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Atividade Laboratorial 1 - Observação de Gónadas

Masculinas e Femininas

Observação de Gónadas
Masculina e Femininas
Disciplina de Biologia

Trabalho realizado por:


● Francisco Pimentel, 12ºA, n.º6
● Matilde Duarte, 12ºA, n.º17
● Matilde Gonçalves, 12ºB, n.º15

Venda do Pinheiro
2024/2025

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Atividade Laboratorial 1 - Observação de Gónadas
Masculinas e Femininas

Índice

Resumo...........................................................................................................................................................2
Introdução......................................................................................................................................................3
Material..........................................................................................................................................................6
Procedimento Experimental.........................................................................................................................6
Resultados...................................................................................................................................................... 7
1. Masculino..............................................................................................................................................7
2. Feminino............................................................................................................................................... 8
Discussão dos Resultados............................................................................................................................. 9
Conclusão.....................................................................................................................................................10
Bibliografia.................................................................................................................................................. 11

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Atividade Laboratorial 1 - Observação de Gónadas
Masculinas e Femininas

Resumo

O relatório intitulado por “Observação de Gónadas Masculinas e Femininas” teve como objetivo observar
e estudar as diferentes estruturas das gónadas de um coelho para consolidar o conhecimento sobre os
processos de espermatogénese e desenvolvimento folicular.

Nos resultados, foram visualizadas, nos testículos, células de Sertoli, células de Leydig e os diversos
estádios da espermatogénese, não obstante de algumas limitações na observação dos espermatozoides. Nos
ovários, foram identificados folículos primordiais, primários e secundários, apesar de que estruturas mais
desenvolvidas, como o folículo de Graaf, não terem sido visualizadas.

A conclusão deste estudo realça a importância das observações microscópicas para um melhor
entendimento dos processos de maturação e diferenciação celular nas gónadas, corroborando os conceitos
teóricos lecionados em aula sobre a reprodução sexuada.

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Atividade Laboratorial 1 - Observação de Gónadas
Masculinas e Femininas

Introdução

No âmbito da disciplina de Biologia, foi-nos proposta a realização de um relatório sobre a


atividade experimental 1, “Observação de Gónadas Masculinas e Femininas”, com o objetivo de
consolidar a matéria lecionada .

A reprodução humana é uma reprodução sexuada, em que os descendentes resultam da união de


duas células sexuais haploides (n), os gâmetas, originando uma célula diploide (2n), o zigoto. As gónadas
masculinas e femininas (testículos e ovários), originam os gâmetas por um processo que se designa
gametogénese, que implica uma divisão reducional, a meiose.

O sistema reprodutor masculino é constituído por gónadas: testículos; vias genitais:


epidídimos, canais deferentes e uretra; glândulas anexas: vesículas seminais, próstata e glândula de
Cowper; e órgãos genitais externos: pénis e escroto. Tem como funções, a produção e armazenamento de
espermatozoides; produção de hormonas sexuais (testosterona); transporte e libertação do esperma; e
copulação.

Os testículos são constituídos por: túbulos seminíferos, lóbulos testiculares e um septo


radial. O túbulo seminífero é constituído por células de Sertoli, células germinativas e células de Leydig.
As células germinativas dão origem aos espermatozoides enquanto que as células de Sertoli são células
volumosas que ocupam o espaço entre a periferia e o lúmen dos túbulos seminíferos, sustentando as
células germinativas e intervindo na sua nutrição e proteção. Já as células de Leydig/intersticiais
encontram-se entre os túbulos seminíferos e são responsáveis pela síntese da testosterona, surgindo
essencialmente, durante a puberdade.

A espermatogénese inicia-se na puberdade quando as células diploides da linha


germinativa, as espermatogónias, se dividem por mitoses sucessivas, durando cerca de sessenta e quatro
dias e sendo um processo que ocorre até ao final da vida. Progride no sentido centrípeto (da periferia dos
túbulos seminíferos para o lumen), contemplando, essencialmente, quatro etapas: multiplicação,
crescimento, maturação e diferenciação/espermiogénese. Na multiplicação ocorrem divisões mitóticas das
espermatogónias (2n) e, de cada duas, uma volta a dividir-se por mitose, garantindo a existência destas
células e a outra sofre meiose. No crescimento ocorre um ligeiro aumento do volume das espermatogónias
provocando a síntese e acumulação de substâncias de reserva, contribuindo para a formação dos

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Masculinas e Femininas

espermatócitos I (2n). Na maturação ocorrem duas divisões da meiose: na primeira divisão formam-se
duas células haploides (n), em que os cromossomas apresentam dois cromatídeos: espermatócito II; já na
segunda divisão da meiose formam-se quatro células haploides (n), em que cada cromossoma apresenta
um cromatídeo formando - o espermatídeo. Por fim, na diferenciação ou espermiogénese ocorre a
transformação dos espermatídeos em espermatozoides, em que parte do citoplasma é fagocitado pelas
células de Sertoli e no complexo de Golgi forma-se uma vesícula - o acrossoma - que armazena enzimas
digestivas. As mitocôndrias, que se localizam na peça intermédia, são responsáveis por fornecer energia
para o movimento do espermatozoide.

