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Júri:
Presidente:
Doutor Rui Rego, Professor Adjunto, ISEP
Vogais:
Doutora Beatriz Brito Oliveira, Professora Auxiliar, FEUP
Especialista Eduardo Gil da Costa, Professor Adjunto, ISEP
iii
iv
Resumo
A Gestão de Projetos é uma disciplina essencial para garantir a execução eficaz e eficiente de
atividades complexas em diversas indústrias, pelo que o setor metalomecânico não é exceção.
Neste sentido, a dissertação apresenta uma proposta de metodologia de Gestão de Projetos
para quatro empresas do setor metalomecânico. O objetivo principal assenta em melhorar a
eficácia e eficiência na Gestão de Projetos, bem como reduzir os lead times para a entrega dos
mesmos. A metodologia foi desenvolvida a partir de uma análise detalhada de quatro empresas
do setor que operam por encomenda, ou seja, o seu processo produtivo é variável em função
da encomenda realizada pelo cliente. Para tal, foram realizadas visitas às empresas, onde se
estudou o processo de fabrico, as áreas de planeamento e os métodos atualmente utilizados.
Com base nas informações recolhidas, foi desenvolvida uma metodologia transversal e
adaptável às necessidades específicas de cada empresa, a partir de modelos já existentes, como
o Waterfall, PMBOK ou o Scrum, abrangendo os processos, ferramentas, documentos a
implementar, bem como técnicas colaborativas. É desejado que a implementação desta
metodologia não só contribua para a melhoria da Gestão de Projetos, mas também consiga
promover o espírito crítico dos responsáveis das organizações, visando a otimização de
processos internos a todos os níveis, numa procura incessante pela melhoria contínua.
v
vi
Abstract
Project Management is an essential area for ensuring the effective and efficient execution of
complex activities in various industries, and the metalworking sector is no exception. In this
context, this dissertation presents a proposed Project Management methodology for four
companies in the metalworking sector. The main objective aims to improve the effectiveness
and efficiency of Project Management, as well as reduce the lead times for project delivery. The
methodology was developed based on a detailed analysis of four companies in the sector that
operate on a made-to-order basis, meaning their production process varies according to
customer orders. To achieve this, visits were conducted to the companies, where the
manufacturing process, planning areas, and current methods were studied.
Based on this information, a transversal methodology adaptable to the specific needs of each
company was developed, inspired by some existing models, such as Waterfall, PMBOK, and
Scrum, encompassing processes, tools, documents to be implemented, as well as collaborative
techniques. It is hoped that the implementation of this methodology will not only contribute to
the improvement of Project Management, but also promote a critical spirit among the
organizations' leaders, aiming for the optimization of internal processes at all levels in a
relentless pursuit of continuous improvement.
vii
viii
Índice
Lista de Figuras ............................................................................................................................ xii
1. Introdução................................................................................................................................1
1.1. Contextualização ..............................................................................................................1
1.2. Objetivos ..........................................................................................................................2
1.3. Metodologia .....................................................................................................................2
1.4. Estrutura ...........................................................................................................................3
ix
3.3.2. Áreas onde incide o Planeamento ...................................................................... 43
3.3.3. Gestão de Projetos na Empresa C ....................................................................... 44
3.4. Empresa D ..................................................................................................................... 48
3.4.1. Processo de Fabrico ............................................................................................ 49
3.4.2. Áreas onde incide o Planeamento ...................................................................... 49
3.4.3. Gestão de Projetos na Empresa D ...................................................................... 49
3.5. Análise Crítica à Situação Inicial .................................................................................... 51
5. Conclusão .............................................................................................................................. 69
5.1. Conclusões Finais .......................................................................................................... 69
5.2. Limitações e Trabalhos Futuros .................................................................................... 70
Referências ................................................................................................................................. 71
Apêndice A ................................................................................................................................. 79
Apêndice B ................................................................................................................................. 80
Apêndice C ................................................................................................................................. 85
Apêndice D ................................................................................................................................. 86
Apêndice E.................................................................................................................................. 87
x
Anexo A ...................................................................................................................................... 91
xi
Lista de Figuras
Figura 1: Relação entre Projeto, Portfólio e Programa. Fonte: (Project Management Institute,
2013) ........................................................................................................................................6
Figura 2: Fases de um projeto típico. Adaptado de (Nie, Xiong, Qing, & Huang, 2008) ...............9
Figura 3: Sequência de fases da metodologia Waterfall (Autoria Própria) ............................... 12
Figura 4: Relação entre os diferentes grupos de processos no PMBOK .................................... 13
Figura 5: V-Model de forma esquemática. Adaptado de (Fodor, Jánó, & Fizesan, 2019) ......... 16
Figura 6: Quadro típico no Kanban. Fonte: (Adam, 2023) ......................................................... 20
Figura 7: Diagrama de Gantt. Fonte: (Abraham, 2023).............................................................. 22
Figura 8: Diagrama de Rede. Fonte: (The Program Evaluation and Review Technique (PERT):
Incorporating activity time variability in a project schedule, 2011) ..................................... 24
Figura 9: Interface do Software Trello. Fonte: (Trello - Tour, 2023) .......................................... 26
Figura 10: Principais funcionalidades do ClickUp. Fonte: (ClickUp, 2024) ................................. 26
Figura 11: Features de Gestão de Projetos no ClickUp. Fonte: (ClickUp, 2024) ........................ 27
Figura 12: Processo de Fabrico generalizado na Empresa A ...................................................... 32
Figura 13: Menu geral das encomendas no "Maps" .................................................................. 33
Figura 14: Detalhes de uma encomenda ................................................................................... 34
Figura 15: Estados possíveis de uma peça ................................................................................. 34
Figura 16: Alteração dos estados da encomenda ...................................................................... 35
Figura 17:Estrutura do E-mail com os tópicos a abordar na reunião ........................................ 35
Figura 18: Processo de Fabrico generalizado para dispositivos de aperto e equipamentos
especiais ................................................................................................................................ 36
Figura 19: Excerto da folha "Plano Macro", utilizada na empresa B ......................................... 38
Figura 20: Excerto da folha Timeplan, utilizada na Empresa B .................................................. 39
Figura 21: Folha do Planeamento Macro, na Empresa B ........................................................... 40
Figura 22: Quadro de Acompanhamento Trimestral ................................................................. 41
Figura 23: Plano Mensal de entregas ......................................................................................... 41
Figura 24: Planeamento a Médio Prazo ..................................................................................... 42
Figura 25: Processo Produtivo na Empresa C............................................................................. 43
Figura 26: Interface de uma nova encomenda no software PHC .............................................. 44
Figura 27: Ficha Técnica de uma Quinadora .............................................................................. 45
Figura 28: Software Dashboard.................................................................................................. 46
Figura 29: Excel de suporte à reunião semanal, primeira parte ................................................ 46
Figura 30: Cronograma do ficheiro de suporte à Reunião ......................................................... 47
Figura 31: Ficheiro de suporte físico à reunião .......................................................................... 48
Figura 32: Processo de Fabrico Genérico de um molde no MacroGroup .................................. 49
Figura 33: Secção "Follow Your Projects" Fonte: ("Empresa D": Follow Your Projects, 2016) .. 51
Figura 34: Fluxo de Fases na Metodologia APEF ........................................................................ 58
Figura 35: Termo de Abertura do Projeto .................................................................................. 59
Figura 36: Fluxograma relativo à Fase de Abertura ................................................................... 60
Figura 37: Folha modelo do Product Backlog adaptado à metodologia .................................... 61
Figura 38: Fluxograma da Fase 2 ................................................................................................ 62
xii
Figura 39: Template do quadro Kanban sugerido...................................................................... 63
Figura 40: Resumo das Tarefas, Documentos e Reuniões a implementar na metodologia APEF
.............................................................................................................................................. 66
xiii
xiv
Lista de Tabelas
Tabela 1: Comparação entre as metodologias Tradicionais e Agile. Adaptado de (Jovanovic &
Beric, 2018) ........................................................................................................................... 10
Tabela 2: Vantagens e Desvantagens da utilização do Waterfall. Adaptado de (Alshamrani &
Bahattab, 2015) .................................................................................................................... 12
Tabela 3: Vantagens e Desvantagens da metodologia V-Model. Adaptado de (Durmus, Ustoglu,
Tsarev, & Boercsoek, 2018) .................................................................................................. 17
Tabela 4: Vantagens e Desvantagens da metodologia Scrum ................................................... 19
Tabela 5: Vantagens e desvantagens principais da Gestão de Projetos nas empresas em estudo
.............................................................................................................................................. 52
xv
xvi
Acrónimos e Símbolos
Lista de Acrónimos
CAD Computer Aided Design
CPM Critical Path Method
GP Gestão de Projetos
ISEP Instituto Superior de Engenharia do Porto
P. Porto Instituto Politécnico do Porto
PERT Program Evaluation Review Technique
PGP Plano de Gestão de Projetos
PM Project Manager
PMBOK Project Management Body of Knowledge
PMI Project Management Institute
WIP Work In Progress
xvii
xviii
1. Introdução
O capítulo inicial terá como principal função fazer a introdução ao tema desta dissertação. Para
isto, será realizada uma contextualização do tópico na sociedade e a sua importância. Também
serão referidos os objetivos com a execução deste trabalho, a metodologia utilizada e a
estrutura do documento.
1.1. Contextualização
A Indústria Metalomecânica apresenta um papel de extrema importância no que diz respeito
ao funcionamento global de sistemas de produção, contribuindo para o fabrico de uma grande
diversidade de produtos, desde pequenos componentes até máquinas de elevada
complexidade, abrangendo ainda peças produzidas através de diversos processos de fabrico,
como a moldação, maquinagem ou estampagem. Cada projeto reflete um grau de dificuldade
e complexidade diferente, com diferentes requisitos, prazos de entrega e objetivos a cumprir
por parte da equipa de projeto.
