Microsoft Power BI Para Leigos
Microsoft Power BI Para Leigos
Microsoft Power BI Para Leigos
AS VERSÕES DO POWER BI
Selecionar a versão do Power BI ideal para você pode
ser um pouco confuso. Isso porque há várias, algumas
gratuitas, outras não exatamente.
Ao considerar gratuito versus pago, pense no Power BI
Service, a plataforma online do Power BI. O Power BI
Desktop é sempre gratuito. Vamos começar com os mo-
delos de licenciamento:
Versão Descrição
Produção Editorial
Grupo Editorial Alta Books
Diretor Editorial
Anderson Vieira
anderson.vieira@altabooks.com.br
Editor
José Ruggeri
j.ruggeri@altabooks.com.br
Gerência Comercial
Claudio Lima
claudio@altabooks.com.br
Gerência Marketing
Andréa Guatiello
andrea@altabooks.com.br
Coordenação Comercial
Thiago Biaggi
Coordenação de Eventos
Viviane Paiva
comercial@altabooks.com.br
Coordenação ADM/Finc.
Solange Souza
Coordenação Logística
Waldir Rodrigues
Gestão de Pessoas
Jairo Araújo
Direitos Autorais
Raquel Porto
rights@altabooks.com.br
Produtor da Obra
Thiê Alves
Produtores Editoriais
Illysabelle Trajano
Maria de Lourdes Borges
Paulo Gomes
Thales Silva
Equipe Comercial
Adenir Gomes
Ana Claudia Lima
Andrea Riccelli
Daiana Costa
Everson Sete
Kaique Luiz
Luana Santos
Maira Conceição
Nathasha Sales
Pablo Frazão
Equipe Editorial
Ana Clara Tambasco
Andreza Moraes
Beatriz de Assis
Beatriz Frohe
Betânia Santos
Brenda Rodrigues
Caroline David
Erick Brandão
Elton Manhães
Gabriela Paiva
Gabriela Nataly
Henrique Waldez
Isabella Gibara
Karolayne Alves
Kelry Oliveira
Lorrahn Candido
Luana Maura
Marcelli Ferreira
Mariana Portugal
Marlon Souza
Matheus Mello
Milena Soares
Patricia Silvestre
Viviane Corrêa
Yasmin Sayonara
Marketing Editorial
Amanda Mucci
Ana Paula Ferreira
Beatriz Martins
Ellen Nascimento
Livia Carvalho
Guilherme Nunes
Thiago Brito
Tradução
Carolina Palha
Copidesque
Alessandro Thomé
Revisão Gramatical
Rafael Fontes
Thaís Pol
Revisão Técnica
Sidney Moraes
Especialista em Microsoft Power BI
Diagramação
Lucia Quaresma
Livro digital
Lucas Camargo
ISBN: 978-85-508-2030-9
Dedicatória
Agradecimentos
Introdução
Penso que…
» Entendendo as ferramentas de
business intelligence
Capítulo 1
Analisando Dados: O
Power BI
Figura 1-1:
Exemplo de dados estruturados.
Adicionando os semiestruturados
Power BI Desktop
Power BI Service
Conhecendo a Terminologia
Capacidades
Workspaces
Figura 1- 2:
My Workspace no Power BI Service.
O My Workspace não é o único tipo de
workspace disponível. Há também a opção de
colaborar. Se você quiser colaborar, não tem escolha a
não ser atualizar para um plano Power BI Pro ou Pre-
mium. Os recursos que acompanham a colaboração
incluem a capacidade de criar e publicar dashboards,
relatórios, workbooks, conjuntos de dados e aplicati-
vos baseados em Power BI com uma equipe.
Quer fazer upload do trabalho criado com o
Power BI Desktop? Ou precisa manipular um
trabalho online sem colaborar com ninguém? Se a
resposta a qualquer pergunta for sim, o My Works-
pace é tudo o que é necessário. Você só precisa do uso
da licença online gratuita do Power BI. Assim que qui-
ser colaborar com outras pessoas, precisa atualizar
para uma assinatura paga Pro ou Premium.
Agora você sabe que seu trabalho está armazenado
em um workspace. Próxima pergunta: o que acontece
com os dados nesse workspace? A resposta é dupla: há
o que você vê como usuário e o que acontece nos bas-
tidores, como parte do processo de transformação de
dados. Vamos começar pelos bastidores.
Um fluxo de dados é uma coleção de tabelas que co-
leta os conjuntos de dados importados para o Power
BI. Depois que as tabelas forem criadas e gerenciadas
em seu workspace como parte do Power BI Service,
você poderá adicionar, editar e excluir dados em um
fluxo de dados. A atualização de dados também pode
ocorrer com uma programação predefinida. Lembre-
se de que o Power BI usa o Azure Data Lake, uma
forma de armazenar os enormes volumes de dados
necessários para que o Power BI avalie, processe e
analise dados rapidamente. O Azure Data Lake tam-
bém ajuda a limpar e transformar dados rapidamente
quando seus conjuntos são volumosos em tamanho.
Diferentemente de um fluxo de dados (que, você
deve se lembrar, é uma coleção de tabelas), um con-
junto de dados deve ser tratado como um único ativo
em sua coleção de fontes de dados. Pense em um con-
junto de dados como um subconjunto de dados.
Quando usado com fluxos de dados, ele é mapeado
para o Azure Data Lake. Provavelmente inclui alguns
ou todos os dados do Azure Data Lake. A granulari-
dade dos dados varia muito, dependendo da veloci-
dade e escala do conjunto.
O analista ou desenvolvedor pode extrair os dados
ao construir a saída desejada, como um relatório. Às
vezes há um desejo por vários conjuntos de dados,
caso em que a transformação do fluxo de dados é ne-
cessária. Por outro lado, às vezes, vários conjuntos de
dados aproveitam o mesmo conjunto alojado no Azure
Data Lake. Nesse caso, pouca transformação é
necessária.
Depois de manipular os dados por conta pró-
pria, você precisa publicar os dados que criou
no Power BI. A Microsoft assume que você pretende
compartilhar os dados entre os usuários. Se a intenção
for compartilhar um conjunto de dados, suponha que
uma licença Pro ou Premium seja necessária.
Relatórios
Figura 1-4
A guia Reports, no Power BI Desktop.
Dashboards
Figura 1-5
Localizando seus dashboards.
Painel de navegação
» Expandir e recolhê-lo.
Capítulo 2
Luz, Câmera, Ação!
Analista de negócios
Analista de dados
Engenheiro de dados
Cientista de dados
Figura 2-1:
Ciclo de vida de dados de protótipo para uma organização
que usa o Power BI.
Preparação
Modelagem
Visualização
Análise
Gerenciamento
Capítulo 3
Ah, as Escolhas: Versões do Power BI
E scolher a versão correta do Power BI é como visitar a maior loja de doces do mundo:
você pode escolher entre muitas alternativas com nuances sutis. A escolha se resume a
desejos, necessidades, escala e, é claro, dinheiro. Algumas versões são gratuitas (bem,
mais ou menos), e outras são caras. E, é claro, a diferença mais óbvia é que algumas ver-
sões são baseadas em desktop ou servidor, enquanto outras oferecem recursos somente
online.
Se visitar o site da Microsoft em um determinado dia e pesquisar produtos, notará que
existem algumas versões do Power BI. No entanto, a página de preços [Pricing] e a de
produtos [Products] não correspondem necessariamente. (Obrigado pela ajuda, Micro-
soft!) Não está claro se “grátis é grátis” ou se os produtos estão inclusos em versões es-
pecíficas do Power BI. Neste capítulo, esclareço qualquer confusão, para que, daqui para
a frente, você saiba qual produto usar.
» A colaboração é um problema?
Tanto o Excel quanto o Power BI lidam com todos os cinco requisitos, mas o Power BI é
uma atualização significativa, por vários motivos. O volume de dados, a amplitude das
opções de visualização, o custo e a colaboração são diferenciais.
» O Power BI fornece uma variedade de ofertas de análise de alto nível que o Excel não
inclui, como a capacidade de criar dashboards, KPIs, visualizações e alertas.
» O Power BI tem recursos de colaboração significativos, enquanto o Excel tem opções limitadas de
colaboração de dados.
» Embora o Excel ajude quando se trata de criar relatórios avançados, se deseja criar modelos de
dados que incluam ativos preditivos e de aprendizado de máquina, é preciso recorrer a versões
específicas do Power BI.
» Não há uma única versão gratuita do Excel. Por outro lado, você pode começar com o Power BI
gratuitamente. Você também pode comprar alternativas premium se precisar de recursos avan-
çados — de alguns dólares por mês a milhares.
Você pode escolher entre quatro opções de licença de produto: Power BI Desktop, Power
BI Free, Power BI Pro ou Power BI Premium. Você pode estar coçando a cabeça, porque,
no site, a Microsoft também mostra alguns outros produtos do Power BI, incluindo duas
versões do Power BI Premium, bem como o Power BI Mobile, o Power BI Embedded e o
Power BI Report Server. Se você está confuso, não está sozinho. A boa notícia é que al-
guns desses produtos estão incluídos nas três opções de licença, enquanto outros são es-
pecíficos para a versão Pro ou Premium. Vamos revisar cada licença de produto:
» Power BI Desktop: A versão gratuita para desktop do Power BI permite que um usuário crie rela-
tórios e entradas de análise de dados sem os publicar na internet. Se quiser colaborar e comparti-
lhar sua saída de desktop, no entanto, precisa alternar para a versão Pro ou Premium.
» Power BI Free: Versão de nuvem gratuita de nível básico, permite criar e armazenar relatórios on-
line em comparação com Desktop. A desvantagem é a capacidade de armazenamento, limitada a
1 GB, e ausência de colaboração.
» Power BI Pro: A versão paga de nível básico do Power BI oferece uma alocação de armazena-
mento maior, limitada a 100 GB, bem como a capacidade de colaborar com usuários licenciados
do Pro.
» Power BI Premium: Versão paga corporativa, tem duas edições: por usuário e por capacidade. O
licenciamento por usuário é destinado àqueles com aspirações de big data que também precisam
de uma escala de armazenamento massiva, mas que não têm requisitos de distribuição global. A
capacidade é útil para uma empresa que pretende ter muitos usuários. Tenha em mente a licença
de capacidade: você também precisa adquirir licenças Pro, porque o que está pagando é o arma-
zenamento e a segurança — o recurso matador do Pro.
» Power BI Mobile: Destinado a ser um produto complementar para gerenciar relatórios, dashbo-
ards e KPIs em qualquer lugar, o Power BI Mobile tem recursos de autoria limitados, quando tem.
Sua capacidade de colaborar no Mobile varia dependendo da autorização da licença.
» Power BI Embedded: Essa versão oferece uma forma de integrar relatórios em tempo real em
produtos públicos ou privados usando o serviço de API do Power BI no Microsoft Azure.
» Power BI Report Server: Um produto Power BI baseado em servidor destinado a produzir relató-
rios offline, os usuários armazenam seus relatórios em um servidor, não online. Observe que você
ainda deve adquirir alguma forma de licença Premium, independentemente ou usando uma assi-
natura do Software Assurance (um plano de software empresarial).
A funcionalidade principal, o processamento de dados e a capacidade de manu-
seio diferem entre as quatro opções de licença do Power BI. Quando se trata de ca-
pacidade de tratamento de dados, pense no grátis como um arquivo de dados contra Pro
e Premium gerenciando várias centenas de arquivos. Mesmo entre as duas versões pa-
gas, o Premium tem a maior capacidade disponível. Da mesma forma, cada versão tem
mais opções de relatórios e melhor qualidade de colaboração.
Mesmo que tenha um pequeno conjunto de usuários, a licença Premium fornece
mais capacidade de armazenamento e limites de dados mais altos — que incluem
taxas de atualização e opções de isolamento de dados — do que a versão Pro. A diferença
significativa de preço entre Pro e Premium é mais do que justificada.
A beleza do Software as a Service (SaaS) é que sempre que um fornecedor como a Micro-
soft deseja adicionar um novo recurso a um produto, pode fazê-lo com pouco esforço —
um usuário verá a magia do novo recurso instantaneamente e começará a usá-lo. Esse
não é o caso com um software para download. Depois que um aplicativo é configurado
para desktop, cabe ao usuário final acompanhar as atualizações. Os fornecedores tam-
bém atualizam o software para download com menos frequência. Enquanto as soluções
baseadas em nuvem podem ser atualizadas todos os dias, uma versão de software para
um produto significativo é liberada mensalmente com o Power BI.
O Power BI Desktop é uma ferramenta completa de criação para analistas e designers
de business intelligence. Você pode baixá-lo gratuitamente e instalá-lo em seu compu-
tador. A versão Desktop permite que um usuário se conecte a mais de setenta tipos de
fonte de dados e as transforme em modelos de dados. Você pode pegar os relatórios que
criou e adicionar recursos visuais com base nos modelos de dados usando o Desktop.
Como o Power BI Desktop existe como aplicativo, é atualizado a cada mês cumulativa-
mente com todos os recursos e funcionalidades disponibilizados para consumo na plata-
forma Service.
Para baixar uma cópia do aplicativo Power BI Desktop, acesse
https://powerbi.microsoft.com/en-us/desktop [conteúdo em inglês].
Exceto para o Power BI Desktop e o Power BI Report Server, todas as outras versões do
Power BI se enquadram no modelo de entrega em nuvem, comumente chamado de Ser-
vice. Por quê?, você pergunta. Porque cada versão é entregue como Software como Ser-
viço. A entrega em nuvem SaaS permite que a Microsoft atualize automaticamente os re-
cursos com regularidade e forneça o produto pela internet usando um navegador da web,
como Microsoft Edge, Google Chrome ou Apple Safari. Em caso de um problema técnico,
a Microsoft não precisa esperar pela versão de fim de mês do software para atualizar o
código — ela o faz imediatamente. Em termos de recursos, os usuários finais e designers
podem visualizar, manipular e interagir com relatórios online, em vez de depender de
sua área de trabalho. A maioria dos designers que usam o Power BI Desktop publica seus
relatórios para o Power BI Service em algum momento. Suponha que você obtenha
acesso ao serviço. Nesse caso, pode editar relatórios, criar saídas visuais com base em
modelos de dados e conjuntos de dados existentes e colaborar com outros usuários lhes
conferindo acesso aos relatórios, dashboards e KPIs que você fez.
Embora um pequeno número de recursos se sobreponha entre as ofertas Desktop e
Service, a maioria dos usuários começa com o Power BI Desktop para criar seus relató-
rios. Na Tabela 3-1, observe as semelhanças entre os recursos do Power BI e as diferen-
ças óbvias. Depois que os usuários terminam de criar os relatórios, o Power BI Service é
usado para distribuir os relatórios para os outros. Um Power BI Service limitado é ofere-
cido gratuitamente; a verdadeira colaboração e o armazenamento expandido exigem um
mínimo da edição Pro ou Premium.
Então free significa liberdade no Power BI? A resposta é sim, com ressalvas. Preciso es-
clarecer outro conceito de produto antes de explicar as opções de licença a seguir.
A opção Power BI Desktop é um aplicativo gratuito e para download, assim como a
versão gratuita do Power BI, que faz parte da oferta do Power BI Service. O conjunto de
recursos disponibilizado no Power BI Free imita o cliente do Power BI Desktop, exceto
que o Power BI Free está na nuvem. Todas as atualizações pelas quais você esperaria um
mês na versão Desktop são disponibilizadas em tempo real pela Microsoft. O Power BI
Free possibilita que os usuários criem relatórios na web, em vez de em seu aplicativo de
desktop. Claro, tenha em mente que a colaboração é indisponível ao usar o Power BI
Free. Para colaborar com outras pessoas, é necessário um mínimo de uma licença do
Power BI Pro.
Agora estou prestes a confundi-lo um pouco (mérito da Microsoft). O Power BI pode ter
sete versões de produtos, mas apenas duas são pagas, tecnicamente falando. Bem, mais
ou menos. Licença no Power BIês significa um produto atribuído a um usuário específico.
Esse produto pode ou não ser pago, dependendo de qual das três opções de entrega de li-
cença por usuário você usa — Free, Pro ou Premium. Para decidir qual licença é mais
adequada para o seu caso, faça-se estas perguntas:
Embora a licença por usuário seja a mais comum, há outro tipo disponível para clien-
tes corporativos — a licença baseada em capacidade. Apenas a edição Power BI Premium
está associada à licença baseada em capacidade. A diferença significativa é que um usuá-
rio com uma licença gratuita tem um controle completo do conteúdo em workspaces
provisionados com direitos Premium. A menos que tenha direitos Premium, um usuário
com uma licença gratuita é limitado em sua capacidade de criar relatórios e dashboards e
se conectar a fontes de dados apenas no My Workspace. Em outras palavras, você não
pode compartilhar, colaborar com outras pessoas ou publicar conteúdo de um works-
pace para outro.
Não importa qual versão do Power BI esteja em uso, você provavelmente usará o cliente
Desktop como parte de sua estratégia de BI. O cliente Desktop permite criar modelos de
dados e relatórios sem precisar de uma licença. Assim que esses ativos estiverem dispo-
níveis, você provavelmente desejará compartilhá-los. É aí que uma licença do Power BI
Service se torna essencial. Você deve, no mínimo, inscrever-se para uma conta licenci-
ada gratuita. Sem uma, não há como compartilhar nenhum dos trabalhos criados no
Desktop. A Figura 3-1 mostra uma tela típica do Power BI Desktop.
Figura 3-1
Power BI Desktop.
O Power BI Free é a licença de nível de entrada do Power BI. Para obter a licença gratuita,
você deve primeiro ter uma conta de usuário registrada. O Power BI oferece ao usuário
10G de armazenamento, o que ajuda a hospedar relatórios do Power BI e conteúdo pa-
drão para análise, incluindo planilhas do Excel.
Como a Microsoft fornece tais serviços gratuitamente, você tem alguns limites
rígidos de desempenho e armazenamento. Um relatório não pode exceder um
gigabyte. Além disso, a taxa de atualização do relatório é de oito vezes por dia. Um usuá-
rio ou uma organização deve aguardar pelo menos trinta minutos entre a conclusão de
toda uma operação de atualização para reiniciar o ciclo.
Embora o Power BI Free esteja cheio de recursos gratuitos que os concorrentes co-
bram, a Microsoft limita os componentes mais cruciais dos produtos — aqueles que li-
dam com a colaboração. Você não pode compartilhar nenhum de seus relatórios ou
dashboards com outros usuários que usem serviços gratuitos. Além disso, não pode vi-
sualizar nenhum relatório ou dashboard criado por usuários licenciados Pro ou
Premium.
Uma última limitação tem a ver com a integração. Se deseja se integrar com o Micro-
soft 365 ou exportar relatórios para formatos como arquivos PowerPoint ou CSV, deve
atualizar para a versão Pro. Assim que estiver pronto para fazer o upgrade para o Pro,
suas oportunidades de integração e exportação aumentam.
Por que se preocupar com o Power BI Free? Você ainda pode publicar um relatório na
web. Sua saída de relatório estará disponível em https://app.powerbi.com. O resul-
tado estará disponível para qualquer pessoa com conexão à internet, o que significa se-
gurança limitada. Portanto, qualquer dado corporativo provavelmente está fora dos li-
mites para visualização pública, forçando a atualização para o Power BI Pro.
Você pode presumir que agora tem acesso a um baú cheio de novos recursos atualizando
para a licença Pro. Não é esse o caso.
A licença do Power BI Pro é cobrada com base em uma licença por usuário. Muitas ve-
zes, organizações e indivíduos compram a licença autônoma. (Há uma exceção: quando
você compra uma licença do Microsoft 365 E5, cada usuário ganha acesso à versão com-
pleta do Power BI Pro.)
O que você desbloqueia com uma licença do Power BI Pro é a capacidade de co-
laborar. Os usuários podem compartilhar relatórios e dashboards com a licença
Pro. Esses usuários ainda têm direito a apenas 10G de armazenamento, um relatório
pode ter no máximo apenas 1G, e a taxa de atualização do relatório é a mesma da licença
gratuita. Mas, com o Pro, você ganha a capacidade de se integrar com o Microsoft 365
Groups e Teams, um ingrediente essencial para uma colaboração segura não oferecida
com a licença gratuita. Assim, pode usar workspaces colaborativos e configurar relató-
rios e dashboards para entrega a usuários finais permitidos. A Figura 3-2 mostra a expe-
riência do usuário do Power BI Pro.
Figura 3-2:
A experiência do usuário do Power BI Pro.
Suponha que sua organização tenha muitos dados. Você pode até querer hospedar gran-
des conjuntos de dados e exigir armazenamento para relatórios extensos e saídas de
dashboard. Além disso, pode ter muitos usuários colaborando, não apenas um ou dois
dados picados ocasionalmente. É quando você precisa considerar o Power BI Premium.
Até março de 2021, a Microsoft oferecia apenas uma versão do Power BI Premium. A
licença era baseada em consumo. O plano de licença de capacidade oferecia a uma orga-
nização direitos de hospedagem em seu workspace premium. Um conjunto de dados po-
dia ter até 50G. Além disso, a organização recebia até 100TB em capacidade de armaze-
namento em disco.
Vá para 2021, quando uma oferta Premium adicional, Power BI Premium por usuário,
foi lançada, para complementar o plano de consumo. O Premium por usuário estendeu
os requisitos de capacidade, bem como os recursos oferecidos na licença Pro, para aque-
les que precisam de mais armazenamento para análise de big data sem estar vinculados
a um único local ou ter regras que vinculam o uso aos limites de armazenamento.
As licenças Power BI Pro e Premium por usuário oferecem os mesmos recursos
principais, exceto a alocação de armazenamento. Você pode publicar relatórios e
conteúdo baseado em dashboards em outros workspaces, compartilhar dashboards e re-
latórios e se inscrever em outros relatórios e dashboards de usuários. Lembre-se de uma
coisa: apenas usuários com licenças semelhantes podem colaborar. Os usuários do
Power BI Pro podem colaborar apenas entre si. Da mesma forma, apenas as licenças de
usuário do Power BI Premium podem trabalhar juntas. Dito isso, se sua organização se
comprometer com um plano de capacidade Premium do Power BI, deve adquirir uma li-
cença do Power BI Pro por usuário para publicar conteúdo no Power BI Premium por
capacidade.
O Premium por usuário tem alguns recursos adicionais destinados a acelerar a escala-
bilidade do business intelligence. A diferença mais óbvia é que cada usuário pode cons-
truir um modelo de dados com até 100G. As habilidades de taxa de atualização aumen-
tam de 8 vezes por dia para 48. As saídas de relatório também podem ser paginadas.
O que realmente separa o Free, o Pro e o Premium é a integração da Microsoft com re-
cursos avançados de inteligência artificial (IA), incluindo análise de texto, detecção de
imagens e aprendizado automatizado de máquina. Esses recursos são exclusivos para
ofertas Premium. Além disso, a adaptabilidade com outros modelos e repositórios de da-
dos está disponível apenas nas opções Premium por usuário ou capacidade. (Os recursos
aqui incluem conectividade de leitura/gravação de endpoint XMLA, várias opções de
fluxo de dados e a capacidade de analisar dados armazenados no Azure Data Lake ou no
Azure Synapse.) Além disso, os usuários podem começar a aplicar regras de negócios
com o gerenciamento do ciclo de vida do aplicativo usando a licença por usuário, que não
está disponível na licença Pro.
Governança, administração e ainda mais alocação de armazenamento separam as op-
ções por usuário e por capacidade para Premium. Enquanto uma licença Premium por
usuário é geograficamente vinculada, uma por capacidade permite o gerenciamento de
implantação multigeográfica. Os usuários que desejam levar sua própria chave (BYOK)
podem fazê-lo apenas com a opção capacidade. Finalmente, para aqueles que precisam
de escalonamento automático, se a capacidade Premium do Power BI exceder a alocação,
a integração com o Azure Cloud estará disponível. Tenha em mente que, ao ativar a es-
cala automática, você também precisa obter uma conta adicional para o Azure. Com o
Premium por capacidade, cada modelo de dados pode crescer até 400G, com um limite
de armazenamento de 100TB.
Não importa qual licença você tenha, pode acessar o aplicativo Power BI Mobile disponí-
vel para dispositivos móveis Windows, Apple iOS e Google Android. Os usuários que de-
sejam acessar e visualizar relatórios, dashboards e conjuntos de dados do Power BI ao
vivo com base em seu plano licenciado podem fazer isso com o aplicativo de BI móvel
nativo. Independentemente da versão do Power BI, você pode realizar estes três objeti-
vos de negócios:
» Conectar-se aos dados. Os usuários podem monitorar seus dados diretamente dos dispositivos
móveis, sejam eles locais, sejam armazenados na nuvem. Dependendo do tipo de relatórios e
dashboards criados, você pode monitorar KPIs e relatar atualizações a qualquer momento, de
qualquer lugar. Mais importante, os dados ainda são seguros, independentemente do dispositivo,
quando você se integra a recursos de gerenciamento de aplicativos, como o Microsoft Intune.
» Visualizar e estender sua pesquisa. Embora você crie relatórios e dashboards para usuários
usando o Power BI Desktop, eles podem visualizar dashboards e relatórios ao vivo em seus dispo-
sitivos móveis. Os usuários podem aproveitar os recursos de IA integrados que suportam pergun-
tas e respostas se um usuário quiser detalhar os dados. Os dados também são filtráveis com base
na geografia e no contexto de uso.
» Colaborar de qualquer lugar. Um usuário não precisa estar colado à área de trabalho para cola-
borar. Supondo que você tenha as permissões corretas, pode colaborar com sua equipe usando
dados ao vivo para produzir novas saídas, incluindo relatórios, dashboards e KPIs.
A Figura 3-3 ilustra uma lista de relatórios e dashboards recentes salvos no Power BI
Pro e acessados usando o Power BI Mobile. O painel intitulado NAICS lista todos os con-
tratos emitidos por quatro agências governamentais no ano fiscal de 2020 e 2021. Os da-
dos podem ser atualizados em tempo real a partir da fonte de dados, se necessário.
Figura 3-3:
Um exemplo de saída do Power BI Mobile.
Não nos esqueçamos de que todos os aplicativos de nuvem da Microsoft usam o Azure, a
plataforma de nuvem que suporta armazenamento, segurança e gerenciamento de apli-
cativos. Com tantos aplicativos modernos que exigem saídas analíticas, a Microsoft re-
conheceu que uma API poderia complementar suas ofertas de Power BI com o Azure.
Chamado de Power BI Embedded, esse recurso do Power BI Premium requer que uma
conta do Azure seja associada à licença corporativa. Relatórios e dashboards publicados
em um workspace do Power BI podem ser implantados via API em uma página da web ou
aplicativo. Com o Power BI Embedded, os usuários finais não precisam de uma licença do
Power BI Pro para visualizar o conteúdo, desde que incorporem o conteúdo direcionado
na página da web ou em aplicativos da web. Os relatórios e dashboards podem ser perso-
nalizados para atender às especificações de experiência do usuário no nível da organiza-
ção. Melhor ainda, o conteúdo pode ser configurado com base na identidade do usuário e
na segurança em nível de linha usando o Microsoft Azure Active Directory, a plataforma
de gerenciamento de identidade baseada em nuvem.
Em resumo, existem tantas versões do Power BI que, de certa forma, querer todas é
dar um passo maior que a perna. A Microsoft fornece aos usuários finais as ferramentas
de que suas organizações precisam com base no tamanho para transformar dados brutos
em conhecimento.
NESTE CAPÍTULO
» Ingerindo dados
Capítulo 4
Power BI: Ó, Abre Alas
C omo um justo juiz do estado avaliando um bolo premiado em camadas com muitos
ingredientes, o Power BI exige que seus usuários se familiarizem com os recursos incor-
porados à solução de business intelligence (BI). Praticamente todos os usuários que in-
teragem com o Power BI começam com a versão Desktop. Os usuários podem moldar os
dados da maneira que quiserem seguindo o velho ditado “A prática leva à perfeição”, por
meio de ingestão e modelagem. Se você está manipulando os dados para fazer o modelo
certo, lidando com a transformação deles ou tentando criar visualizações bonitas, o
desktop o chama. Raramente o usuário do Power BI começa a usar serviços online, a me-
nos que o conjunto de dados tenha sido criado anteriormente para compartilhamento e
colaboração. Neste capítulo, você aprende os principais recursos do Power BI Desktop e
do Service para saber exatamente quando e por que precisa usar uma versão específica
do produto.
Embora você possa concluir essas atividades online, a plataforma Desktop foi
criada para o consumo individual do usuário ou para o trabalho de desenvolvi-
mento — não se destina a grupos. Não até que o usuário esteja pronto para compartilhar
os produtos criados no Desktop, e não é preciso o Power BI Service.
O usuário final obtém acesso a três visualizações distintas no Power BI Desktop: Re-
port, Data e Model. A Figura 4-1 mostra a navegação para localizar essas exibições no
Power BI Desktop. Embora esses recursos também estejam disponíveis no Service, a ri-
queza de recursos para análise pessoal é significativamente maior no Power BI Desktop.
Figura 4-1
Navegação no Power BI Desktop.
» Report: Você pode criar relatórios e visualizações depois de ingerir e modelar os dados. Os usuá-
rios passam a maior parte do tempo aqui após a ingestão, transformação e modelagem dos
dados.
» Data: Você encontra todos os dados ingeridos ou migrados de tabelas, métricas e fontes associa-
das a relatórios e a visualizações criados aqui. As fontes podem ser locais, pela área de trabalho, ou
de terceiros, acessíveis pela web.
» Model: Assim como no caso de criar um modelo de dados relacionais no Microsoft SQL Server,
Azure SQL Server ou até mesmo no Microsoft Access, você pode gerenciar totalmente as relações
entre as tabelas estruturadas que criou depois de ter ingerido os dados necessários usando o
Power BI.
Ingestão de dados
Sem dados, você não pode fazer tudo isso com o Power BI — eles são o principal ingredi-
ente de sua receita final. Se quiser criar um gráfico ou um dashboard, ou se está fazendo
perguntas no Q&A, deve ter dados que venham de um conjunto subjacente. Cada con-
junto vem de uma fonte de dados específica, encontrada em sua área de trabalho local
(se estiver usando o Power BI Desktop) ou adquirida de fontes online. Essas fontes po-
dem ser aplicativos baseados na Microsoft, um banco de dados de terceiros ou até
mesmo outros feeds de dados de aplicativos. No Power BI Desktop, você pode usar a guia
principal (mostrada na Figura 4-2) ou clicar no ícone Data Navigation (mostrado na Fi-
gura 4-3) para acessar uma fonte de dados.
Figura 4-2
Obtendo dados da guia principal, no Power BI.
Figura 4-3
Acessar uma fonte de dados usando o ícone Data Navigation e a página de destino.
No Power BI, você mesmo pode criar ou importar conteúdo. Quando se trata do tipo de
conteúdo que os usuários podem criar ou importar, ele se resume a arquivos ou dados
armazenados em um banco de dados. Uma pérola de sabedoria: arquivos são mais com-
plexos do que bancos de dados. Você precisa obter os dados, transformá-los e importá-
los em um formulário legível. Suponha que queira importar um arquivo Excel ou .cvs
que inclua muitos tipos de dados. Primeiro, você os carrega no Power BI. Em seguida,
formata-os de modo que fiquem prontos para o Power BI em conjunto com fluxos de da-
dos, o que transforma os dados para suportar um modelo deles. Por fim, você os consulta
usando o recurso Get and Transform, do Power Query.
