Essas células rompem-se mais
facilmente, causando anemia.
A anemia falciforme pode se manifestar
de diferentes formas, com sintomas
leves ou mais severos. Os sintomas
incluem: Episódios de intensa dor,
Suscetibilidade às infecções, Lesões
orgânicas, Anemia crônica grave,
Icterícia (coloração amarelada da pele e
do branco dos olhos).
Diagnóstico
O diagnóstico da Anemia falciforme é feito
por meio de testes genéticos, como a
eletroforese de hemoglobina, entretanto a
triagem neonatal é de extrema importância
para identificar casos precocemente, o que
permite o início do tratamento antes que
complicações graves se desenvolvam

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