Assim, com os avanços tecnológicos registados nos últimos anos, surgiu a necessidade de uma
adaptação constante por parte do setor, com o intuito de conseguir uma gestão de projetos
eficiente e que proporcione resultados dentro dos prazos estipulados. Este tópico também
sofreu uma evolução de grande escala ao longo dos séculos. Embora discretamente, a Gestão
de Projetos já se encontra presente na humanidade desde as primeiras construções registadas,
onde era necessário alocar recursos humanos, registar quantidades de materiais ou definir
datas para conclusão das obras.
Atualmente, já existem metodologias ágeis para gestão de projetos, onde as equipas de
trabalho não são fixas, organizam-se autonomamente e trabalham sobre datas-limite alteráveis
em função dos objetivos do projeto. Esta mudança verificou-se devido a uma necessidade de
estruturar abordagens perante os clientes, melhorando assim as práticas existentes na gestão
de projetos. Neste sentido, a competitividade no mercado exige que as empresas do setor
metalomecânico adotem práticas de gestão de projetos que sejam não apenas eficazes, mas
também flexíveis e adaptáveis às rápidas mudanças propostas pelas exigências dos clientes.
A globalização e a crescente complexidade dos projetos industriais requerem que as empresas
implementem estratégias de gestão que possam lidar com a variabilidade e a incerteza,
enquanto otimizam recursos e minimizam desperdícios. Para isto, é possível recorrer, nos dias
de hoje, a ferramentas informáticas e softwares que revolucionaram os métodos de gestão de
projetos utilizados, melhorando o acompanhamento dos processos produtivos, o
1
Introdução
1.2. Objetivos
Os principais objetivos deste trabalho visam ajustar algumas particularidades na disciplina de
Gestão de Projetos, no contexto da indústria metalomecânica. Foram realizadas visitas a quatro
empresas do setor e avaliadas as técnicas e metodologias de gestão de projetos aplicadas.
Consequentemente, esta dissertação visa propor uma metodologia de gestão de projetos
adaptada às necessidades de cada empresa, considerando as particularidades de cada projeto
e facilitando a sua implementação. Para isto, será necessário integrar conceitos das
metodologias tradicionais e ágeis mais conhecidas e conceituadas, como o Waterfall, PMBOK e
Scrum, com o intuito de criar uma abordagem híbrida e adaptável, se necessário.
Paralelamente, o desenvolvimento de documentos e templates com o intuito de auxiliar na
execução da metodologia proposta é também um dos principais objetivos desta dissertação.
Assim, a melhoria da eficácia nas quatro empresas, no que à Gestão de Projetos diz respeito,
bem como a capacidade de reduzir o tempo de entrega dos projetos, através da eliminação de
atrasos, são a principal meta que a realização deste trabalho se propõe a alcançar.
1.3. Metodologia
No que diz respeito à metodologia adotada para a elaboração desta dissertação, é possível
dividi-la em cinco passos:
2
Visitas às Empresas: com a finalidade de redigir o cenário inicial encontrado em cada uma
das empresas, foram conduzidas visitas às mesmas, pela ordem em que se encontram redigidas
nesta dissertação. Simultaneamente, e após recolha toda a informação necessária, a escrita do
subcapítulo dedicado a cada uma das organizações foi efetuado. Importante ainda referir que
as visitas foram realizadas de modo a só iniciar o estudo da empresa seguinte, depois de se
considerar concluída a análise à anterior;
1.4. Estrutura
Este relatório encontra-se dividido em cinco capítulos. No primeiro capítulo, foi feita uma
introdução ao tema da dissertação, sendo explicada a contextualização do trabalho, os seus
objetivos, a metodologia utilizada para a realização do mesmo, bem como a sua estrutura.
O segundo capítulo apresenta uma revisão bibliográfica aprofundada acerca dos tópicos mais
importantes relacionados com a dissertação a realizar, nomeadamente a definição de gestão
de projetos, metodologias utilizadas na disciplina, aprofundando o tema, de modo a esclarecer
e contextualizar o conteúdo da dissertação, onde o presente relatório servirá de base. Também
serão estudadas ferramentas que complementam a utilização destas metodologias, sendo dado
ênfase às ferramentas colaborativas, que permitem trabalhar em rede a partir de diferentes
computadores e utilizadores. Será ainda abordada uma investigação ao setor metalomecânico
e a utilização da gestão de projetos nesta área, apresentando as vantagens e desvantagens
desta relação. De seguida, serão analisados alguns casos de estudo onde foram implementadas
com sucesso metodologias específicas para gestão de projetos nesta indústria.
O terceiro capítulo visa a realização de uma análise à situação inicial em cada uma das empresas
em estudo, pelo que é dedicado um subcapítulo a cada uma, além do subcapítulo final, que
resume a situação inicial encontrada em todas as organizações e permite identificar
semelhanças e principais diferenças entre estas.
O quarto capítulo é referente à metodologia criada, e explicita todo o processo de criação da
mesma, desde a decisão da sua base, como o estudo realizado para adaptação de outras
metodologias, culminando na apresentação de todas as fases do processo. Por fim, foi
desenvolvido um subcapítulo com as sugestões de adaptação específicas a cada empresa.
O quinto e último capítulo destina-se à realização de uma conclusão acerca do conteúdo do
trabalho, as limitações do mesmo e ainda os principais aspetos a ter em conta para a realização
de trabalhos futuros.
3
Introdução
4
2. Revisão Bibliográfica
O segundo capítulo do presente relatório, dedicado à revisão bibliográfica acerca do tema que
consta no título, constitui uma exploração profunda e criteriosa das fontes relevantes que
fundamentam o entendimento da gestão de projetos no contexto da indústria metalomecânica.
Para isto, foram aprofundados os temas principais e explicitados detalhadamente nos
subcapítulos que constituem a revisão bibliográfica.
5
Revisão Bibliográfica
Figura 1: Relação entre Projeto, Portfólio e Programa. Fonte: (Project Management Institute, 2013)
• Planear o Âmbito;
• Recolha de requisitos;
• Definir o Âmbito;
6
Assim, a participação dos stakeholders na definição do Scope desde a fase inicial é crucial.
Envolver todos as partes interessadas garante que as expetativas sejam correspondidas e que
todas as preocupações sejam consideradas, aumentando as hipóteses de sucesso do projeto.
Este envolvimento é especialmente importante para evitar problemas como atrasos, trabalho
extraordinário e custos adicionais, que podem ocorrer devido a uma definição incompleta do
Âmbito do projeto (Fageha & Ajibade A., 2013).
Em resumo, a Gestão do Âmbito é vital para o sucesso de qualquer projeto, pois estabelece
claramente o que deve ser realizado e fornece uma base sólida para todas as atividades
subsequentes. A definição clara do Scope, juntamente com a participação ativa dos
stakeholders e a implementação de boas práticas relacionadas com esta temática, são
elementos indispensáveis para a entrega bem sucedida de projetos.
7
Revisão Bibliográfica
projeto se propõe. Nesta fase, o projeto já foi aprovado e o seu planeamento começa
a ser pensado de uma forma bastante generalizada, uma vez que apenas na terceira
fase se dá ênfase ao planeamento detalhado do projeto. O início do projeto dá-se
então por concluído quando é analisado o business case e é tomada uma decisão:
interromper o projeto ou avançar para o planeamento.
Na Figura 2, é possível observar o gráfico das diferentes fases de projeto em função do custo.
8
Figura 2: Fases de um projeto típico. Adaptado de (Nie, Xiong, Qing, & Huang, 2008)
9
Revisão Bibliográfica
abordagem, onde se parte do pressuposto que todos os projetos são previsíveis e lineares, o
planeamento simplifica-se e é possível acompanhá-lo sem grande dificuldade (Dursun, Goker,
& Mutlu, 2021). Assim, focam-se em seguir um plano previamente traçado, de acordo com os
procedimentos habituais, aplicando conhecimentos, ferramentas, técnicas e habilidades a
atividades de projeto, de modo a atingir os objetivos (Salameh, 2014). As metodologias Agile
são bastante mais flexíveis face às metodologias tradicionais, e adaptam-se a ambientes e
situações adversas com uma maior facilidade. Por este motivo, estão a ganhar popularidade na
indústria atualmente, nomeadamente na indústria de software, onde se opta por seguir uma
metodologia em função das características de um projeto específico (Awad, 2005).
A Tabela 1 visa evidenciar as principais características das duas metodologias.
Tabela 1: Comparação entre as metodologias Tradicionais e Agile. Adaptado de (Jovanovic &
Beric, 2018)
Metodologias Tradicionais Metodologias Agile
Processo permanente Processo Sequencial
Estrutura de Projeto Fixa Estrutura de Projeto Alterável
Documentação detalhada Documentação provisória
Reuniões ocasionais com o cliente Reuniões regulares com o cliente
Equipa de Projeto Multifuncional Equipa de Projeto auto-organizada
Autoridade alta do Gestor de Projeto Autoridade média do Gestor de Projeto
Nos subcapítulos seguintes, serão abordadas algumas metodologias dentro destes dois tipos.
2.2.1. Waterfall
A Waterfall é a metodologia mais antiga e mais conhecida de todos os modelos Software
Development Lifecycle (SLDC). É bastante utlizada em projetos governamentais e em grandes
empresas. Na metodologia Waterfall (ou Cascata) de planeamento de projeto, os passos são
realizados de forma sequencial, onde não se inicia uma fase do projeto se a anterior não estiver
devidamente concluída (Alshamrani & Bahattab, 2015). Os resultados esperados são
comunicados pelo cliente na fase inicial do projeto. Assim, todo o projeto é trabalhado e
orientado em função dos objetivos (planeamento holístico), com funções, responsabilidades e
datas-limite. Esta metodologia tradicional permite obter estabilidade nos processos, recursos
previsíveis e um planeamento documental bem organizado (Thesing, Feldmann, & Burchardt,
2021).
A metodologia Waterfall defende que depois das necessidades do projeto estarem definidas e
os objetivos claros, há um caminho desimpedido que a equipa de projeto segue até ao fim do
projeto, o que torna esta metodologia linear e sequencial (Andrei, Casu-Pop, Gheorghe, &
Boiangiu, 2019).