Agora, e se os dados não estiverem estruturados ou se você não quiser armazená-los
no Power BI Desktop? Sua melhor escolha é usar opções nativas da Microsoft, como o
OneDrive for Business. Essa escolha oferece a maior flexibilidade no mapeamento de da-
dos por meio da interoperabilidade de aplicativos e da integração deles. Se preferir man-
ter seus dados em uma unidade local, também é possível.
Onde você armazena seus dados faz a diferença ao lidar com a atualização deles.
Considere a frequência das atualizações de dados ao selecionar o local de armaze-
namento. Quando estão em sua área de trabalho local, você geralmente terá um melhor
desempenho, mesmo com grandes conjuntos deles. Com dados compartilhados acessí-
veis pela internet, você depende da conectividade de rede e de outros usuários que aces-
sam a fonte. Os dados armazenados na área de trabalho são gerenciados por uma pessoa
— você.
Não é preciso armazenar dados diretamente no Power BI Desktop. Dá para usar
o Desktop para consultar e carregar dados de fontes externas. Se preferir estender
o modelo com métricas calculadas ou uma relação, considere importar o arquivo do
Desktop para um site do Power BI Online, para facilitar a manipulação.
Os bancos de dados são diferentes dos arquivos porque você se conecta a uma fonte de
dados ao vivo — que exige conexão à internet e é disponibilizada para um pequeno sub-
conjunto de usuários ou para muitos usuários por consumo. Isso é especialmente verda-
deiro quando o banco de dados está disponível “como serviço”, como o banco de dados
SQL Azure, o Azure Cosmos, o Azure Synapse Analytics ou o Azure HDInsight. Como os
dados estão ativos, tudo o que um profissional de dados deve fazer é modelá-los ade-
quadamente primeiro. Uma vez satisfeito com o modelo pretendido, o usuário pode ex-
plorar os dados, manipulá-los e criar visualizações deles.
Se quiser explorar uma infinidade de fontes de dados além daquelas oferecidas
pela Microsoft, incluindo opções de código aberto e de terceiros, é preciso utilizar
o Power BI Desktop. O Online Services oferece uma gama restrita de opções, enquanto o
Desktop oferece mais de cem para sua escolha.
O termo dados é muito usado — você provavelmente já está confuso sobre da-
dos, conjuntos de dados, fluxos de dados e até mesmo bancos de dados. E, acre-
dite em mim, jogo muitas palavras “dados” em você neste livro. Quando se trata de in-
gestão de dados, “conjunto de dados” e “fonte de dados”, o sentido é o mesmo, ainda
que sejam apenas parentes distantes que apoiam a mesma missão.
Você cria um conjunto de dados no Power BI sempre que usa o recurso Get Data. É o
que permite conectar e importar dados, inclusive de fontes ao vivo. Um conjunto de da-
dos armazena todos os detalhes sobre a fonte e suas credenciais de segurança. Uma
fonte de dados é de onde todos os dados armazenados no conjunto são derivados, o que
pode ser uma fonte de dados de aplicativo proprietário, um banco de dados relacional ou
uma alternativa de armazenamento de arquivos independente, como um disco rígido ou
compartilhamento de arquivos.
» As fórmulas, também conhecidas como métricas, aplicam regras de negócios aos dados brutos
para extrair, transformar e carregá-los para criar insights de negócios significativos.
O Power BI não está sozinho na inclusão desses atributos que criam um modelo
de dados. Outros produtos da Microsoft, incluindo ferramentas Power Pivot para
Excel e BI empresarial, oferecem esse conjunto de recursos.
Você pode se perguntar sobre por que precisa de um modelo. Voltando à analogia com
a receita, no início deste capítulo, se você segui-la, é fácil fazer o mesmo bolo várias ve-
zes. Quando os ingredientes variam, no entanto, a inconsistência leva à irregularidade
de dados e a esforços contínuos de reconstrução. E, como o fracasso do bolo em ganhar
qualquer prêmio culinário, os dados precisam ser manuseados e refinados. Com soluções
de BI, como o Power BI, os usuários são capazes de simplificar os problemas de negócios
com um modelo.
Para resumir, os modelos são úteis por estas razões:
» Gerenciamento: Os usuários corporativos podem gerenciar os dados por conta própria após a
construção dos modelos. Raramente um especialista em banco de dados ou outro profissional é
necessário para lidar com a infraestrutura.
» Modelos adaptativos: Você pode construir um modelo lógico com código mínimo. As mudanças
se acomodam aos requisitos técnicos e de negócios, incluindo o uso de métricas (fórmulas) e con-
juntos de regras.
Análise de dados
Antes de compartilhar quaisquer dados com uma equipe, você primeiro deve realizar sua
própria análise de dados pessoais com o Power BI Desktop. Você pode realizar várias for-
mas de análise. No nível mais básico, quando os dados entram no sistema, é preciso re-
visá-los para garantir que estão certos e que se mostram como deveriam. Caso contrário,
você manipula os dados limpando-os — uma tarefa frequentemente realizada por um
analista ou engenheiro. O processo leva um tempo, porque é bastante trabalhoso —
meio que como preparar um grande jantar de férias. No entanto, quando os resultados
estão disponíveis, são fáceis de ler em questão de segundos. Por mais que essa estratégia
pareça um incômodo, os resultados são o que se busca no business intelligence.
Depois que a fonte de dados for limpa e você mapeá-los em conjuntos de dados refina-
dos, é hora de criar as visualizações necessárias. Estou falando de imagens que servirão
como exemplos de suas fontes de dados — gráficos, mapas, indicadores e medidores.
Você encontrará esses recursos visuais em entregas, como relatórios e dashboards.
Mesmo o recurso de perguntas e respostas no Power BI produz recursos visuais depois
que se fazem perguntas focadas.
Embora o Power BI tenha um extenso catálogo de recursos visuais disponíveis,
você pode querer mais opções para recursos visuais complexos. Opções específi-
cas do setor que não fazem parte do Power BI Desktop ou Online também podem estar
disponíveis. Para ver mais opções, acesse o Microsoft AppSource, em inglês, em
https://appsource.microsoft.com.
Você acabará chegando a um ponto no uso do Power BI no qual será capaz de gerar re-
latórios e acessar dados rapidamente usando dashboards. Um designer do Power BI cria
visualizações de dashboard, chamadas de tiles, usando dados em relatórios e conjuntos
deles. Um usuário pode construir seus próprios dashboards para uso pessoal ou compar-
tilhá-los com outras pessoas. (Observação: Se compartilhar dashboards, as credenciais
de segurança estarão vinculadas a cada elemento visual.) A Figura 4-5 mostra um exem-
plo de coleção de peças em um dashboard com base na função e na responsabilidade.
Usando os dados no formato Snapshot (uma forma de capturar dados em um momento
específico no tempo), com que você trabalhou no Desktop ou compartilhou com outras
pessoas online, qualquer usuário de negócios diário deve ser capaz de realizar uma aná-
lise rápida (e produtiva) de toda uma série de grandes conjuntos de dados.
Figura 4-5.
Um dashboard de exemplo que agrega muitas fontes visuais.
Você pode querer saber mais sobre o Power BI experimentando o Power BI Desktop gra-
tuito para lidar com projetos de dados mais complexos. E pode, em algum momento,
postar esse projeto de dados na web em um formato somente leitura para um público li-
mitado. E é possível fazer tudo isso de graça. Suponha, no entanto, que você queira que
outras pessoas editem e colaborem, além do suporte somente leitura. Nesse caso, você
deve pagar por esses recursos.
Quando publica itens do Power BI Desktop para o Power BI Service, os arquivos são
vinculados ao workspace. Da mesma forma, se tiver produzido algum relatório, ele apa-
recerá na exibição Report. Os conjuntos de dados migram da área de trabalho com o
mesmo nome, como qualquer relatório para o workspace. A relação muitas vezes é um
para um, com raras exceções. (Veja no Capítulo 5 detalhes sobre importação e publicação
de vários tipos de dados, visualizações e relatórios.)
No Power BI Desktop, você pode publicar seus arquivos escolhendo Publish ➪ Publish
to Power BI no menu principal ou selecionando Publish na guia principal. (Veja a Figura
4-6 e a Figura 4-7.)
Figura 4-6
Publicação de itens usando o menu File, do Power BI Desktop.
Figura 4-7
Publicação com a guia, do Power BI Desktop.
Service: Onipresente
O Service não se destina a um único usuário, enquanto o Desktop suporta somente o uso
individual. O objetivo do Service é permitir que o usuário individual publique dados da
área de trabalho e, em seguida, os compartilhe com grupos de usuários. Na Microsof-
tlândia perfeita, alguns usuários querem manipular esses dados ao longo do tempo. Os
dados crescem, exigindo licença Pro ou Premium.
O usuário do Desktop pode atualizar constantemente seu produto de dados, seja
um conjunto de dados, seja um modelo de dados, seja um relatório, após publicá-
lo online usando o Power BI Service. No entanto, o Power BI Service não atualiza os da-
dos no nível da área de trabalho, portanto, cabe a você mantê-los sincronizados.
O Service oferece quatro recursos significativos do produto além do acesso multiusuá-
rio, para o qual o Desktop não oferece suporte: a capacidade de visualizar e editar relató-
rios, acesso a dashboards com base em credenciais, colaboração entre usuários e opções
de atualização de dados, dependendo do produto adquirido.
Compartilhando resultados
Com o Power BI Service, você publica seus dados na internet por um motivo: deseja
compartilhar com colegas e colaborar. Depois de criar relatórios ou dashboards, pode
compartilhá-los com usuários que tenham conta do Power BI Service. O tipo de licença
em vigor dita como o usuário pode interagir com os dados, é claro. Alguns usuários po-
dem ser capazes de visualizar apenas relatórios e dashboards, e outros podem colaborar
totalmente. Para você e seus colegas gerenciarem um relatório ou dashboard, um
workspace é interessante. A entrega pode ser empacotada e distribuída como um app.
Depois de compartilhar o conjunto de dados, ele se tornará a base para um novo con-
junto de dashboards ou relatórios.
Um relatório do Power BI, por padrão, fornece uma visão holística de um con-
junto de dados, e ele tem recursos visuais que representam as descobertas de um
ou mais conjuntos de dados. Os relatórios podem conter uma ou várias visualizações.
Considere dois cenários básicos quando se trata de acesso ao relatório: você mesmo o
criou e o importou do Power BI Desktop, ou alguém o compartilhou com você. Qualquer
relatório que tenha importado está em seu My Workspace. (Veja a Figura 4-8.)
Figura 4-8
Relatórios importados para o workspace.
» Relatórios, dashboards, aplicativos e workspaces recentes ou favoritos acessíveis pelo painel Servi-
ces Navigation.
Entre essas opções, as três maneiras mais comuns de os usuários visualizarem e edi-
tarem relatórios ao colaborar são a) compartilhar diretamente, b) compartilhar como
parte de um aplicativo e c) acessar o dashboard.
Para abrir um relatório compartilhado com você, siga estas etapas:
Figura 4-9
Acessando relatórios diretamente.
3. Usando a caixa Search, na parte superior da tela, pesquise por Microsoft sample Sa-
les and Marketing.
Figura 4-10
Acesse o aplicativo no menu Apps, no Power BI.
Você também pode abrir relatórios a partir de um dashboard. Em geral, a tile é um ins-
tantâneo de um relatório fixado. Ao clicar duas vezes nela, um relatório será aberto. Para
abrir um relatório a partir de um dashboard, siga estas etapas:
2. Troque para uma visualização mais granular dos dados do relatório clicando nos
pontos de dados dentro dele.
Figura 4-11:
Navegue pelo painel do Power BI para obter um relatório.
O dashboard é uma das razões para se usar o Power BI Service. É muito bom poder traba-
lhar com dados na área de trabalho caso a caso, mas suponha que você queira agregar
suas visualizações em uma única página usando uma tela. Nesse caso, o recurso Dashbo-
ard é a ferramenta a ser usada. Um dashboard lhe permite contar uma história a partir de
uma série de visualizações — pense nele como um menu de página única no restaurante.
Um dashboard deve ser bem projetado, pois contém os destaques críticos para que um
leitor possa detalhar os relatórios relacionados e visualizar os detalhes posteriormente.
Os dashboards estão disponíveis apenas com o Power BI Service. Você pode
criá-los com uma licença do Power BI Free, mas esse recurso não está integrado
ao Power BI Desktop. Portanto, depois de criá-los no Power BI Desktop, é preciso publi-
car saídas para o Power BI Service. Lembre-se também de que, embora os dashboards
possam ser criados apenas em um computador desktop, você pode visualizar e compar-
tilhá-los em todos os dispositivos, incluindo no Power BI Mobile. Quando quiser criar
um dashboard, precisará ter pelo menos um relatório fixado em uma tela em branco.
Cada tile (veja a Figura 4-12) representa um único relatório com base em um único con-
junto de dados.
Figura 4-12.
Arquitetura de um dashboard.
» Usar o Microsoft Teams: O uso do recurso de bate-papo no Teams permite colaborar em relató-
rios e dashboards com o Power BI.
» Distribuir seus relatórios e dashboards por meio de um aplicativo: Se seus resultados estive-
rem focados, o usuário pode criar um único aplicativo e um executável funcional para comparti-
lhamento entre outros usuários.
» Incorporar relatórios e dashboards em sites: Às vezes os relatórios e dashboards que você cria
podem ser úteis para o consumo público direcionado em um site externo ou interno. Você pode
criar uma iteração de um relatório ou dashboard do Power BI que seja visível. Qualquer usuário
que visitar esse site poderá visualizar os dados se receber permissão para fazê-lo.
Não importa quais opções de colaboração você selecione, uma licença do Power BI Pro
ou superior é necessária. A licença não é negociável, porque o conteúdo precisa ser im-
plementado em Premium por capacidade. Embora os requisitos de licença possam variar
para a visualização de itens, a capacidade de editar e gerenciar as saídas exige, no mí-
nimo, uma licença Power BI Pro.
Atualização de dados
Toda vez que você acessar um relatório ou um dashboard no Power BI Service, deve con-
sultar a fonte de dados. Se houver novos pontos de dados, os resultados serão atualiza-
dos no conjunto como parte da visualização. Dependendo dos requisitos de atualização,
um ou mais processos serão necessários. O processo de atualização consiste em várias
fases, dependendo da operação de armazenamento necessária para o conjunto. Você tem
dois conceitos a considerar: modo de armazenamento e tipo de atualização.
» Modo de importação: Os conjuntos de dados são importados da fonte de dados original para o
conjunto. O Power BI pode consultar os relatórios e dashboards enviados ao conjunto e retornar
resultados das tabelas e colunas importadas. Isso é uma cópia instantânea — em outras palavras,
um conjunto de dados que representa um momento no tempo. Cada vez que o Power BI copia os
dados, você pode consultá-los para buscar as alterações.
» Modo Push: No modo Push, não há definição formal para uma fonte de dados, portanto, não há
exigência de atualização deles. Em vez disso, você os envia para o conjunto de dados por meio de
um serviço externo, o que é bastante comum para processos de análise em tempo real no Power
BI.
Tipos de atualização de dados
Para um usuário do Power BI, as atualizações de dados são definidas como a importação
deles das fontes originais para um ou mais conjuntos. A atualização é baseada em uma
programação ou pode ser em tempo real. Dependendo da licença de Power BI adquirida,
a taxa de atualização varia de 8 a até 48 por dia. Você está limitado a 8 atualizações diá-
rias para capacidade compartilhada, que são executadas pela programação usando um
plano. As atualizações são redefinidas diariamente às 0h01.
Os usuários licenciados estão limitados a 8 atualizações por dia para o Power BI
Service Free e o Power BI Service Pro. Se comprar o Power BI Service Premium por
capacidade ou o Power BI Service Premium por usuário, sua alocação de atualização au-
menta para 48 atualizações por dia.
Uma operação de atualização do Power BI pode ter vários tipos de atualização, in-
cluindo de dados padrão, do OneDrive, de cache de consulta, de tile, do dashboard e de
visualização de curso. O Power BI decide as etapas de atualização individuais com cada
um desses exemplos. Uma precedência deve ser aplicada com base na complexidade
operacional, como se vê na Tabela 4-1.
» Considere o número de atualizações que a organização pode fazer com a licença e a volatilidade
dos dados. Atualize apenas quando souber que faz sentido.
» Otimize seus dados incluindo apenas os necessários para operar no ambiente necessário para
seus relatórios e dashboards. A sobrecarga é dispendiosa, especialmente quando se trata de me-
mória e processamento de consumo.
» Esteja atento aos recursos visuais usados, pois mais saídas resultam em degradação do desempe-
nho e possíveis problemas de atualização de dados.
» Use apenas gateways de dados confiáveis para conectar fontes de dados, seja no local, seja na nu-
vem. Se ocorrerem falhas na atualização de dados, talvez seja necessário implantar infraestrutura
adicional para lidar com a capacidade necessária.
» Se ocorrerem falhas na atualização de dados, crie um método de notificação para lidar rapida-
mente com quaisquer preocupações técnicas.
2
Que Rolem os
Dados!
NESTA PARTE…
Capítulo 5
Direto da Fonte
E mpresas modernas têm muitos dados, portanto, é evidente que fornecedores de soft-
ware corporativo, como a Microsoft, criaram conectores de fontes de dados para ajudá-
las a importá-los para aplicativos como o Power BI. Você percebe rapidamente que a co-
nexão a fontes de dados não é necessariamente a parte complicada — muitas vezes, é a
transformação deles que leva tempo. Depois de descobrir qual método é melhor para
preparar e carregar os dados no Power BI, você está no caminho certo para analisar e vi-
sualizá-los em seu universo. Neste capítulo, você aprende os métodos para preparar e
carregar dados usando o Power BI Desktop e o Service.
Sem uma fonte de dados, é difícil usar o Microsoft Power BI. Você pode se conectar à sua
própria fonte de dados ou usar um dos muitos conectores que a Microsoft disponibiliza
aos usuários como parte do Power BI Desktop ou Service. Antes de começar a carregar
dados, você deve primeiro entender quais são os requisitos de negócios para sua fonte.
Por exemplo, a fonte é local para sua área de trabalho com atualizações ocasionais? Seus
dados podem vir de uma fonte de terceiros que fornece feeds em tempo real? Os requisi-
tos para cada um desses cenários são muito diferentes.
A Microsoft adiciona constantemente conectores de dados à sua plataforma
Desktop e Service. Na verdade, não se surpreenda ao encontrar pelo menos um ou
dois novos conectores lançados mensalmente como parte da atualização regular do
Power BI. Como resultado, o Power BI oferece mais de cem conectores de dados. As op-
ções mais populares incluem arquivos, bancos de dados e serviços da web.
Há uma lista de todas as fontes de dados disponível em:
https://docs.microsoft.com/pt-BR/power-bi/connect-data/power-
bi-data-sources
Para mapear corretamente seus dados no Power BI, você deve determinar a natureza
exata deles. Por exemplo, você usaria o Excel Connector se o tipo de documento fosse
destinado a um banco de dados SQL Azure? Isso não produziria os resultados que pro-
cura como usuário do Power BI.
Em todo o Microsoft Power BI Para Leigos, há uso de alguns conjuntos de dados
suplementares. Eles estão em www.dummies.com/go/mspowerbifd. Além disso,
no arquivo zip para download, há um arquivo Excel chamado FiscalYearAwards.xlsx,
usado na maioria dos exercícios.
Para se conectar ao arquivo FiscalYearAwards.xlsx usando o Excel Connector com o
Power BI Desktop, siga estas etapas:
1. Na guia Home, do Power BI Desktop, clique no botão Excel ou no botão Get Data e
escolha Excel no menu suspenso exibido, como mostrado na Figura 5-1.
Figura 5-1
Localizando o conector de arquivo de dados do Excel no Power BI Desktop.
2. Na janela Open, navegue até o arquivo FiscalYearAwards.xlsx, clique para sele-
cioná-lo e clique em Abrir.
3. Com o arquivo aberto, vá para Navigator e marque as duas caixas de seleção à es-
querda: Prime Awards e Sub Awards.
A janela agora será como a mostrada na Figura 5-2.
Figura 5-2:
Selecionando dados no Navigator.
3. Seja qual for a maneira para selecionar Folder, o próximo passo é clicar no botão
Connect. (Veja a Figura 5-4.)
Pressionar o botão Connect permite o acesso a uma única fonte de dados.
Figura 5-4:
Selecionando Folder após Get Data.
6. Depois que as tabelas forem selecionadas, clique no botão Combine and Trans-
form Data.
Os conjuntos de dados TrainingNAICS.xlsx são carregados no Power Query Editor.
Em geral, os requisitos de conjunto de dados mudam com o tempo. Isso significa que, se
a fonte de dados for alterada, algumas das configurações inicialmente carregadas
quando o Power BI foi configurado também o serão. Suponha mover a pasta Training-
NAICS com os arquivos 611420.xlsx e 54151S.xlsx de C:\Desktop para
C:\Documents. Essa mudança da pasta exigiria modificar as configurações da fonte de
dados. Você pode fazer isso de duas maneiras:
Figura 5-6
Usando Applied Steps para atualizar as configurações da fonte de dados.
Embora as etapas descritas pareçam fáceis à primeira vista, podem se tornar trabalho-
sas, porque é preciso alterar cada arquivo listado para cada consulta. Esse processo é
bastante demorado, e, se houver muitas consultas, você acabará cometendo erros, dada
a natureza tediosa do trabalho. É por isso que é bom considerar uma opção alternativa —
uma em que se possa alterar o local de origem em um só golpe, em vez de abordar cada
consulta independentemente. Siga estas etapas para o outro método:
1. Na guia Power Query Editor, de Home, clique no botão Data Source Settings. (É
aquele com uma engrenagem — veja a Figura 5-7.)
Uma nova janela é aberta para alterar o local de origem.
Até agora, o foco deste capítulo tem sido conjuntos de dados locais, com cujos criação e
gerenciamento você lida por meio do Power BI Desktop. Depois que o conjunto de dados
é publicado e compartilhado — pelo seu próprio workspace ou por um compartilhado
—, o conjunto de dados é referido como um conjunto de dados compartilhado. Ao contrá-
rio do Power BI Desktop, em que se precisa atualizar continuamente o conjunto no disco
rígido local, um conjunto compartilhado é armazenado na nuvem, o que significa que,
seja armazenado em sua área de trabalho, seja com outras pessoas, as atualizações são
mais consistentes.
Há muitos outros benefícios ao usar um conjunto de dados compartilhado, em vez de
um local, incluindo:
» Capacidade de criar novas fontes a partir das existentes com pouco esforço.
Embora você tenha suas necessidades com um conjunto de dados, depois que
um conjunto é compartilhado com uma equipe, as saídas desejadas mudam.
Nesse caso, crie um único conjunto de dados e permita que os outros usuários desenvol-
vam relatórios e dashboards a partir dele.
Conectar-se a um conjunto de dados publicado no Power BI Service requer que
um usuário tenha permissão de compilação [Build]. Você também pode ser um
membro contribuinte de um workspace compartilhado no qual exista um conjunto de
dados. Certifique-se de que o proprietário do conjunto forneça seu acesso de acordo com
as necessidades da empresa.
Você pode se conectar a um conjunto de dados compartilhado usando o Power BI
Desktop ou o Power BI Service. Para realizar essa ação, siga estas etapas:
Figura 5-8.
Navegação de conjuntos de dados do Power BI.
Modos de Armazenamento
Como você deve ter adivinhado, pode consumir dados de várias maneiras usando o
Power BI Desktop e o Service. O método mais comum é importar dados para um modelo
de dados. Ao importá-los no Power BI, você copia o conjunto localmente até se compro-
meter com uma atualização de dados. Embora arquivos de dados e pastas só possam ser
importados para o Power BI, os bancos de dados permitem usar uma conexão que ofe-
reça mais flexibilidade. Há duas alternativas com conectividade de banco de dados:
» Importar os dados localmente. Isso suporta cache de modelo de dados, bem como a capaci-
dade de reduzir o número de conexões e pesquisas. Ao ingerir o modelo, o usuário pode usar to-
dos os recursos do Desktop do Power BI.
» Criar uma conexão com a fonte de dados com o DirectQuery. Com esse recurso, os dados
não são armazenados em cache. Em vez disso, a fonte deve ser consultada sempre que uma cha-
mada de dados for necessária. A maioria, embora não todas, das fontes suporta DirectQuery.
Você pode usar um de dois outros métodos. Um deles é o Live Connection: com ele, o
objetivo é usar os serviços de análise integrados com o Power BI Desktop ou o Service. O
Live Connection também suporta atividades baseadas em cálculo que ocorrem dentro de
um modelo de dados.
A segunda alternativa utiliza modelos compostos. Agora, suponha que um usuário
deva combinar a importação de dados e o DirectQuery, ou que haja um requisito para se
conectar a várias conexões do DirectQuery. Nesse caso, você aplica um modelo com-
posto. No entanto, há alguns riscos ao lidar com a segurança do modelo. Suponha que,
por exemplo, você abra um arquivo do Power BI Desktop enviado de uma fonte não con-
fiável. Se o arquivo contiver um modelo composto, as informações que alguém recupera
de uma única fonte usando credenciais de um usuário abrindo o arquivo podem ser envi-
adas para outra fonte como parte da consulta recém-feita. Portanto, é vital garantir que
suas fontes de dados sejam atribuídas corretamente apenas àqueles que precisam
acessá-las.
Dual mode
Considerando a Consulta
Nas minhas discussões sobre Power BI, sempre enfatizo que você pode escolher entre
vários métodos para preparar e carregar dados. Na dúvida, o método que garante que
você e sua organização tenham mais precisão é o Import — sem dúvida. Em alguns casos
de uso, no entanto, a experiência do usuário para a importação direta não é a melhor.
Considere as circunstâncias a seguir:
» O DirectQuery pode ser a melhor escolha ao lidar com um conjunto de dados muito grande. No
entanto, o desempenho da importação se correlaciona diretamente com o sistema de onde ela
vem.
» Frequência de dados e atualização são duas razões para usar o DirectQuery, porque as fontes de-
vem sempre mostrar o retorno dos resultados em um período de tempo razoável.
» Suponha que os dados devam residir em sua fonte de dados original e que a localização da fonte
não possa mudar. Nesse caso, o DirectQuery é mais adequado para o movimento de dados.
» Nem todos os tipos de consulta são utilizáveis com o DirectQuery. Isso é especialmente vá-
lido para consultas nativas, que têm expressões de tabela ou procedimentos armazenados.
Em algum momento, você se conecta a uma fonte de dados, olha para a tela e se per-
gunta: “Por que as coisas são tão lentas?”
Existem algumas razões para o desempenho lento no Power BI, muitas das quais po-
dem ser diagnosticadas e corrigidas em pouco tempo.
O Power Query transforma as fontes de dados usando uma linguagem de consulta na-
tiva pré-configurada pela Microsoft dentro do produto. Um exemplo de linguagem de
tradução, como SQL no Power BI, ajuda a converter a fonte. O processo de conversão de
linguagem é o query folding. Embora ele geralmente seja bastante eficiente, ocorrem
problemas. Um exemplo é quando um conjunto de dados é recuperado apenas parcial-
mente da fonte. Como resultado, em vez de carregar todas as colunas, o conjunto carrega
um subconjunto dos dados, tornando mais difícil para você escolher o que deseja manter
e o que deseja remover.
Se quiser ver como o Power Query carrega os dados no Power BI, há uma forma
fácil de revisar a consulta enviada para a fonte de dados: para exibi-la, clique com
o botão direito do mouse em uma etapa de consulta no Power Query Editor, em Applied
Steps, e escolha View Native Query no menu exibido.
A consulta nativa [Native Query] nem sempre está disponível. Por exemplo, al-
gumas fontes de dados não suportam o query folding. Além disso, a etapa de con-
sulta não pode ser traduzida, dada a linguagem nativa usada, o que torna a opção
capciosa.
Diagnosticando consultas
Figura 5-10
Iniciar e parar diagnósticos de consulta.
3. (Opcional) Para analisar uma etapa, clique em Diagnose Step, em Tools, ou, com o
botão direito do mouse, escolha Diagnose. (Veja a Figura 5-11.)
Figura 5-11.
O processo de diagnósticos de consulta de uma etapa.
O Dataverse armazena fluxos de dados do Power BI, bem como outros fluxos de da-
dos da Microsoft Power Platform em um repositório comum. A conexão com o Data-
verse, seja para o Power BI, seja para outros aplicativos da Power Platform, como o
Power Apps ou o Power Automate, exige apenas que os usuários usem suas credenci-
ais de login. Enquanto o usuário receber permissão para o armazenamento de dados e
os fluxos associados forem fornecidos, o acesso será transparente. A única coisa que
um usuário precisa saber é o endereço do servidor.
Quer saber como encontrar a URL do Dataverse de seu ambiente? Siga as instruções
fornecidas pela Microsoft em: https://docs.microsoft.com/en-
us/powerapps/maker/data-platform/data-platform-powerbi-connector.
Suponha que você já tenha se conectado a dados no Power BI Desktop. Você pode usar
essa conexão para exportar o arquivo Power BI Desktop (PBIDS), com todos os detalhes
de dados incorporados nele. O arquivo é válido quando você está procurando criar cone-
xões repetíveis para fontes de dados específicas.
Para exportar o arquivo PBIDS para uso em outro contexto, siga estas etapas:
3. Na parte inferior da página, clique no botão Export PBIDS para gerar seu arquivo
PBIDS.
O arquivo é salvo no local selecionado, seja na área de trabalho, seja em um disco rí-
gido. O PBIDS comprime todos seus dados, incluindo fontes e modelos de dados, e rela-
tórios em um arquivo que pode ser reutilizado por outras pessoas com acesso ao
Power BI Desktop ou Service.
Com o Power BI Service Premium, outra opção para endpoints, o XML for Analysis
(XMLA), está disponível para conectá-los. Com o XMLA, você pode extrair dados do
Power BI e usar praticamente qualquer outra ferramenta de cliente de desktop além dele
para manipular um conjunto de dados. Por exemplo, se quiser usar o Excel para editar
um conjunto, essa é definitivamente uma possibilidade. Para usar os endpoints do
XMLA, configure-os com o conjunto de dados no local a ser habilitado usando o portal
de administrador do Power BI.
As configurações de endpoint do XMLA exigem capacidade Power BI Premium para
operar. Para ser bem-sucedido, configure o ambiente para read-only ou read-write.
Para editar um conjunto de dados, read-write é necessário.
A conectividade de endpoints do XMLA liga seu workspace a um servidor, com
um conjunto de dados como o banco de dados. Para garantir que seu conjunto se
conecte adequadamente, vá para o endereço de conexão do workspace e encontre as
configurações dele. Certifique-se de ter acesso aos recursos seguindo estas etapas:
Figura 5-12
Configuração para XMLA no Premium por capacidade.
NESTE CAPÍTULO
Capítulo 6
Obtendo Dados de Fontes Dinâmicas
O s dados podem ser complicados às vezes. É certo que carregar um único arquivo
contendo algumas planilhas ou talvez um feed com um único fluxo de dados para trans-
formar é brincadeira de criança. O que acontece, no entanto, quando você tem um con-
junto de dados alojado em um aplicativo corporativo que tem transações continuamente
escritas nele? Esse cenário é bem diferente. E as corporações devem se preocupar (por
uma boa razão) com a integração e os resultados de business intelligence (BI). Com o
Power BI, as organizações não precisam se preocupar com manipulações técnicas com-
plexas quando se trata de seus sistemas de dados ou de suas comunicações com feeds de
dados de terceiros. Como verá neste capítulo, a integração é fluida — o Power BI tem o
poder de usar um processo de conexão padronizado, independentemente do requisito de
conectividade.
Figura 6-1:
Caminho do arquivo do OneDrive.