O sistema reprodutor feminino é constituído por gónadas: os ovários; vias genitais ou


ovidutos: trompas de falópio, útero e vagina; e por um órgão genital externo: a vulva. Tem como funções
produzir gâmetas e transportá-los para o local de fecundação; produzir hormonas sexuais; receber o
esperma, permitindo a posterior fecundação; e assegurar o desenvolvimento embrionário durante a
gestação.

Os ovários são constituídos por uma zona medular, que corresponde à zona mais interna e
rica em vasos sanguíneos e nervos; e por uma zona cortical, mais superficial e onde se encontram os
folículos ováricos, que é um conjunto formado por uma célula da linha germinativa rodeada por uma ou
mais camadas de células foliculares, que intervém na nutrição e proteção da célula germinativa.

A oógene, contrariamente à espermatogénese, inicia-se muito antes do nascimento e


termina com a menopausa. Processa-se em três etapas: multiplicação, crescimento e maturação. A
multiplicação inicia-se no útero materno, onde as células germinativas migram para os ovários do embrião
e onde ocorrem divisões mitóticas sucessivas das células da linha germinativa, levando à formação de
milhões de oógonias, acabando a maioria por degenerar. Durante o crescimento, as oógonias, devido à
síntese e ao armazenamento de substâncias de reserva, aumentam consideravelmente de volume,
originando os oócitos I, que , durante o desenvolvimento intrauterino, iniciam o seu processo de divisão
meiótica, ficando esta bloqueada em prófase I até à puberdade. Ao longo do tempo, muitos destes oócitos
degeneram, não dando continuidade ao seu desenvolvimento. Na maturação assistimos ao começo dos
ciclos ováricos em que, mensalmente, entre seis a doze oócitos retomam a meiose, que fica bloqueada na
metáfase II. Após a primeira divisão da meiose estar completa e fruto de uma divisão desigual do
citoplasma, formam-se duas células haploides (n) com dimensões diferentes, o oócito II e o primeiro
glóbulo polar. O oócito II (com maiores dimensões) recebe mais substâncias de reserva do que o glóbulo
polar (com menores dimensões) que acaba por degenerar. Este oócito II é libertado para as trompas de

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Atividade Laboratorial 1 - Observação de Gónadas
Masculinas e Femininas

falópio durante a ovulação e caso haja fecundação o mesmo termina a meiose II, originando duas células
haploides (n): o óvulo e o segundo glóbulo polar, que degenera.

Em cada ciclo ovárico, enquanto as células da linha germinativa evoluem, os folículos


ováricos também experimentam transformações, durante a qual ocorrem as seguintes evoluções: folículo
primordial, folículo primário, folículo secundário, folículo de Graaf e corpo amarelo/lúteo. Os folículos
primordiais são formados durante a vida intrauterina e são constituídos pelo oócito I que se encontra
envolvido por poucas células foliculares achatadas, mantendo-se neste estádio até à puberdade. Os
folículos primários surgem na puberdade, quando ocorre a multiplicação das células foliculares, que
formam uma camada contínua de células cubóides à volta do oócito I. Nos folículos secundários ou em
crescimento assistimos a um aumento do volume dos oócitos I, levando à formação de uma camada mais
espessa denominada granulosa. Ocorre também a formação de uma zona pelúcida, zona acelular
constituída por glicoproteínas que protegem o oócito da entrada de substâncias tóxicas, e começam a
aparecer cavidades cheias de líquido folicular. Por fim, dá-se a formação da teca folicular que se divide em
teca interna, com função glandular, e a teca externa, com função de proteção. No folículo de Graaf, as
cavidades fundem-se, formando uma cavidade folicular, e ao concluir a divisão I da meiose, forma-se o
primeiro glóbulo polar e o oócito II. Este oócito inicia a divisão II da meiose, que fica bloqueada em
metáfase II, estando pronto para a ovulação. No decorrer destes processos, a zona granulosa fica reduzida
a uma fina camada - corona radiata - que envolve o oócito e a cavidade folicular. Finalmente, forma-se o
corpo amarelo ou lúteo, que é uma massa celular que resulta da evolução do folículo após expulsar o
oócito II.

Com esta experiência, o principal objetivo era observar as diferentes fases.

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Material

● Preparações definitivas de cortes histológicos de testículos de coelho.


● Microscópio Ótico Composto (MOC).
● Sistema de aquisição de fotografia digital.
● Preparações definitivas de cortes histológicos de ovários de
coelha.