10
Este modelo assenta em cinco fases principais (Alshamrani & Bahattab, 2015):
1.Requisitos
Nos Requisitos, realiza-se a análise das necessidades do projeto e a escrita extensiva de toda a
documentação necessária, o que permite um melhor apoio ao projeto ao longo do seu
desenvolvimento.
2.Design
Nesta fase, é reunida informação dos Requisitos, o que permite a criação de um planeamento
devidamente formulado, a escolha da tecnologia a utilizar, bem como a iniciação do problem
solving, ou seja, é criada a solução para o projeto. O design pode ser dividido, por vezes, em
Design de Alto Nível ou Baixo Nível.
3.Implementação (Codificação)
Na Implementação, dá-se a conversão de todos os requisitos do projeto para o ambiente de
produção. Habitualmente, existe uma checklist que serve como controlo da qualidade, para
verificar se todas as especificações requeridas, o planeamento temporal, a qualidade, etc. estão
em conformidade com o planeamento (Petersen, Wohlin, & Baca, 2009).
4.Testagem
Na quarta fase, são realizados testes à solução criada, verifica-se se esta se enquadra com todos
os requisitos do projeto definidos inicialmente. Após esta análise, eventuais erros são
encontrados e corrigidos. Finalmente, o produto ou serviço criado pelo projeto é entregue ao
cliente, após passar por uma nova quality gate, onde o cliente aprova o resultado do projeto,
se este foi entregue de acordo com a programação temporal definida e se a qualidade está ao
seu agrado (Petersen, Wohlin, & Baca, 2009).
11
Revisão Bibliográfica
Vantagens Desvantagens
Através da tabela, é possível perceber que este método é adequado a projetos onde os
requisitos são bem conhecidos, claros e fixos, e onde a qualidade é mais importante que o custo
e o calendário a cumprir.
12
2.2.2. PMBOK
O PMBOK, abreviatura de Project Management Body of Knowledge, é um guia de gestão de
projetos apresentados pelo Project Management Institute (PMI), que apresenta boas práticas a
seguir e com aplicabilidade na maioria dos projetos. Todo o conhecimento, técnicas,
ferramentas e competências podem ser aplicados de acordo com o projeto a realizar e das
competências do seu gestor (Bayona, Nemias, & Bustamante, 2018).
Deste modo, o PMBOK proporciona diretrizes, normas e características que servem para a
descrição de processos e a relação entre os mesmos. Este guia reconhece 47 processos,
agrupados em 5 categorias (Parra, Saroza, Martinez, & Bello, 2015):
13
Revisão Bibliográfica
A metodologia PMBOK propõe ainda dez áreas de conhecimento onde é possível agrupar todos
os grupos de processos. As áreas são definidas como um conjunto completo de conceitos,
termos e atividades que compõem um campo profissional, de gestão de projetos ou uma área
de especialização (Project Management Institute, 2013). Estas áreas utilizam-se na maioria dos
projetos, no entanto cada equipa deve adequar a sua utilização a cada projeto.
As dez áreas de conhecimento são, segundo Parra, Saroza, Martinez, & Bello (2015):
1. Gestão da integração do projeto: tomada de decisões, como a alocação de recursos,
concessões entre objetivos e gestão das dependências mútuas entre as várias áreas de
conhecimento;
2. Gestão do âmbito do projeto: inclui os processos necessários que assegurem que o
projeto inclui somente o trabalho necessário, de modo a terminar com sucesso. Esta
gestão relaciona-se com o controlo do que está e não está no projeto;
3. Gestão do tempo do projeto: refere-se ao planeamento temporal do projeto, de modo
a garantir o término pontual do mesmo. Define-se as atividades e respetiva sequência,
são implementadas num cronograma que será monitorizado ao longo do projeto;
4. Gestão dos custos do projeto: controla o planeamento, estimativas, orçamentos,
financiamentos, gestão e controlo dos custos, de modo que o projeto possa ser
terminado dentro do orçamento aprovado;
5. Gestão da qualidade do projeto: cumprimento de políticas de qualidade definidas pela
organização executora, bem como os objetivos e responsabilidades, de modo a que o
projeto cumpra com os requisitos;
6. Gestão dos recursos humanos do projeto: processos que guiam, gerem e organizam a
equipa envolvida no projeto. Tipicamente, o envolvimento dos membros da equipa
neste processo fortalece o compromisso perante o projeto;
7. Gestão das comunicações do projeto: assegura que as informações do projeto são
devidamente planeadas, geridas, controladas e dispostas apropriadamente. Deste
modo, existindo uma comunicação eficaz, alcança-se mais facilmente os resultados
pretendidos no projeto;
8. Gestão dos riscos do projeto: passa por aumentar a probabilidade e o impacto dos
eventos positivos e reduzir a probabilidade e o impacto dos eventos negativos no
projeto;
9. Gestão das aquisições do projeto: inclui os processos necessários para comprar ou
adquirir produtos, serviços ou resultados externos à equipa do projeto. A organização
pode ser tanto o comprador quanto o vendedor dos produtos, serviços ou resultados
de um projeto;
10. Gestão das partes interessadas do projeto: processos exigidos para identificar todas
as pessoas, grupos ou instituições que podem impactar ou serem impactados pelo
projeto, analisar as expectativas das partes interessadas e respetivo impacto no
14
projeto, desenvolvendo estratégias de gestão apropriadas para o envolvimento eficaz
das partes interessadas nas decisões e execução do projeto.
A utilização da metodologia PMBOK introduz uma série de vantagens na Gestão de Projetos,
nomeadamente (Kayser, 2021):
2.2.3. V-Model
O V-Model foi introduzido em 1986 por Paul Rook e funciona como um guia para processos de
desenvolvimento de software (Durmus, Ustoglu, Tsarev, & Boercsoek, 2018). Este modelo é
uma metodologia de gestão de projetos baseada no modelo Waterfall, especificando todas as
etapas principais que ocorrem no ciclo de vida de um produto, onde ações concretas devem ser
definidas (Fodor, Jánó, & Fizesan, 2019). O V-Model difere do modelo em Cascata no nível de
conhecimentos técnicos disponíveis, pois pode ser aplicado a projetos mais complexos
(Nakigudde, 2019).
O modelo em V define a relação entre o desenvolvimento e a testagem de cada atividade. No
que diz respeito à comparação com as restantes metodologias, esta tem a particularidade de
implementar um processo de verificação entre cada fase, e não apenas no final do projeto
(Durmus, Ustoglu, Tsarev, & Boercsoek, 2018).
O desenvolvimento desta metodologia inicia-se com a definição dos requisitos do cliente, pois
estes são a base da validação do produto depois do seu desenvolvimento. Assim, o processo
passa por quatro fases: análise de requisitos, análise funcional, design de alto nível e design de
baixo nível (Eichmann, Melzer, & God, 2019). Alguns autores que definem a análise de
requisitos e a análise funcional como uma única fase.
Assim, o design em V representa a forma como o processo de desenvolvimento interage com
os requisitos do cliente e com a solução a implementar, o que leva a uma demonstração final
através de um plano de validação. As etapas do modelo em V representam diferentes partes do
projeto, até ao processo de implementação, que funciona como ponto de viragem e é o nível
15
Revisão Bibliográfica
mais profundo de todo o modelo. Este é finalmente testado e validado, com o intuito de
completar todos os requisitos propostos inicialmente (Ponce, Mendez, & Molina, 2021).
A Figura 5 aborda o V-Model de forma esquematizada, com o intuito de facilitar a compreensão
do mesmo.
Figura 5: V-Model de forma esquemática. Adaptado de (Fodor, Jánó, & Fizesan, 2019)
16
Tabela 3: Vantagens e Desvantagens da metodologia V-Model. Adaptado de (Durmus,
Ustoglu, Tsarev, & Boercsoek, 2018)
Vantagens Desvantagens
Controlo mais fácil devido à standarização Baixa flexibilidade, processo caro e onde é
de processos difícil alterar o âmbito (scope)
Fácil estimação de custos devido à
Não há protótipos iniciais
repetibilidade do processo
Aborda o desenvolvimento de software no
Cada fase tem produtos específicos âmbito de um projeto em vez de uma
empresa.
Demasiado simples para refletir com
Grande probabilidade de sucesso devido aos
precisão o processo de desenvolvimento de
planos de teste e documentação antes da
software, o que pode levar os gestores de
codificação
projeto a uma falsa sensação de segurança
Fornecimento de um roadmap de fácil
compreensão para desenvolvimento de -
software
2.2.4. Scrum
O Scrum é uma técnica de gestão de projetos inserida na secção de metodologias Agile, que
possibilita o desenvolvimento iterativo e adicional de produtos, permitindo o cumprimento de
prazos de trabalho, maximizando a resposta às necessidades do cliente. Todas as tarefas são
realizadas de forma rápida e com qualidade por parte de equipas auto-reguladoras (Legowo,
Indiarto, & Prayitno, 2019). É atualmente a metodologia mais utilizada nos projetos de Software
(Simoyama, Bueno, & Battisti, 2016). Deste modo, o Scrum oferece uma forma de trabalho
personalizada de projeto para projeto, existindo flexibilidade na seleção de requisitos do cliente
e onde não existem procedimentos normalizados a seguir (Srivastava, Bhardwaj, & Saraswat,
2017).
Esta metodologia assenta em três pilares principais: Transparência, Inspeção e Adaptação. A
Transparência refere-se à procura pela visibilidade em todos os processos por parte de quem
partilha responsabilidade no projeto. A Inspeção deve ser realizada frequentemente para
detetar possíveis variações e não interromper a execução do trabalho a desenvolver. No que
diz respeito à Adaptação, esta relaciona-se com a capacidade de ajuste face às eventuais falhas
ou desvios detetados durante a realização do projeto, em comparação com os requisitos do
cliente (Sutherland & Schwaber, 2020).