Por outro lado, o SharePoint 365 oferece uma variedade de opções para gerenciamento
e colaboração de documentos. A primeira opção é pesquisar um conjunto de sites, site ou
subsite (referido no Power BI como pasta do SharePoint). Nesse caso, insira a URL com-
pleta do site do SharePoint. Por exemplo, se sua empresa tiver intranet, o site pode ser
http://asite.sharepoint.com. Um exemplo do que você verá após inserir um URL
completo e fazer login com suas credenciais do Active Directory aparece na Figura 6-2.
Figura 6-2
Caminho da pasta do SharePoint.
Você também pode coletar, carregar e transformar uma ou mais listas do SharePoint
no Power BI. (No SharePoint, uma lista é um contêiner simples — tipo uma planilha do
Excel —, mas age como banco de dados.) A lista permite que os usuários coletem infor-
mações — especialmente metadados — em um site do SharePoint, onde os documentos
podem ser coletados. Com a lista, os dados são coletados em linhas, e cada linha é repre-
sentada como um item de linha semelhante ao de banco de dados ou planilha. Para car-
regar uma lista do SharePoint, conheça a URL do conjunto de sites, site ou subsite do
SharePoint. Uma vez que um usuário é autenticado, todas as listas disponíveis são carre-
gadas para ele.
Para novatos no Power BI, é tentador manter todos os arquivos na área de tra-
balho para gerenciar dados. Após um tempo, no entanto, se torna inviável lidar
com várias versões do mesmo conjunto de dados. É por isso que uma opção de nuvem,
como OneDrive ou um site do SharePoint, é útil para gerenciar seus arquivos e conjuntos
de dados, relatórios, dashboards e arquivos de conexão. Simplificará tudo!
Muitas empresas usam bancos de dados relacionais para registrar atividades transacio-
nais. Exemplos de sistemas que os executam são os baseados em planejamento de recur-
sos empresariais (ERP), gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) e geren-
ciamento de cadeia de suprimentos (SCM). Outro tipo de sistema é o de plataformas de
e-commerce. Todos eles têm em comum o fato de se beneficiarem de uma ferramenta de
business intelligence, como o Power BI, avaliando dados conectando-se ao banco relaci-
onal, em vez de extrair arquivos individuais.
As empresas contam com soluções como o Power BI para monitorar suas operações,
identificando tendências e prevendo métricas, KPIs e metas. Você pode começar a usar o
Power BI Desktop para se conectar a praticamente qualquer banco de dados relacional
disponível na nuvem ou no local no mercado.
No exemplo da Figura 6-3, o Power BI está conectado a um Server SQL Azure, o banco
de dados corporativo baseado na web da Microsoft. Dependendo de sua solução de banco
de dados relacional, há algumas opções. Uma é escolher o comando Get Data ➪ More…
na guia Home e procurar Database. Aqui você encontrará bancos de dados específicos da
Microsoft. Do contrário, se estiver procurando outro tipo de fonte, escolha Get Data ➪
More… e procure Other. Há mais de quarenta opções alternativas de banco de dados
nessa seção.
Figura 6-3.
Localização do banco de dados SQL Azure.
» Nome do servidor.
» Nome do banco de dados.
Figura 6-4:
Entrada de credenciais para o banco de dados relacional.
Na maioria dos casos, você deve selecionar Import. DirectQuery deve ser seleci-
onado para grandes conjuntos de dados. As atualizações de dados são feitas quase
em tempo real.
Depois de inserir suas credenciais, faça login com seu nome de usuário e senha,
usando sua autenticação de conta do Windows, banco de dados ou Microsoft, conforme
mostrado na Figura 6-5.
Figura 6-5.
Selecionando o método de autenticação a ser conectado.
Conectar-se à fonte de dados é, muitas vezes, complicado, porque você precisa ter cer-
teza de que ela e as convenções de nomenclatura estão corretas. No entanto, depois de
superar esses dois fatos, a navegação costuma ser tranquila — bem, pelo menos até que
se precise escolher os dados para importar. Então você pode ficar sobrecarregado se o
banco tiver muitas tabelas.
Depois de conectar o banco de dados ao Power BI Desktop, o Navigator exibe os dados
disponíveis a partir da fonte de dados, conforme mostrado na Figura 6-6. Nesse caso,
todos os dados do banco de dados SQL Azure são apresentados. Selecione uma tabela ou
uma das entidades para visualizar o conteúdo.
Figura 6-6:
Selecionando as tabelas do Navigator para importação.
Você provavelmente não deveria se surpreender, mas o Power BI tem um editor de con-
sultas SQL inteligente. Suponha que você saiba precisamente de quais tabelas do banco
de dados SQL Azure precisa. Nesse caso, tudo o que precisa fazer é chamar as tabelas em
uma consulta SQL com apenas algumas teclas pressionadas, em vez de solicitar todas as
tabelas do Server SQL Azure. Por exemplo, a Figura 6-7 apresenta uma consulta de SE-
LECT representativa para uma tabela encontrada no banco de dados dataforpowerbi.
Figura 6-7:
Dados de consulta representativos do Server SQL Azure.
Algumas organizações usam bancos de dados não relacionais, como o Microsoft Cosmos
DB e o Apache Hadoop, para lidar com seus inúmeros desafios de dados. Qual é a dife-
rença?, você pergunta. Esses bancos de dados não usam tabelas para armazenar os da-
dos. Os dados podem ser armazenados de várias maneiras sendo não relacionais
(NoSQL). As opções executam a gama de documento, valor-chave, coluna ampla e grá-
fico. Todas as opções de banco de dados fornecem esquemas flexíveis e escalam sem es-
forço com grandes volumes de dados.
Embora ainda exista a necessidade de autenticar no banco de dados, a abordagem de
consulta é um pouco diferente. Por exemplo, com o Microsoft Cosmos DB — o banco de
dados NoSQL criado pela Microsoft, que é complementar ao Power BI —, um usuário
deve identificar a URL do endpoint, a chave primária e a chave somente leitura para que
uma conexão seja criada para a instância do Cosmos DB no portal do Azure. Para se co-
nectar ao Cosmos DB, siga estas etapas:
1. Escolha Get Data ➪ More… na guia Home, no Power BI.
3. Selecione a opção Azure Cosmos DB, como mostrado na Figura 6-8, para criar uma
conexão de banco de dados não relacional.
Figura 6-8.
Selecionando a fonte de dados do Cosmos DB.
4. Digite a URL do banco de dados do Cosmos DB no campo URL e clique em OK. (Veja
a Figura 6-9.)
Figura 6-9:
Conectando ao Cosmos DB, um banco de dados Microsoft NoSQL.
Para usar um banco de dados NoSQL, é preciso saber as chaves para autenticar.
Para o Cosmos DB, essas chaves estão no portal do Azure, em Cosmos DB Instance
Settings, Key Link. Certifique-se de copiar as chaves de leitura primária e secundária
read-write e read-only.
Os arquivos JSON não se parecem em nada com arquivos de dados estruturados. Por quê?
JSON — abreviação de JavaScript Object Notation — é um formato de troca de dados
leve. Nem estruturado nem não estruturado, o tipo de arquivo JSON é semiestruturado,
porque é escrito por padrão como um par chave-valor. Com registros baseados em JSON,
os dados devem ser extraídos e normalizados antes de se tornarem um relatório no
Power BI. É por isso que você deve transformar os dados usando o Power Query Editor,
do Power BI Desktop.
Se seu objetivo for extrair dados de um arquivo JSON, você transformará a lista em
uma tabela clicando na guia Transform e selecionando To Table no grupo Convert. Outra
opção é detalhar um registro específico clicando em um link de registro. Se deseja visua-
lizar o registro, clique na célula sem clicar nele. Isso abre um painel de visualização de
dados na parte inferior do Power Query Editor.
Precisa de mais minúcias? Clique na engrenagem ao lado da etapa de origem em Query
Settings, o que abre uma janela para especificar configurações avançadas. Lá você espe-
cifica opções como codificação de arquivos na lista suspensa File Origin. Quando estiver
pronto para o tempo de exibição e seu arquivo JSON for transformado, clique em Close &
Apply para carregar dados no modelo do Power BI. No exemplo da Figura 6-10, os regis-
tros de funcionários foram transformados do arquivo JSON.
Figura 6-10:
Arquivo JSON transformado pelo Power Query Editor.
Depois que o Power Query Editor tiver transformado o arquivo, talvez você ainda pre-
cise editar campos específicos. No exemplo, o campo Country tem todas as entradas nu-
las, por isso, é um candidato principal para exclusão. Tal escolha é facilmente realizada
com a ajuda do menu suspenso, como mostrado na Figura 6-11, no qual você pode deta-
lhar e excluir registros específicos.
Figura 6-11:
Modificando um arquivo JSON usando o Power Query Editor.
Figura 6-12:
Conectando-se a um serviço online no Power BI Desktop.
4. No lado direito, clique em Dynamics 365 Business Central (veja a Figura 6-13).
Isso permite uma conexão com a Solução ERP para pequenas empresas da Microsoft.
Figura 6-13:
Interface para autenticação com Online Services.
Quando os dados vêm de várias fontes, as coisas ficam complexas. Criar relações entre
dados na esperança de produzir cálculos e regras sobre eles cria um novo conjunto de
“ahá”. No Power BI, os cálculos são construídos usando a linguagem Data Analysis Ex-
pression (DAX). Então nem é necessário dizer que, quando é preciso reunir várias fontes
contendo cálculos, funções e conjuntos de regras, o processo é árduo. No entanto, a Mi-
crosoft, com o Azure Analysis Services, reduziu consideravelmente o ônus.
O Azure Analysis Services é semelhante à oferta de modelagem e armazenamento de
dados do Power BI. Quando uma organização precisa integrar dados de várias fontes de
dados, incluindo bancos de dados e fontes online, o Azure Analysis Services os simplifica
em um único pacote. Depois que os dados são organizados e consumíveis no que é co-
nhecido como Azure Analysis Cube, um usuário pode autenticar e selecionar o Cube para
acessar e consultar uma ou mais tabelas.
Como ocorre com outras fontes, basta clicar em Get Data, em Home, no Power BI Desk-
top para acessar o Analysis Services, conforme mostrado na Figura 6-15.
Figura 6-15:
Acessando o Analysis Services.
Você deve saber a diferença entre DAX e MDX. O conceito MDX está associado à
multidimensionalidade — vários aspectos dos mesmos dados. Portanto, você pode
consultar o Azure Analysis Cube para obter dimensões e métricas de dados como resul-
tado. No entanto, com o DAX, os resultados são cálculos e métricas exclusivos do Power
BI.
Não confunda o Connect Live com o modo Live Connection. O Connect Live é específico
do Azure Analysis Services, que usa um modelo de tabela e DAX para criar cálculos. A
construção de tais modelos é comparável ao Power BI. No entanto, com o Connect Live
você mantém os dados e os cálculos DAX em seus locais hospedados originais, o que sig-
nifica que não há motivos para importá-los para o Power BI nativamente. Como o Azure
Analysis Services oferece uma taxa de atualização de alta velocidade, o ciclo de atualiza-
ção de dados no Power BI é quase imediato. Você nunca precisa se preocupar em atingir o
limite de atualização de dados do Power BI, o que ajuda a melhorar a qualidade dos da-
dos de sua organização, especialmente ao entregar relatórios.
O Connect Live também permite consultar diretamente tabelas no Azure Analysis Ser-
vices usando DAX ou MDX, o que é semelhante a um banco de dados relacional. Dito isso,
a maioria dos usuários importa dados diretamente para o Power BI, seja de um arquivo,
seja de um banco de dados, seja serviço usando o modelo do Azure Analysis Services. A
outra opção é usar o modo Live Connection. Ao usar a modelagem de dados e as medidas
DAX, todas as atividades podem ser realizadas de modo central, viabilizando a manu-
tenção de dados semelhantes.
Modos para Dados Dinâmicos
Nesses casos, use o DirectQuery para obter dados dinâmicos, pois você pode consultar
as fontes diretamente sem se preocupar em importar uma cópia do conjunto para o
Power BI — que pode ser excessivamente grande. O uso do DirectQuery também o ajuda
a evitar outro problema que o Direct Import muitas vezes coloca como um desafio: re-
cência e relevância dos dados. Você sempre sabe que seus dados são recentes com o
DirectQuery. Em contraste, com a importação direta, é preciso atualizar o conjunto de
dados por conta própria.
Se precisar alternar os modos de armazenamento, acesse Model View na nave-
gação do Power BI. Primeiro, selecione no painel Properties a tabela de dados que
requer modificação. Em seguida, altere o modo no menu suspenso Storage Mode, na
parte inferior da lista. Existem três opções: Import, DirectQuery e Dual.
Ao lidar com dados dinâmicos, certos conjuntos de dados permitem algum nível de
importação direta. Por outro lado, outros podem ser tratados apenas por consulta.
Quando os dados podem ser importados utilizando Import e DirectQuery, outro modo
de armazenamento torna-se disponível: o Dual. No Dual Mode, o Power BI escolhe a
maneira mais eficiente de lidar e processar dados.
Corrigindo Erros na Importação
Ao longo do caminho, não se surpreenda se você se deparar com um ou dois erros de im-
portação. Na maioria das vezes, os culpados são time-outs de consulta, erros de mapea-
mento de dados ou problemas de tipo deles. Esses problemas são fáceis de corrigir de-
pois que se entende a mensagem de erro, que aparecerá em inglês. Esta seção descreve
cada uma das condições.
“Time-out expired”
Você leu sobre sistemas que têm tráfego intenso e outros que mal são tocados. Quando se
tem uso pesado de um banco de dados, as administrações limitam a largura de banda de
um determinado usuário para garantir que nenhum usuário consuma toda a capacidade
de infraestrutura. Suponha que uma consulta do Power BI exija um conjunto de dados
significativo. Ao mesmo tempo, há uma carga pesada em um sistema, e o conjunto de
dados não pode ser totalmente retornado no tempo distribuído definido pelo sistema.
Nesse caso, o resultado é um time-out consulta, porque o sistema a expira.
Suponha que você importe uma tabela para o Power BI e, em seguida, veja uma mensa-
gem informando: “Não conseguimos encontrar nenhum dado formatado como tabela.”
O que isso quer dizer? Quando você importa dados do Excel, o Power BI espera que a li-
nha superior de dados mantenha os cabeçalhos das colunas. Se esse não for o caso, é
preciso modificar o workbook do Excel para que a primeira linha seja considerada um
cabeçalho. Caso contrário, você continuará recebendo esse erro até que a primeira linha
seja formatada corretamente.
Sempre que você alterar o diretório ou o caminho de seus arquivos, seja em sua área de
trabalho local, seja em um diretório na nuvem, espere obter um erro no Power BI Desk-
top. Embora o Power BI seja um aplicativo inteligente, ele não rastreia cada movimento
que seu arquivo realiza.
Outro caso potencial em que um arquivo de dados ausente pode parecer ser o problema
é ao alterar a permissão de segurança de um arquivo. Não assuma que o Power BI permi-
tirá que você acesse o aplicativo porque recebeu acesso anteriormente — é exatamente o
oposto, na verdade. Para corrigir esse problema, siga estas etapas:
Pode ser difícil de acreditar, mas mesmo a tecnologia pode criar erros de dados quando
as importações ocorrem. (Espere — a tecnologia é falível? Sério?) Isso pode acontecer
quando você tentar importar dados para o Power BI. Depois de todos seus esforços, uma
coluna estará em branco ou preenchida com uma variedade de tipos de dados errados.
Quando o sistema tem dificuldade em interpretar o tipo de dado no Power BI, um erro é
lançado. A maneira de corrigir o problema é única para cada fonte de dados. Embora uma
fonte possa exigir a conversão dos dados, outra pode exigir sua remoção completa.
Sempre especifique o tipo de dado correto na fonte desde o início. Completar
uma importação direta versus DirectQuery também elimina muitos dos erros
típicos.
NESTE CAPÍTULO
Capítulo 7
Limpar, Transformar e Carregar Dados
P ara que qualquer limpeza e transformação de dados ocorra, sua organização precisa
de analistas e engenheiros — e detetives. A ideia é analisar os dados antes de eles entra-
rem no sistema ou depois que estiverem em seu armazenamento. Simplesmente ocultar
os dados não é suficiente. É preciso seguir um processo rigoroso ao procurar por essas
agulhas no palheiro dos dados. Sem um processo rigoroso, não dá para garantir a con-
sistência dos dados em todas as colunas, os valores e as chaves. Seguindo um processo
de análise meticuloso, é possível projetar consultas otimizadas que ajudam a carregar
sem problemas os dados no sistema. Este capítulo o ajuda a desenvolver esse processo
avaliando todo o ciclo de vida e as atividades de suporte que o profissional de Power BI
deve realizar para fazer os dados brilharem para o consumo e a visualização.
Há vários tipos de dados anômalos. Com o Power Query, você encontra as tendências que
quer de dados incomuns — mesmo aquelas pequenas ambiguidades que você teria difi-
culdade de capturar por conta própria. Por exemplo, você pode ver como um valor ou
erro de dólar fora do contexto é rastreado até valores ausentes que distorcem os resulta-
dos. Esse é um cenário da vida real que o Power BI é capaz de resolver.
A maneira mais fácil e óbvia de detectar erros é olhando uma tabela do Power Query
Editor. Você pode avaliar a qualidade de cada coluna com o recurso Data Preview. E pode,
entre cada coluna, revisar dados sob um valor de cabeçalho para validá-los, detectar er-
ros e localizar valores vazios. Tudo o que precisa fazer é, no menu principal do Power
Query, selecionar View ➪ Data Preview ➪ Column Quality. Na Figura 7-1, você percebe
imediatamente que a coluna Agency tem dados faltando, como mostrado pelo número
<1% relatado como vazio. Tal comportamento é consistente com anomalias de dados.
Figura 7-1:
Resolver problemas de qualidade da coluna.
Avaliar dados vai além da qualidade da coluna. Outra métrica para identificar melhor
problemas de estrutura de dados envolve a distribuição de valores de coluna, que é uma
métrica de todos os valores distintos na coluna selecionada, bem como a porcentagem
de linhas na tabela que cada valor representa. Ative essa métrica no Power Query Editor
escolhendo View ➪ Data Preview ➪ Column Distribution. Na Figura 7-2, observe que as
colunas Total Value têm um alto número de valores distintos e únicos.
Figura 7-2:
Uma olhada na distribuição de colunas.
» Número distinto [distinct]: O número de valores diferentes em uma coluna quando as duplica-
tas são omitidas.
» Número único [unique]: O número de valores que ocorrem apenas uma vez.
Às vezes, as estatísticas são sua melhor amiga, e é por isso que se deve considerá-las
para criar um perfil e entender a natureza dos dados. Para ativar a visualização das esta-
tísticas, vá para o Power Query Editor, escolha View ➪ Data Preview, no menu principal,
e marque as caixas de seleção Column Quality e Column Profile, conforme mostrado na
Figura 7-3.
Figura 7-3:
Visualização de dados no Power Query Editor.
Após ativar os recursos, selecione um cabeçalho de coluna que exija análise estatística
adicional. Na Figura 7-4, há o perfil das colunas Total Value e Year Awarded, na planilha
do Excel denominada Fiscal Year Awards. Observe o painel de estatísticas gerais, na
parte inferior, e, em seguida, as estatísticas individuais da coluna. Suas opções também
não estão limitadas ao perfil e à qualidade da coluna. Você também pode revisar os dados
para espaço em branco, espaçamento simples e distribuição de colunas.
Figura 7-4:
Visualização de dados do perfil da coluna e da qualidade da coluna.
» Número de erros.
» Colunas vazias.
» Colunas distintas.
» Extensão de valores únicos.
Resolvendo inconsistências
Quanto mais dados você tiver, mais precisa estar atento a inconsistências, valores ines-
perados, valores nulos e outros problemas de qualidade de dados. O Power BI, com a
ajuda do Power Query, oferece suporte aos usuários com várias maneiras de lidar com
inconsistências. Isso inclui a substituição de valores, a remoção de linhas e a conclusão
da análise de causa raiz.
Substituindo valores
Na interface do Power Query Editor, os usuários podem substituir valores errados pelos
resultados desejados quando ocorrem erros nas fontes de dados criadas ou importadas
para o Power BI. Um exemplo é substituir valores nulos por um valor único atualizado.
Há um detalhe, no entanto, ao usar essa técnica: um usuário deve corrigir o erro na ori-
gem, ou outros valores podem ser escritos durante a atualização. Acesse suas opções cli-
cando com o botão direito do mouse em uma coluna e, em seguida, escolhendo uma op-
ção, conforme mostrado na Figura 7-5.
Figura 7-5:
Procure a opção do menu Replace Values.
1. Clique com o botão direito do mouse no cabeçalho de uma coluna e escolha Re-
place Errors no menu que aparece no Power Query Editor.
3. Clique em Ok.
1. Clique com o botão direito do mouse no cabeçalho de uma coluna e escolha Re-
place Value no menu que aparece no Power Query Editor.
2. Na nova tela que aparecer, preencha os campos Value to Find e Replace With.
De tempos em tempos, você descobre que deve remover linhas inteiras de dados porque
algo nelas está criando uma abundância de erros. Para remover uma linha, você presu-
miria que corrigir o erro é tão simples quanto clicar com o botão direito do mouse na co-
luna e escolher Remove Errors no menu de contexto. Esse método remove apenas linhas
em que os erros conhecidos estão presentes. Suponha que você prefira remover todas as
linhas em uma tabela que atendam a uma condição específica que pode levar a erros.
Nesse caso, clique no ícone Table, à esquerda do cabeçalho da coluna, selecione as linhas
afetadas e, no menu exibido, escolha Remove Errors.
Sempre que ocorrer um erro em uma coluna, revise a mensagem por trás dele. Para revi-
sar o erro, selecione a célula em questão. A mensagem de erro aparece no painel Preview,
na parte inferior da página. O uso desse método permite que um usuário veja vários tipos
de conteúdo de tabelas, registros, listas e, claro, erros incorporados.
A Figura 7-7 mostra que um erro foi introduzido depois que uma nova coluna perso-
nalizada foi adicionada ao conjunto de dados. A questão apresentada é uma incompati-
bilidade de tipos de dados. Nem um campo de texto nem um numérico pode criar um va-
lor de coluna típico. Acontece que, muitas vezes, a conversão de tipo é uma das causas
principais que desencadeiam uma mensagem de erro.
Figura 7-7
Um erro, conforme apresentado no Power Query.
Poucas fontes de dados nasceram prontas. É preciso moldá-las para estarem aptas para
o uso no Power BI e no Power Query Editor. (É certo que esse comportamento é mais co-
mum para arquivos do que para sistemas de banco de dados estruturados, mas isso não
vem ao caso.) À medida que trabalha com conjuntos de dados, você precisa adicionar
etapas de consulta à medida que adiciona ou reduz linhas e dados de coluna. Mesmo
quando tenta transpor dados de coluna, não deve ser nenhuma surpresa que avaliar e
transformar dados é um processo complexo. Nesta seção, foco tópicos sobre transformar
dados em seu estado mais puro possível. Claro, é preciso fazer certos malabarismos no
trajeto.
As chaves apropriadas para as associações
O Power BI oferece suporte aos usuários combinando dados de tabelas de várias manei-
ras diferentes — mas não importa qual caminho escolha, você precisa usar uma associa-
ção em sua consulta. (Uma associação é uma forma de combinar dados de várias tabelas;
ela as reúne com uma chave comum de duas ou mais tabelas.) Usando o Power Query
Editor, você pode concluir essa ação usando a funcionalidade Merge. Se quiser criar rela-
ções usando um modelo fora do Power Query, crie associações implícitas. O uso de uma
associação depende dos requisitos de negócios.
De todos os muitos tipos de associação, os dois de que mais se ouve falar são as
implícitas e as explícitas. Uma associação implícita executa uma associação ex-
terna com um campo de tabela, puxado dela. As associações explícitas especificam a inte-
gração de duas tabelas. Existem muitos benefícios em usar associações implícitas. Um
benefício-chave é a sintaxe, porque é uma substituta útil para a sintaxe de associação
explícita. Na verdade, uma associação implícita pode aparecer na mesma consulta que
mantém uma sintaxe de associação explícita.
A associação de tabelas requer a criação de um critério. Um critério claro é identificar a
chave em cada tabela. Se olhar para Primary e Sub Awards no arquivo de exemplo
FiscalAwards.xlsx, verá que uma escolha óbvia para desempenhar essa função é a co-
luna Agency Key para cada tabela. (Embora os dados geralmente pareçam mais limpos se
suas chaves forem nomeadas da mesma maneira, isso não é um requisito.)
As tabelas são representadas por uma ou muitas declarações de associação. Se
uma tabela for representada por One, sua chave será única em cada linha. Se for
representada por Many, nem todas as chaves são únicas, o que produz certa duplicação.
Como você deve ter adivinhado, One é representado como uma chave primária, e Many,
por uma estrangeira. Relações um para um (1:1) e muitos para muitos (M:M) existem às
vezes, no entanto, os resultados produzidos no Power Query podem não ser adequados;
relações um para um podem produzir um conjunto de resultados estreito, enquanto
muitos para muitos produzem muitos.
Aqui estão dois termos-chave a serem lembrados ao modelar dados:
» Uma relação é a conexão entre entidades em um modelo de dados, que, por sua vez, reflete as re-
gras de negócios. As relações entre entidades podem ser um para um, um para muitos ou muitos
para muitos.
» A associação é diferente, pois configura uma relação entre duas ou mais tabelas para extrair da-
dos. Eles são mapeados juntos usando-se uma chave primária, uma estrangeira ou uma combi-
nação delas, a chave composta.
» Chaves para relações: O Power BI dará seu melhor para lidar com diferentes tipos de dados, in-
cluindo a conversão deles, se possível. Idealmente, porém, certifique-se, ao criar uma associação,
de que o tipo de dado na relação é igual.
O Power BI permite apenas relações físicas entre duas tabelas em um único par de co-
lunas. Essa instrução significa que, se tiver uma chave composta em uma tabela, tem que
combinar as colunas de chave em uma única coluna, a fim de criar a relação física neces-
sária. Você pode realizar essa tarefa usando o Power Query ou configurando uma coluna calcu-
lada com a ajuda do DAX.
Você pode combinar colunas de duas maneiras: criar uma nova coluna ou mesclar uma
no lugar. Para adicionar uma nova coluna mesclada, primeiro selecione as colunas que
deseja combinar e escolha Add ➪ Column ➪ From Text ➪ Merge Columns, no Power
Query Editor, na guia principal. Se preferir mesclar colunas no lugar, substitua as origi-
nais. Selecione as colunas que deseja mesclar e escolha Transform ➪ Text Column ➪
Merge Columns, no mesmo menu.
Se selecionar uma das duas opções, o resultado é, em última análise, o mesmo. A Fi-
gura 7-8 apresenta a interface de mesclagem [Merge]. Você pode combinar uma ou mais
colunas de Prime Awards e Sub Awards. Em seguida, selecione o tipo de associação. O re-
sultado é uma nova coluna que mescla ambas.
Figura 7-8:
A opção mesclar colunas.
Se levar dados para o Power BI de uma fonte externa ou criar o modelo interna-
mente, não há regras rígidas relacionadas a convenções de nomes de colunas e consul-
tas. No entanto, isso não significa que você deve se tornar desleixado. É justamente o
contrário.
Criar uma convenção de nomenclatura intuitiva facilita lidar com dados em um mo-
delo e reduz a confusão para os usuários que os acessam. A Microsoft encoraja forte-
mente os usuários do Power BI a seguirem um protocolo disciplinado ao nomear tabe-
las, colunas e métricas. A convenção de nomenclatura não deve requerer muito, espe-
cialmente para aqueles com um histórico técnico limitado.
Uma etapa final no processo é definir separadores a partir do menu suspenso Separa-
tor, encontrado na interface Merge. Você pode selecionar um separador predefinido ou
criar o seu escolhendo Custom no menu. Se escolher o último método, terá a opção de
inserir um novo nome de coluna. Após concluí-lo, clique em Ok.
No exemplo, o separador são dois-pontos. Finalmente, a nova coluna é chamada
Agency-Sub Agency, conforme mostrado na Figura 7-9.
Figura 7-9:
Colunas que foram mescladas.
Nem todas as fontes de dados que você ingere podem ter o tipo de dado adequado. O
Power Query faz seu melhor para detectar o tipo de dado com base nas características
encontradas no conjunto disponível. Por exemplo, você pode usar um CEP dos EUA como
parte do conjunto de dados. O Power Query pode (incorretamente) tratar códigos postais
começando com zeros como se fossem números inteiros. Como resultado, esses valores
iniciais são cortados. Por quê? Porque um número inteiro corta o zero. Nesse exemplo, o
código postal deve ser um tipo de dado de texto, não um número inteiro.
À medida que avalia os dados em colunas, lembre-se de que o Power Query tenta con-
verter todos os dados recebidos como um dos tipos de dado mostrados na Figura 7-10.
Você pode manter o Power Query no caminho certo certificando-se, em primeiro lugar,
de que está usando o tipo de dado correto.
Figura 7-10:
Os tipos de dados disponíveis.
Figura 7-12:
Inserindo uma etapa.
Combinando consultas
No Power BI, você pode combinar consultas com o Power Query de dois modos. Pri-
meiro, pode anexá-las. Isso significa adicionar outras consultas a um conjunto existente
como se empilhasse dados. Ao criar consultas anexadas, muitas vezes você usa padrões
como o operador UNION ALL do SQL. Por outro lado, a combinação com estrutura de
mesclagem é baseada nas chaves primárias e estrangeiras fornecidas. É preciso configu-
rar instruções de JOIN com consultas de mesclagem.
Anexando consultas
Você sempre pode fazer tabelas maiores ou mais largas. Quando anexa, ela fica maior. A
razão é que as consultas incluem o mesmo número de colunas. Em alguns casos, as ta-
belas resultantes têm colunas de todas as consultas; em outros, as colunas que não esta-
vam presentes na consulta original podem ser preenchidas no conjunto de dados. Nessas
circunstâncias, cada linha mantém valores nulos.
Um usuário do Power BI pode acrescentar uma consulta em sua instrução as-is ou
criar uma nova consulta para acomodar os dados agregados. Para adicionar consultas,
você faz essa escolha quando há uma ou mais consultas para selecionar. Nenhuma nova
consulta precisa ser criada — simplesmente reutilize o que quer que exista. Anexar con-
sultas sem criar novas é a escolha padrão no Power BI.
Ao pegar muitas novas linhas de dados e encadeá-las usando a consulta original, es-
colha Append Queries As New.
Para acessar Append Queries as New, vá em Home, na guia principal, no Power Query,
e selecione essa opção. Em seguida, você é solicitado a concatenar linhas de duas ou mais
tabelas. Depois de selecioná-las, pressione Ok.
Mesclando consultas
Ao mesclar consultas, você as combina, o que gera uma tabela mais ampla. Como herda
mais colunas, é natural que o crescimento horizontal ocorra. A consideração crítica é so-
bre qual conjunto de chaves usar. As colunas devem ter valores correspondentes em am-
bas as tabelas para garantir que uma tabela seja combinada com as linhas da segunda.
Assim como ocorre ao anexar consultas, você tem duas opções de mesclagem: criar
uma nova consulta ou mesclar duas e chamá-las de novas. A mesclagem de consultas
envolve a criação de um dos seis tipos de associação usando o Power Query, conforme
mostrado na Tabela 7-1.