Procedimento Experimental

1) Recorreu-se ao Microscópio Ótico Composto (MOC), e observou-se as preparações


definitivas, como se pode verificar nas figuras 1 e 2;
2) No decorrer da atividade, usou-se 3 objetivas com ampliações sucessivamente
maiores, 4x, 10x e 40x;
3) Após as observações, fotografou-se as preparações, bem como as diferentes
estruturas observadas, nas respetivas ampliações (40x, 100x e 400x);
4) Representou-se esquematicamente as observações, indicando as estruturas que
constam em cada uma das imagens.

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Resultados

1. Masculino

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2. Feminino

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Discussão dos Resultados

Com base na observação das gónadas masculinas do coelho, os resultados que se obtiveram
corresponderam às expectativas iniciais. Deste modo, tendo em conta os resultados, foi possível observar
diversas estruturas, como as células de Sertoli, células de Leydig, como também se constatou elementos
em diferentes estádios de desenvolvimento, tal como, espermatogónias, espermatócitos (primários e
secundários) e espermatídios. No entanto, apesar de não estarem totalmente nítidos, também foi possível
observar espermatozoides. Em última análise, é de salientar que, dado que não foi possível observar com
clareza as estruturas que se obtiveram em registo fotográfico, na objetiva de maior ampliação (400x),
utilizou-se uma imagem fornecida por outro grupo.

Por outro lado, verificando os resultados obtidos na observação das gónadas femininas do coelho,
podemos afirmar que os resultados obtidos também coincidiram com os resultados esperados. Foi possível
observar de forma nítida alguns dos estados de maturação dos folículos. Desta forma, visualizou-se
folículos primordiais, primários e secundários, o que consolidou conceitos teóricos lecionados
anteriormente. No entanto esperava-se observar estruturas como o corpo lúteo ou o folículo de Graaf, o
que não foi possível.

Assim, tendo em conta as observações realizadas podemos concluir que estas foram fundamentais para a
compreensão das diferentes etapas do processo de espermatogénese, como também do desenvolvimento
folicular.

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Atividade Laboratorial 1 - Observação de Gónadas
Masculinas e Femininas

Conclusão

Através das observações, efetuadas em laboratório, das gónadas masculinas e femininas do coelho, foi
possível validar as hipóteses inicialmente colocadas e consolidar os conhecimentos teóricos sobre os
processos de espermatogénese e desenvolvimento folicular.

Da análise das gónadas masculinas, constataram-se várias estruturas essenciais para a espermatogénese,
como as células de Sertoli e as células de Leydig, e também os diferentes estádios de desenvolvimento das
células germinativas, incluindo espermatogónias, espermatócitos primários, espermatócitos secundários,
espermatídios e, mesmo não muito legível, espermatozoides. Para complementar esta análise, foi
necessária a utilização de uma imagem com maior ampliação providenciada por outro grupo, devido à
dificuldade de visualização em alta resolução.

Da análise das gónadas femininas, as observações feitas demonstraram com clareza a existência de
folículos nos seus diversos estádios de maturação: folículos primordiais, folículos primários e folículos
secundários. Contudo, estruturas como o corpo amarelo/lúteo e o folículo de Graaf não foram
visualizadas, acabando por limitar de uma forma parcial a análise.

Em suma, todas estas observações conduziram para um melhor esclarecimento relativamente aos
processos de espermatogénese e desenvolvimento folicular, auxiliando na compreensão das etapas da
maturação e da diferenciação celular nas gónadas masculinas e femininas do coelho.

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Masculinas e Femininas

Bibliografia

Bich, B. (2021). Testis – Tutorial. Pressbooks.pub; Pressbooks.


https://minnstate.pressbooks.pub/bbbiology/chapter/testis-tutorial/

Natasha, R. S., & Thompson, R. U. (2024). Introduction To Genetics. LibreTextsTM. [Documento PDF].
https://bio.libretexts.org/@go/page/132255

Stefanie, W. L., & University, A. L. R. (2024). Biol3300 Genetics. LibretextsTM. [Documento PDF].
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Gareth, J., Nancy, K., & Denise, Z. (2024). Meiosis through three centuries. Springer. [Documento PDF].
https://doi.org/10.1007/s00412-024-00822-0

Murta, D. V. F., Murta, D. C. R. X., Souza, R. B. d., Araújo, C. F. d., Barbosa, L. K. G., Santos, J. M. L.,
Costa, M. G., Fernandes, L. A. M., Oliveira, P. C., Nonato, M. S., Queiroz, A. R. R., Bezerra, A. R. A.,
Figueredo, V. C. S., & Alves, R. G. N. (2019). A organização dos testículos. Pubvet, 13(7), 1–6.
https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n7a370.1-6

Oliveira, O.; Ribeiro, E. (2023), Biologia 12, 1ª Edição, Leya Texto.

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