17
Revisão Bibliográfica
O fluxo de trabalho do Scrum consiste numa colaboração próxima e contínua entre a equipa de
trabalho, o Scrum Master e o Product Owner. Estes três papéis são a base do método e cada
um tem uma função bem definida (Srivastava, Bhardwaj, & Saraswat, 2017):
• Sprint: Esta atividade é composta por uma reunião de planeamento, pela execução
da Sprint e por reuniões diárias. É limitada a um mês, pois quando o horizonte
temporal é demasiado longo, o risco e a complexidade do que será construído pode
mudar. Durante a execução de uma Sprint, espera-se que não ocorram mudanças
significativas que possam alterar o objetivo da Sprint, que as metas de qualidade
não diminuam e que o âmbito pode ser renegociado entre o Product Owner e a
equipa de trabalho (Ferrao & Canedo, 2015).
• Reuniões de uma Sprint:
o Na reunião de planeamento, é necessário definir objetivamente todo o
trabalho a ser realizado durante o período da Sprint (Ferrao & Canedo,
2015).
o As Daily Scrum são reuniões diárias na fase de execução do projeto e
acontecem tipicamente no mesmo horário e local. O conteúdo destas
reuniões consiste na explicação do que cada elemento da equipa realizou
desde a última reunião, o que irá fazer até à próxima e uma estimativa dos
obstáculos que poderá encontrar (Ferrao & Canedo, 2015).
o A Sprint Review é uma reunião que se realiza no final do período da Sprint
que visa analisar o incremento e adaptar o backlog do projeto, caso seja
necessário. Nesta reunião, a equipa de trabalho exibe ao Product Owner o
trabalho realizado durante o período de Sprint (Ferrao & Canedo, 2015).
o A Sprint Retrospective realiza-se após a reunião de revisão e serve para que
a Equipa de Trabalho faça uma revisão ao próprio trabalho realizado e crie
um plano de melhorias a serem aplicadas ao próximo período de Sprint.
Importante ainda referir que a organização de ideias na reunião é responsabilidade
do Scrum Master (Ferrao & Canedo, 2015).
A metodologia Scrum apresenta ainda os Artefactos Scrum, que representam todos os materiais
que necessitam de estar registados como parte do processo de desenvolvimento do projeto
(Carneiro, Silva, & Alencar, 2018). É possível identificar três tipos principais:
18
• Product Backlog: consiste numa lista constituída pelos requisitos do projeto
que estão ordenados prioritariamente numa lista que é gerida pelo Product
Owner (Carneiro, Silva, & Alencar, 2018).
Feedback regular por parte do Product Quando se prevê uma mudança, esta só
Owner permite corrigir imediatamente pode ser implementada no próximo período
eventuais desvios dos requisitos de Sprint.
programados
2.2.5. Kanban
Há projetos complexos que possuem níveis elevados de incerteza e variabilidade nos requisitos
do cliente. Neste sentido, surgiu a necessidade de criar metodologias adaptativas que sejam
capazes de dar resposta a diferentes cenários. Surgiu assim o Kanban, uma metodologia ágil
que deriva do Scrum, permitindo a visualização do fluxo de trabalho e as tarefas de projeto
19
Revisão Bibliográfica
Apesar das regras mencionadas acima, não existem praticamente dificuldades na aplicação
desta metodologia. A principal função da equipa de trabalho Kanban passa por acrescentar
valor ao projeto. Deste modo, não são implementadas especificações desnecessárias, nem é
utilizada qualquer tipo de característica que possa não valorizar o projeto. Uma equipa Kanban
20
com sucesso tem de assegurar a melhoria contínua de processos e implementar pequenas
mudanças que tornem o projeto mais apelativo. Assim, podem ser apontadas ao Kanban
algumas semelhanças com a metodologia Scrum, tais como a capacidade de fragmentar o
trabalho em partes mais pequenas, equipas auto-organizadas, limitar o WIP e a realização de
tarefas com base na transparência (Lei, Ganjeizadeh, Ozcan, & Jayachandran, 2017). As
divergências situam-se principalmente na forma como o backlog é gerido. Na Scrum, são
utilizados intervalos de tempo bem definidos (Sprints), enquanto que no Kanban, sendo
utilizado o fluxo de trabalho contínuo, o backlog é atualizado regularmente pela equipa de
trabalho (backlog dinâmico) (Weflen, MacKenzie, & Rivero, 2022).
De grande importância mencionar que o Kanban utiliza um mecanismo conhecido como “Pull”,
onde o trabalho e as tarefas são “puxadas” para o sistema quando a sua capacidade assim o
permite, em vez de serem empurradas com base na procura. Isto proporciona um maior
controlo sobre o projeto, uma vez que não se corre o risco de sobrelotação de tarefas, desde
que o número de cartões em cada coluna esteja bem definido previamente (Damij & Damij,
2021).
Inúmeras vantagens podem ser apontadas à utilização da metodologia Kanban para gestão de
Projetos, nomeadamente (Saltz & Heckman, 2020) e (Alaidaros, Omar, & Romli, 2018):
21
Revisão Bibliográfica
22
gráfico de Gantt mostram o trabalho planeado como constante, sabendo que as barras
horizontais têm uma altura fixa, duas atividades podem parecer do mesmo tamanho, mas, na
realidade, essas atividades podem ser diferentes em magnitude ou complexidade, apesar de se
igualarem apenas na duração prevista (Shirey, 2008).
CPM
O Critical Path Method (CPM) foi desenvolvido nos anos 50 por cientistas da Du Pont Company
e da UNIVAC Division of Remington Rand, com o intuito de apoiar e ser uma alternativa ao
diagrama de Gantt. Esta técnica pretende determinar qual a duração ótima de um projeto e
identificar as atividades críticas, que podem ser definidas como as atividades que, caso sofram
atrasos na sua preparação, afetarão diretamente a duração do projeto, ou seja, o prazo final de
entrega será prejudicado (Aliyu, 2013). Este método assume que as estimativas de tempo são
determinísticas, o que se pode revelar desvantajoso, tendo em conta a imprevisibilidade de
alguns fatores como a mão de obra, custos, acidentes de trabalhos ou atrasos ao longo do
projeto (Vergara, Teixeira, & Yamanari, 2017).
23
Revisão Bibliográfica
Figura 8: Diagrama de Rede. Fonte: (The Program Evaluation and Review Technique (PERT):
Incorporating activity time variability in a project schedule, 2011)
Assim, conclui-se que a construção deste diagrama também permite uma eficiente alocação de
recursos, tendo em conta que a visualização da relação entre atividades é possível, identifica-
se as que possam apresentar recursos semelhantes e tenham proximidade temporal.
24
necessária para a construção do diagrama de rede. Os resultados evidenciaram que o projeto
pode ser concluído em 520 horas, com um custo de cerca de 1320€, com a duração normal das
atividades. Este número pode ser reduzido para 333,3 horas, acelerando todas as atividades
que constituem o caminho crítico, com um acréscimo ao custo. No entanto, explorando as
folgas das atividades, pode reduzir-se o custo para um valor inferior ao inicial.
No estudo desenvolvido por (Karabulut, 2017), é utilizada a simulação Monte Carlo e as técnicas
PERT/CPM para o planeamento de um projeto de uma vila de luxo numa pequena/média
empresa de construção, sendo que o objetivo passa por comparar os dois métodos e avaliar os
riscos e incertezas de cada um. Após uma análise aos resultados obtidos, verifica-se que o
tempo de projeto, segundo do CPM, é de 186 dias. No entanto, segundo a simulação Monte
Carlo, existe 50% de probabilidade do projeto ser concluído ao fim de 205 dias. Assim, o estudo
conclui que a técnica CPM/PERT nem sempre fornece valores extremamente realistas, pois não
tem em conta todos os possíveis fatores de risco e a variabilidade existente nas atividades.
25
Revisão Bibliográfica
ClickUp
O ClickUp é um software colaborativo com diversas funções, entre as quais, a destacar, a
capacidade de Gestão de Projetos. No entanto, esta ferramenta possui outras valências que
podem ser extremamente úteis à globalidade de uma organização, apresentando utilidade em
áreas tão distintas como o Marketing, Recursos Humanos ou Vendas. As funções de destaque
neste software encontram-se assinaladas na Figura 10.
26
trabalho de cada trabalhador são outras das principais valências que devem ser destacadas. As
principais features do software para Gestão de Projetos são apresentadas na Figura 11.
Outra iniciativa apresentada pela plataforma está relacionada com a existência de aulas em
formato de vídeo, organizadas por ordem cronológica, que visam ensinar a trabalhar com o
software. Este separador é denominado de ClickUp University e é uma vantagem em relação a
outras ferramentas digitais colaborativas.
É inegável que o custo de uma plataforma de Gestão de Projetos é um dos principais fatores
tidos em conta para a utilização dos mesmos. Deste modo, o ClickUp oferece a possibilidade de
uma versão gratuita (simplificada) do software, e dois planos, com capacidades distintas, que
permitem a utilização mais aprofundada das capacidades da plataforma. Naturalmente, o preço
de cada uma é proporcional às funcionalidades disponibilizadas.
Assim, considera-se o ClickUp uma excelente alternativa, mesmo numa das versões pagas, a
outros softwares mais reconhecidos, devido ao seu preço significativamente mais baixo que,
por exemplo, o MS Project.
MS Project
O Microsoft Project é um programa poderoso que pode ser utilizado para planear e gerir uma
ampla variedade de projetos. Desde cumprir prazos cruciais e orçamentos até selecionar os
recursos certos, os projetos podem tornar-se mais produtivos e alcançar resultados melhores
ao utilizar o conjunto de funcionalidades que o Microsoft Project oferece. Assim, o Microsoft
Project pode ser utilizado para realizar as seguintes tarefas (Wali & Othman, 2019):
1. Criar um plano detalhado e cronograma para o projeto;
2. Controlar quais atividades do projeto podem ser agendadas manualmente em vez de serem
agendadas automaticamente;
3. Preparar e gerir tarefas, recursos, trabalho e custos ao nível de detalhe adequado às
exigências do projeto;
4. Trabalhar com os dados do plano em diversas visualizações e relatórios;
27
Revisão Bibliográfica
28
planeamento e a execução dos projetos. Assim, através da implementação de uma metodologia
de gestão de projetos baseada no Scrum, foi possível atingir melhorias médias na ordem dos
50% nos diferentes centros de trabalho. No caso de prático realizado por (Dias, 2019), foram
desenvolvidos um estudo e um modelo de programação linear, permitindo a alocação de
recursos e a identificação de atividades críticas do projeto, permitindo otimizar custos e tempos
de produção.