TABELA 7-1 Tipos de Associação
Ao usar uma dessas consultas, você perceberá que seus dados não são perfeitos. Para
aliviar as preocupações de qualidade, o Power Query suporta correspondência difusa ao
executar mesclagens. A correspondência difusa ocorre ao comparar itens de listas separa-
das. Uma associação é formada se houver correspondência próxima. É possível definir o
limite de tolerância e similaridade correspondente ao estabelecer a correspondência di-
fusa. As opções estão descritas na Tabela 7-2.
Opção Descrição
Similarity threshold Os valores são de 0 a 1. Quando os valores são 0, diz-se que corres-
pondem uns aos outros, não importa o quão distantes estejam. Com
1, você obtém uma correspondência apenas quando ela é exata.
Match by combining text Tenta combinar palavras separadas em uma única entidade, procu-
parts rando encontrar correspondências entre as teclas.
Transformation table Equivalente a um ida e volta, o que significa que deve haver pelo me-
nos duas colunas.
6. Clique em Ok.
Na Figura 7-13, as consultas Prime e Sub Awards estão mescladas. A chave comum se-
lecionada é Obligated. O tipo de associação selecionado é Full Outer.
Figura 7-13:
Um exemplo de colunas mescladas.
Observe que uma nova coluna, Sub Awards, aparece na Figura 7-14. Cada linha é des-
tacada e diz Table. Para visualizar os dados de Sub Awards, clique no link Table para de-
talhar. Ao mesclar duas tabelas, você pode:
Figura 7-14:
Adicionando uma coluna.
» Ter um botão de seta dupla, em vez do botão Filter como parte da coluna.
A seta dupla é outro tipo de filtro que permite aos usuários pesquisar dados de dois ou
mais conjuntos de dados da tabela.
Ao selecionar qualquer célula na nova coluna, uma visualização do conteúdo contido
na tabela mesclada é exibida.
Expandir uma tabela significa tanto expandir quanto agregar:
» Expandir: Aqui você seleciona uma coluna da tabela mesclada que deseja adicionar à tabela atual.
Se a tabela mesclada tiver mais de uma linha correspondente, a linha da tabela atual será a
duplicada.
» Agregar: Se deseja combinar linhas sem duplicação na tabela atual, esta é sua melhor escolha.
Usando o DAX, fornecer a função mais apropriada para cada coluna garante que os dados sejam
combinados corretamente.
Para expandir uma coluna mesclada com o conjunto de dados Fiscal Awards, siga estas
etapas:
5. Clique em Ok.
Agora há um conjunto expandido de colunas, mostrando os valores de ambas as ta-
belas que acabou de mesclar.
A saída produzida após todas essas mudanças aparece na Figura 7-15. Há apenas uma
coluna Agency e uma Sub Agency rotulada como Sub Agency.1.
Figura 7-15:
Exemplo de colunas mescladas expandidas.
O Power Query Editor, do Power BI, é bastante poderoso. Ainda assim, tem seus limites
para escrever consultas. É aí que entra a intervenção humana. Escrever consultas em M
não é complicado. Lembre-se de que todas elas são sensíveis à capitalização (diferen-
ciam maiúsculas e minúsculas) e devem seguir as regras por trás do mecanismo do có-
digo do Power Query.
O Power BI suporta duas linguagens: M e DAX. Elas ajudam a manipular, filtrar
e analisar dados. Enquanto o DAX é usado para analisar dados depois de carrega-
dos em um modelo Data View, M os pré-processa dentro do Power Query Editor.
Para visualizar e editar consultas em M, inicie o Power Query Advanced Editor. Para
tal, clique no botão Advanced Editor, em Home, na guia principal. (Veja a Figura 7-16.)
Outra opção é clicar com o botão direito do mouse em qualquer consulta no painel Que-
ries e selecionar Advanced Editor no menu exibido, como mostrado na Figura 7-17. Seja
qual for o método escolhido, surgirá um painel de edição com o código M para a consulta
selecionada, como mostrado na Figura 7-18.
Figura 7-16:
O botão Advanced Editor, em Home, na guia principal.
Figura 7-17:
Chegando ao Advanced Editor pelo painel Queries.
Figura 7-18:
A interface de M no Query Editor.
Todas as consultas em M começam com let e terminam com in. Entre esses
dois, pode haver várias etapas. Com o construto let, você vê definições de variá-
veis que correspondem às etapas [step] de consulta.
Aqui está um exemplo de uma declaração let e in:
Let a = 2 + 2 (step 1)
b = 4 + 4 (step 2)
c = b + 6 (step 3)
in
a + b + c (final step)
Na primeira vez que uma consulta é executada, uma referência é criada. Pense em uma
referência como o ponto de partida para ela. Se fizer uma modificação nela, o Power BI
perguntará se deseja criar uma etapa adicional ou outra iteração. Dependendo de como
você visualiza as etapas da consulta, vê uma pequena variação na forma como as etapas
aparecem. Se revisar o painel Queries Steps, encontrará nomes de etapas, como:
» Source.
» Navigation.
» Promoted Headers.
» Change Type.
No painel Query Steps, localize Applied Steps. Cada vez que fizer uma transformação
do ponto de referência nos dados, encontrará essas alterações na lista Applied Steps.
Essa lista rastreia o número de transformações que aconteceram nos dados desde o iní-
cio. Assim como ocorre no controle de versão, você pode retornar ao estado anterior
usando Applied Steps. Na Figura 7-18, está o contexto histórico de uma consulta que tem
etapas aplicadas.
Se achou a codificação M um pouco pesada, há outra possibilidade para esco-
lher: você pode visualizar o código de uma consulta e até mesmo manipular as
fórmulas usando uma abordagem passo a passo que faz uso da barra de fórmulas padrão.
Primeiro, no entanto, você deve habilitá-lo: na guia principal, clique na barra Formula,
como mostrado na Figura 7-19. O que quer que seja mostrado como consulta no Advan-
ced Query Editor é replicado na barra de fórmula [Formula Bar]. À medida que você faz
alterações em uma consulta, percebe que a saída da linguagem M muda em tempo real.
Figura 7-19:
Habilitando a barra Formula.
Para desenvolver um modelo de dados do Power BI, a Microsoft dá aos usuários a capa-
cidade de usar consultas de ajuda [Help]. Essas ferramentas auxiliares estão disponíveis
processando seu modelo na opção Get Data e na Transform Data. Além disso, combi-
nando arquivos ou até mesclando conjuntos de dados, o Power Query oferece suporte a
consultas auxiliares.
Consultas auxiliares são incorporadas ao Power BI Power Query para auxiliar os
usuários na criação de strings. Em vez de complicar a codificação, o API integrado
simplifica as partes mais difíceis das consultas. Na verdade, consultas auxiliares supor-
tam termos comuns, frases, intervalos e funções geoespaciais.
Claro, você pode ter consultas que não precisa ou deseja carregar, porque nem todos os
dados são úteis. Nesse caso, clique com o botão direito do mouse no painel Queries e
desmarque a seção Enable Load. Quando as consultas já estiverem carregadas, erros po-
dem surgir. Para evitá-los, selecione quais consultas deseja omitir do processo de
carregamento.
Um cenário comum ocorre quando você não deseja carregar consultas anexadas ou
mescladas com outras. Para segregar consultas que não devem ser incluídas, siga estas
etapas:
1. Clique com o botão direito do mouse na primeira consulta que deseja omitir.
4. Repita esse processo para cada consulta que não deseja carregar.
Figura 7-20:
Removendo consultas.
Após modificar as entidades a serem incluídas nas consultas, salve suas alterações
pressionando o botão Close & Apply, em Home, na guia principal. Veja a Figura 7-21.
Figura 7-21:
Close & Apply no Power Query Editor.
De vez em quando, ao carregar dados, você pode encontrar erros de consulta no Power
BI. Não entre em pânico!
Erros têm muitas formas. Os valores por si só não fazem com que uma consulta falhe
descaradamente. O Power BI permite que você saiba o número total de erros para cada
consulta. Valores com erro, ou valores ignorados durante a consulta, são considerados
valores em branco. Simplificando, eles não têm texto no campo — nem mesmo um zero.
Para chegar ao que realmente está causando os erros no Power Query, use o hiperlink
View Error, que pode ser encontrado na coluna Power Query Editor, lançando o erro es-
pecificado. Ao clicar no hiperlink, você verá os detalhes específicos relacionados à con-
sulta. Razões comuns pelas quais os erros são lançados no Power Query muitas vezes es-
tão vinculadas à conversão de dados. Por exemplo, um valor originalmente N/A, que é
considerado texto, não funcionaria em uma coluna destinada a números.
Para corrigir um erro como esse, você precisa alterar o tipo de coluna. Para fazer tal
modificação, siga estas etapas:
3. Escolha Change Type, no menu que aparecer, e altere a seleção de Number para
Text.
4. Selecione Replace Current quando o pop-up aparecer para validar que você deseja
alterar o tipo de dado da coluna.
Agora você alterou o tipo de dado da coluna de numérico para textual. Valores alfa-
numéricos, não apenas numéricos, podem ser adicionados à coluna para o conjunto de
dados específico. Depois de clicar no botão Close & Apply para um conjunto corrigido,
as mensagens de erro desaparecerão.
3
A Arte e a
Ciência do Power
BI
NESTA PARTE…
Capítulo 8
Luz na Passarela: O Modelo de Dados
V ocê provavelmente pensou que, depois que os dados são transformados pelo Power
BI, a navegação flui. Em alguns casos, isso ocorre. Claro, quando você cria um modelo
detalhado com muitas tabelas, é necessário um pouco de trabalho para refinar o con-
junto de dados. A modelagem é uma arte e uma ciência porque os dados precisam sem-
pre ser moldados para os insights obtidos serem o mais precisos possível. Após carregar
e transformar os dados, a diversão começa — a parte de “aperfeiçoá-los”. É aí que a
modelagem chega. Neste capítulo, descrevo esquemas que fornecem as informações ne-
cessárias para projetar e desenvolver modelos de dados que viabilizam visualização e
relatórios.
Você importou todos os dados que foram transformados em uma ou várias tabelas — e
agora? O primeiro objetivo comercial é abordar como superar a criação de modelos de
dados complexos. No Power BI, a modelagem pode ser simplificada.
O primeiro objetivo é começar com o esquema de dados. Se você começar por lá, pro-
vavelmente logo reconhecerá que os dados vêm de um ou mais sistemas transacionais.
Nessas circunstâncias, muitas tabelas o sobrecarregarão. Você não quer confusão de da-
dos — quer organizar e simplificar sua compreensão deles. É aí que entram os esquemas.
Com o Power BI, há três abordagens para o design e a simplificação do esquema de da-
dos: plano, floco de neve e design em estrela. Entender quando usar cada tipo ajuda a
suportar o desempenho e a granularidade dos dados na visualização e nos relatórios. As
próximas seções explicam todos esses pontos.
Esquemas planos
Figura 8-1:
Um esquema plano.
Observe as quatro colunas na Figura 8-1. Cada uma pode ter um identificador exclu-
sivo: um carimbo de hora/data específico mostrando quando os dados do cliente foram
inseridos, o nome da empresa, o ID do cliente e o contato na empresa. Cada um desses
dados pode ser usado como uma pesquisa para avaliar melhor as informações detalha-
das do cliente de forma independente. Quando você olha o modelo, no entanto, ele fun-
ciona por conta própria. Considere o esquema plano quando os requisitos de relatório
forem lineares e pouco sofisticados, exigindo não mais do que uma única tabela.
Esquemas planos tendem a ter um valor de uso limitado. Quando você procura
levar informações de uma planilha para o Power BI para fins de análise funda-
mentalista — uma tarefa que envolve adição de colunas de valores e filtragem de dados
—, essa abordagem é perfeitamente adequada. Assim que você introduz muitas tabelas,
tem que buscar uma abordagem alternativa.
Se implantar apenas uma tabela, ela poderá ser usada para relatórios, mas o escopo é
limitado. Talvez você possa filtrar dados ou extrair um ou dois pontos de dados para
criar imagens simplificadas ou saídas básicas calculadas. É aí que termina a utilidade do
esquema plano.
Esquemas em estrela
As tabelas de dimensões têm um número finito de linhas porque são descritores am-
plamente usados. As tabelas de fatos podem conter muitas linhas e crescer ao longo do
tempo, porque esses são os registros de transação. Considere que a tabela de dimensões
é uma excelente utilidade para filtragem e agrupamento, enquanto a de fatos é um
exemplo de sumarização.
Sempre que uma visualização de relatório do Power BI é gerada, uma consulta é
gerada em relação ao modelo do Power BI (também conhecido como conjunto de
dados). A consulta é projetada para filtrar, agrupar e resumir os dados do modelo. Seu
principal objetivo é criar um modelo que atenda a cada um desses objetivos de negócios.
A Figura 8-2 apresenta o conceito de fato contra as tabelas de dimensão, enquanto a Fi-
gura 8-3 apresenta um típico esquema em estrela.
Figura 8-2:
Fatos versus dimensões.
Figura 8-3:
Um protótipo de esquema em estrela.
Figura 8-4:
Um esquema floco de neve.
As medidas são, em geral, um tipo de coluna de tabela de fatos para armazenar valores
resumidos. Em um modelo de Power BI, uma métrica tem uma definição semelhante.
Você cria uma fórmula usando o DAX para obter uma coluna de resumo. As métricas
mais usadas no DAX estão associadas a funções de agregação, como SUM, MIN, MAX e AVE-
RAGE, para produzir valores após a consulta de dados.
No entanto, existe uma segunda abordagem para alcançar a sumarização. Qualquer
coluna que seja numérica pode ser resumida por uma visualização, conforme represen-
tado em relatórios e dashboards, ou perguntas e respostas (Q&A). O segundo tipo de mé-
trica é implícito. Você pode criar uma coluna que resume os dados de várias maneiras
sem ter que criar vários tipos de agregação.
Então, quando usar métricas, mesmo para resumir colunas básicas? Aqui estão algu-
mas situações em que isso faz todo o sentido:
» Quando o autor do relatório cria relatórios paginados do Power BI usando o design de con-
sulta MDX: O modelo precisa incluir métricas explícitas.
» Quando o autor do relatório deve usar o Power BI para conduzir a análise do conjunto de
dados original: O autor deve usar MDX query designer.
» Ao resumir dados, devem ser concluídos de uma maneira específica: Quando você está
usando a função de agregação disponível no Power BI, por exemplo, usar métricas é o caminho.
Para implementar uma métrica, a maneira mais fácil é clicar no ícone Quick Measure,
em Calculations, na guia principal. (Essa área está na guia Home, na guia principal,
quando você está em Data view, conforme mostrado na Figura 8-5.)
Figura 8-5:
O ícone Quick Measure.
Você pode implantar uma variedade de cálculos usando Quick Measure, incluindo fór-
mulas criadas usando cálculos predefinidos. Estas são as categorias de cálculo:
» Filters.
» Mathematical operations.
» Text.
» Time intelligence.
» Totals.
A Figura 8-6 lista algumas das opções em Aggregate Per Category e em Filters.
Figura 8-6:
Algumas opções de Quick Measures.
Outra opção é criar suas próprias fórmulas usando New Measure. Para tal, siga estes
passos:
1. Na guia Data, clique com o botão direito do mouse em uma coluna ou nas elipses
em Fields Pane e escolha New Measure no menu exibido.
Selecionar New Measure permite iniciar uma nova métrica com uma nova fórmula
predefinida. (Por padrão, New Measure Starts as Measure =.) Alguns dados podem ser
pré-preenchidos na barra Formula, como mostrado na Figura 8-7.
O produto resultante é uma fórmula baseada em DAX se usar New Measure. Caso con-
trário, a barra Formula tem o código gerado.
Com o Power BI, você notará um tema ao preparar modelos de dados: você geralmente
se refere a entidades como Product, Manufacturer ou Company como tabelas de dimen-
sões. Essas tabelas se conectam a tabelas de fatos, como Customer, Sales ou Invoices.
Agora, uma dimensão é uma forma qualitativa de descrever dados, mas tabelas de fatos
são principalmente de natureza quantitativa, nas quais se executam funções matemáti-
cas. No modelo apresentado na Figura 8-2, há uma tabela de fatos e muitas de dimen-
sões. Cada tabela de dimensões, comumente referida como apenas uma dimensão, terá
muitos campos descritivos, mas algumas linhas. Esse não é o caso de uma tabela de fa-
tos, que tem poucos campos, mas muitas linhas.
Ao planejar o design de seu modelo de dados, há várias abordagens quando se trata de
criar dados dimensionais. A Tabela 8-1 descreve cada uma delas.
Abordagem Descrição
Degenerate Requer um atributo para uma tabela de fatos necessária para a filtra-
gem. Nesse caso, uma chave primária é um exemplo.
Achatando hierarquias
Figura 8-8:
Achatando uma hierarquia.
2. Clique com o botão direito do mouse no campo de um item que deseja adicionar à
hierarquia recém-criada e escolha Add to Hierarchy no menu exibido.
Você também pode arrastar o campo para a posição necessária se nenhuma re-
lação estiver em vigor.
Um método alternativo para criar uma hierarquia é usar a visualização Data em cone-
xão com a barra Formula. Neste exemplo, uso a tabela Subcategory para mostrar como
criar uma hierarquia. Siga estes passos:
Aqui você está usando a função PATHITEM, que recupera o valor para o nível especí-
fico na hierarquia. No exemplo, há três níveis. É hora de adicionar as duas colunas res-
tantes dela. Você repetirá isso para criar uma hierarquia de três níveis. Cada vez que
pressiona Enter, você estabelece um novo nível de hierarquia.
A Figura 8-9 mostra a saída do uso da função PATH e da função PATHITEM na barra
Formula.
Figura 8-9:
Exemplo de uma hierarquia multinível.
No início deste capítulo, discuto brevemente o design de tabelas e colunas. Uma coisa em
comum é que existem muitas propriedades que os usuários podem configurar, todas po-
dendo ser definidas no modo de exibição Model. No entanto, para ver as propriedades de
uma coluna ou tabela, selecione um objeto. Uma vez selecionado, suas propriedades fi-
cam visíveis no painel Properties.
Para ver como isso funciona, escolha Model View na barra de navegação, no lado es-
querdo da interface do Power BI. Uma vez nesse modo de exibição, clique no objeto de
tabela para visualizar suas propriedades. Se deseja ver uma propriedade de coluna espe-
cífica, clique na coluna dentro da tabela. Há exemplos de propriedades de tabela e de co-
luna nas Figuras 8-10 e 8-11.
Figura 8-10:
Seleção da propriedade de tabela.
Figura 8-11:
Propriedade de coluna.
» Name.
» Description.
» Synonyms.
» Row label.
» Key column.
» Is hidden.
» Is featured.
» Name.
» Description.
» Synonyms.
» Display folder.
» Is hidden.
» Data type.
» Format.
» Sort by column.
» Data category.
» Summarize by.
» Is nullable.
Embora a maioria das propriedades de métrica também possa ser configurada
como propriedades de coluna, algumas das últimas — como Sort By, Summarize e
Is Nullable — não podem ser transformadas em métricas.
Nas seções anteriores deste capítulo, discuto brevemente as relações entre campos e ta-
belas. O importante a lembrar é se você está tentando estabelecer uma relação um para
um, um para muitos, muitos para um ou muitos para muitos, que são todas relações en-
tre tabelas — sua cardinalidade, em outras palavras. Para editar tais entre tabelas, clique
no link de relação em um modelo. Isso abre uma janela para configurar melhor a cardi-
nalidade, como mostrado na visualização Model. (A Figura 8-12 fornece um exemplo de
tal edição.) A cardinalidade da relação também é alterada nessa página. Você verá uma
visualização de cada conjunto de dados para selecionar uma coluna que se torna parte da
relação.
Figura 8-12:
Edição de relações.
Para garantir que uma relação esteja ativa, marque a caixa de seleção Make This Rela-
tionship Active. (Novamente, veja a Figura 8-12.) Pode haver apenas uma relação ativa
entre duas tabelas. Além disso, se optar por usar Direct Query, marque a caixa de seleção
Assume Referential Integrity. (A integridade referencial melhora o desempenho da
consulta.)
Cardinalidade
A relação entre duas tabelas tem quatro tipos: um para um, um para muitos, muitos para
um ou muitos para muitos. Na maioria das vezes, com o Power BI, você usa relações
muitos para um para implementar partes de um modelo de dados. A Tabela 8-2 descreve
a diferença entre os quatro tipos.
Um para muitos (1:M) Muitos se refere ao fato de que uma chave pode aparecer
mais de uma vez em uma coluna selecionada. Um significa
que um valor-chave aparece apenas uma vez na tabela se-
lecionada. Quando você tem uma relação 1:M, uma chave
do lado esquerdo da relação atua como identificador ex-
clusivo, enquanto muitos itens do lado direito a ele podem
corresponder.
Muitos para um (M:1) Semelhante a uma relação um para muitos (1:M), muitos
itens muitas vezes podem ser amarrados a uma única
chave. A única diferença é a direção e a ordem dos dados-
chave.
Muitos para muitos (M:M) Existe uma relação entre duas tabelas, no entanto, potenci-
almente, não há valor exclusivo nelas.
Só porque você configurou um tipo de relação entre duas tabelas não significa que os da-
dos fluirão da maneira que deseja. Na verdade, se vir a Figura 8-12, notará um menu
suspenso Cross Filter Direction no canto inferior direito da tela. Ao configurar uma rela-
ção, você também pode mostrar a direção na qual os filtros fluem. Para um para muitos
ou muitos para um, há a opção de selecionar Single ou Both.
Então, o que Single e Both significam exatamente? Aqui está uma pista:
» Single: Filtra os dados da tabela One para os da Many. Uma única seta aponta para a linha de rela-
ção na exibição Model.
» Both: Filtros de ambas as tabelas em ambas as direções. Essas relações são bidirecionais. Duas
setas aparecem na linha de relação na exibição Model.
Figura 8-13:
Um exemplo de direção de filtro cruzado.
Granularidade de Dados
Os detalhes por trás dos dados são importantes. É por isso que a granularidade dos dados
— a especificidade deles — é importante. Dê outra olhada na tabela Award List, mos-
trada na Figura 8-13. O exemplo fornece o ID do código NAICS para abordar a classifica-
ção refinada de um prêmio [award]. Filtrar os dados por um campo com uma granulari-
dade menor, como StartDate ou EndDate, é útil. Ainda assim, não fornece um conjunto
de resultados definitivos. A faixa de respostas é ampla, como mostrado na Figura 8-14. A
filtragem por ID de código NAICS fornece um conjunto de dados mais refinado, dada a
relação com NAICS Code da tabela.
Figura 8-14:
Granularidade de NAICS ID, StartDate e EndDate na tabela Award List.
Capítulo 9
Projetando e Implantando Modelos
M anipular dados depois de eles estarem no Power BI é uma arte e uma ciência. Os
dados que você importou para qualquer aplicativo exigem uma atenção também com re-
lação ao modo como foram definidos. Se aprendeu uma coisa sobre dados, sabe que pre-
cisa refiná-los desde o início. Isso significa explorar tabelas, criar novas hierarquias, es-
tabelecer associações e relações que façam sentido e classificá-los. Claro, os resultados
precisam ser significativos, então preste muita atenção em como você os organiza no
modelo. Neste capítulo, você descobre como modelar dados no Power BI Desktop para
projetar e implantar modelos eficazes para visualização, relatórios e dashboards. Este
capítulo começa ensinando como projetar e desenvolver um modelo de dados básico no
ambiente do Power BI Desktop e, em seguida, mostra como publicá-lo no Power BI Ser-
vice quando você estiver pronto para o show.
Modelo ou Obra-prima?
Criar visualizações requer um modelo de dados — faz parte do processo. A fonte deles
também precisa ser correta, específica e bem elaborada. É verdade que o Power BI faz al-
gumas coisas incríveis, transformando dados em vários conjuntos, utilizando sua estru-
tura ETL (extrair, transformar e carregar) para apoiar o desenvolvimento e a atividade
de design. Depois que os dados estiverem em segurança no aplicativo Desktop, ainda
precisam de atenção. É preciso tomar ações específicas para prepará-los para que o mo-
delo seja criado e funcione como um conjunto viável para visualização e relatórios. Um
conjunto de dados bem definido ajuda você a analisá-los, bem como a obter insights
prescritivos e descritivos.
A criação do modelo não para na ingestão de dados. Ela requer a definição de ti-
pos de dados, a exploração do design de tabelas, a criação de hierarquias, a cria-
ção de associações e de relações e a classificação dos dados no modelo.
Após importar dados para o ambiente do Power BI Desktop, seu objetivo é manipular os
dados para que funcionem da maneira necessária para os modelos. A primeira parada na
jornada é explorar a guia Data View e a Model View. A diferença entre as duas é que Data
View apresenta todos os dados importados para o modelo. Em contraste, Model View é a
visualização do modelo com base no que o Power BI acredita que o modelo é em um
momento.
Você é responsável por atualizar o modelo, porque é parte de sua responsabilidade
após a importação dos dados. Você pode fazer isso na guia Data View (exibindo todas as
instâncias de dados) ou na Model View (revisando o próprio modelo). Um exemplo da
saída de Data View é mostrado na Figura 9-1; a Figura 9-2 mostra a saída de Model View.
Figura 9-1:
A guia Data View.
Figura 9-2:
A guia Model View.
A guia Home em Model View é considerada o cockpit para gerenciar muitas de suas
ações de dados, não importa em qual exibição esteja no Power BI Desktop. Como mostra
a Figura 9-3, a guia é dividida em áreas distintas: Data, Queries, Relationships, Calcula-
tions, Security e Share. Cada área tem seu próprio conjunto de recursos, conforme lis-
tado na Tabela 9-1.
Figura 9-3:
Home, em Model View.
TABELA 9-1 Botões do Power BI em Model View
Get Data Obtém dados de uma fonte. Você pode escolher entre mais de cem
opções de fonte de dados, tanto relacionais quanto não relacionais.
Excel Workbook Obtém dados de um arquivo Excel, uma fonte de dados comum da
Microsoft.
Recent Sources Permite que os usuários acessem as fontes mais recentes do Power
BI.
Transform Data Serve como um gateway para o Power Query Editor com ferramentas
que podem ser encontradas para editar e transformar conjuntos de
dados.
New Measure Cria uma nova métrica calculada usando a barra Formula.
Quick Measure Usa cálculos predefinidos para campos específicos e os constrói para
o usuário.
New Column Cria uma nova coluna para uma tabela específica.
O Power Query Editor compartilha muitos dos mesmos recursos mostrados na Tabela
9-1, embora também tenha (sem surpresa) recursos específicos para edição de consul-
tas, como mostrado na Figura 9-4.
Figura 9-4:
A faixa de opções do Power Query Editor.
Uma diferença notável entre o Model View e o Power Query Editor é que o Editor per-
mite definir configurações de fonte de dados, gerenciar e configurar parâmetros, confi-
gurar linhas e colunas, agrupar, classificar e manipular tipos de dados. Também se con-
centra em recursos de inteligência artificial para análise de texto. À medida que você co-
meça a gerenciar o design de seus conjuntos de dados, naturalmente, precisa saber mais
sobre o gerenciamento de linhas e colunas, porque configurá-las para se comportarem
como achar adequado faz parte do comportamento do conjunto de dados. Portanto,
como você provavelmente adivinhou, tem mais opções no Power Query Editor, por ma-
nipular consultas versus construção de modelos.
Importando consultas
1. Selecione o tipo de arquivo ou fonte que deseja importar para o Power BI em Get
Data.
Depois de selecionar sua fonte de dados, a janela Navigator será aberta, conforme
mostrado na Figura 9-5.
Se escolher Load, isso significa que os dados não serão mapeados para um tipo
de dados específico. Se escolher Transform Data, o Power BI fará o possível para
mapear o tipo de dados adequado com base nas propriedades ETL.
Embora a exibição de dados seja semelhante à do Power Query Editor, lembre-
se de que apenas uma amostra dos dados é exibida no Power Query Editor, en-
quanto todos os dados estão disponíveis na exibição após serem importados para o mo-
delo. Em Data View, você trabalha com todo o conjunto de dados, e as modificações são
feitas ao vivo, com os requisitos e especificações do dashboard. No entanto, tanto a visu-
alização de dados quanto o Power Query Editor podem lidar com a criação de colunas
calculadas em tempo real.
Depois que os dados são carregados, você pode manipulá-los, adicionar consultas,
adicionar ou excluir colunas ou gerenciar as relações existentes. As seções a seguir ex-
plicam em detalhes como concluir cada uma dessas atividades.
Figura 9-6:
Usando a guia Column Tools para alterar o tipo de dado.
Para revisar os tipos de dados de uma determinada coluna, siga estas etapas.
5. Verifique se o menu suspenso Data Type (veja a Figura 9-7) está definido para o
tipo correto de dado.
Nesse caso, está definido como Decimal Number.
Figura 9-7:
Uma lista de opções de tipos de dados.
7. Usando o menu suspenso Format (novamente, veja a Figura 9-6), altere a opção
para Currency.
Esse processo é consistente em todo o Power BI para modificar tipos de dados, quer
você esteja tentando alterar dados numéricos para texto, quer texto para numérico.
Dependendo se a coluna é de texto ou numérica, você pode usar o menu suspenso For-
mat, na guia Column Tools, para também aplicar propriedades específicas a uma coluna
para garantir comportamentos específicos. No final da seção anterior, apliquei o formato
de moeda às minhas colunas, mas, se a coluna for numérica, você também pode aplicar
outros comportamentos, incluindo números decimais, números inteiros, porcentagem e
formatação de números científicos. (Veja a Figura 9-8.)
Figura 9-8:
Opções de formatação numérica.
Suponha que esteja procurando aplicar propriedades como Medidas, posições Geográ-
ficas ou dados Científicos e Matemáticos a uma coluna. Nesse caso, você pode aplicar
uma sumarização (um modo de avaliar ainda mais os dados matematicamente) ou uma
categoria de dados (um modo de classificar dados de base geográfica). As opções de su-
marização para a guia Column Tools são mostradas na Figura 9-9, e as opções de Data
Category são exibidas na Figura 9-10.
Figura 9-9:
As opções de Summarization na guia Column Tools.
Figura 9-10:
As opções Data Categories.
Gerenciando tabelas
Você importou pelo menos uma tabela e criou um conjunto de dados. Às vezes, o nome
da tabela pode não ser exatamente o que você quer. Ou talvez você queira excluir uma
tabela. Essas são todas ações comuns que um especialista em dados enfrenta no Power
BI Desktop à medida que passa pelo design, pelo desenvolvimento e pela implantação do
modelo.
Adicionando tabelas
Haverá momentos em que você precisará adicionar uma ou mais tabelas ao modelo de-
pois de importar o conjunto de dados para o Power BI Desktop. Talvez você queira criar
uma tabela de fatos adicional para a atividade transacional ou uma de dimensões para
viabilizar uma nova pesquisa. Ambos os cenários são bastante comuns, mas, felizmente,
adicionar uma tabela é simples. Você ainda precisa fazer um pouco de configuração de-
pois de definir os nomes das colunas.
De qualquer forma, aqui está como você adiciona uma tabela:
1. Em Model View, clique no botão Enter Data, em Home, conforme mostrado na Fi-
gura 9-11.
Uma tela de criação de tabela é exibida.
Figura 9-11:
O botão Enter Data.
2. Insira os nomes das colunas e os dados desejados nas células da tabela
apropriadas.
Figura 9-12:
Criando uma tabela.
O resultado é uma nova tabela, que aparece como parte do modelo de dados que você
pode acessar em Data View, bem como em Model View.