29
Revisão Bibliográfica
30
3. Análise da Situação Inicial
Este capítulo visa apresentar as situações iniciais em cada empresa visitada no âmbito da
realização desta dissertação, nomeadamente as ferramentas e softwares utilizados e as
metodologias de Gestão de Projetos que já são aplicadas. Por razões de confidencialidade, as
empresas serão denominadas pelas letras A, B, C e D.
3.1. Empresa A
A Empresa A é uma empresa metalomecânica localizada na cidade da Trofa, distrito do Porto,
que se encontra distribuída em duas localizações. A principal instalação conta com uma série
de máquinas CNC para maquinagem de 3 a 5 eixos e tornos de várias dimensões, bem como
uma área de montagem que dá conta da grande maioria das encomendas que são recebidas.
Abordando este tópico, a empresa caracteriza-se por ter uma grande variedade de projetos em
execução, sendo que operam peça a peça, em função das encomendas recebidas. Deste modo,
cada projeto é único e depende exclusivamente das especificações do cliente. A grande maioria
das encomendas são de pequeno porte e quantidade, o que não implica que a empresa não
inclua no seu leque de possibilidades a realização de projetos de maior dimensão, pelo que
estes existem, embora em menor quantidade. A segunda localização destina-se ao
armazenamento dos diversos projetos de maior dimensão, que se encontram em fase de
execução.
Recentemente, a empresa contratou o Kaizen Institute, que atua na área da consultoria
especializada em implementação de ferramentas Lean (Sobre Nós: Instituto Kaizen, 2023).
Deste modo, a empresa já implementou melhorias de produtividade, nomeadamente no que
diz respeito à gestão e planeamento de produção e disposição do layout.
31
Análise da Situação Inicial
É de extrema importância reforçar que nem todos os projetos executados são passíveis de
passar por todos os passos mencionados na Figura 12, nomeadamente em relação à Soldadura,
Tratamento Térmico ou mesmo Montagem.
• Lançamento do projeto: quando existe a certeza de que o projeto será realizado pela
empresa, passa-se ao lançamento das diversas partes do mesmo, como desenhos
técnicos das peças envolvidas e dos conjuntos de montagem. Simultaneamente,
avalia-se a matéria-prima existente e encomenda-se a que possa estar em falta.
32
conhecidas, já que, apesar de serem mais desenvolvidas, apresentam funções que seriam
dispensáveis quando se fala daquilo que são as necessidades da Empresa A.
Explorando a ferramenta informática utilizada na Empresa A, o menu principal do “Maps”
permite uma visualização geral sobre todas as encomendas, algumas datas importantes (de
receção do projeto e entrega), entre outras colunas com informação relevante. O menu
principal das encomendas pode ser analisado na Figura 13.
Na Figura 13, é possível notar que quando se aproxima a data de entrega da encomenda, a
célula é pintada de amarelo, e quando é ultrapassada, de laranja. A utilização deste sistema de
cores facilita o controlo dos projetos em atraso ou em risco de atrasarem.
Clicando no código da encomenda, um menu referente à mesma é aberto, onde são
apresentados os desenhos relativos a cada peça que é necessário produzir, através de uma
hiperligação criada ao código do desenho. Outras colunas com informações relativas às peças
são apresentadas, nomeadamente o material, revestimento (se necessário), quantidades e, a
mais importante no âmbito da Gestão de Projetos, o estado em que se encontra cada peça, tal
como se pode visualizar na Figura 14.
33
Análise da Situação Inicial
Está previsto, dentro do software, a existência de uma série de estados diferentes, que são
selecionados manualmente quando existe transição de estado de cada encomenda ou peça.
Estes estados são apresentados na Figura 15.
Existe ainda, dentro do menu de cada encomenda, uma secção relativa às alterações do estado
da encomenda, que pode ser observada na Figura 16.
34
Figura 16: Alteração dos estados da encomenda
35
Análise da Situação Inicial
Como é possível observar na Figura 17, cada cliente é codificado com letras (neste caso, a título
de exemplo, X e Y), seguido do número da encomenda relativa a esse cliente; os tópicos
pendentes são de seguida enumerados.
Deste modo, é avaliado o processo evolutivo de cada ponto pendente e é realizada a
distribuição do planeamento dos projetos pelos responsáveis presentes. Importante ainda
referir que durante a reunião, é utilizado como suporte à mesma o software “Maps”, que
através do código relativo a cada encomenda, permite uma pesquisa rápida de modo a serem
observados os detalhes do projeto. Estas reuniões têm a duração habitual de cerca de uma
hora.
3.2. Empresa B
A Empresa B, localizada na Zona Industrial da Varziela, Vila do Conde, dedica-se ao
desenvolvimento de dispositivos de aperto, ferramentas de corte e máquinas especiais para
montagem de componentes. Existem duas localizações distintas que se complementam: a
primeira, dedicada à produção, onde estão inseridos os vários centros de maquinagem CNC, o
departamento de Metrologia e de Logística. Na segunda localização, está inserido o setor de
montagem de equipamentos e dispositivos, bem como o Departamento de Recursos Humanos.
De acordo com a informação recolhida com os responsáveis da empresa B, é possível afirmar
que a produção é realizada por encomenda, ou seja, cada projeto é único e irrepetível, pelo que
não existe produção para stock ou em grande escala, exceto se for assim solicitado pelo cliente.
Figura 18: Processo de Fabrico generalizado para dispositivos de aperto e equipamentos especiais
Após análise da Figura 18, é importante referir que o Tratamento Térmico não se aplica a todas
as peças fabricadas, razão pela qual é possível passar diretamente do Fabrico para a fase de
Montagem. Este passo, a acontecer, é sempre por subcontratação a terceiros, envolvendo a
ausência da peça da zona de produção durante o tempo necessário. É de notar ainda que o
passo final, Automação, só existe para os equipamentos especiais, ou seja, não se aplica a
dispositivos de Aperto. Por esta razão, encontra-se revestido de uma cor diferente face às
restantes etapas.
36
3.2.2. Áreas onde incide o Planeamento
O Planeamento está presente em todas as áreas mencionadas no processo de fabrico
generalizado de produção na Empresa B. Deste modo, surgem diversos desafios em cada uma
das fases, a destacar:
• Projeto: A fase inicial, executada pelos Projetistas, é uma das mais bem preparadas, na
medida em que, na empresa B, o primeiro contacto dos clientes com a empresa,
aquando da definição de um prazo de entrega, é com estes. Assim, a data lançada pelos
responsáveis de Projeto já inclui uma estimativa realista, pelo menos, do seu próprio
trabalho;
• Fabrico: Englobando esta fase a grande maioria de todo o processo produtivo, é a mais
sensível a eventuais atrasos que possam surgir, por motivos diversos, desde falta de
matéria-prima, falhas nas máquinas ou no próprio planeamento, etc. Deste modo, é
sensível definir um prazo que satisfaça os requisitos dos clientes e, simultaneamente,
possa ser realista. Para combater esta questão, é importante recorrer à ajuda dos
operadores, cuja experiência pode auxiliar na definição realista de datas para o término
da produção.
• Montagem: A Montagem está mais passível a possíveis atrasos do que as restantes
fases, nomeadamente por ser o último passo comum aos dois grupos de componentes,
o que aumenta a probabilidade de um atraso já ter surgido anteriormente. Além disto,
pode aparecer no processo produtivo imediatamente depois dos Tratamentos
Térmicos que, como já foi enunciado acima, são realizados fora da Empresa B, por
subcontratação. Deste modo, um eventual atraso que possa surgir do Tratamento
Térmico é alheio ao planeamento realizado anteriormente, e põe igualmente em causa
a data de entrega do projeto. Assim, a fase de Montagem tem, por vezes, a difícil tarefa
de tentar colmatar atrasos que surgiram em passos anteriores do processo produtivo.
Outro problema comum na Montagem relaciona-se com conciliar várias linhas de
montagem que possam surgir simultaneamente. Pode tornar-se sensível garantir
corretamente a alocação de recursos materiais e humanos, de modo a não
comprometer a coordenação das equipas que se encontram a trabalhar de forma
síncrona.
37
Análise da Situação Inicial
a definição de uma data de entrega do projeto entre o projetista e o cliente, esta é comunicada
ao Project Manager, que, em função da mesma, divide o projeto em fases e atribui o tempo
respetivo a cada uma delas. Estas decisões são discutidas com os responsáveis de cada
Departamento e alguns operadores dos diferentes setores, de modo a realizar uma previsão
com a maior fiabilidade possível.
Finda esta etapa, é criado um ficheiro, designado como “Plano Macro”, que contém uma
imagem virtual do esboço do projeto, os prazos previstos de cada um dos processos necessários
para o término do mesmo, bem como uma série de informações no âmbito da organização
interna, como o número de cliente e de encomenda atribuídos. Este encontra-se exposto para
visualização na Figura 19.
A folha explicitada acima pode ser visualizada na íntegra no Anexo A. Esta é depois entregue ao
Departamento Comercial, de modo a este poder acompanhar o projeto, sempre que for
necessário.
Como seria expectável, cada uma das fases propostas pelo Planeamento estão sujeitas a alguma
complexidade e a uma série de passos que daí derivam. Deste modo, é desenvolvida outra folha
através do software Excel, designada “Timeplan”, onde são aprofundadas subtarefas, dentro
dos passos habituais, bem como apresentadas as datas (em função da semana), em que devem
ser realizadas. Esta ferramenta conta ainda com um sistema de cores que permite visualizar a
diferença entre o planeamento realizado, a data real e o atraso gerado, caso exista. Por razões
de confidencialidade, foi necessário desfocar o nome da Empresa B e do cliente do projeto em
38
análise. No entanto, o Timeplan encontra-se disponível para visualização no Anexo A e um
recorte do mesmo pode ser analisado abaixo, na Figura 20.