Renomeando tabelas
Renomear uma tabela é uma atividade simples, desde que nenhuma tabela já tenha o
mesmo nome. Com o Power BI, cada tabela em um modelo de dados deve ter um nome
exclusivo. Por exemplo, duas tabelas não podem ter o nome Products. (Você pode ter
uma tabela chamada Product, e outra, Products, mas isso seria bastante confuso.) As
melhores práticas indicam ser o mais descritivo possível. Para renomear uma tabela no
Power BI Desktop, siga estas etapas:
Excluindo tabelas
Se quiser excluir uma tabela de um modelo, enfrentará alguns riscos. Se as relações esti-
verem associadas à tabela, elas serão interrompidas. Além disso, se os campos calcula-
dos forem incorporados em um relatório, também desaparecerão. Dito isso, remover
uma tabela, como mover uma coluna, é um processo relativamente simples. Para remo-
ver uma tabela, siga estas etapas:
2. Clique com o botão direito do mouse em uma tabela para removê-la e escolha De-
lete from Model, no menu exibido, como mostra a Figura 9-14.
Figura 9-14:
Excluindo uma tabela do modelo.
Aparecerá um prompt perguntando se você tem certeza de que deseja excluir a ta-
bela, conforme mostrado na Figura 9-15.
Figura 9-15:
Perguntando se você tem certeza.
3. Clique em Delete.
A tabela é excluída do modelo.
Renomeando e excluindo colunas
Renomear ou excluir uma coluna segue a mesma prática de uma tabela. A única ressalva
é que, quando ocorrem dependências, como execuções de chaves, a exclusão de uma co-
luna resulta em relações quebradas.
Para renomear uma coluna, siga estas etapas:
Quando a coluna for excluída, você notará que o link estará quebrado se existir uma
relação entre duas tabelas. A Figura 9-16 mostra as visualizações antes e depois da ex-
clusão das relações do CityID entre Products e Location.
Figura 9-16:
Visualizações Before e After para remoção da coluna.
Para excluir uma coluna, siga estas etapas:
2. Clique com o botão direito do mouse na coluna e escolha Delete from Model no
menu exibido.
Você será avisado de que a coluna está prestes a ser excluída.
3. Pressione Delete.
A coluna é excluída, e o modelo é atualizado automaticamente.
Se as relações forem rompidas, os links entre as tabelas serão atualizados de acordo.
Às vezes você quer adicionar ou modificar dados em uma tabela existente. Esse processo
é um dos menos simples, pois requer que um usuário entre no Power Query Editor para
concluí-lo. Se criou os dados no Power BI, o processo para adicionar ou modificar é mais
simples do que com conjuntos de dados importados usando um arquivo ou ingeridos
usando o DataQuery. Para adicionar linhas ou modificar células a linhas de tabelas que
você mesmo criou, siga estas etapas:
Figura 9-17:
O ícone engrenagem, em Applied Steps.
Como você vê na Figura 9-18, a tabela Manufacturers tem um campo vazio, bem como
uma linha indicando que ele deve ser alterado.
Figura 9-18:
A tabela modificada com nova linha e dados alterados.
Quando você importa ou usa o DirectQuery e transforma os dados no Power BI, sua ca-
pacidade de adicionar dados ou alterá-los pode ocorrer apenas na fonte de dados nativa.
Há uma exceção, é claro: se criar colunas personalizadas ou calculadas, elas serão editá-
veis e gerenciadas no Power BI.
Suponha que deseje fazer uma modificação na tabela Location, na Figura 9-19. Os da-
dos estão no arquivo Products.xlsx. Você pode adicionar mais três cidades ou estados e
alterar o nome de uma cidade ou estado diretamente no Excel. Assim que atualizar o ar-
quivo, clique em Refresh, em Queries, em Model View. Os resultados são atualizados
instantaneamente, como mostrado na Figura 9-20.
Figura 9-19:
Antes de uma alteração no arquivo Products.xlsx.
Figura 9-20:
Vendo as alterações feitas no arquivo Products.xlsx.
Gerindo Relações
Quando duas tabelas se conectam por um vínculo comum, muitas vezes isso significa
que há uma + por meio de uma chave. Pode ser uma chave primária-primária ou primá-
ria-estrangeira. Em certas circunstâncias, uma tabela pode até ser unida em um único
campo. Esse único campo pode mapear para outra tabela com um campo semelhante,
criando uma pesquisa. Nesta seção, abordo o valor das relações na concepção e no de-
senvolvimento do modelo de dados.
O Power BI reconhece que, quando os dados são transformados, há uma relação. Por
exemplo, se há duas tabelas com um tipo de dados numéricos e elas forem nomeadas da
mesma forma, elas serão consideradas em relação. O Power BI detecta essas relações
como parte do processo ETL. A detecção automática ajuda a reduzir o trabalho manual
que é necessário para identificar as relações. Além disso, você pode reduzir o risco de
ocorrência de erros entre as tabelas.
Para ver como o Power BI visualiza relações entre conjuntos, siga estas etapas:
Às vezes, os nomes das chaves primárias e estrangeiras podem não coincidir, mas você
sabe que os dados entre elas criam uma relação. Por exemplo, LocationID e CityID po-
dem ser um e o mesmo, ou talvez StateID e StateAbbreviation. Todos esses são exemplos
em que os analistas de dados precisam mapear manualmente a relação entre duas tabe-
las, mesmo que o Power BI tenha sido capaz de captar o padrão. Para estabelecer manu-
almente relações entre tabelas e chaves, siga estas etapas:
Figura 9-21:
A interface Create Relationship.
A exclusão de relações ocorre de uma de três maneiras. Você remove o campo de uma das
duas tabelas que configura a associação entre elas ou usa a interface Manage Relati-
onships para desconectar a relação, da mesma maneira que a criou. Desmarque a caixa
Active e, então, pressione Delete. Um aviso aparece mostrando uma ruptura na relação.
Você reconheceria que a relação foi quebrada e depois pressionaria Ok.
A maneira mais fácil de quebrar uma relação é ir para Model View e clicar com o botão
direito do mouse no link. Selecione Delete. Você é solicitado a reconhecer que a relação
será desfeita.
À medida que forma sua coleção de dados no Power BI ao longo do tempo, é importante
adicionar contexto para que qualquer usuário que acesse os conjuntos que começou a
criar possa montar as peças do quebra-cabeça. Quer seus dados descritivos estejam vin-
culados a um único conjunto ou a muitos, é uma atividade contínua para a pessoa res-
ponsável pelo gerenciamento dos dados. Uma forma de ajudar qualquer usuário que se
deparar com seus dados a entender melhor o que está revisando é adicionar metadados
— para detalhar os dados, em outras palavras — dentro de cada propriedade de tabela
ou coluna.
Para adicionar metadados a cada tabela ou coluna, siga estas etapas, dependendo se é
uma tabela ou uma coluna:
2. Selecione a tabela (para descrever uma tabela inteira) ou uma coluna dentro dela.
(É preciso selecionar a coluna específica entre as tabelas.)
Tenha cuidado para não confundir categorias de dados com tipos de dados. As
categorias são uma forma de agrupá-los em um modelo, enquanto os tipos quali-
ficam se eles são de texto, numéricos ou mistos. Pense em Cities como uma categoria e
em Text como tipo.
Organizando Dados
Organizar dados em um conjunto é diferente daquilo que você experimenta quando eles
são transformados na visualização. A organização de dados no Power BI pode acontecer
de algumas maneiras diferentes: classificar, agrupar e ocultar [Sort By, Group By e Hide
Data]. As próximas seções detalham cada uma delas.
Classificando e agrupando
Você pode ser confundido por Sort By e Group By. Sort By classifica os dados em ordem
crescente (A–Z) e decrescente (Z–A) em uma base de coluna. Para subir ou descer os da-
dos em um conjunto, você precisa ir para o Power Query Editor para concluir a classifi-
cação. Você pode classificar apenas uma coluna de cada vez.
Group By permite que um campo seja agrupado por meio de uma operação matemática
(contagem, soma e divisão, por exemplo) com outro. As opções avançadas permitem
agrupar um ou mais campos, como mostrado na Figura 9-22.
Figura 9-22:
Agrupamento por capacidades.
Ocultando dados
Às vezes você quer suprimir os dados da coluna de uma tabela. Talvez a coluna ofereça
pouco valor no conjunto de dados ao apresentar resultados, ou talvez os dados adicio-
nem muita complexidade à visualização. Pode ser que a coluna, quando incluída no con-
junto, forneça dados imprecisos. As razões para ocultá-los podem ser muitas. No en-
tanto, em vez de simplesmente excluir uma coluna quando você ainda pode precisar dos
dados mais tarde, você pode ocultá-la temporariamente.
Para ocultar uma coluna, como mostrado na Figura 9-23, siga estas etapas:
Figura 9-23:
Ocultando dados.
Se em algum momento você quiser exibir a coluna, basta repetir essas etapas, mas
dessa vez deslize o controle deslizante Is Hidden para No.
Toda vez que você importa dados ou se conecta a uma fonte deles via DirectQuery para
criar uma visualização, pode se surpreender ao descobrir o quão mais fácil o Power BI
torna sua vida, porque é fácil transformar os conjuntos de dados. No entanto, há um
problema: suponha que você precise quantificar os dados que está visualizando. Seu ob-
jetivo pode ser desenvolver cálculos a partir de tabelas para estender seus conjuntos. O
Power BI Desktop permite que todos os tipos de métricas sejam calculados e importados
da fonte.
Esses componentes são importantes não apenas para os esforços de visualização, mas
também para os cálculos DAX:
Embora eu tenha tendido a falar neste capítulo sobre a importação de dados de apenas
uma única fonte, não é incomum que as corporações importem dados de várias fontes
para uma única. Nessas circunstâncias, as organizações devem mesclar as colunas des-
sas fontes de dados e conectá-las em tabelas e colunas.
Digamos que você queira criar uma coluna com os dados de todos os símbolos de ticker
de ações associados aos dados para os locais da empresa. As fontes estão alojadas em
dois locais diferentes. O que você precisa fazer é criar uma nova coluna que pegue os da-
dos de ambas as colunas e crie uma única entrada em uma das tabelas após ser impor-
tada e transformada. Para fazer isso, siga estas etapas:
1. Abra ambas as fontes de dados no Power BI Desktop.
Figura 9-24:
Combinando conteúdo e associações em Report View.
Figura 9-25:
Agregado de duas fontes de dados usando associações.
Modelos de Dados de Publicação
Quando um modelo de dados está pronto para ser publicado no Power BI Service, o pro-
cesso é tão fácil quanto pressionar um botão — supondo que você tenha configurado sua
conta online com o Power BI Service da Microsoft, em inglês, em
https://powerbi.microsoft.com. Você deve fornecer seu nome de usuário e o ende-
reço de e-mail que faz login em todos os aplicativos do Power Platform/Office 365. De-
pendendo do tipo de licença que tenha, o volume de dados e a atualização do modelo
variam.
Para publicar seu modelo, vá para a guia Home, no Power BI Desktop, e pressione Pu-
blish, conforme mostrado na Figura 9-26.
Figura 9-26:
O botão Publish para implantar o modelo de dados e os relatórios no Power BI Service.
NESTE CAPÍTULO
Capítulo 10
Aperfeiçoando o Modelo de Dados
Já ouviu que muita coisa boa é algo perigoso? É melhor carregar apenas as colunas e li-
nhas necessárias para o modelo e as instâncias de relatório — ou esperar até que esteja
pronto para o crescimento. Isso significa desativar o carregamento de consultas desne-
cessárias para executar relatórios. Além disso, você deve filtrar os dados apenas para as
linhas ou colunas necessárias antes de carregar um modelo.
Colunas suspensas
As colunas em seus modelos de dados servem a um ou mais propósitos. Elas são usadas
para dar suporte a visualizações, a cálculos ou a ambos. A menos que a coluna esteja
sendo usada para um propósito específico — basta dizer não. Se a coluna tiver um nú-
mero elevado de valores distintos, considere modificar o modelo. E se quiser uma atuali-
zação sobre como excluir colunas, volte ao Capítulo 9 para ver como remover essas colu-
nas estranhas.
Se estiver importando dados de um data warehouse, avalie seu conjunto de da-
dos e suas chaves primárias para tabelas de fatos. Embora as chaves primárias se-
jam úteis para auditar dados, podem criar muita complexidade. Como as chaves primá-
rias têm um valor exclusivo em cada linha, as tabelas de fatos associadas se tornam des-
necessariamente grandes no nível da coluna. Você realmente quer uma tabela inflada e
com pouco valor?
» Melhoram a legibilidade: As variáveis são ideais quando você procura substituir expressões es-
tendidas. Se precisar de uma forma para ler e entender fórmulas mais facilmente, as variáveis o
ajudarão.
SalesGrowth % =
DIVIDE(([ProductSales] - CALCULATE([ProductSales],
PARALLELPERIOD(‘Date’[Date], -12, MONTH))),
CALCULATE([ProductSales], PARALLELPERIOD(‘Date’[Date], -12,
MONTH))
)
Com variáveis
SalesGrowth % =
VAR SalesLastYear = CALCULATE([ProductSales],
PARALLELPERIOD(‘Date’[Date], -12, MONTH))
RETURN
DIVIDE(([Sales] - SalesLastYear), SalesLastYear)
Redução da cardinalidade
Você pode não ter percebido, mas falamos sobre cardinalidade em capítulos anteriores,
disfarçadamente. Ao olhar para o número de elementos em um conjunto de dados, ava-
lia-se a cardinalidade. Considere este exemplo: morei em muitas cidades, mas, em cada
uma delas, posso ter morado em uma ou mais casas. As cidades são representadas como
muitas (M), e os lugares em que morei, como um ou como muitos (1 ou M). A cardinali-
dade ou relação descrita em um modelo de dados provavelmente seria notada como uma
relação muitos para muitos (M:M), embora alguns possam argumentar que a relação é
muitos para um (M:1).
Como você quer limpar a atualização, parte do processo é reduzir a cardinalidade para
criar o conjunto de dados mais confiável e firmemente acoplado possível. Quando tenta
aperfeiçoar o desempenho do modelo, é provável que desconsidere que a cardinalidade
cria atrasos no desempenho — embora possa definitivamente desempenhar um papel
nele. Uma evidência que torna esse ponto cristalino é que, ao usar o Power Query Editor
para conduzir a análise de dados de entidades (tabelas) e atributos (campos), são ofere-
cidas opções de distribuição de colunas que fornecem estatísticas sobre quantos itens
distintos e exclusivos estão disponíveis por coluna.
Os valores distintos representam os vários valores encontrados nas colunas. Em
contraste, valores exclusivos aparecem apenas uma vez em uma coluna.
Quando há colunas com muitos valores, especialmente quando os valores são repetiti-
vos, há uma forte probabilidade de que o nível de cardinalidade seja insignificante. As
colunas que contêm muitos valores exclusivos têm um alto nível de cardinalidade. É por
isso que se deve diminuir a cardinalidade — isso otimiza o desempenho do modelo. Em
outras palavras, deve-se reduzir o número de colunas o máximo possível para apenas
aqueles valores significativos.
Dependendo de como as relações são criadas ou editadas, a configuração da coluna va-
ria — e afeta a cardinalidade de acordo. Com esta, a direção da relação e o modelo dela
são definidos pelo tipo dela. A Tabela 10-1 ilustra os quatro tipos de cardinalidade e o
impacto que a redução tem nela.
Cardinalidade Descrição
Muitos para um (M:1) A cardinalidade mais comum e, portanto, o tipo padrão. A co-
luna em uma tabela pode ter muitas instâncias de um valor. A
outra tabela relacionada é, muitas vezes, uma tabela de pes-
quisa com apenas uma instância.
Um para muitos (1:M) Quando uma coluna em uma tabela tem uma única instância de
um valor específico. A tabela relacionada tem um ou mais
valores.
Muitos para muitos (M: M) Apropriado para modelos compostos e pode ser usado como
muitos para muitos entre tabelas. Não há requisito específico
para valores exclusivos. Também não há necessidade de esta-
belecer novas tabelas para relações.
Reduzindo consultas
Em Options and Settings, no Power BI Desktop (no menu File), há uma página sobre re-
duções de consulta [Query Reductions]. (Veja a Figura 10-1.) Existem algumas opções
nesse menu, categorizadas em três títulos principais: reduce number of queries sent by,
slicers e filters. O objetivo de cada um deles é:
» Reduce number of queries sent by: Permite desativar o realce cruzado em relatórios. As consul-
tas de back-end também são reduzidas, fornecendo uma experiência de navegação mais efici-
ente. A menos que queira que as consultas sejam reduzidas, não selecione disabling cross-
highlighting/filtering por padrão.
» Slicers: Coloca um botão Apply sob condições específicas, em particular quando uma das duas
condições é atendida. Aplique instantaneamente as alterações do slicer ou adicione um botão
Apply a cada um para aplicar as alterações quando estiver pronto. Em geral, você usará Instantly
Apply Slicer Changes, a menos que haja um processo de várias etapas na avaliação da consulta.
» Filters: Permite que um botão Apply apareça quando uma das opções é selecionada. Você pode
escolher entre aplicar instantaneamente alterações básicas de filtro, adicionar um botão Apply a
todos os filtros básicos para aplicar alterações quando estiver pronto ou adicionar um único botão
Apply ao painel Filter para aplicar alterações de uma só vez. Selecione Apply Basic Filter Changes, a
menos que o filtro seja necessário para viabilizar consultas mais complexas.
Figura 10-1:
Opções de redução de consulta.
Quando você deseja enviar menos consultas para um relatório ou desativar certas in-
terações que resultam em uma experiência de desempenho ruim (supondo que as con-
sultas demorem um pouco mais do que gostaria), a aplicação de uma opção de redução
de consulta é altamente recomendada. Para ativar as opções de redução de consulta, vá
para o Power BI Desktop e siga estas etapas:
1. Escolha File ➪ Options and Settings no menu principal e, em seguida, escolha Op-
tions no menu que aparece.
2. Sob o cabeçalho Current File, na listagem que é executada no lado esquerdo da
tela, selecione Query Reduction.
» É preciso aumentar o desempenho consolidando muitas fontes em uma única fonte de verdade,
daí o foco na agregação de dados.
» Você deseja combinar modelos DirectQuery com conjuntos de dados adicionais que devem ser
importados para um novo modelo.
Um tema importante deste capítulo é o fato de que muitos dados podem criar problemas
de desempenho. Portanto, resumi-los e apresentá-los em um nível mais alto é benéfico.
É possível agregar todos os dados relativos a fornecedores, vendas, produtos e agências
— em outras palavras, pegando os dados brutos e resumindo-os. Ao agregá-los, você
reduz os tamanhos das tabelas em um modelo. Em vez de ter muitas tabelas, há só algu-
mas nas quais se concentrar, melhorando a consulta.
Sua empresa pode usar agregações nos modelos pelos seguintes motivos:
» Manipulação de big data: A agregação é uma alternativa melhor para o desempenho de consul-
tas ao lidar com big data. Você analisa e avalia insights para grandes conjuntos rapidamente, so-
bretudo quando são armazenados em cache. Como um número menor de recursos é necessário,
é provável que você transfira mais recursos de modelo para essa alternativa de design.
» Manutenção do modelo relevante: Agregação é um método proativo para garantir que o mo-
delo de dados não sofra problemas de desempenho. Quando tiver problemas de atualização e
consulta causados por preocupações de volume de dados, uma forma de contorná-los é agre-
gando o modelo de dados.
A parte da criação
Agregação não é uma atividade boba. É preciso fazer o trabalho duro de decidir o nível no
qual agregar o conjunto de dados. Veja meu conjunto de dados Award. Devo agregar os
dados ao nível de Agency, de NAICS Code ou a outro? Defendo a agregação dos dados ao
nível de Agency, porque é o agrupamento de dados com o maior número possível de si-
nergias, que também podem ter atributos associados em um nível inferior. No conjunto
de dados Award, você pode ter dez agências que suportam um ou mais códigos NAICS.
(Muitos podem se sobrepor.) É provável que você também tenha um ou mais prêmios
associados à agência e ao código NAICS. O tópico comum que produzirá o melhor insight
em todo o conjunto de dados é Agency, pois oferece a maior precisão em todos os dados.
Depois de decidir a granulação, você precisa descobrir como deseja criar a agregação.
Embora existam muitos métodos para agregações, os resultados para cada um são es-
sencialmente os mesmos.
Com o método Direct Import, você pode criar uma tabela com a agregação necessária
se tiver acesso diretamente ao banco de dados. Isso significa que precisa adicionar outra
tabela ao banco de dados com os campos que deseja combinar em uma única tabela.
Quando a tabela estiver concluída, importe o conjunto de dados diretamente para o
Power BI Desktop. A realidade é que você pode não ter acesso ao banco de dados de ori-
gem, portanto, considere o plano B, que está diretamente no Power BI Desktop.
Suponha que prefira fazer o trabalho no Power BI Desktop. Nesse caso, pode ser mais
fácil e eficiente usar o Power Query Editor para criar a agregação. A Figura 10-2 lhe per-
mite dar uma olhada no processo. A ideia é abrir a consulta no Power Query Editor e
agregar os dados em três das colunas da tabela Award List: a coluna AgencyID, a Vendo-
rID e a NAICSID. Para acessar a tabela, siga estas etapas:
Figura 10-3:
Selecionando colunas para agregar.
6. Pressione OK.
Agora você removeu todas, exceto três colunas. Conforme observado no painel
Query Settings, o Power Query Editor reconhece as colunas que estão sendo removidas
(Remove Other Columns). Na tela, há apenas essas três colunas no Power Query Editor.
(Figura 10-4.)
Figura 10-4:
Colunas agregadas no Power Query Editor.
7. Depois que as três colunas forem exibidas no Power Query Editor, clique no ícone
Group By, na área Transform, em Home. (Veja a Figura 10-5.)
Figura 10-5:
O ícone Group By, em Home.
8. Na janela Group By, que aparece, escolha o item pelo qual deseja agrupar.
Nesse caso, escolho AgencyID.
Crie um nome para a nova coluna. O nome que criei é AgencyAwardedByVendor.
Nesse caso, criei um novo nome de coluna, selecionei Sum Column como ação de agre-
gação e escolhi VendorID para ser o item agregado ao agrupar por ID de agência
[Agency ID], conforme mostrado na Figura 10-6.
Figura 10-6:
Adicionando uma nova coluna de soma usando Group By.
O resultado é a soma dos valores agrupados por AgencyID, de modo que, em vez de
ter várias colunas, você agora tem apenas uma com cada AgencyID. Você combinou vá-
rias colunas em uma, o que viabiliza um melhor desempenho. O resultado agregado
está na Figura 10-7.
Figura 10-7:
A coluna agregada.
9. Clique no botão Close & Apply, em Home, para fechar o Power Query Editor.
Agora você fecha o Power Query Editor e volta para Data Model View. Essa ação salva
todas as alterações do modelo de dados. Ele é atualizado automaticamente, resultando
em um modelo muito menor, porque você acabou de analisar os critérios usando as
condições de agregação. Você verá na Figura 10-8 que todas as tabelas que estavam vin-
culadas agora estão separadas, o que significa que elas devem ser usadas apenas para
fins de pesquisa, quando necessário. As duas únicas tabelas no modelo em que a ativi-
dade significativa agora se materializa são a tabela Agency Contacts e a Awards List.
Figura 10-8:
A visualização atualizada do modelo de dados.
A parte gerencial
2. No painel Fields, clique com o botão direito do mouse em uma tabela cujas agre-
gações deseje gerenciar.
Nesse caso, selecionei a tabela Awards List para gerir a agregação criada na última
seção.
Figura 10-10:
Gerenciando agregações.
4. Para cada agregação criada, você pode selecionar uma escolha na lista suspensa
Summarization.
Você pode alterar a tabela e as colunas com base em condições predefinidas decidi-
das pelo Power BI Desktop para cada tipo de resumo selecionado.
5. Quando terminar, clique no botão Apply All. (Novamente, veja a Figura 10-10.)
Agora você alterou a agregação do modelo original com base nas condições atualiza-
das que acabou de especificar.
NESTE CAPÍTULO
Capítulo 11
Dados na Mira
Figura 11-1:
O ícone Report View.
Figura 11-4:
O painel Fields.
Limite o número de caixas de seleção, do
contrário, você criará uma visualização ruim.
Selecione apenas as variáveis relevantes do painel Fi-
elds. Use os campos que contribuem para a especifici-
dade do relatório. Lembre-se de que “Quanto mais,
melhor” nem sempre é o melhor cenário.
Filtrando dados
Figura 11-9:
Usando várias dimensões em um gráfico de barras
empilhadas.
Figura 11-10:
Gráfico de colunas empilhadas.
Figura 11-11:
Usando várias dimensões em um gráfico de colunas
empilhadas.
Figura 11-12:
Gráfico de barras agrupadas.
Figura 11-13:
Gráfico de colunas agrupadas.
Os dados impulsionam a escolha de visuali-
zação. Às vezes, você precisa mostrar como os
dados dentro de uma categoria são consistentes. Em
outras, precisa mostrar que são extremos. A necessi-
dade de uso comercial, o número de categorias e cam-
pos de dados e o impacto esperado ditam as escolhas
de visualização.
Figura 11-15:
Gráfico de colunas 100% empilhadas.
Figura 11-16:
Um gráfico de linhas.
Figura 11-17:
Um gráfico de áreas.
Combinando gráficos de linhas e de barras
Figura 11-19:
Um gráfico de faixa de opções.
Seguindo o fluxo com gráficos de cascata
Figura 11-21:
Um gráfico de funil.
Figura 11-24:
Um gráfico de rosca.
Ramificando com mapas de árvores
Figura 11-25:
Um mapa de árvore.
Figura 11-26:
Um exemplo de mapa.
Figura 11-27:
Um exemplo de mapa preenchido.
Medidores
Cartões e multicartões
Figura 11-30:
Um exemplo de cartão múltiplo.
Figura 11-31:
Um exemplo de KPI.
Com muitos indicadores, você só pode atri-
buir um único valor. É preciso ajustar os parâ-
metros de categoria de dados para calcular com preci-
são a saída, se estiver procurando média, soma, dis-
tinção (instâncias únicas) ou outra métrica.
Use cartões somente se houver um único va-
lor a ser exibido. Se precisar comparar um valor
com mais de um alvo, use o KPI — ele é capaz de adi-
cionar tendências em segundo plano. Embora tenha
informações limitadas, os dados são focados. A esco-
lha de vários cartões cumpre o requisito de negócios
para aqueles que desejam montar métricas não rela-
cionadas em uma única página.
Figura 11-32:
Um exemplo de slicer.
Visualizações de tabela
Figura 11-34:
Um exemplo de Matriz.
Árvores de decomposição
Figura 11-36:
Trabalhando com influenciadores-chave.
Figura 11-38:
Habilitando o script visuals.
Figura 11-39:
Um espaço reservado para criar um script R ou Python.
Figura 11-40:
Perguntas e respostas prescritas.
Figura 11-41:
Perguntas e respostas autocriadas.
OPÇÕES ADICIONAIS DE
VISUALIZAÇÃO
» Configurando relatórios
Capítulo 12
Relatórios a Rodo
P ense em cada visualização que criar usando o Power BI como oferecendo um con-
junto diferente de insights para um conjunto de dados. As visualizações também podem
ser independentes ou combinadas com muitos outros recursos visuais. De qualquer
forma, a saída de uma visualização é um resultado final: um relatório. Embora não seja
incomum que um relatório inclua uma única visualização, ter muitas visualizações con-
fere uma perspectiva tremenda para uma empresa. Dependendo do papel do usuário, o
relatório assume muitas vidas diferentes. Alguns usuários podem ser o designer do rela-
tório, e outros, o consumidor dos dados. Este capítulo mostra como configurar elemen-
tos visuais e de relatório para o consumo do usuário final com o Power BI Desktop e o
Service.
Todos os recursos visuais do Power BI são configuráveis. Embora alguns tenham confi-
gurações específicas de relatório com base em critérios predefinidos, muitos itens são
um padrão em todas as visualizações. Você pode formatar um elemento visual selecio-
nando o item e clicando no ícone Paint Roller, em Visualizations (veja a Figura 12-1),
para acessar as ferramentas de formatação.
Figura 12-1.
Recursos de formatação encontrados no painel Visualizations.
» General formatting: Selecione posição x, posição y, largura, altura e texto alternativo — a descri-
ção usada para opções de acessibilidade.
» Title: Formate o texto do título, texto e quebra de palavras, cor (fonte e plano de fundo) e recursos
de texto (alinhamento, tamanho da fonte e face da fonte).
» Lock aspect: Bloqueie um elemento visual com base na proporção do objeto específico na tela.
Não confunda configurações de visualização e de relatório. A diferença é que, cada vez que
você inclui uma visualização em um relatório, é livre para configurá-la de forma especí-
fica. A configuração de relatório se aplica ao layout e ao design de todas as visualizações
em uma única página.
Você precisa ter uma ou mais visualizações em uma página para gerar um rela-
tório. Cada vez que quiser configurar a visualização, selecione-a na área de traba-
lho principal e clique no ícone Paint Roller, em Visualizations. Essa ação mostra as con-
figurações de formatação da visualização.
Ao configurar a posição e o tamanho de uma visualização, vá para a seção General
(veja a Figura 12-2) e escolha uma das seguintes opções:
» Responsive: Isso permite que a visualização seja ajustável com base no tamanho da tela. Ela se
ajusta automaticamente em seu nome.
» Maintain layer order: Selecionar essa opção traz a visualização para a frente, acima de outras so-
brepostas. Desmarcá-la a empurra para trás.
Você pode adicionar uma legenda para ajudar a diferenciar as caixas, linhas ou pontos
de gráfico, dependendo da visualização. Você pode posicionar a legenda em várias re-
giões de uma página, bem como personalizar a apresentação da legenda, com base na
localização na página, como mostrado na Figura 12-3.
Figura 12-3:
Configurando a legenda.
As opções Data Colors, Data Labels e Total Labels variam de visualização para visuali-
zação. Por exemplo, se tiver um gráfico de barras, poderá alterar as cores de cada barra
além da sugestão da Microsoft para o padrão. Da mesma forma, pode alterar a cor do
texto para quaisquer rótulos de dados, conforme mostrado na Figura 12-4. Um excelente
exemplo de quando fazer isso é ao usar um monte de cores escuras como fundo. É pro-
vável que você queira alterar os rótulos de dados para uma cor clara, como branco ou
amarelo, para facilitar a leitura.
Figura 12-4:
As opções Data Colors e Data Labels.
Figura 12-6:
Definindo a cor de fundo.
» Shadow: Configura a sombra da borda de visualização com base em cor, direção e posição.
Uma última configuração possível é o Visual Header, mostrado na Figura 12-8. Cada
visualização permite ao usuário transformar a experiência visual por meio de controles
baseados em ações. Há a opção de ocultar ou mostrar o cabeçalho de cada elemento vi-
sual do relatório. Você pode ativar ou desativar o cabeçalho visual enquanto projeta as
visualizações e configura a estética, incluindo a funcionalidade do filtro. Os indicadores
visuais incluem os ícones Visual Warning, Visual Error e mais de dez opções, e é possível
ativar ou desativar todas elas.
Figura 12-8:
Opções de configuração de Visual Header.
» Filter: Fornece ao usuário a capacidade de filtrar os dados, assumindo que há campos configura-
dos para a filtragem.
» Show Next Level: Supondo que haja uma hierarquia, o usuário pode usar esse ícone para mos-
trar o próximo nível dela.
Figura 12-9:
O botão Conditional Formatting.