39
Análise da Situação Inicial
Analisando a informação presente na Figura 21, da esquerda para a direita, é possível encontrar
o código interno da obra, uma hiperligação à imagem 3D do conjunto, seguido da referência
atribuída a cada conjunto, as quantidades a produzir e a descrição de cada projeto, bem como
o nome de cada cliente.
No que diz respeito ao planeamento do projeto, surgem de seguida informações mais
relevantes: a semana de início e de fim do projeto (esta última previamente acordada com o
cliente), a fase do processo de fabrico em que se encontra (mencionada com um sistema de
cores que atribui uma cor característica a cada uma das fases) e, ainda, o responsável pela
respetiva fase. De seguida, surge uma tabela que enumera as semanas de início planeadas de
cada uma das etapas do processo de fabrico (neste caso, para dispositivos de aperto), bem
como o comparativo com a situação real. A última coluna refere-se ao atraso efetivo do projeto,
caso este exista, e destaca-se com uma cor avermelhada. Por último, surgem os cronogramas
que mostram, de forma visual, através do sistema de cores definido anteriormente e do número
de semanas determinadas para cada fase, a duração real do projeto e a relação com a duração
planeada. Destaca-se ainda a coluna da semana presente, através de um realce de cor escura,
que permite localizar o projeto temporalmente, sendo extremamente útil para perceber
quanto tempo falta para o final de uma determinada fase, ou mesmo do projeto.
A Gestão de Projetos tem outra vertente de importância elevada na Empresa B: a ligação com
o chão de fábrica. Para este efeito, são utilizados três quadros na área de Montagem. O primeiro
deles, intitulado “Plano de Acompanhamento Trimestral”, pode ser visualizado na Figura 22.
40
Figura 22: Quadro de Acompanhamento Trimestral
O quadro da figura apresenta na sua constituição o mês presente e os dois seguintes, divididos
pelas semanas que compõem cada um. Na coluna respetiva a cada semana, são apresentados
todos os projetos que devem ser entregues nessa data. A cor azul refere-se a dispositivos de
aperto e a cor verde a equipamentos especiais.
De modo a detalhar mensalmente o plano de entregas, foi construído outro quadro, relativo ao
mês presente, onde são colocados novamente todos os projetos em entrega, divididos por
semana. À frente da referência do projeto, surge uma nova coluna, com a data prevista de
entrega e a data real, a preencher no ato de entrega da encomenda ao cliente. O Plano Mensal
de Entregas pode ser analisado na Figura 23.
41
Análise da Situação Inicial
O último quadro, e mais importante dos três, é relativo à fase do projeto em que este se
encontra. Através de um sistema de cores, onde verde representa Fabrico, azul a Montagem,
preto a Automação e vermelho o Envio, são colocados pequenos ímanes coloridos que
permitem analisar em que fase se encontra cada projeto, bem como a duração de cada uma
das mesmas. A Figura 24 apresenta o quadro denominado na Empresa B por “Planeamento a
Médio Prazo”.
42
3.3. Empresa C
A Empresa C é uma metalomecânica que se dedica ao projeto e produção de máquinas,
nomeadamente Guilhotinas e Quinadoras, para chapas de diferentes dimensões. Localizada em
Gondomar, é composta por uma série de pavilhões, de momento em expansão, que agregam
diferentes segmentos para a produção da empresa. À semelhança das empresas A e B, a sua
produção é encaminhada com base em encomendas dos clientes, existindo uma diversidade de
componentes que podem ser alterados entre encomendas. Fatores como a cor, dimensão das
chapas a manipular, extras que a máquina pode incorporar, ou não, são facilmente alteráveis,
o que torna cada projeto único e praticamente irrepetível.
Tal como está demonstrado na Figura 25, o processo produtivo geral é interno, no entanto, é
importante referir que a empresa recorre a subcontratação com elevada frequência, para
obtenção de peças, tratamentos térmicos, produção de componentes ou montagem de
subconjuntos. Assim, a importância do planeamento revela-se elevada, sendo necessário um
equilíbrio muito bem constituído entre produção interna e externa e respetiva monitorização,
de forma a tornar os processos produtivos dos diferentes projetos suficientemente fluídos. De
mencionar ainda que a etapa de Montagem se encontra dividida em duas secções: Montagem
Mecânica e Eletrificação.
43
Análise da Situação Inicial
Através da informação que consta na figura, o PHC cria uma ficha técnica, com os detalhes da
encomenda, cujo intuito passa por ser impressa e enviada para o chão de fábrica, de modo a
que os colaboradores possam ter acesso à máquina a fabricar. Esta é apresentada na Figura 27.
44
Figura 27: Ficha Técnica de uma Quinadora
No que diz respeito ao processo produtivo, é necessário algum planeamento relacionado com
o fabrico de componentes e a compra de outros, através de subcontratação. Assim, para o
primeiro grupo, as necessidades são calculadas através de estimativas realizadas internamente.
Mediante a procura, e sabendo que há peças comuns a praticamente todas as máquinas, estas
são produzidas com maior frequência, com o objetivo de ingressarem diretamente no processo
de Montagem, sem a necessidade de atrasar um projeto, à espera do fabrico de certos
componentes.
Para o processo de compra de componentes para a montagem, as estimativas são realizadas
através do software Dashboard, sabendo a fase da montagem em que serão necessários, o
prazo de entrega estimado e as quantidades necessárias, prevê-se as datas de entrega, o atraso
ou a folga temporal (caso existam). Naturalmente, esta é apenas uma estimativa e não tem em
atenção fatores que podem contribuir para alterar a data de receção do material. O caso mais
evidente relaciona-se com a data prevista para utilização do componente no processo
produtivo, uma vez que esta data é obtida subtraindo um número de dias específico (30, 45, ou
60) à data de entrega do projeto. A Figura 28 visa apresentar o software Dashboard, bem como
as estimativas temporais da necessidade para cada produto que neste são realizadas.
45
Análise da Situação Inicial
O acompanhamento dos projetos é feito semanalmente, através de uma reunião que ocorre
todas as segundas-feiras de manhã. Nesta reunião, participam os responsáveis por cada
departamento: Projeto Elétrico, Projeto Mecânico, Montagem, Eletrificação, Técnico e
Comercial, bem como o Diretor de Produção. Durante a reunião, é utilizado um ficheiro Excel
com dois tipos de informações distintas: código da encomenda, modelo da máquina a produzir,
bem como informações técnicas relevantes, juntamente com os nomes das pessoas
responsáveis por cada etapa importante do processo produtivo, que pode ser analisado na
Figura 29.
Por outro lado, existe um cronograma, definido dia a dia, que, através de um sistema de cores,
permite visualizar as datas de início e término enunciadas para cada etapa de produção. Estas
46
datas são estimadas, normalmente, na reunião, razão pela qual podem sofrer alterações
constantes. Este cronograma é apresentado na Figura 30.
O sistema de cores e letras apresentado acima pode ser definido da seguinte maneira:
• Vermelho: Estrutura da máquina pronta;
• Azul-Claro: Montagem Mecânica;
47
Análise da Situação Inicial
como pequenas observações acerca do projeto, o código da encomenda, nome do cliente e fase
em que se encontra. Este ficheiro pode ser visualizado na Figura 31.
Assim, o conteúdo da reunião passa por perceber o ponto de situação de cada projeto, sendo
necessário proceder à alteração das datas de entrega, se assim for enunciado por algum dos
representantes de cada departamento, sabendo de algum atraso que possa estar a acontecer
no processo de fabrico. Estimam-se assim as novas datas de entrega e atualiza-se o ficheiro
mediante as conclusões a retirar da reunião. Da mesma forma, também se dão por concluídos
os projetos que assim possam ser considerados.
3.4. Empresa D
A Empresa D, inserida num grupo, encontra-se localizada em Oliveira de Azeméis e é uma
empresa especializada na produção e manutenção de moldes de médio e grande porte (até 100
toneladas), que atua tanto na indústria de injeção de matérias plásticas como na indústria de
fundição injetada. Tratando-se da empresa de maior dimensão de todo o grupo, esta é capaz
de desenvolver um molde completo, desde a fase de projeto até à entrega ao cliente, pronto a
utilizar. As restantes empresas do grupo especializaram-se, respetivamente, na produção de
moldes especiais e em ferramentas de corte. Esta última também oferece a possibilidade de
testagem dos moldes fabricados.
Deste modo, será apenas estudada a situação inicial na empresa D, empresa principal de todo
o grupo, tal como especificado anteriormente.
48
3.4.1. Processo de Fabrico
O processo de fabrico da criação de moldes é bastante complexo, pelo facto de um molde ser
sempre constituído por um número elevado de componentes. Para além das duas meias
matrizes, é, na maioria dos casos, necessária a criação dos postiços, componentes
independentes que são produzidos para combater a alta complexidade relacionada com a
maquinação das cavidades, tendo em conta a impossibilidade que existe, muitas das vezes, de
produzir um molde com todas as especificações e nível de detalhe exigido numa só peça. Assim,
de modo a simplificar o processo de maquinagem das matrizes, estes componentes são
fabricados na quantidade necessária e posteriormente adicionados ao molde, durante a fase
de montagem.
Apesar das condições apresentadas, é possível definir um processo de fabrico generalizado para
a obtenção de um molde. Sendo incluída a fase de projeto CAD do molde como etapa inicial, o
processo encontra-se apresentado na Figura 32.
No que diz respeito à segunda fase do processo, é importante explicitar que o Desbaste serve
para transformar o bloco em bruto, que advém do fornecedor, numa peça já próxima da que
será a final, com alguma tolerância e com poucos detalhes, que serão posteriormente
maquinados nas fases seguintes. O Torneamento tem a mesma função, mas é naturalmente
aplicado a peças redondas.
49
Análise da Situação Inicial
pelo cliente e um ficheiro para o Departamento Comercial com as encomendas que é necessário
realizar. Após estes passos, é finalmente atribuído um responsável de Projeto.