Uma tela de configuração aparece sempre que você pressiona o símbolo fx, permitindo
que o usuário configure um ou mais lados da experiência do usuário sob certas condi-
ções. (Veja a Figura 12-10.) Por exemplo, para Data Labels, um usuário pode formatar
por escala de cores, regras ou valor de campo. Ao selecionar a escolha preferida, há a op-
ção de selecionar a condição com base nas opções Field, Summarization, Minimum e
Maximum. Claro, há um parâmetro de formatação padrão que é considerado a linha de
base do usuário.
Figura 12-10:
A interface de Conditional Formatting.
Você pode filtrar dados com base no próprio elemento visual, em uma página inteira ou
em todas as páginas para cada visualização. A maioria dos usuários filtra com base em
um elemento porque um relatório com vários recursos deles geralmente tem comporta-
mentos diferentes.
Não seja muito rápido para criar uma rotina abrangente de filtragem e classifi-
cação para um relatório inteiro. Você provavelmente encontrará pelo menos um
elemento visual para o qual o comportamento de um campo é ligeiramente diferente,
mesmo que no início pareça que todos os campos são iguais.
Independentemente da opção de filtragem e classificação escolhida, você precisa sele-
cionar Filter on This Visual, Filter on This Page ou Filter on All Pages. Na Figura 12-11,
selecionei e coloquei campos específicos nos recursos visuais específicos em Filters, em
Visual.
Figura 12-11:
Configurando campos para um exemplo específico de elemento visual.
1. Em Report View, arraste um ou mais campos do painel Fields para uma das caixas
de texto Add Data Fields, no painel Filter.
» Advanced filtering integra o uso de condições booleanas, como AND, OR e NOT, além de o valor
atender a uma condição específica.
» Top N filtering está associado à ordem de classificação dos itens.
Figura 12-12:
Suas opções no menu Filtering.
Formatar uma página de relatório não é muito diferente de formatar um elemento vi-
sual, exceto que um relatório pode ter vários deles. Para lidar com isso, vá direto para o
painel Visualizations. Uma vez lá, clique no ícone Paint Roller. Na tela exibida, há muitas
opções para alterar o layout e o design da página do relatório, conforme mostrado na Fi-
gura 12-13. A maioria das opções se concentra em posicionamento, alinhamento e cor da
experiência geral do relatório.
Figura 12-13:
Configurando uma página de relatório.
» Page information: Mude o nome do relatório, ative e desative as dicas e ative as perguntas e res-
postas em uma página, não apenas no elemento específico.
» Page size: Escolha o tamanho e/ou tipo de papel. Dependendo de como deseje implantar o rela-
tório, há tamanhos de papel e opções de interface disponíveis.
» Page alignment: Decida se o conteúdo dos relatórios deve ser alinhado à esquerda ou ao centro
da página.
» Wallpaper: Marque um relatório com cores específicas ou talvez insira um logotipo com a opção
Wallpaper.
» Filter pane: Para alterar o painel Filter, parte da visualização de relatórios online, um usuário pode
configurar a experiência para combinar a interface de estilo de papel com cor, transparência, bor-
das e texto específico.
» Filter cards: Como ocorre com o painel Filter, as placas de filtro são específicas para dado campo
(uma coluna em uma tabela, por exemplo). Eles permitem ao usuário destacar um ou mais obje-
tos em um relatório por meio de várias ferramentas estéticas.
Atualizando Dados
O Power BI oferece várias maneiras de importar dados. Embora alguns métodos exijam
atualização constante pelos usuários (Import, por exemplo), outros podem atualizar au-
tomaticamente. Se usa o DirectQuery para importar dados, você definitivamente deseja
que eles sejam atualizados de forma automática, sobretudo ao verificá-los em tempo
real.
Há a opção de definir a atualização automática da página habilitando o botão Page Re-
fresh, no painel Visualizations, de uma página de relatório. É preciso alternar para a se-
ção Page Refresh e definir a opção como On. Uma vez ativada, o Power BI atualiza todos
os recursos visuais em uma página em um determinado intervalo selecionado: intervalo
fixo ou detecção de alterações.
Embora um intervalo fixo esteja disponível em todas as edições do Power BI
Service, a detecção de alterações está disponível apenas no Premium. A detecção
de alterações atualiza o conjunto de dados do Power BI assim que detecta (ok, não no
exato segundo, mas logo depois) que está em um servidor host com dados novos.
Você pode usar Page Refresh apenas no Power BI Service. Além disso, se optar
pela atualização automática de página, ela deve ser ativada por um
administrador.
Pode parecer que há muito a ser feito com o Power BI Desktop para que um relatório seja
compartilhado com as massas, mas a verdade é que só descrevi uma fração das possibi-
lidades. Seu trabalho árduo na preparação de um relatório para distribuição pela internet
usando o Power BI Desktop economizará tempo mais tarde.
Se o objetivo de sua empresa for criar relatórios no cliente Desktop e distribuir
versões em PDF de suas saídas, você não precisará usar o Power BI Service. Em
suma: seu público não pode manipular ou visualizar dados de forma interativa em
tempo real. Um pedaço de papel é apenas um instantâneo no tempo.
No momento em que decide que mais de um usuário deve manipular seus dados,
mesmo que seja filtragem básica ou classificação na internet, você precisa publicar seus
conjuntos de dados e visualizações na internet. Se o escopo de seu compartilhamento for
limitado a apenas visualização em uma plataforma como o SharePoint, o Power BI Ser-
vice Free é adequado. Se, no entanto, deseja que os usuários tenham a oportunidade de
colaborar com seu workspace, a versão Pro ou Premium do Power BI Service é
necessária.
Tudo o que você leu neste capítulo pode ser feito online, em vez de em um desk-
top, mas o nível de esforço para configurar toda a experiência é altamente depen-
dente de uma conexão com a internet. É por isso que é bom começar em sua área de tra-
balho e, em seguida, enviar as visualizações e se reportar ao site do Service.
Para publicar um relatório, siga estas etapas:
4. Na nova caixa de diálogo exibida, selecione o local no qual deseja que seu con-
junto de dados e suas visualizações sejam armazenados.
A suposição é a de que você criou um ou mais workspaces no site do Service. Do con-
trário, você será solicitado a criar uma área de trabalho ou salvá-la em My Workspace.
(Veja a Figura 12-14.)
Figura 12-14:
Salvando conjuntos de dados e visualizações no relatório em um workspace.
Há duas maneiras de obter acesso aos dados que acabou de publicar no Power BI Service.
Primeiro, encontre todos eles clicando no botão Recent, na barra de navegação do lado
esquerdo. Lá estão todos os itens mais recentes, em ordem cronológica. (Veja a Figura
12-16.) Após encontrar o arquivo importado, clique duas vezes para continuar fazendo
modificações na internet.
Figura 12-16:
O menu Recent em Power BI Service.
Figura 12-17:
Selecionando um item no menu My Workspace, no Power BI Service.
Exportando relatórios
Suponha que não deseje salvar o relatório que criou no Power BI Service. Seu objetivo
singular é imprimir um instantâneo, salvando os dados em um arquivo PDF. Isso é total-
mente possível usando o Power BI Desktop. Para exportar um relatório sem o salvar no
Power BI Service, siga estas etapas:
Sim, você pode criar um relatório no Power BI Desktop e salvá-lo em formato PDF ou até
mesmo imprimi-lo, mas, geralmente, o objetivo real dos relatórios é compartilhar os
dados online usando o serviço Power BI ou um aplicativo móvel. A Microsoft facilitou
para um designer criar relatórios avançados que cabem em uma tela de computador ou
em um dispositivo móvel. A empresa reconheceu que nem tudo cabe em uma página
também — portanto, o gerenciamento de guias.
Às vezes, faz todo o sentido manter qualquer relatório local na área de trabalho. Um
exemplo é a previsão de desempenho de vendas ou distribuição de gestão de recursos
humanos. Suponha que seu objetivo seja distribuir por impressão ou entregar um docu-
mento digital sem uma conexão com a internet. Nesse caso, considere a criação de um
relatório paginado.
Exportar recursos visuais de relatórios para um PDF simplesmente não é sufici-
ente às vezes! É por isso que é preciso usar o Power BI Report Builder, uma exten-
são encontrada em www.microsoft.com/en-us/download/details.aspx?id=58158.
Você pode usar quase qualquer fonte de dados que esperaria encontrar com os Relató-
rios do Power BI em sua área de trabalho. Na verdade, pode até usar dados do Power BI
Service se decidir criar um no aplicativo.
Siga estas etapas para criar um relatório paginado com base em dados do Power BI
usando o Power BI Service:
1. Acesse My Workspace e encontre a área de trabalho que contém os dados que de-
seja usar para um relatório paginado.
2. Abra o workspace.
Figura 12-19:
O menu Paginated Report.
Se for sua primeira vez usando o Power BI Report Builder, baixe o aplicativo. Caso con-
trário, ele iniciará o Power BI Desktop junto com o Report Builder.
Depois que o Report Builder for iniciado, você será solicitado a criar um relatório
usando o assistente ou um relatório em branco, como mostrado na Figura 12-20.
Figura 12-20:
A tela Report Builder Wizard.
5. Usando o painel à esquerda, conecte suas fontes de dados ao Report Builder para
começar a criar um relatório paginado.
Observe a tela em branco com algum texto digitado, conforme mostrado na Figura
12-21.
Figura 12-21:
A interface do Report Builder.
Você pode paginar um relatório de várias maneiras, dependendo da escolha
que selecionar usando o assistente. Se selecionar uma matriz ou uma tela em
branco, as etapas para fazê-lo são extensas. Para seguir as abordagens mais recentes
sugeridas pela Microsoft e sua oferta de soluções, acesse
https://docs.microsoft.com/en-us/power-bi/paginated-reports/paginated-
reports-quickstart-aw.
Se chegou ao final deste capítulo e deseja saber como formatar visualizações
para relatórios, lembre-se de que o Power BI Service oferece uma experiência
praticamente idêntica à do Power BI Desktop, incluindo a experiência do usuário. A
grande diferença é que a colaboração é possível no Power BI Service ao usar o cliente
Desktop. Apenas um usuário pode gerenciar o aplicativo simultaneamente. O que você
sabe sobre a configuração de um relatório é consistente em todas as experiências do
usuário.
NESTE CAPÍTULO
» Configurando dashboards
Capítulo 13
Surfando no Dashboarding
I magine isto: uma mistura de imagens e texto organizados ordenadamente como uma
bela tela. Ela diz que tudo em sua organização está funcionando sem problemas, mas,
em seguida, um dos recursos visuais muda. Sinos de alerta tocam — figurativos, pelo
menos —, fazendo com que muitos telefones toquem e mensagens SMS sejam enviadas.
E a pessoa que responde à emergência também não precisa cavar muito fundo. Por quê?,
você se pergunta. A organização coletou uma série de conjuntos de dados, disponíveis na
forma de uma única experiência de usuário, não uma coleção de relatórios ad hoc. Todos
os conjuntos de dados em uma única tela fornecem acesso em tempo real ao estado atual
das operações. O dashboard parece uma grande quantidade de dados, mas são dados sig-
nificativos apresentados de uma forma que aqueles que dominaram as complexidades
do dashboard podem ver imediatamente o que está errado. Neste capítulo, apresento os
mistérios do dashboard usando o Power BI Service.
Antes de sua iniciação nos mistérios, aqui estão alguns princípios críticos sobre dash-
board com o Power BI:
» Você só pode criar um dashboard usando o Power BI Service. Para ter toda a amplitude do
dashboard, é preciso uma licença Pro ou Premium.
» Cada elemento visual em um dashboard é referido como um tile. Nos relatórios, os recursos
visuais são referidos como outputs [saídas].
» O Power BI Service é um serviço baseado na web. O Power BI Desktop não requer conexão
com a internet. Os alertas de dados só estão disponíveis no Services.
Configurando Dashboards
Um dashboard, em sua forma mais simples, é apenas uma colagem de muitos objetos de
dados que podem ser fixados a uma única página. Na maioria das vezes, os itens são vi-
suais; em outras, seu conteúdo tem texto, vídeo, áudio ou navegação para outros dash-
boards e fontes de dados. Os dashboards podem integrar recursos usando relatórios,
workbooks do Excel, insights, resultados de perguntas e respostas e multimídia entre
provedores de conteúdo.
Criando um Dashboard
Figura 13-2:
Nomeando um novo dashboard.
Figura 13-3:
Uma tela do dashboard em branco.
Contendo Conteúdo
É preciso ter alguns pontos em mente ao tentar integrar um objeto na tela do dashboard.
A primeira coisa a considerar é que tipo de objetos são necessários para acentuar uma
compilação de relatório planejada em um dashboard. A segunda tem a ver com o layout e
o número de objetos que se pretende fixar na tela.
Nesse ponto, você pode adicionar alguns itens além dos relatórios:
» Custom streaming data: Dados em tempo real provenientes de uma fonte API, Azure Stream ou
PubNub.
Figura 13-4:
Acessando o menu Add a Tile.
3. No novo menu exibido, escolha um dos tipos de objeto listados. (Veja a Figura 13-
5.)
Observe que o menu não tem opção Report.
Todo o conteúdo que você coloca em um dashboard deve ser acessível ao pú-
blico. Mesmo que a autenticação ou o upload seja necessário para que um usuá-
rio visualize os dados, o Power BI atualmente não oferece suporte a esses recursos.
Figura 13-5:
Selecionando um tipo de tile.
4. Depois de escolher uma opção, use os recursos de personalização para deixar seu
conteúdo como você deseja.
Por exemplo, se escolher a opção Text Box, uma nova tela aparecerá (veja a Figura 13-
6), na qual poderá adicionar títulos, legendas e texto. Você pode até ajustar o que adici-
onou usando qualquer um dos comandos de formatação exibidos. Quando terminar,
clique em Apply. Quaisquer alterações feitas são exibidas no dashboard, conforme
mostrado na Figura 13-7.
Figura 13-6:
Configurando um tile.
Figura 13-7:
Personalizando um bloco de conteúdo na tela do dashboard.
Assim que o tile estiver na tela do dashboard, você poderá movê-lo para onde quiser.
Por padrão, ele fica embutido na parte superior esquerda, a menos que outras peças es-
tejam na região. No exemplo anterior, movi a peça para o canto superior direito para po-
der adicionar outras mais tarde.
Fixando Relatórios
Figura 13-8:
O ícone Pin.
Figura 13-10:
Um dashboard acabado com tiles.
Os usuários que gostam de uma aparência unificada adicionam um tema a uma visuali-
zação do Power BI. Acontece que dá para fazer o mesmo com um dashboard. Na verdade,
a necessidade de um tema abrangente é até maior em um dashboard. Basta pensar nisto:
suponha que tenha que integrar vários relatórios, cada um com uma aparência dife-
rente, em um dashboard. Ao desenvolver um tema de dashboard, você mantém a experi-
ência do usuário consistente.
Configurar um tema de dashboard é como adicionar um tile. Vá para o dashboard ao
qual deseja adicionar o tema. Logo acima dele, no menu, selecione Edit. Em seguida, es-
colha Dashboard Theme na lista de opções, como mostra a Figura 13-11.
Figura 13-11:
Escolhendo a opção Dashboard Theme.
Um usuário pode usar um tema pré-construído na tela Dashboard Theme, como mos-
trado na Figura 13-12, ou desenvolver seu próprio tema. Ao escolher Custom no menu
suspenso, você tem o controle completo sobre imagens, cor, cor da fonte e plano de
fundo do tile. A Figura 13-13 mostra as opções do menu Custom Theme.
Figura 13-12:
Escolhendo um tema pré-construído.
Figura 13-13:
Personalizando um tema.
Você deve ter notado a opção Upload JSON theme. Se quiser adicionar designs
de tema mais complexos, insira esses scripts selecionando essa opção. Para baixar
temas adicionais criados pela Microsoft que aplicam o esquema de temas JSON, acesse
https://community.powerbi.com/t5/Themes-Gallery/bd-p/ThemesGallery.
Layouts de Dashboard
Como ocorre com os relatórios do Power BI, os dashboards também têm diferentes op-
ções de layout para atender a vários fatores de forma do dispositivo. Para dashboards,
uma visualização da web e uma visualização móvel estão disponíveis — um layout da
web ocupa muito mais a tela do que um móvel. A Figura 13-14 mostra um exemplo de um
layout da web.
Figura 13-14:
O layout da web para um dashboard.
O layout móvel organiza cada elemento visual como um ativo empilhado. Só há uma
imagem fixada horizontalmente, por padrão. Um usuário pode alterar o layout de um
dashboard para consumo móvel escolhendo Edit ➪ Mobile Layout no menu de navega-
ção do dashboard. Um usuário que deseje mais de uma peça do dashboard horizontal-
mente pode redimensionar cada uma delas. A Figura 13-15 mostra um exemplo de layout
móvel.
Figura 13-15:
Layout móvel de um dashboard.
Integrando Q&A
Figura 13-16:
Fazendo uma pergunta.
Para o exemplo mostrado na Figura 13-17, adicionei um relatório para todos os prê-
mios de estado ao meu dashboard usando a fonte de dados Awards.xlsx. Em seguida,
criei uma consulta para determinar todas as cidades do Alasca (AK) onde um contrato foi
adjudicado. Usando o código de linguagem natural, que é preenchido automaticamente à
medida que você o digita, um conjunto de resultados foi produzido e refinado em
segundos.
Figura 13-17:
Um exemplo de perguntas e respostas.
Configurando Alertas
No início deste capítulo, descrevo um cenário de pior caso: tudo está correndo bem, e,
em seguida, o caos repentino irrompe. Os e-mails começam a surgir em níveis insusten-
táveis, assim como as mensagens SMS.
Nos negócios, essa é uma realidade muito comum. Com o Power BI, no entanto, você
pode criar alertas de dados com base em condições comerciais específicas que acionam
notificações.
Os recursos do dashboard do Power BI permitem que os usuários criem alertas com
base em condições orientadas por dados encontradas usando recursos visuais, como
cartões, indicadores de KPI e medidores. Se tiver um ou mais desses recursos visuais em
seu dashboard, poderá configurar um alerta. Para tal, siga estas etapas:
1. Clique nas reticências do tile para o qual deseja criar uma notificação no dashbo-
ard selecionado.
Suas opções estão limitadas a três tipos de visualização: cartões, indicadores
de KPI e medidores [cards, KPI indicators e gauges].
2. No menu que aparece, escolha More Options ➪ Manage Alerts, conforme mos-
trado na Figura 13-18.
Figura 13-18:
Adicionando alertas.
Os alertas são úteis quando há várias condições que precisam ser atendidas,
além de atingir limites específicos. Os alertas podem ser alterados com base na
frequência de entrega ou sempre que ocorrer uma alteração no conteúdo.
Somente os usuários que configuram um alerta o veem, e os alertas são sincronizados
entre o Power BI Service e os aplicativos móveis do Power BI. Se deseja gerenciar os aler-
tas após sua criação, aqui estão alguns recursos importantes, todos concluídos em Ma-
nage Alerts, onde você acabou de criá-los.
» Se quiser excluir um alerta, selecione Delete Alert Rule, usando o ícone Trashcan.
» Se quiser desativar um alerta sem o excluir, alterne o botão Active para Off. (Veja a Figura 13-20.)
» Se quiser receber um e-mail quando esses limites forem atingidos, selecione Send Me an Email.
Figura 13-20:
Gerenciando alertas.
Somente o usuário que configura um alerta pode receber alertas, portanto, não
suponha que todos em uma organização receberão notificações automaticamente.
Além disso, por padrão, as notificações são enviadas por e-mail.
4
Ou DAX ou
Desce!
NESTA PARTE…
Capítulo 14
Toma Lá DAX Cá
Descobrindo o DAX
Então, o que são Expressões de Análise de Dados (DAX)? O DAX é um tipo de linguagem
de sintaxe que faz uso de fórmulas e expressões para manipular dados em ferramentas
de análise como o Power BI. Funções, fórmulas, constantes e operadores são usados
como parte do DAX para criar as expressões necessárias. Simplificando, o DAX é uma
versão avançada do Microsoft Excel no sentido de que usa fórmulas com recursos sofis-
ticados de manipulação de dados como parte de seu conjunto de ferramentas de business
intelligence e modelagem de dados.
Em muitos dos capítulos deste livro, mostro como concluir tarefas sem ter que escre-
ver uma única linha de código. Então por que o estou apresentando à programação?
Tudo se resume a isto: todas as funções que não requerem codificação são executadas
por ferramentas que foram programadas para completar tarefas definidas. Às vezes, no
entanto, você precisa manipular tipos de dados, mas não pode fazê-lo com ações prede-
finidas configuradas pelas ferramentas no Power BI. O produto produzido usando alguns
recursos de arrastar e clicar pode não ser aquilo de que precisa, seja um problema com
sintaxe, seja com contexto, seja com função. É quando você introduz uma linguagem de
sintaxe como DAX na mistura.
» A sintaxe se refere aos componentes dentro da fórmula que você faz. É a linguagem usada na
fórmula, como comando, sinal, operadores, coluna ou linha ou tabelas. Em outras palavras, a sin-
taxe é a estrutura da programação.
Estabelecendo a sintaxe
A primeira coisa que você precisa aprender sobre o DAX é a composição de uma fórmula.
Na Figura 14-1, há uma fórmula de amostra para uma medida.
Figura 14-1:
Um exemplo de sintaxe.
Numerei estes seis componentes essenciais da Figura 14-1:
3. A função DAX soma [SUM] é usada nessa fórmula, que adiciona todos os números
na coluna Awards [BID].
Você lerá muito sobre funções no Capítulo 15, então fique atento.
Concebendo o contexto
Figura 14-2:
Um exemplo de contexto de linha.
Figura 14-3:
Um exemplo de contexto de filtro.
Formulando funções
Funções são as fórmulas predefinidas que realizam cálculos complexos. Ao combinar va-
lores específicos, também conhecidos como argumentos, uma função produz uma saída
em uma ordem específica. Os argumentos assumem a forma de outras funções, fórmu-
las, expressões, referências de colunas, constantes, números, texto e uma variedade de
opções que não cabe aqui. (O Capítulo 15 passa muito mais tempo explicando os catorze
tipos de funções.)
As fórmulas DAX são usadas em métricas, colunas, tabelas e segurança de nível de linha.
Para criar novas métricas calculadas ou colunas calculadas, vá para a guia Data View, na
guia principal, no Power BI. Após navegar até Data View, procure a área Calculations, na
guia principal. Há quatro opções, conforme mostrado na Figura 14-4, e esta lista des-
creve o que você pode fazer escolhendo-as:
» Quick Measure: Escolha entre uma lista de cálculos predefinidos no Power BI.
» New Column: Escreva uma expressão DAX que cria uma nova coluna na tabela selecionada e cal-
cula os valores para cada linha.
» New Table: Crie uma expressão DAX para criar uma nova tabela.
Figura 14-4:
Opções de cálculo.
As seções a seguir apresentam todas as quatro opções para que você entenda melhor
como criar métricas, métricas rápidas, colunas calculadas e tabelas calculadas [measu-
res, quick measures, calculated columns e calculated tables].
Measures
Figura 14-5:
Métrica calculada no editor DAX.
Figura 14-6:
Métrica calculada adicionada ao painel Fields.
Quick measures
Para realizar cálculos típicos de forma rápida e fácil, considere as medidas rápidas
[quick measures], porque reduzem uma quantidade significativa de entrada no teclado.
Uma quick measure executa um conjunto de comandos DAX nos bastidores sem que você
precise fazer nada de codificação. Selecione os parâmetros específicos na caixa de diá-
logo de interface gráfica do usuário. (Veja a Figura 14-7.) Ao terminar, os resultados são
apresentados a você na forma de um relatório.
Figura 14-7:
A caixa de diálogo Quick Measures.
Você cria uma quick measure de duas maneiras: selecione o botão Quick Measures, na
barra de ferramentas Modeling; ou clique com o botão direito do mouse em qualquer um
dos campos no painel Fields e escolha New Quick Measure no menu exibido, conforme
mostrado na Figura 14-8.
Figura 14-8:
Acessando a opção New Quick Measure no painel Fields.
Calculated columns
Vamos supor que você já tenha um modelo. Às vezes, não é fácil simplesmente carregar
novos dados em uma tabela e encerrar o dia. Por isso, considere as colunas calculadas um
tipo de fórmula DAX que define os valores das colunas. Você pode usar esse recurso para
adicionar novos dados a uma tabela no modelo existente. Em vez de carregar os dados
usando uma fonte, você cria uma fórmula DAX para fazer o trabalho. As colunas calcula-
das são criadas usando o recurso New Column, disponível em Report View ou em Data
View.
Não confunda colunas calculadas com colunas personalizadas. Embora as colu-
nas personalizadas sejam criadas como parte do Power Query com o recurso Add
Column no Query Editor, uma coluna calculada é criada em Report View ou em Data View
com base nos dados que já foram carregados no modelo.
Ao criar uma coluna calculada, o produto resultante aparece no painel Fields. Ela tem
um ícone mostrando que seus valores são o resultado de uma fórmula. Tal como acon-
tece com as métricas, você pode nomeá-la como quiser. Depois que ela é adicionada à
lista de campos encontrados no painel Fields, pode integrar o produto resultante em
uma visualização de relatório, como faria com outros campos.
Na Figura 14-9, está uma nova coluna produzida em Report View. O ícone mostra que
uma coluna calculada foi criada no painel Fields. O produto resultante é Profit is 10% of
the Bid Amount, conforme a Figura 14-9.
Figura 14-9:
Colunas calculadas em Report View.
Calculated tables
Ao usar o Power BI, é mais do que provável que você crie tabelas importando dados para
o modelo de uma fonte externa. Há, no entanto, outra maneira de criar tabelas progra-
maticamente — as tabelas calculadas. Dessa forma, você pode adicionar novas tabelas
com base nos dados já carregados no modelo. A ideia aqui é criar uma fórmula DAX para
definir os valores da tabela, em vez de consultar e carregar os valores em suas colunas a
partir de uma fonte.
As tabelas calculadas funcionam melhor para cálculos e dados mais complexos arma-
zenados como parte de um modelo do que para cálculos ad hoc. Na verdade, combinar
tabelas com o uso de declarações como JOIN, UNION ou CROSS JOIN é um ótimo uso para
tabelas calculadas, porque elas podem ter relações com outras.
As colunas de tabela calculadas incluem tipos de dados e formatação específica;
também tendem a pertencer a uma categoria específica. Como ocorre com outros
elementos do Power BI, você pode nomear uma coluna da maneira que achar melhor e
adicioná-la a um relatório, assim como outros campos. Cada vez que os dados são alte-
rados em uma tabela, os resultados são recalculados, supondo que tenha ocorrido uma
atualização deles. A exceção é com o uso do DirectQuery. Nesse caso, as tabelas refletem
as alterações somente depois que um conjunto é atualizado em sua totalidade. Se uma
tabela precisar usar o DirectQuery, é melhor tê-la calculada na instância do DirectQuery
para garantir a atualização dos dados.
Para criar uma tabela calculada, siga estas etapas:
3. Na nova tela exibida, clique no botão New Calculations, que permite criar um cál-
culo baseado em DAX.
4. Digite a expressão DAX que deseja associar à tabela calculada no campo, como
visto na Figura 14-10.
Ao inserir a expressão, você verá as tabelas calculadas pré-preenchidas na tela. Nesse
caso, usei o conjunto de dados Awards para criar uma nova tabela calculada, Listing. A
tabela fornece informações sobre três itens: agência, nome da oportunidade e valor do
lance [agency, opportunity name e bid amount].
Figura 14-10:
Criando uma tabela calculada a partir de Data View.
5. Assim que estiver satisfeito com sua entrada DAX, pressione Enter.
A expressão agora está comprometida como uma nova tabela para as tabelas de con-
junto de dados existentes.
O Power Query permite importar dados de uma variedade de fontes, e as expressões DAX
oferecem a mesma flexibilidade. Com o DAX, cada fonte suporta vários tipos de dados,
embora o intervalo seja limitado, em comparação com o Power Query. As Figuras 14-11 e
14-12 comparam as diferenças entre os tipos de dados no DAX e no Power Query. Com o
DAX, quando você importa dados em um modelo, eles são transformados em um tipo de
dado de modelo tabular.
Figura 14-11:
Tipos de dados do DAX.
Figura 14-12:
Tipos de dados do Power Query.
A Figura 14-11 mostra o menu DAX Data Type. Observe que os tipos de dados
para o DAX são um pouco diferentes dos encontrados no Power Query. Veja a Fi-
gura 14-12.
Cada dado de modelo de tempo é usado como parte de um cálculo; os dados são trans-
formados em um tipo de dados DAX, precisamente para a saída de um cálculo. Quando
você cria uma fórmula DAX, os termos que usa determinam qual tipo de dado é retor-
nado. A Tabela 14-1 ilustra os tipos de dados DAX.
TABELA 14-1 Tipos de Dados DAX
Número inteiro Número inteiro de 64 bits (8 Números sem casa decimal. Pode ser um nú-
bytes) mero inteiro com um valor positivo ou negativo.
O intervalo negativo começa em
9.223.372.036.854.775,808 (–2^63) a um positivo
não superior a 9.223.372.036.854.775,807 (2^63–
1).
Número decimal Número real de 64 bits (8 Números reais com uma ampla gama de parâ-
bytes) metros. Os valores negativos variam de –1,79E
+308 a –2,23E –308. Os positivos, de 2,23E –308 a
1,79E + 308. O limite é de dezessete dígitos
decimais.
Número decimal Número real de 64 bits (8 Representativo dos valores monetários. A faixa
fixo bytes) de valores pode ser de
-922.337.203.685,477.5808 a
922.337.203.685,477.5807. Quatro dígitos deci-
mais podem ser usados para garantir a precisão.
Ao importar dados usando o Power Query, os tipos de dados são definidos auto-
maticamente. Você deve estar familiarizado com a forma como os tipos de dados
se aplicam às fórmulas DAX. A razão mais comum para erros em uma fórmula ou em um
conjunto de resultados é ter um tipo de dado impróprio. Um exemplo é o operador er-
rado sendo usado com um tipo de dado em um argumento.
Há quatro tipos de operadores para criar fórmulas no DAX. Eles são descritos na Tabela
14-2, com exemplos.
+ Adição 4+2
– Subtração 4–2
* Multiplicação 4*2
/ Divisão 4/2
^ Exponencial 4^2
Os operadores aritméticos retornam valores numéricos com base nos cálculos aritméti-
cos realizados. Os operadores aritméticos disponíveis no DAX encontram-se na Tabela
14-2.
Os operadores de comparação retornam um valor TRUE ou FALSE com base em valores
de comparação. A Tabela 14-3 mostra os operadores de comparação do DAX.
TABELA 14-3 Operadores de Comparação
& Conecta dois valores para criar uma string de texto [City] & “,” & [State]
Operadores de ordem
Operador Descrição
^ Exponencial
– Sinal (negativo)
=,==,<,>,<=,>=,<> Comparação
Parênteses e ordem
No DAX, como na matemática da velha escola, um simples parêntese pode mudar o re-
sultado de um cálculo. Vamos dar uma olhada nesta equação. Qual é a diferença entre es-
tes dois itens?
= 2+2*3
= (2+2)*3
A primeira equação ordena os dados de forma diferente da segunda. Os parênteses al-
teram a ordem de cálculo da equação. Na primeira equação, 2*3 é calculado primeiro.
Então você adiciona dois, o que resulta em 8. Por outro lado, os parênteses na segunda
equação mudam a ordem de cálculo, porque 2+2 é igual a 4. Você então multiplica 4 ve-
zes 3. O resultado é 12.
Há quatro tipos de declaração DAX: DEFINE, EVALUATE, ORDER BY e VAR. Ao tentar esta-
belecer uma fórmula ou função DAX, muitas vezes você precisa definir parâmetros espe-
cíficos ou apresentar a expressão DAX de uma certa maneira, o que exige uma consulta
altamente configurável. Você usa um desses tipos de declaração para estabelecer a ex-
pressão DAX. A Tabela 14-7 descreve os quatro tipos de declaração.
Garantindo a Compatibilidade
O DAX está enraizado no Microsoft Excel. Embora muitos dos recursos do mecanismo de
computação de linha de base sejam os mesmos, você precisa estar ciente de algumas di-
ferenças. É por isso que o DAX fornece uma gama mais rica de recursos avançados, in-
cluindo suporte a armazenamento de dados relacionais e mais tipos de dados do que o
Excel no Power BI Desktop.
Em qualquer caso, os tipos de dados às vezes precisam de um pouco de coerção para
trabalhar corretamente juntos. Uma regra geral é que os dois operandos de qualquer
operador nos lados esquerdo e direito devem ter tipos de dados correspondentes. É claro
que, se houver diferenças, o DAX precisa converter o operador em um tipo de dado co-
mum para aplicá-lo corretamente. Dois casos que exigem esse comportamento são
quando ambos os operandos convertem para o maior tipo de dado possível e quando os
operadores são potencialmente aplicados.
Suponha que tenha dois números para combinar. Um número é de uma fórmula como
=[Cost] * .50, e o resultado tem decimais. O outro valor é um número inteiro que é
apresentado como uma string.
Sob essas condições, o DAX converte ambos os números em valores numéricos reais.
Os valores são convertidos em um formato numérico, usando o maior possível para ar-
mazenar ambos os tipos de números. A multiplicação é, então, aplicada. Existem, é
claro, exceções: dependendo do tipo de dado, a coerção não é possível para operações de
comparação.
NESTE CAPÍTULO
Capítulo 15
Funcionando com DAX
N o Capítulo 14, falo sobre como as funções fazem parte de uma fórmula nomeada
dentro de uma expressão calculada. Como a pessoa que vem com a expressão calculada,
você é o único que fornece a função com argumentos específicos — alguns necessários,
alguns opcionais — que especificam o tipo de entrada fornecida. (Tais argumentos são
muitas vezes referidos como parâmetros.) Cada vez que uma função é executada, um va-
lor é produzido. Com o DAX, muitos tipos de função permitem realizar cálculos usando
datas e horas, condicionais baseados em string de caracteres, pesquisas e pesquisas ba-
seadas em relações. Claro, o DAX também tem funções padrão baseadas em cálculo. A
função é um recurso proeminente no DAX — aprenda a usá-las bem e você aumentará
sua produtividade imensamente. Neste capítulo, descrevo mais de duzentas funções en-
tre as catorze categorias para ajudar a tornar suas expressões DAX mais eficientes.
Parâmetros e Nomenclatura
Como ocorre com qualquer linguagem de programação, o DAX tem uma convenção de
nomenclatura que facilita seu uso, especialmente ao incorporar prefixos ao nome do pa-
râmetro (na verdade, alguns parâmetros DAX admitem o prefixo exclusivamente para
nomes). A Tabela 15-1 explora a estrutura da convenção de nomenclatura.
TABELA 15-1 Nomeação de Parâmetros
Expressão [Expression] Uma expressão DAX retornando um único valor. A expressão pode
ou não ser avaliada várias vezes, dependendo do contexto de linha.
Valor [Value] Uma expressão DAX retornando um único valor. O valor associado à
expressão é avaliado exatamente uma vez antes de outros
operadores.
Nome de tabela Qualquer tabela existente usando sintaxe DAX padrão, embora não
[tableName] possa ser uma expressão.
Nome de coluna Uma coluna existente usando sintaxe DAX padrão, em geral total-
[columnName] mente qualificada. Não pode ser uma expressão.
Nome [Name] Uma constante de string de caracteres deve ser usada para fornecer
o nome de um novo objeto.
Ordenar [Order] Use enumeração — citando coisas uma a uma, em outras palavras —
para encontrar a ordem de classificação.
Tipo [Type] Use a enumeração para encontrar os tipos de dados PathItem (posi-
ção específica de uma string) e PathItemReverse (posição específica
reversa de uma string).
Cada vez que você qualificar um parâmetro, pode incluir um prefixo — um valor exclu-
sivo para diferenciar um determinado parâmetro. Um exemplo é adicionar as iniciais de
um estado na frente de um nome de parâmetro. Para qualificar um parâmetro com um
prefixo, certifique-se de que o prefixo seja descritivo com base no argumento. Além
disso, não deixe nenhuma ambiguidade lendo um parâmetro — por exemplo:
Hide_ColumnName faz referência a uma coluna usada para ocultar valores na fun-
ção DAX LOOKUPVALUE ().
Seek_ColumnName faz referência a uma coluna usada para mostrar um valor na fun-
ção DAX LOOKUPVALUE ().
Nomes de parâmetros às vezes podem ser omitidos. Você usaria apenas o pre-
fixo, assumindo que ele é claro o suficiente para descrever o parâmetro. Seguir
essa estratégia evita confusões mais tarde ao ler o código. Um exemplo seguindo essa
abordagem é DATE (Year_value, Month_value, Day_value).
Brincando com parâmetros
Para começar este capítulo, listo os diferentes tipos de funções disponíveis para você,
bem como uma regra básica para nomear uma função usando parâmetros. Na Figura 15-
1, há um exemplo de função com parâmetros totalmente qualificados.
Figura 15-1:
Um exemplo de função.
Cada função DAX tem uma estrutura de parâmetros distinta. Na Figura 15-1, você no-
tará que cada parâmetro para uma função DAX específica é incorporado como parte da
tabela com uma descrição. Para o exemplo fornecido, a função DAX SELECTCOLUMNS tem
os seguintes atributos:
Se você já usou fórmulas no Excel, provavelmente está familiarizado com o DAX em al-
gum grau. A estrutura e o design das fórmulas Excel e DAX são de natureza semelhante,
com algumas exceções:
» As funções DAX referenciam colunas e tabelas completas. Para referenciar um valor especí-
fico em uma tabela ou coluna, é preciso incorporar um filtro.
» O DAX tem uma variedade de funções que retornam uma tabela cheia de dados, em vez de
apenas um valor. Embora a tabela não esteja presente em um relatório, é usada para inserir ou-
tras funções.
» O DAX inclui mais do que apenas funções numéricas. Na verdade, há recursos que incluem in-
teligência de tempo e dados baseados em string de caracteres. Essas fórmulas permitem definir
ou selecionar intervalos de dados e até mesmo realizar cálculos em um ou mais intervalos de
dados.
» O DAX viabiliza cálculos personalizados, mesmo para uma única linha de dados. Você pode
usar o DAX para uma linha ou uma série de linhas aplicando um parâmetro para executar cálculos
assumindo um contexto conhecido.
Como o DAX é uma linguagem funcional, qualquer exemplo de código completo, in-
cluindo uma fórmula, contém uma função. As fórmulas DAX podem ser uma combinação
de declarações, funções e referências condicionais. Além disso, elas têm dois tipos: vari-
ações numéricas e não numéricas. Os dados numéricos incluem valores como números
inteiros, decimais e valores baseados em moeda. O não numérico é composto de strings e
objetos binários.
Como você pode ver na próxima seção, catorze categorias são compostas de mais de
250 funções baseadas em DAX.
Ao ler uma expressão DAX, certifique-se de avaliar da função mais interna para
a mais externa. As expressões também seguem as regras do operador, o que torna
a elaboração de uma fórmula DAX uma tarefa que exige precisão.
Funções agregadas
“Agregar” significa “combinar muitos itens (muitas vezes não relacionados) em um”. É
por isso que você não deve se surpreender que haja uma função para combinar em uma
única forma. Funções agregadas cobrem valores baseados em escalares, como conta-
gem, soma, média, mínimo e máximo. Você pode usá-los para todas as linhas em uma
coluna ou tabela com base na expressão. A Tabela 15-2 inclui todas as funções disponí-
veis para esse tipo de função.
TABELA 15-2 Funções Agregadas
As funções de data e hora são derivadas do tipo de dado datetime, que começa em 1º de
março de 1900. Todas as funções disponíveis estão na Tabela 15-3.
TABELA 15-3 Funções de Data e Hora
CALENDAR Revisa uma tabela com uma coluna de todas as datas entre uma de-
terminada StartDate e EndDate.
CALENDARAUTO Revisa uma tabela com uma coluna de datas em que os valores do
modelo são calculados automaticamente.
DATEVALUE Converte uma data em formato text para uma data específica em
formato de data e hora.
TIMEVALUE Converte uma hora usando um formato text para uma hora usando
um formato datetime.
WEEKDAY Identifica o dia da semana como uma data. O intervalo pode ser 1–7
ou 0–6 com base no parâmetro ReturnType.
YEARFRAC Divide o ano como uma fração, representando o número de dias in-
teiros entre as datas de início e término.
Funções de filtro
A função de filtro suporta DAX retornando tipos de dados específicos, procurando valo-
res e filtrando por opções de valor relacionadas. A filtragem usando as funções de pes-
quisa funciona como um banco de dados, porque suporta o uso de tabelas e relações.
Quando estiver preocupado com o contexto, saiba que as funções de filtragem permitem
manipulá-lo, criando cálculos dinâmicos. A Tabela 15-4 apresenta uma lista de todas as
funções de filtro disponíveis no Power BI.
TABELA 15-4 Funções de Filtro
Funções financeiras
Ao fazer cálculos financeiros, como taxa de retorno, juros acumulados ou taxa de depre-
ciação, você usa uma função financeira. A Tabela 15-5 lista todas as que estão disponí-
veis no Power BI.
TABELA 15-5 Funções Financeiras
Funções de informação
Se estiver procurando uma função que avalie uma célula ou linha com um argumento, as
funções de informação demonstram se o valor corresponde ao tipo esperado. A Tabela
15-6 exibe todas elas.
TABELA 15-6 Funções de Informação
Funções lógicas
Suponha que precise responder a uma expressão com base nas informações retornadas
sobre os valores. Nesse caso, as funções lógicas são uma escolha adequada. Alguns
exemplos são IS, AND, OR e NOT. TRUE e FALSE também são operadores lógicos, que são
descritos na Tabela 15-7.
TABELA 15-7 Funções Lógicas
DIVIDE Aplica a função de divisão segura para lidar com casos divididos por
zero.
GCD Exibe o valor divisível comum mais significativo entre dois números
inteiros.
Outras funções
Funções pai-filho
As funções pai-filho são opções a considerar ao lidar com conjuntos de tabelas hierár-
quicas e manipular datas com uma função. A Tabela 15-10 apresenta todas elas.
TABELA 15-10 Funções Pai-filho
PATH Exibe uma string contendo uma lista delimitada de IDs. PATH começa
com o topo/raiz de uma hierarquia. Termina com um ID especificado.
PATHITEMREVERSE Exibe o enésimo item na lista delimitada, que é produzido pela função
PATH. O caminho é calculado de trás para frente.
Funções de relação
RELATEDTABLE Exibe uma tabela correspondente que é filtrada para que inclua ape-
nas linhas relacionadas.
Funções estatísticas
Ao lidar com dados estatísticos e complicações matemáticas mais complexas que não
podem ser concluídas usando outras bibliotecas numéricas, você descobrirá que as fun-
ções estatísticas são bastante valiosas. Como mostrado na Tabela 15-12, alguns exem-
plos são distribuições, dados de probabilidade e desvios-padrão.
TABELA 15-12 Funções Estatísticas
COMBIN Exibe várias combinações para dado número de itens. Use COMBIN
para definir o número total possível do grupo para dado número de
itens.
PERMUT Exibe o número de permutações para vários objetos que podem ser
selecionados a partir de vários objetos.
VAR.S Estima a variância com base em uma amostra, ignorando valores ló-
gicos e texto em uma amostra.
Função O que Faz
VARX.S Estima a variância com base em uma amostragem que avalia uma ex-
pressão para cada linha em uma tabela.
Pense nas funções de manipulação de tabelas como outra maneira de manipular os da-
dos da tabela usando o DAX sem ter que lidar com o modelo. De instruções de JOIN a
GROUPBY, há muitas funções semelhantes aqui que são comuns em soluções de banco de
dados relacionais corporativos, como o SQL Server do Azure, para manipular dados de
tabela, como mostrado na Tabela 15-13.
TABELA 15-13 Funções de Manipulação de Tabela
Função O que Faz
DISTINCT Exibe uma tabela de uma coluna assumindo que uma co-
luna contém um valor exclusivo.
ROW Exibe uma tabela de linha única com novas colunas especi-
ficadas pelas expressões DAX.
Funções de texto
CONCATENATEX Avalia uma expressão para cada linha em uma tabela. O resul-
tado exibe a concatenação de valores em um único resultado de
string, separados por um delimitador específico.
FIND Exibe a posição inicial de uma string de texto com outra. FIND é
sensível a maiúsculas e minúsculas.
Capítulo 16
Quem DAX Mais?
N os Capítulos 14 e 15, falo sobre o ABC do DAX. Nesses capítulos, faço várias referên-
cias ao que é preciso para criar fórmulas e cálculos mais sofisticados para gerar melho-
res insights para uma empresa. Este capítulo fecha o loop ajudando-o a entender melhor
os elementos técnicos por trás da codificação e depuração de suas fórmulas DAX no
Power BI.
Uma das primeiras coisas que você aprende em Programação 1 é como usar variáveis.
Bem, adivinha só?! As variáveis também são um construto fundamental no DAX. Você
pode declarar variáveis DAX em suas expressões de fórmula. Desde que declare pelo me-
nos uma variável, uma cláusula RETURN é usada para definir a expressão. O resultado,
então, se refere à variável.
Por muitos motivos, é bom usar variáveis à medida que iniciar a programação, seja por
sintaxe, seja por contexto, seja por funcionalidade. Aqui estão alguns deles:
» Maior desempenho, permitindo que o usuário, desenvolvedor ou observador avalie o código uma
vez, conforme necessário.
» Suporta testes de tempo de design de estratégias fáceis e direcionadas para fórmulas complexas,
retornando apenas variáveis-chave — as que são chamadas.
Escrevendo Fórmulas DAX
Se seu modelo de dados for baseado em um tipo de cálculo, tabela calculada ou coluna
calculada, ou for medido no Power BI, você descobrirá que há uma convenção padrão
para a criação de fórmulas.
Uma fórmula tem uma estrutura definida, começa com um nome, seguido por um
símbolo de igual, que é seguido por uma fórmula DAX. Aqui está um exemplo:
<Calculation> = <DAX Formula>
As fórmulas DAX consistem em mais do que algumas variáveis e um sinal de igual. Pelo
contrário! Uma expressão DAX destina-se a retornar um resultado — um objeto de ta-
bela ou um valor escalar. Vamos detalhar. Se tiver uma fórmula de tabela calculada, o re-
sultado é um objeto de tabela retornado. Em contraste, tanto as colunas calculadas
quanto as fórmulas de métrica retornam valores singulares.
Vamos dar um passo para trás por um momento. O que uma fórmula pode ter? Uma
fórmula pode ter todas as características descritas na Tabela 16-1.
TABELA 16-1 Indo Fundo nas Fórmulas
Característica Descrição
Espaço em branco Com o DAX, alguns caracteres ajudam os usuários a formatar fórmu-
las para facilitar a compreensão de expressões. Caracteres de espaço
em branco diferentes incluem espaços, guias e retornos. Você não
precisa incluir espaço em branco como parte de sua lógica de fór-
mula. Não prejudica o desempenho. No entanto, terá um impacto
positivo no estilo e na consistência do formato.
Referências a objetos do Fórmulas referenciam tabelas, colunas e métricas. Uma fórmula não
modelo faz referência a uma hierarquia ou a um nível de hierarquia. Por-
tanto, para uma referência de tabela, um nome de tabela deve ser in-
cluído dentro de uma única citação. Da mesma forma, uma referên-
cia de coluna requer colchetes. Sob condições específicas, um nome
de coluna pode ser precedido por seu nome de tabela. Por fim, os
nomes das métricas devem estar sempre entre colchetes.
Entender o conceito de funções, fórmulas e métricas é fácil demais, mas, em algum mo-
mento, você precisa reunir as três no Power BI Desktop para criar cálculos estendidos. É
chegada a hora.
Uma forma de estender os cálculos é usando métricas. O DAX usa dois tipos de métri-
cas: implícita e explícita. A maioria dos usuários começa criando métricas simples, que
resumem uma única coluna ou tabela. Então, com o tempo, eles percebem que, à medida
que seus dados crescem, precisam criar métricas mais detalhadas com base em outras
métricas no modelo.
Métricas implícitas e explícitas
» Os dados usarão o valor resumido da coluna em visualizações e campos para dar suporte à
sumarização.
Na Figura 16-1, a tabela Awards inclui apenas campos que podem ser resumidos, in-
cluindo a coluna calculada AwardID.
Figura 16-1:
O painel Fields mostrando uma coluna calculada.
Figura 16-3:
Definindo o tipo de cálculo de uma coluna.
Colunas numéricas usando funções DAX oferecem uma ampla gama de funções de
agregação. Você pode programá-las ou usar um menu suspenso. As opções de coluna
numérica mais usadas incluem estas:
» Soma [Sum]
» Média [Average]
» Mínimo [Minimum]
» Máximo [Maximum]
» Contagem (distinta) [Count Distinct]
» Contagem [Count]
» Variação [Variance]
» Mediana [Median]
Ao formatar cálculos DAX, volta e meia você verá a palavra “distinta”. Então
haverá outra escolha quase idêntica. Qual é a diferença exatamente? Por exemplo,
Count versus Count Distinct. A opção Count Distinct mostra apenas instâncias exclusivas
de um determinado valor, enquanto Count mostra resultados de todos os registros.
Não presuma que os dados numéricos não podem ser sumarizados. Sim! Por padrão, a
única diferença é que não terão o símbolo sigma (Σ) ao lado da coluna não numérica no
campo. As colunas de texto são resumidas para agregações. Aqui estão os tipos de
exemplo:
» Primeiro (alfabético)
» Último (alfabético)
» Contagem (distinta)
» Contagem
Você pode argumentar que métricas explícitas são melhores para o Power BI porque são
orientadas por cálculos. Mas a verdade é que as implícitas são mais fáceis de aprender e
usar. Elas fornecem muito mais flexibilidade, porque os autores dos relatórios podem
usá-las para visualizar os dados rapidamente. É preciso um pouco mais de esforço com
métricas explícitas ao criar cálculos.
Claro, tudo tem um lado positivo e um negativo. Métricas implícitas permitem que o
autor do relatório crie designs desleixados, se preferirem. Isso significa que a agregação
pode ser feita da maneira errada. Os dados agregados podem não ser adequados ou úteis,
com base nas colunas representativas. Na Figura 16-4, há um exemplo desse cenário. A
variação está bem fora de proporção com os valores reais de qualquer valor de lance. Na
verdade, se olhar atentamente para a tabela apresentada antes, na Figura 16-2, observe
que o pool total de lances é um tímido US$1,6 milhão. A variância o excede bem.
Figura 16-4:
Má representação dos dados.
Você pode escrever praticamente qualquer fórmula DAX para adicionar uma métrica a
qualquer tabela no modelo. A única restrição é que uma fórmula de métrica deve retor-
nar um valor escalar ou único.
As métricas não armazenam valores no modelo de dados. Em vez disso, são
usadas no momento da consulta para retornar as instâncias de sumarização dos
dados do modelo. Além disso, uma métrica não pode fazer referência a uma tabela ou
coluna diretamente. É por isso que precisam de uma função para a sumarização.
A complexidade da métrica resume-se a quantas colunas são agregadas. Uma métrica
simples agrega o valor de uma única coluna. Ele faz o que métricas implícitas fazem au-
tomaticamente. No exemplo mostrado na Figura 16-5, você adiciona uma métrica à ta-
bela Awards. Veja como:
2. Na área Calculations da guia Table Tools, clique no ícone New Measure, que lhe
permite criar uma nova fórmula DAX.
Altere a formatação assim que possível. Nesse caso, você altera o formato do
número para moeda e define a posição decimal para dois. Isso ajuda a criar valores
consistentes.
A métrica está agora estruturando adequadamente os dados financeiros, alterando o
tipo de formatação para moeda e posição decimal para dois pontos. Agora, sempre que
você adicionar dados financeiramente orientados, como Awards, a mesma estrutura se-
guirá o exemplo. Para provar essa afirmação, criei uma nova métrica: TypicalBid:
TypicalBid = AVERAGE(Awards[Bid])
Assim que a nova fórmula, TypicalBid, foi inserida no Power BI Desktop, foi reco-
nhecida com base no contexto. As alterações incluíram a mudança para o formato da
moeda, uma vez que a tabela era Awards, e a coluna, Bids. Os resultados de um tipo de
formato modificado (moeda) estão na Figura 16-5, o que é importante, porque o Power
BI reconheceu a alteração automaticamente.
Se mais de uma métrica estiver envolvida na equação, como Profit = Bid -
Earned, é conhecida como métrica composta.
Você usou colunas e métricas calculadas. Então, qual escolher e em qual situação?
» Ambas são referenciadas em fórmulas DAX anexando seus nomes com parâmetros.
Sintaxe e contexto
As expressões DAX analisam dados críticos para uso em relatórios de Power BI. Essas
expressões devem usar sintaxe e contexto específicos como resultado. As expressões
DAX aceitam tabelas e colunas como referências. Tenha em mente:
» Os operadores DAX não exigem que os usuários digitem funções repetidamente para criar ex-
pressões diferentes nas tabelas.
» As operações DAX se aplicam à totalidade das colunas de dados selecionadas, não apenas a um
subconjunto.
» Com DAX, você pode retornar o valor de uma tabela inteira, em vez de um único.
» O DAX suporta o cálculo de variáveis de data, hora e ano a partir de dados de coluna.
» Com DAX, você pode criar até 64 funções aninhadas em uma única expressão.
Se olhar para a fórmula a seguir, verá que há uma arquitetura específica para a equação
tirada de uma tabela de dados:
Profit = SUM(Sales([Earned])
» O sinal de igual (=), também conhecido como operador, marca o início da função.
Ao criar equações e fórmulas, certifique-se sempre de aderir a uma sintaxe estrita que
esteja de acordo com esses princípios.
O Power BI estende o uso do DAX além do que outros aplicativos da Microsoft fazem — e
por uma boa razão! Com o DAX, sua capacidade de visualizar e aumentar dados cresce
exponencialmente. Este capítulo, com os Capítulos 14 e 15, explica os conceitos básicos
de sintaxe, contexto e funções. No final, no entanto, você precisa focar a otimização para
manter a organização do código.
O DAX tem muitas funções: é um desafio saber por onde começar. É indubitavelmente
difícil memorizar as mais de 250 funções que discuto no Capítulo 15, mas você deve estar
familiarizado com como os 15 tipos de funções são agrupados e ser capaz de classificar
suas métricas por tipo de categoria. Você também deve estar ciente de coisas a evitar se
quiser manter suas fórmulas livres de erros. As próximas seções oferecem dicas.
Sempre que estiver escrevendo expressões DAX, há uma chance de escrever erros de
tempo de avaliação. É inevitável. Considere estas duas funções para reduzi-los:
» Use a função ISERROR para pegar uma única expressão e retornar uma instrução TRUE quando
ela resultar em um erro.
» Use a função IFERROR quando houver duas ou mais expressões. Se a primeira expressão resultar
em um erro, a segunda será retornada.
Você pode ficar tentado a deixar espaços de vez em quando, porque simplesmente não
há valor realizado a partir da expressão. Nesses casos, onde você encontra um valor
como zero, antes de desistir, repense. Considere a seguinte métrica, que transforma um
resultado BLANK em 0:
Bid (No Blank) =
If (
ISBLANK ([Bid]),
0,
Bid
)
DIVIDE([Commissions], [Sales], 0)
Em primeiro lugar, a função DIVIDE pega Commissions e as mede pela métrica Sales.
Se o resultado for zero ou BLANK, o terceiro argumento — o resultado alternativo, em
outras palavras — é então retornado. Nesse exemplo, a métrica é garantida para sempre
retornar um valor porque zero é passado como o resultado alternativo. Como você pode
ver, ambos os designs de medição são ineficientes e levam a designs de relatórios ruins.
O Power BI tenta recuperar todos os agrupamentos dentro do contexto de filtro,
mesmo quando esses itens são adicionados às visualizações do relatório. O problema é
que o resultado é uma consulta significativa, que leva a um relatório lento. Cada métrica
de exemplo transforma um cálculo esparso em uma produção teatral, fazendo com que o
Power BI vacile, porque as tarefas banais se complexificam. Os agrupamentos sobrecar-
regam o usuário do relatório. É por isso que você deve ser altamente eficiente com o uso
de contexto de filtro, agrupamentos e variáveis. Uma fórmula de exemplo que fornece
mais eficiência e uso apropriado de variáveis inclui esta linha:
Commission Payable = DIVIDE ([Commissions], [Sales])
Em certas circunstâncias, você deve configurar uma visualização para exibir todos os
agrupamentos. Isso significa retornar valores ou BLANK dentro do contexto de filtro ati-
vando a opção Show Items with No Data.
Com DAX, só há uma condição quando é permitido devolver um BLANK. Essa
condição ocorre quando sua métrica é forçada a retornar BLANK, porque nenhum
valor significativo pode ser retornado. Essa é uma abordagem eficiente, que permite ao
Power BI fazer relatórios mais rápidos.
Certa feita, você aprendeu fórmulas matemáticas básicas na escola. Lembra-se da dife-
rença entre numeradores e denominadores? Com o DAX, é um pouco mais técnico. Você
precisa saber a diferença entre a função DIVIDE e o uso do operador de divisão.
Ao usar a função DIVIDE, você passa a expressão numerador e denominador para obter
o resultado. Também pode passar um valor para um resultado alternativo:
DIVIDE(<numerator>, <denominator> [,<alternateresult>])
A função de DIVIDE foi criada para lidar com a divisão por zero. Se uma alternativa não
for passada, e o denominador for zero ou BLANK, a função deve retornar BLANK. O caso de
uso secundário ocorre quando um resultado alternativo é passado — ele é retornado, em
vez de BLANK.
As funções IF, ISBLANK ou BLANK, conforme discutido no Capítulo 15, não estão por
conta própria. Você precisa de um mínimo de quatro funções DAX para completá-las.
Tais requisitos de codificação são bastante ineficientes. Aqui está um exemplo de código
ineficiente (e incorreto):
Bid Margin =
IF (
OR (
ISBLANK([Bids]),
[Bids] == 0
),
BLANK (),
[Bids] / [Sales]
)
Esse código é ineficiente porque [Sales] é o denominador. Usando [Bids] como nume-
rador, o resultado é BLANK infinito. Como você vê, o código está formatado incorreta-
mente, causando erros desnecessários.
Aqui está um exemplo usando DIVIDE que oferece uma forma muito mais eficiente de
produzir exatamente a mesma fórmula:
Bid Margin =
DIVIDE([Bids], [Sales])
Dado o que você sabe da revisão dessas duas equações, conseguirá seguir estas regras:
» Use a função DIVIDE sempre que o denominador for uma expressão que pode retornar 0 ou
BLANK.
» Quando o denominador for um valor constante, use o operador de divisão, não a função DIVIDE.
A divisão é 100% infalível, e suas expressões podem ter um melhor desempenho, porque nenhum
teste é necessário.
» Antes de usar o valor alternativo, pense duas vezes. Muitas vezes, é melhor devolver um BLANK do
que qualquer coisa.
» BLANK é melhor para visualizações de relatórios porque ajuda a eliminar grupos quando as suma-
rizações assim estão. Você também pode concentrar sua atenção em grupos nos quais existem
dados.
» Em caso de dúvida, configure recursos visuais para exibir todos os grupos que retornam valores
ou BLANK dentro do complexo filtrado, ativando a opção Show Items with No Data.
Sendo específico
Algumas letras fazem toda a diferença no DAX. Você pode precisar escrever uma expres-
são DAX que teste se uma coluna pode ser filtrada usando um valor específico. Ao longo
dos anos, o DAX usou valores específicos, incluindo IF, HASONEVALUE e VALUES. Por
exemplo, se precisar determinar o imposto sobre vendas para um cliente na Califórnia,
use o seguinte código:
CA State Tax =
IF (
HASONEVALUE (Customer [State Tax]),
IF (
VALUES (Customer [State Tax]) = "California",
[Sales] * 0.0725
)
)
Como apresentada aqui, a função HASONEVALUE retorna uma condição TRUE somente
se um único valor da coluna STATE TAX estiver visível no contexto de filtro. Quando for
TRUE, a função VALUES deve ser comparada com o texto específico "California". Se
essa condição de texto for TRUE, a métrica Sales é multiplicada por 0,0725, ou 7,25%,
que é o imposto de renda estadual sobre vendas na Califórnia. Se a função HASONEVALUE
retornar FALSE, o que pode ser o caso porque há mais de uma coluna de filtro de valor, a
primeira função IF retorna BLANK.
Usar a técnica como estruturada aqui é algo altamente defensivo. Ela é necessária por-
que pode produzir vários filtros de valor para a coluna State Tax. A função VALUES pode
retornar uma tabela que produz uma tabela de várias linhas. Dito isso, quando você
compara uma tabela de várias linhas com um valor de escala, os resultados geram um
erro significativo.
Em vez de usar o trio de funções, por que não usar apenas um único filtro, a função
SELECTEDVALUE? Às vezes, simplicidade, elegância e eficiência vencem. A mesma equa-
ção de código usando uma função versus três pode ser escrita assim:
CA Sales Tax =
IF (
SELECTEDVALUE (Customer [State Tax]) = "California",
[Sales] * 0.0725
)
Você pode precisar escrever expressões DAX que contam linhas de tabela de vez em
quando. Há algumas maneiras de fazer isso. Sua primeira escolha é usar a função COUNT
para contar valores de coluna. Outra opção é a função COUNTROWS para contar linhas de
tabela. Ambas as alternativas alcançam o mesmo resultado. Há uma ressalva: contanto
que as colunas contadas não tenham BLANK, ambas as funções funcionarão.
No primeiro caso:
Bids Processed =
COUNT(Bids[BidDate])
A granularidade mostrada na tabela de lances é para uma linha por lance, e a coluna
BidDate não tem BLANK. A métrica retorna o conjunto de resultados correto.
Bids Processed =
COUNTROWS(Bids)
Mais uma vez, eficiência e elegância vencem por uma variedade de razões. Não se con-
sidera BLANK em nenhuma coluna da tabela. A intenção da coluna é esclarecida, porque a
função é autodescritiva.
Relações importam
Sempre que você procura revisar um par de tabelas no Power BI, pode encontrar muitas
relações. Pode haver muitas relações inativas. No entanto, apenas uma relação ativa de
cada vez pode ser avaliada usando o DAX.
O código DAX usa a relação ativa por padrão. O DAX pode usar uma relação inativa es-
pecífica quando associado à função USERELATIONSHIP.
Atualizando-se com o contexto
» O contexto de linha aplica-se sempre que uma fórmula DAX tem funções que encontram uma
única linha em uma tabela. Pense em um contexto de linha como segmentando uma linha especí-
fica de dados. Ele não pode fazer referência a nenhum dado fora da linha sem usar funções. O
contexto de linha é calculado no tempo de processamento, e não no de execução. Você o usa
para gerar colunas calculadas.
» O contexto de filtro descreve como filtrar um ou mais cálculos para decidir resultados ou valores
específicos. O contexto de filtro não substitui o de linha — apenas o estende. Com o contexto de
filtro, você pode aplicar as funções ALL, RELATED, FILTER e CALCULATED.