A empresa possui uma rede intranet própria cujas principais funções, no que à Gestão de
Projetos diz respeito, passam pela Gestão de Recursos (de mão-de-obra, máquinas, etc.),
permitindo o cálculo de custos nestes tópicos, bem como a abertura de Projetos, explicitada
anteriormente, que é realizada nesta plataforma.
O Planeamento na Empresa D encontra-se, à data da realização desta dissertação, em
mudanças profundas no que à sua estrutura diz respeito. A empresa já utilizou, no passado, o
software Microsoft Project e as suas capacidades para realização do planeamento temporal e
de recursos. No entanto, como este era pouco preciso, caiu em desuso, até que deixou de existir
planeamento profundo na empresa. Esta situação provocou uma elevada desorganização ao
nível da monitorização dos projetos, uma vez que era necessário existir uma constante
verificação no chão de fábrica do ponto de situação de cada peça em execução, o que gerou
desordem e uma péssima otimização de tempo e recursos. Esta procura constante pelo ponto
de situação de cada projeto, bem como a execução de tarefas não planeadas que surgiam
repentinamente, fizeram com que a empresa passasse a reagir aos acontecimentos na
produção, em vez de agir sobre o planeamento efetuado, como deve ser idealizado.
Assim, encontra-se a decorrer na empresa a implementação de um sistema que interliga o
software MS Project, entretanto adotado novamente, à rede intranet da empresa. Com o
intuito de combater os entraves ao Planeamento que foram explicitados anteriormente, a
empresa iniciou, muito recentemente, o controlo de tempos de atividade no seu sistema. Para
isto, no final do dia de trabalho, cada colaborador faz login na sua conta na rede interna, onde
terá de inserir os dados relativos aos tempos de produção que efetuou no próprio dia. Digitando
o código do projeto, aparecerão os componentes que o constituem, e deverá então ser
selecionado aquele que tiver sido trabalhado, o processo que esteve envolvido, a máquina que
foi utilizada e o tempo dedicado à tarefa.
É importante referir que as tarefas que os colaboradores podem assinalar são as que constam
do diagrama de Gantt, presente no MS Project, e cada vez que há uma atualização de tempos
de produção na rede, esta é automaticamente adicionada ao diagrama de Gantt respetivo no
software. Este método fará com que seja possível ultrapassar os principais problemas da
empresa no que diz respeito ao Planeamento, uma vez que, recolhendo este tipo de dados
durante 1 ano (no mínimo), será possível obter informações cada vez mais precisas e fazer
estimativas menos falíveis, não só acerca de tempos de produção, mas também sobre custos
de máquinas e custos de recursos humanos.
No âmbito da Monitorização, os responsáveis das três principais empresas do grupo reúnem-
se semanalmente para o acompanhamento dos projetos e distribuição de novos trabalhos.
Aliado a este objetivo, sempre que necessário, são integrados mais dois tópicos na realização
da reunião:
50
• Fecho de Projetos: após o término de um determinado projeto, é adotada uma secção
na reunião com o intuito de debater o que foi feito, realizando uma retrospetiva do
projeto e analisando possíveis melhorias que possam ser implementadas com rapidez.
No que diz respeito à proximidade dos clientes com os projetos, é de assinalar a existência de
uma janela na rede intranet da empresa, restrita a clientes, à qual estes podem aceder com um
nome de utilizador e password únicos. Este separador denominado “Follow Your Projects”
permite ao cliente acompanhar o projeto. Toda a informação que consta nessa página é
apresentada na Figura 33.
Figura 33: Secção "Follow Your Projects" Fonte: ("Empresa D": Follow Your Projects, 2016)
É sabido que este separador funciona através de atualizações semanais do diagrama de Gantt,
exibindo a fase em que o projeto se encontra. Também são fotografados os componentes que
fazem parte do projeto, e estes ficheiros seguem para o segmento “Follow Your Projects”. Todos
os ficheiros do modelo 3D da peça e desenhos técnicos fornecidos pelo cliente na fase inicial,
são também inseridos neste separador.
51
Análise da Situação Inicial
Vantagens Desvantagens
• A dependência elevada de
serviços externos pode
comprometer o cumprimento
• Estrutura simples que permite dos prazos de entrega;
uma comunicação mais fácil • Falta de uma metodologia de
com os colaboradores; Gestão de Projetos estruturada;
Empresa A • A menor variedade de etapas • Ausência de um software de
de fabrico pode tornar as planeamento, provocando
previsões temporais do previsão temporal desajustada;
projeto mais precisas. • Ausência de definição de
objetivos e do âmbito do
projeto.
Recorrendo a uma análise mais extensiva da Tabela 5, é possível identificar vários processos
passíveis de melhoria, alguns deles, transversais a praticamente todas as empresas:
Gestão de Riscos: Há uma falta generalizada de metodologias estruturadas para a Gestão de
Riscos. As empresas não possuem mecanismos para identificar, avaliar e extinguir riscos que
possam surgir no decorrer do projeto;
52
Planeamento: a principal dificuldade encontrada nas quatro empresas está relacionada com o
planeamento fragmentado por fases, pelo que este é, com frequência, reativo e não ativo, o
que contraria as boas práticas para Gestão de Projetos reconhecidas internacionalmente;
Software: Em nenhuma das empresas, com exceção da Empresa D, é utilizada uma plataforma
de Gestão de Projetos, pelo que este facto dificulta as várias vertentes do Planeamento. Assim,
tendo em conta que as múltiplas vertentes da Gestão de Projetos se encontram desagregadas,
torna esta matéria mais confusa e incompleta.
Project Manager: a importância da existência de um Gestor de Projeto revelou-se elevada, pois
observou-se que no caso da existência de alguém com estas funções (como o caso da Empresa
B e a Empresa D, que embora não tenha um Gestor de Projeto, apresenta um responsável de
Planeamento, cujas funções se assemelham), as organizações já revelam uma tendência para
apresentarem um modelo mais estruturado de Gestão de Projetos. Além deste facto, também
é reconhecida a importância de um software dedicado a esta temática.
A análise crítica da situação inicial das quatro empresas revela pontos fortes e fracos nos seus
processos de Gestão de Projetos e planeamento. Deste modo, é esperado que a metodologia
proposta possa colmatar as desvantagens que foram identificadas, promovendo uma melhor
organização e estruturação desta área nas empresas, o que contribuirá para uma maior
eficiência e satisfação dos clientes.
53
Análise da Situação Inicial
54
4. Apresentação da Metodologia de Gestão de Projetos
O objetivo deste capítulo consiste em explorar o desenvolvimento da metodologia de Gestão
de Projetos a propor às empresas em estudo. Assim, e dada a adaptabilidade que terá de existir
para que seja possível abranger as quatro organizações, os processos serão definidos de forma
genérica e terão, depois, atenções específicas para as diferentes empresas, nos tópicos em que
estas sofrem de maior fragilidade.
55
Apresentação da Metodologia de Gestão de Projetos
4.2.1. Scrum
O princípio principal do Scrum baseia-se na construção de um projeto/produto através de um
processo iterativo, dividindo o projeto em parcelas (Sprints). Deste modo, e dada a
complexidade e longevidade dos projetos desenvolvidos pelas empresas em estudo, a utilização
do Scrum como base para a metodologia não parece ser a mais adequada.
Avaliando os documentos apresentados pelo método, é possível retirar algumas conclusões:
• Product Backlog: tratando-se de uma lista de requisitos do projeto, organizados pela
ordem de importância, pode ser um documento cuja importância não seja desprezável,
pelo que será adotada na metodologia a desenvolver;
• Sprint Backlog: originalmente, este documento serve para definir o trabalho a
desenvolver entre cada Sprint definido pela equipa de projeto. Não sendo esta
metodologia baseada em Sprints, pode ser trabalhado um documento adaptado, que,
dividido por etapas de projeto, apresente todas as atividades necessárias para concluir
os objetivos propostos pelo Product Backlog.
56
No que diz respeito às reuniões propostas pelo Scrum:
• Sprint Review: com o intuito de fazer uma retrospetiva do Sprint desenvolvido, este
formato de reunião será incluído, sendo que adaptado ao formato global do projeto,
como forma de identificar falhas e garantir que o próximo projeto decorra dentro a
maior normalidade possível.
No que se relaciona aos papéis atribuídos a membros da equipa de projeto, sendo que o Scrum
Master tem a principal função de eliminar impedimentos que possam prejudicar o normal
funcionamento do projeto e que o Product Owner visa representar o cliente (ou os
stakeholders) perante o projeto, estes dois papéis podem ser conjugados com as funções de
um Project Manager, responsável máximo pelo projeto.
4.2.2. Kanban
O Kanban, enquanto metodologia de Gestão de Projetos, assenta em três princípios
fundamentais:
• Limitar o WIP: resume-se a condicionar a quantidade máxima de trabalho. Dada a
natureza dos projetos das empresas em estudo, esta opção não é viável;
• Medir e Gerir o Fluxo: consiste em diminuir os prazos de entrega e maximizar a entrega
de valor. Deste modo, caso haja controlo de tempos de produção de determinados
componentes, é possível, através da comparação com o tempo standard, maximizar a
eficiência do processo e, como sugere o modelo, acrescentar valor;
• Visualização do fluxo de trabalho: através deste princípio, é possível à equipa de
projeto visualizar em tempo real o estado em que se encontra cada uma das tarefas a
realizar. Este passo é extremamente importante e será algo a adotar na metodologia
proposta.
Em suma, sabendo que a natureza da metodologia Kanban é diferente da que será adotada,
tendo em conta que não é adequada a projetos demasiado complexos, não será este o caminho
a seguir. Por outro lado, existem algumas práticas presentes no Kanban que são de elevado
interesse e que podem acrescentar valor ao processo, pelo que serão conciliadas com a
metodologia a desenvolver.
57
Apresentação da Metodologia de Gestão de Projetos
Tal como é possível observar na Figura 34, existem quatro fases principais, que se revelam de
forma sequencial: Abertura, Planeamento, Execução e Fecho. A fase de Monitorização e
Controlo também está presente, no entanto, como o próprio nome indica, serve apenas para
avaliar continuamente a capacidade que o projeto tem de cumprir o planeamento. As diversas
fases serão aprofundadas nos subcapítulos seguintes.
58
• Objetivos a atingir com o projeto;
59
Apresentação da Metodologia de Gestão de Projetos
O esquema das várias etapas inseridas na Fase de Abertura encontra-se na Figura 36.
Nesta fase, sugere-se ainda a realização de uma reunião de introdução ao projeto, onde sejam
abordados os tópicos definidos anteriormente, e se inicie a construção do Termo de Abertura
do Projeto.
60
componentes (matéria-prima) para desenvolvimento dos projetos. Assim, é necessário
planear o que será necessário adquirir, a quem, e em que fase do projeto, tendo em
conta o cronograma do mesmo;
• Reunião de Planeamento: nesta reunião terá origem o PGP, e serão definidos todos os
planos pendentes de confirmação, após eventual preparação prévia por parte do
Gestor de Projeto, através da abordagem de colaboradores para obter informação mais
61
Apresentação da Metodologia de Gestão de Projetos
62
No sentido de melhorar a eficiência nesta fase, é recomendada a utilização de uma checklist
que inclua todas as tarefas a realizar, num espaço de tempo definido que vai ser variável em
função do projeto (tarefas diárias, semanais, quinzenais, etc.), bem como o(s) colaborador(es)
responsáveis por essas tarefas. Este documento seria a adaptação do Sprint Backlog à
Metodologia em desenvolvimento e estaria na posse do Gestor de Projeto, física ou
digitalmente, que o atualizaria sempre que necessário, e será denominado como Stage Backlog,
para permitir a distinção em relação ao documento usado na metodologia Scrum. O template
deste documento encontra-se definido no Apêndice C.
Quanto às reuniões a implementar nesta etapa da Metodologia, a principal seria dedicada à
produção, com uma periodicidade variável em função da empresa em questão, mas sempre os
mesmos princípios: reuniões curtas e objetivas, a realizar no chão de fábrica com os
colaboradores e onde são abordados os principais objetivos a cumprir até à próxima reunião.
Como suporte à reunião, sugere-se a implementação em chão de fábrica de um quadro Kanban,
cujo intuito passa por permitir a visualização do trabalho a fazer, através de colunas que
separam as tarefas em quatro secções:
• Para Fazer: representa as tarefas a iniciar;
• Em Execução: referente a todos os trabalhos que se encontram em desenvolvimento;
• Para Revisão: nesta secção, encontram-se as tarefas que carecem de algum tipo de
controlo ou inspeção;
• Feito: desta coluna, constarão todos as atividades já finalizadas.
Uma possível estrutura para o quadro encontra-se apresentada na Figura 39.
63
Apresentação da Metodologia de Gestão de Projetos
64
entanto é sugerida a criação de uma cópia (ou a implementação de um documento
similar) que acompanhe o processo produtivo em chão de fábrica.
• Relatório de Progresso: A sua função seria principalmente fornecer aos clientes
atualizações acerca do desempenho do projeto, em que fase se encontra, que objetivos
já foram atingidos, quais são as tarefas que estão a decorrer, etc. Este documento seria
atualização semanalmente e estaria à disposição do cliente para consulta livre. Deste
modo, o template foi desenvolvido na plataforma Excel, pois será necessário apenas
duplicar a folha e preencher com os dados relativos à nova semana para atualizar o
documento. O modelo deste Relatório encontra-se no Apêndice E, bem como todos os
que surgem nesta fase de Monitorização e Controlo.
Quanto às reuniões de Monitorização, seriam realizadas semanalmente, envolvendo todos os
envolvidos nos projetos, e com especial atenção à sua duração (devem ser conduzidas de forma
simples e direta, com vista a tornarem-se breves), com o objetivo de perceber o estado atual
de todos os projetos, sugerindo ideias para mitigar atrasos que possam surgir e como os pôr
em prática com brevidade.
Para este efeito, e tendo em conta a necessidade de adaptar a metodologia às situações
encontradas nas empresas em estudo, decidiu-se proceder ao desenvolvimento de um
documento em formato Excel que permita às empresas perceber visualmente em que fase se
encontra cada um dos projetos em execução. Deste modo, o “Portfólio de Projetos” servirá de
apoio às reuniões de Monitorização, e encontra-se dividido em duas folhas principais: a
primeira permite a fácil visualização da fase de fabrico em que se encontram os projetos, em
função de um sistema de cores e da semana do ano atual. Quanto à segunda, integra um
sistema de comparação entre as datas de início planeada e real, bem como as datas de entrega
dos projetos, fornecendo uma coluna o atraso relativo a esta comparação, pelo que só deve ser
preenchida na fase final do projeto. Tal como referido anteriormente, o Apêndice E apresentará
o conteúdo relativo a esta ferramenta desenvolvida.
65
Apresentação da Metodologia de Gestão de Projetos
Figura 40: Resumo das Tarefas, Documentos e Reuniões a implementar na metodologia APEF
4.4.1. Empresa A
A principal adaptação a realizar na Empresa A seria a adoção de um software que permita a
integração do planeamento temporal detalhado para cada projeto. Dado o ceticismo
demonstrado na organização pela integração de um software pago, sugere-se a implementação
deste separador no “Maps”, com vista a poder ser analisado com regularidade, sempre que o
menu de um projeto for aberto, e a permitir uma melhor visualização do estado do projeto
aquando das reuniões de Monitorização.
Face ao registo encontrado na situação inicial, também seria importante a adoção dos
processos de abertura de projetos, da implementação de Reuniões de Planeamento para
construção do PGP, com ênfase no plano de Aquisições, tendo em conta a frequência com que
se decorre, dentro da Empresa A, à subcontratação de serviços. Por outro lado, a fase de Fecho,
que decorre praticamente despercebida na organização, teria uma importância elevada, se
implementada nos termos explicitados anteriormente, dado o peso que teria o estudo de
melhorias a retirar dos projetos.
66
4.4.2. Empresa B
A Empresa B segue um modelo idêntico à metodologia que é proposta nesta dissertação, com
exceção da fase inicial (Abertura) e de Fecho. Nestas fases, seria importante a data de entrega
dos projetos aos clientes ser definida pelo Project Manager, dada a sua sensibilidade para o
tópico. Aliado a este cenário, a fase de Fecho devidamente utilizada também traria melhorias
significativas no que diz respeito à adoção de boas práticas a adotar após a reflexão sobre falhas
ocorridas. Outra matéria que seria passível de melhoria está relacionada com a monitorização
dos projetos do ponto de vista do cliente, uma vez que o Relatório de Progresso traria aos
clientes uma proximidade elevada com os projetos, comparativamente ao que acontece
atualmente, onde estes só têm acesso à fase do processo de fabrico em que o seu projeto se
encontra, através do Departamento Comercial.
Para isto, e de encontro também com o feedback recebido do Project Manager da organização,
a principal adaptação a realizar seria a adoção do software ClickUp para a Gestão de Projetos,
dado o elevado custo do MS Project, razão pela qual este não é utilizado na empresa. Assim, o
ClickUp traria vantagens que, de momento, não se encontram presentes na Gestão de Projetos
da Empresa B, como a organização de toda a informação, atribuição de tarefas, Gestão de
Produção, visualização em tempo real da fase de cada projeto, tudo numa só plataforma. É
sabido que esta medida é bastante provável de acontecer, dada a proximidade entre o Project
Manager da empresa com este software, pelo que é expectável que a adoção do ClickUp se
suceda brevemente.
4.4.3. Empresa C
Na Empresa C já existem alguns cuidados no que diz respeito à Abertura do Projeto, através da
criação da ficha técnica da máquina, que segue para o chão de fábrica. Dada a situação inicial,
o Plano de Aquisições parece ser aquele que carece de maior preparação face ao cenário atual,
pela quantidade de encomendas de peças que é necessário realizar para a criação de um
projeto, bem como alguns serviços que também são essenciais no decorrer do processo de
fabrico. Por outro lado, a substituição do template do Portfólio de Projetos utilizado na reunião
de Monitorização para o sugerido na Metodologia também traria melhorias no que diz respeito
à organização deste documento. A fase de Fecho também deve ser promovida, com vista a
forçar o debate acerca das falhas que ocorreram ao longo do processo, pelo que só assim é
possível melhorar o desempenho da organização
4.4.4. Empresa D
Sendo a Empresa Da organização que apresenta um modelo de Gestão de Projetos mais
completo e estruturado, existem poucos aspetos a mencionar que se iriam refletir em melhorias
significativas nos processos da empresa. No entanto, o ajuste mais acentuado a realizar entre a
Metodologia APEF e a situação inicial encontrada estaria relacionado com a separação das
reuniões por temas. Assim, as reuniões de acompanhamento que se realizam com uma
periodicidade semanal seriam exclusivamente utilizadas para esse efeito. No que diz respeito à
67
Apresentação da Metodologia de Gestão de Projetos
68
5. Conclusão
Neste capítulo são analisados os principais resultados e contribuições deste estudo,
apresentando reflexões sobre o conteúdo do trabalho, bem como as principais limitações
encontradas e direções a tomar para trabalhos futuros.
69
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75
Referências
76
Declaração de Integridade
DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE
Declaro ter conduzido este trabalho académico com integridade. Não plagiei ou apliquei
qualquer forma de uso indevido de informações ou falsificação de resultados ao longo do
processo que levou à sua elaboração. Declaro que o trabalho apresentado neste documento é
original e de minha autoria, não tendo sido utilizado anteriormente para nenhum outro fim.
Declaro ainda que tenho pleno conhecimento do Código de Conduta Ética do P.PORTO. ISEP,
77
Declaração de Integridade
78
Apêndice A
79
Apêndices
Apêndice B
80
81
Apêndices
82
83
Apêndices
Product Backlog
84
Apêndice C
Stage Backlog
85
Apêndices
Apêndice D
Relatório de Fecho
86
Apêndice E
87
Apêndices
88
Relatório de Progresso
89
Apêndices
Portfólio de Projetos
90
Anexo A
Documentos referentes à Empresa B
Planeamento Macro
91
Timeplan
92