No início deste capítulo, discuto as diferenças entre métricas e colunas. Mas aqui está a
verdade — as métricas sempre produzem melhores resultados no DAX no Power BI. Por
quê? Porque uma métrica é como um cálculo virtual do topo do modelo. Uma métrica é
executada apenas quando precisa ser usada, enquanto as colunas calculadas são forte-
mente integradas ao modelo.
Aqui estão algumas outras razões para usar métricas sobre colunas calculadas:
» As métricas são leves e implantadas quando necessário, enquanto as colunas calculadas são im-
plantadas desnecessariamente quando você executa uma equação que inclua código.
» Embora uma coluna calculada possa ser usada em um slicer, seu tamanho aumenta junto com o
modelo cada vez que se executa uma operação. Esse não é o caso com a métrica. Ela é executada
apenas quando chamada.
» Uma das técnicas mais poderosas para medição complexa de cálculo é medir grupos de ramifica-
ção. Ela lhe permite começar com um cálculo básico e, em seguida, criar outros mais complicados
a partir do cálculo base, como um ramo de árvore. Grupos de métricas são como pastas. Cálculos
semelhantes são colocados no mesmo grupo para se executar uma tarefa.
Suponha que pretenda realizar cálculos aninhados que exijam cálculos complexos.
Nesse caso, a ramificação de métrica corta uma parte significativa do código, o que me-
lhora o desempenho dele. As colunas calculadas não melhoram seu desempenho.
Meça grupos para manter os relatórios limpos e organizados, ajudando-o a localizar
os dados de forma rápida e mais eficiente.
Vendo que a estrutura importa
Se há algo que eu deveria reiterar inúmeras vezes é a simples verdade de que a estrutura
importa. Se você não precisa de algo em seu código, retire-o. Se uma coluna interna esti-
ver em uso, oculte-a, em vez de expô-la no Power BI, para que você não precise expô-la
com o DAX. Se quiser chamar uma coluna usando DAX como uma variável, renomeie-a
para que faça sentido, porque todos os nomes devem ser fáceis de usar. E, sempre que
possível, use métricas explícitas, porque você será grato pela legibilidade do código e
pelo desempenho acelerado.
NESTE CAPÍTULO
Capítulo 17
Por Aí: O Workspace do Power BI
D epois de experimentar todo o ciclo de vida dos dados em todas as fontes, criar visu-
alizações, aprender sobre o DAX e publicar relatórios, sua próxima etapa, como um
usuário avançado do Power BI, é compartilhar os dados de sua área de trabalho com to-
dos os interessados em sua empresa. Para fazer isso, você precisa mudar de marcha e ir
para a web, pois é improvável que queira que os usuários alterem seus dados do Power BI
Desktop. Em vez disso, eles devem usar o Power BI Service para realizar atividades
usando um workspace, que é um recurso crucial para colaboração e compartilhamento.
Neste capítulo, você aprende sobre workspaces e como colaborar, compartilhar e acele-
rar suas operações de negócios com ferramentas de monitoramento, todas disponíveis
no Power BI Service.
Imagine-se em um museu de arte. Você pode explorar recursos visuais e ler histórias
épicas sobre cada trabalho, sozinho ou com outras pessoas ao seu lado. Um workspace
do Power BI, disponível no Service, é análogo à curadoria de conteúdo para um museu,
mas é claro que são dados! Um workspace é criado por um designer do Power BI para ge-
renciar uma coleção de dashboards e relatórios. Pense em um workspace como um ar-
quivo. O designer pode compartilhá-lo com os usuários com base em funções, responsa-
bilidades e permissões. Na verdade, o designer pode até construir um aplicativo agru-
pando coleções direcionadas de dashboards e relatórios e distribuí-los para sua organi-
zação, seja envolvendo apenas alguns usuários, seja envolvendo uma comunidade in-
teira. Esses aplicativos, os aplicativos de modelo, são distribuíveis em uma variedade de
dispositivos, incluindo desktop e smartphone.
A ideia por trás de um workspace do Power BI é que ele deve conter todo o conteúdo es-
pecífico de um aplicativo. Quando os designers criam um aplicativo, agrupam todos os
ativos de conteúdo necessários para uso e implantação e o disponibilizam no workspace.
O conteúdo pode incluir qualquer coisa, desde conjuntos de dados a dashboards e
relatórios.
Um workspace não precisa incluir todos os tipos de conteúdo. Ele pode conter
relatórios, conjuntos de dados ou dashboards exclusivamente, conforme o propó-
sito do negócio e o que o designer deseja compartilhar e colaborar com outros usuários.
Os workspaces mostrados na Figura 17-1 destinam-se ao compartilhamento e colabo-
ração usando um esquema solidário. Você os acessa via My Workspace (veja a Figura 17-
2), pois ele é o seu desktop na internet para Power BI. Você pode publicar dados do Power
BI Desktop para o Power BI Service. Em seguida, pode organizar, armazenar e comparti-
lhar esses ativos recém-publicados online em um ou mais workspaces que pretenda usar
para colaboração. Na Figura 17-3, há ativos originalmente criados no Power BI Desktop
agora disponíveis em um workspace associado ao projeto Pipeline Identification.
Figura 17-1:
Uma lista de aplicativos do workspace.
Figura 17-2:
A interface My Workspace.
Figura 17-3:
O conteúdo de um workspace no Power BI.
A princípio, pode ser difícil entender por que é necessário fazer a transição do Power
BI Desktop para o Power BI Service. O principal ponto de encontro geralmente é o
workspace, no qual estão os recursos de compartilhamento e colaboração no Power BI
Service. Os workspaces oferecem os seguintes benefícios:
» Usar workspaces para hospedar relatórios e dashboards para uma equipe ou várias equipes.
Criar um workspace requer que alguns itens sejam configurados, incluindo sua marca,
nome, descrição, acesso, armazenamento, modo de licença, tipo de aplicativo e configu-
rações de segurança. Para concluir tal configuração, siga estes passos:
Upload: Coloque uma imagem na sua área de trabalho para personalizar a experiência no
workspace.
Workspace Name: Nomeie o workspace com base em seu conteúdo e conjuntos de dados.
Pense em um nome útil para uma coleção de arquivos.
Workspace OneDrive: Isso permite que um usuário configure um grupo do Microsoft 365 cuja bi-
blioteca compartilhada do OneDrive esteja disponível para usuários do workspace atribuído.
License Mode: Selecione o tipo de licença que atribui o direito de acessar o conteúdo no works-
pace. Uma organização pode ter acesso a um tipo (Pro) ou a mais de um (baseado em
Premium).
Develop a Template App: Marque essa caixa de seleção se desejar que o workspace se torne um
aplicativo.
Security settings: Marque essa caixa de seleção para permitir que administradores e colaborado-
res façam alterações no workspace.
Figura 17-6:
Configurando os recursos padrão de um workspace.
Figura 17-7:
Configurando os recursos avançados de um workspace.
Para obter uma atualização sobre os tipos de licença e a diferença entre o licen-
ciamento baseado em Pro e Premium, veja o Capítulo 3.
4. Clique em Workspace Access no menu que aparece, como mostrado na Figura 17-
8.
Ao fazer isso, o painel Workspace Access é exibido no lado direito da tela, conforme
mostrado na Figura 17-8.
Figura 17-8:
Atribuindo acesso ao workspace.
5. Insira os endereços de e-mail ou contas de grupo daqueles cujo acesso deseja con-
trolar com as funções do workspace que deseja atribuir a eles.
Sem surpresa, você precisa ter algum conteúdo em um workspace para criar e configurar
um aplicativo para distribuição. Pense em nossa analogia da receita para assar um bolo.
Você decide que criará um workspace de aplicativo, que permitirá que todos os seus ati-
vos de workspace sejam agrupados em um aplicativo implementável autônomo. Em se-
guida, você aplica o glacê, que é atribuir as funções específicas do colaborador. É claro
que você pode até adicionar alguns componentes de conteúdo extra como quiser, como
relatórios, dashboards, conjuntos e fluxos de dados, e arquivos importados para o Power
BI Service. Ao contrário de um workspace do Power BI, que é destinado a um número fi-
nito de usuários para colaboração, um aplicativo é destinado a um número maior de
usuários depois que é publicado. Um aplicativo é uma visualização publicada e somente
leitura dos dados. Os aplicativos fornecem distribuição em massa para aqueles que que-
rem acesso a insights analíticos. No entanto, há um problema: você deve ter, no mínimo,
uma licença Pro para consumir e visualizar um aplicativo. Alternativamente, o aplicativo
deve ser suportado por um dos dois tipos de capacidade Premium em uma organização.
Para adicionar qualquer tipo de conteúdo a um workspace do aplicativo uma vez con-
figurado, selecione o botão New e escolha o conteúdo que deseja adicionar. (Veja a Figura
17-9.)
Figura 17-9:
Adicionando novo conteúdo a um workspace.
Cada vez que você adiciona conteúdo, ele é adicionado à lista Workspace. Em seguida,
você pode optar por inclui-lo no aplicativo, conforme mostrado na Figura 17-10. Você
selecionaria o controle deslizante para mostrar se ele deve ser incluído. Quando estiver
pronto para empacotar o aplicativo para distribuição, pressione o botão Create an App,
no canto superior direito.
Figura 17-10:
Criando um aplicativo.
Esmiuçando os Dados
Figura 17-12:
O menu Report, em Workspaces.
Analisando no Excel
Figura 17-13:
O prompt de download para o complemento do Excel.
Talvez você queira uma ideia geral de um conjunto de dados. Ou talvez esteja procurando
padrões, tendências e ambiguidades nos dados. As anomalias nos dados podem ser de-
safiadoras se você estiver começando e não souber nem o que procurar. No entanto, o
Power BI faz o trabalho para você. Sua IA encontra tendências, padrões, indicadores e
anomalias críticos nos dados. Com o Quick Insights, o Power BI produz automatica-
mente as principais tendências que acredita serem essenciais em cada conjunto de dados
para um usuário avaliar. No exemplo mostrado na Figura 17-14, há um órgão federal, o
Departamento de Estado, obrigando o menor valor em dólares para projetos relaciona-
dos ao Covid-19 em relação a outros órgãos federais. Da mesma forma, para os condados
da Virgínia, uma maior alocação de dólares foi dada a Fairfax e Stafford, em relação a
outros.
Figura 17-14:
O recurso Quick Insights.
Figura 17-15:
Um relatório de métricas de uso.
Trabalhando com relatórios paginados
No início deste capítulo, mostro como criar, atualizar e excluir relatórios como ativos de
conteúdo autônomos no Power BI Desktop e no Service. O relatório autônomo é otimi-
zado para exploração e interatividade de dados. Outro tipo de relatório, no entanto, é es-
pecífico para usuários do Pro e Premium, o paginado, que pode ser compartilhado dire-
tamente ou como parte de um app Power BI.
Ao contrário dos relatórios baseados na web, os paginados destinam-se à impressão,
assim, são formatados para o papel. Na verdade, você pode até chamá-los de pixel-per-
feito. Suponha que esteja procurando renderizar um PDF de relatório de negócios alta-
mente sofisticado, como de final de ano ou de declaração de lucros e perdas. Nesse caso,
um relatório paginado é uma excelente escolha.
Se tiver acesso a um relatório paginado, poderá compartilhá-lo com outras
pessoas. Além disso, há a opção de inscrever a si e a outras pessoas em um
relatório.
2. Clique em View.
Figura 17-16:
Obtendo acesso à linhagem de dados.
Figura 17-17:
Um exemplo de linhagem de dados.
Tal como acontece com outros recursos do workspace, apenas funções específicas po-
dem acessar Lineage View. Você deve ser administrador, colaborador ou membro para
vê-la. Além disso, deve ter uma licença Power BI Pro ou Premium usando um workspace
baseado em aplicativo para fazer uso dela.
Depois de selecionar Lineage, a exibição de todos os itens encontrados no workspace
aparece na tela. A Figura 17-17, por exemplo, mostra a linhagem de dados para o works-
pace Pipeline Identification.
A visualização de linhagem é uma sinopse de todos os artefatos encontrados no
workspace — conjuntos de dados, fluxos de dados, relatórios e dashboards, por exem-
plo. Como mostrado nas Figuras 17-18 a 17-21, cada um dos cartões na tela, conforme
representados em Lineage View, é um ativo separado. As setas entre cada um dos cartões
explicam os fluxos de dados entre os ativos. Os dados fluem da esquerda para a direita,
permitindo que você os observe à medida que vão da origem ao destino. Geralmente, o
fluxo conta uma história, como a desta lista:
Figura 17-18:
Exemplo de um cartão de conjunto de dados.
Figura 17-19:
Um cartão de relatório.
Figura 17-20:
Um cartão de dashboard.
Figura 17-21:
Setas entre cada ativo em um workspace.
Não é incomum que conjuntos e fluxos de dados sejam associados a fontes externas. Al-
guns exemplos incluem bancos e conjuntos de dados encontrados em workspaces exter-
nos. Você vê que — ao revisar o cartão de conjunto de dados, como mostrado na Figura
17-22 — um usuário pode detalhar fatores diferentes escolhendo um desses três co-
mandos. Cada comando revela um aspecto diferente do conjunto de dados:
» Exibe detalhes e relatórios relacionados: Esse comando exibe todos os relatórios vinculados
aos conjuntos de dados e ao fluxo de dados associados.
» Mostra o impacto em todo o workspace: Esse comando fornece uma análise de impacto de
como o conjunto de dados ou fluxo de dados afeta a atividade do workspace. (Veja a Figura 17-23.)
» Mostra a linhagem: Esse comando fornece uma visão de nível micro do conjunto de dados.
Figura 17-22:
Esmiuçando um cartão de conjunto de dados.
Figura 17-23:
Mostrando o impacto de uma ação em um workspace.
Figura 17-24:
Ativando etiquetas de sensibilidade no Power BI.
4. Localize a seção Sensitivity Label, no painel Settings, que aparece (veja a Figura
17-25).
Figura 17-25:
O menu suspenso Sensitivity Label.
Figura 17-26:
Rótulos de sensibilidade em um workspace.
Capítulo 18
Soprando os Dados
D ados antigos não fazem bem a uma organização se dados mais novos e relevantes
estiverem disponíveis. E, sejamos honestos, se os dados forem obsoletos e carecerem de
integridade, os analistas que usam ativamente o Power BI para analisar números serão
capazes de criar novos relatórios atraentes, observar dashboards e elaborar cálculos
complexos? Duvido. Garantir que seus conjuntos de dados do Power BI sejam inigualá-
veis e funcionem como as bases com que você sonha para suas equipes é o objetivo de
todos os usuários. É por isso que a Microsoft integrou vários recursos de atualização de
dados e segurança ao Power BI. Neste capítulo, você verá como projetar, configurar e
implantar conjuntos de dados corporativos do Power BI para atualização e segurança
granular.
Estabelecendo um Cronograma
Para que servem os dados se não forem mantidos limpos e atualizados? Alguns analistas
preferem atualizá-los manualmente no Power BI Desktop e no Service. Ainda assim,
essa abordagem é ilógica quando é preciso garantir que os dados sejam atualizados peri-
odicamente para manter sua relevância.
Usando a atualização programada
Quando você tem todos os dados em uma linha e simplesmente deseja criar uma progra-
mação de atualização online, basta configurar essa atividade no Power BI Service. Para
programar uma atualização, siga estas etapas:
Figura 18-1:
O painel Scheduled Refresh.
Outro caso de uso comum para atualização envolve o acesso a dados no local. Para isso, é
necessário um gateway de dados — um tipo de ponte que suporta detalhes e credenciais
de conexão. Você baixa e instala o gateway do Power BI Service acessando o menu Set-
tings, na parte superior da página inicial. (Você já sabe, nosso amigo, o ícone da engre-
nagem). Uma vez lá, escolha Settings ➪ Download ➪ Data Gateway, como mostrado na
Figura 18-2.
Figura 18-2:
Baixando um gateway de dados.
» Standard: Quando várias pessoas precisam acessar o gateway, o modo standard [padrão] é o
adequado. Você também pode usar um gateway standard com outros serviços da Microsoft, es-
pecialmente com a família Power Platform. Uma fonte de dados pode ser adicionada apenas uma
vez, por isso é uma excelente escolha para ambientes corporativos que procuram a integridade
deles. Você também tem a opção de aplicar credenciais genéricas para fontes de dados.
» Personal: Nesse modo, apenas um único usuário pode usar o gateway. Além disso, ele só pode
ser usado pelo Power BI. Se o compartilhamento não for necessário, esse modo é uma possibili-
dade. Caso contrário, sua única escolha é o standard.
Figura 18-3:
Opções de gateway.
5. Para cada gateway de dados, selecione uma fonte que gostaria de mapear, con-
forme mostrado na Figura 18-4.
Figura 18-4:
Modificando gateways de dados.
Cada vez que cria uma fonte de dados, você precisa fornecer credenciais de
fonte na seção Data Source. Isso significa que é preciso editar as credenciais com
segurança para que possam ser armazenadas em cache no Power BI Service.
Seus dados são preciosos. Nem todos devem ter acesso a eles. Se estiverem em sua área
de trabalho, geralmente são restritos a você, a menos que compartilhe seu computador.
No entanto, assim que os dados chegam à internet, todas as apostas são canceladas.
Você precisa proteger as joias da coroa de sua organização. Isso significa que conjuntos
de dados, relatórios e dashboards precisam de configurações de segurança focadas. É por
isso que é essencial implementar a segurança em nível de linha (RLS) com o Power BI,
para restringir o acesso a dados e para que usuários não autorizados não obtenham
acesso a eles. Com o RLS, os filtros restringem o acesso aos dados no nível da linha. Você
pode definir os filtros dentro de uma função. Os membros de um workspace atribuído
têm acesso aos conjuntos de dados do Power BI Service, supondo que você esteja dentro
do grupo de segurança provisionado.
A configuração do RLS pode ocorrer em vários lugares diferentes. Você pode
configurá-lo no Power BI Desktop ou usando o DirectQuery com o SQL Server, por
exemplo. Ao usar o Analysis Services ou o Azure Analysis Services em tempo real, você
configura o RLS no modelo. Evite configurar a segurança com o Power BI Desktop —
suas configurações não aparecerão no conjunto de dados de conexão ao vivo.
Configurando para membros do grupo
Para criar associações de grupo, você precisa primeiro definir funções e regras no Power
BI Desktop. Quando estiver pronto para publicar, esses detalhes serão associados ao mo-
delo. Para configurar essas funções e regras, inicie o Power BI Desktop e siga estas
etapas:
3. Em Roles, pressione o botão Create e preencha a caixa com o nome de uma nova
função.
4. Repita esse processo até adicionar o número de funções que achar suficiente.
Figura 18-5:
Configurando funções para associação de grupo no Power BI Desktop.
7. Depois de criar todos os requisitos de função que pretende usar no Power BI Ser-
vice, clique em Save.
Figura 18-6:
Uma mensagem de erro RLS.
Depois de configurar seu RLS e publicar o modelo no Power BI Service, o resultado será
semelhante ao que você vê na Figura 18-7. À esquerda, estão as funções para esse con-
junto de dados específico. Os números entre parênteses mostram quantos membros cada
função tem. No lado direito, você pode controlar cada grupo de membros e suas funções
associadas.
Figura 18-7:
Segurança de nível de linha no Power BI Service.
Cuidar de um ou dois usuários é fácil, mas que tal centenas ou até milhares? Não tem
mistério. O motivo é simples. Os mesmos usuários podem estar usando as mesmas con-
figurações de segurança de nível de linha para conjuntos de dados, o que significa atri-
buir esses usuários exatamente aos mesmos grupos de segurança que os membros de
uma linha atribuída. Nessas condições, você pode criar um único grupo de segurança
uma vez, e, em seguida, seu trabalho está concluído.
Existe Amor no BI
O Power BI Service permite a colaboração entre vários usuários e grupos. Não se trata
apenas de compartilhar conjuntos de dados — também se trata de compartilhar relató-
rios e aplicativos. Você pode compartilhar dados em escala de várias maneiras, incluindo
as descritas nesta lista:
» Workspaces: Ao publicar no Power BI Service, você pode fazê-lo em um workspace. Depois disso,
obtém acesso automático aos conjuntos de dados publicados. Quanto a outros usuários, você
pode atribuir funções, supondo que tenha o licenciamento para fazê-lo, caso a caso.
» Apps: Se disponibilizar seu conjunto de dados para outras pessoas por meio de um aplicativo,
precisará conceder permissão aos usuários dele. Na verdade, todos os usuários devem ter as
mesmas permissões de construção; é uma situação de tudo ou nada aqui. Vá para a guia Permis-
sions ao criar um aplicativo e use as configurações para atribuir permissões, como mostrado na Fi-
gura 18-8.
Figura 18-8:
Definindo permissões do aplicativo.
Se revogar o acesso ao app para um usuário de um grupo de segurança na guia
Permissions, o acesso ao conjunto não será revogado automaticamente. A exclu-
são de acesso requer a gestão de permissões do conjunto, não só do aplicativo.
Conjuntos de dados são de todos os tipos. Alguns são minúsculos, e outros pesam vários
gigabytes, mesmo quando o Power BI tenta comprimi-los em tempo real. O Power BI faz
seu melhor para mitigar problemas de velocidade, uso de recursos e confiabilidade. Uma
forma de contorná-los é a atualização incremental.
Uma atualização incremental lhe permite atualizar um subconjunto de dados, o que re-
sulta em uma atualização mais rápida e confiável com menor uso e consumo de recursos.
Suponha que saiba que seus dados serão bem escalados em gigabytes. Nesse caso, pla-
neje uma atualização incremental como parte da estratégia de implantação no início.
Para que ela funcione no Power BI Service, deve ser configurada no Power BI Desktop.
Em etapas gerais, veja o que precisa ser feito:
2. Uma vez nele, clique em Manage Parameters, em Home, e escolha New Parame-
ter no menu exibido.
4. Escolha Data/Time no menu suspenso Type e Any Value no menu suspenso Sug-
gested Value.
Um exemplo do que você acabou de inserir no Power Query está na Figura 18-9.
Figura 18-9:
Gerenciando parâmetros.
Para suportar uma atualização incremental, é preciso configurar um filtro com os parâ-
metros RangeStart e RangeEnd. Suponha que queira aprender cada vez que um arquivo é
atualizado com uma nova data de concessão, seja uma vitória, seja uma perda, seja uma
atualização de detalhes. Usando os dados de data no arquivo, sua equipe poderá reco-
nhecer essas alterações. Veja como usando o Power BI Desktop:
3. Selecione a coluna Date Due e escolha a opção Date/Time Filter no menu exibido.
Você iniciará um filtro para a coluna Awards.
5. Quando a interface Filter Rows for exibida, verifique se Basic está selecionado e
escolha a opção Is After or Equal To no primeiro menu suspenso.
Figura 18-10:
Filtrando linhas usando os parâmetros RangeStart e RangeEnd.
Sempre que coloca um filtro para uma atualização incremental, você precisa concluir
mais uma etapa — para definir a política de execução. No exemplo apresentado, em que
há uma coluna Due Date, na tabela Awards, você pode criar a política seguindo estas
etapas:
Figura 18-11:
Configurando uma atualização incremental.
Você já esteve em uma situação em que trabalhou em um conjunto de dados por muito
tempo e agora, quando está pronto para o show, quer anunciar aos quatro ventos? Claro,
você não ganhará nenhuma medalha de ouro, prata ou bronze. Ainda assim, pode au-
mentar a visibilidade de seu conjunto de dados para que outros o acessem, por meio de
técnicas de endosso.
Para um analista, um conjunto de dados é isso. Um analista quer ter certeza de que o
conjunto é confiável, prático e preciso. Alguns conjuntos são criados como um teste, en-
quanto outros se destinam à produção e são fontes de verdade.
Os dados, no final, são traduzidos de volta em código quando são pesquisados, não
importa qual ferramenta de business intelligence — incluindo o Power BI Desktop ou o
Service — se use. É por isso que você impõe o uso de endossos de conjuntos de dados. Em
outras palavras, informe ao criador do relatório quais conjuntos são confiáveis e estão
prontos para consumo.
Você pode endossar vários ativos de conteúdo no Power BI, incluindo conjuntos e flu-
xos de dados, relatórios e aplicativos. Implemente endossos de duas maneiras:
» Promoção: Quando o conteúdo for designado como promovido, recebe uma marca significando
que está pronto para uso por outros usuários. Colaboradores de um workspace que tenham
acesso ao local do conteúdo podem promovê-lo. O objetivo da promoção de conteúdo é a
reutilização.
» Certificação: Mostra que um conteúdo é recomendado para uso porque é altamente confiável,
organizado e bem mantido. Um administrador do Power BI deve atribuir aos usuários a designa-
ção para certificar o conteúdo em um grupo.
2. Localize o workspace que inclua o ativo (conjunto de dados, fluxo de dados, rela-
tório ou aplicativo) que deseja promover.
4. Escolha Settings.
Um painel de configurações aparecerá do lado direito da tela,
Note, na Figura 18-12, a opção Certified acinzentada. Isso ocorre porque o administra-
dor do sistema deve habilitar endossos para o usuário ou grupo específico antes de ter
permissão para configurar qualquer conteúdo dentro de determinado workspace. Um
exemplo de dois itens promovidos é mostrado na Figura 18-13.
Figura 18-13:
Endossos listados em um workspace do Power BI.
Configurando para Big Data
Você consegue imaginar um conjunto de dados maior que 10 gigabytes (GB)? No mundo
do Big Data, isso acontece diariamente. No entanto, a magia tornou-se real. Imagine um
sistema de business intelligence de produção em execução que, de repente, um dia para
porque atinge uma sobrecapacidade de kilobyte. Isso não dá certo. Os clientes corporati-
vos que executam o Power BI Premium podem usar um recurso para estender a vida útil
de um conjunto de dados, permitindo grandes formatos de conjuntos. Os benefícios são
abundantes.
» Ao usar XML para análise (XMLA), as operações de gravação são mais rápidas. (Para mais informa-
ções sobre o XMLA, veja o Capítulo 5.)
Existem duas maneiras pelas quais os conjuntos de dados podem crescer usando esse
método: individualmente ou como padrão no workspace Premium. Se decidir expandir
um conjunto de dados individualmente, siga estas etapas:
4. Clique em Settings.
5. Supondo que tenha uma licença Premium, role para baixo até a seção da página
intitulada Large Dataset Storage Format.
Figura 18-14:
Configurando grandes formatos de armazenamento de conjunto.
5. Escolha Large Dataset Storage Format no menu suspenso Default Storage Format.
(Veja a Figura 18-15.)
Figura 18-15:
Configurando um conjunto de dados grande para um workspace.
Agora você configurou e está pronto para big data em todo o workspace.
NESTE CAPÍTULO
Capítulo 19
Que o Power Esteja com Você!
» Power Automate: Anteriormente conhecido como Microsoft Flow, lida com automação de pro-
cessos e geração de fluxo de trabalho.
Figura 19-1:
Opções de conector de dados no Power Platform.
Se gosta da ideia de criar aplicativos que não demoram meses ou anos para ser codifica-
dos, considere a solução de desenvolvimento low-code e no-code, conhecida como
Power Apps. A plataforma Power Apps lhe permite criar um aplicativo altamente gráfico
e centrado em dados que requer pouco ou nenhum código. Na verdade, mesmo um de-
senvolvedor iniciante pode construir um aplicativo altamente complexo e orientado por
dados que inclua lógica para uma empresa que deseje integrar outras soluções do Power
Platform em diferentes fatores de forma do dispositivo, incluindo smartphones e
tablets.
Com o Power Apps, você cria aplicativos baseados em tela ou em modelos. Um aplica-
tivo orientado por tela permite ao usuário projetar e desenvolver aplicativos específicos
para tarefas com flexibilidade de design. Um aplicativo orientado por modelo, por outro
lado, permite projetar e desenvolver aplicativos focados em componentes usando fontes
de dados existentes com base em processos de negócios.
Não é nenhuma surpresa que a segurança seja parte do Power Apps e, além disso, do
Power Platform também. Um usuário gerencia a segurança corporativa por meio do Ac-
tive Directory do Azure para habilitar políticas, especialmente quando a autenticação
multifator é necessária.
Quando as organizações exigem registros e análises de auditoria, incluindo políticas
de perda e prevenção de dados de rastreamento, é preciso acessar todos os dados por
meio dos controles de administração, que, é claro, exigem acesso por meio do centro de
administração do Power Apps, agora chamado de Power Platform Admin Center. Ele fica
onde todos os outros aplicativos são administrados no Microsoft 365, conforme mos-
trado na Figura 19-2. Uma vez lá, localize a lista de todos os ambientes de administração
de aplicativos e clique no link do Power Apps. Em seguida, é apresentada uma lista de
opções semelhantes à da Figura 19-3.
Figura 19-2:
Uma lista de centros de administração no Microsoft 365.
Figura 19-3:
Opções para o Power Platform Admin
Center.
2. Sempre que desejar integrar um elemento visual do Power Apps, adicione-o ao re-
latório e defina os campos de dados associados no painel Visualizations, conforme
mostrado na Figura 19-4.
Escolha um aplicativo existente ou crie um novo com base na visualização do Power
Apps que acabou de incorporar à página do relatório. Independentemente disso, o rela-
tório deve ser publicado no Power BI Service e aberto no navegador.
Figura 19-4:
O campo Power Apps Data.
3. Depois de clicar duas vezes no elemento visual do Power BI que foi incorporado
ao relatório, selecione a opção desejada — Existing ou New —, conforme indicado
na Figura 19-5.
Figura 19-5:
Criando ou selecionando um ambiente do Power Apps.
Nesse ponto, o relatório do Power BI e a instância do Power App Studio que lançou
compartilham uma conexão de dados ao vivo.
Figura 19-6:
Um Power App recém-criado.
6. Usando essa conexão aberta, você pode filtrar e alterar todos os dados em um re-
latório para ver como se refletem imediatamente no aplicativo no Power App
Studio.
7. Escolha File ➪ Save As, no menu principal, para salvar e publicar o aplicativo na
instância do Power Apps em seu domínio de nível superior.
8. Na nova tela exibida, escolha The Cloud como local de salvamento, nomeie o apli-
cativo no campo Name e clique em Save.
Limitações de integração
Se deseja integrar fortemente o Power Apps e o Power BI, considere primeiro o tamanho
do conjunto de dados. Acredite ou não, essa solução tem limitações de escalabilidade
significativas. Em várias condições, a integração não acontece. Há uma extensa lista de
recursos que o Power BI e o Power Apps não têm atualmente. Por exemplo, as seguintes
condições podem impedir o uso de recursos visuais do Power Apps com o Power BI:
» O número máximo de registros que podem ser passados usando o objeto PowerBIIntegra-
tion é limitado a mil.
» Os recursos visuais do Power Apps não oferecem suporte à incorporação de vários níveis, especi-
almente quando estão em uma configuração de nuvem secundária (SharePoint ou Teams, por
exemplo) com o Power BI.
» Alterar um campo de dados com um elemento visual requer uma modificação dentro do Power
BI Service. Se não atualizar o Service e não propagar a alteração para o Power Apps, o aplicativo
responderá ao acaso.
» Embora você possa visualizar relatórios e aplicativos em uma tela juntos, seus dados do Power
Apps devem permanecer fora da tela do relatório.
Telefone e relógio Apple iOS O Power BI suporta layouts móveis específicos para iOS. Você tam-
bém pode usar o assistente virtual de perguntas e respostas com
essa edição.
Tablet Apple iOS Ao usar o Power BI para iPad, o aplicativo móvel exibe mais do que
os relatórios formatados específicos — oferece dashboards e relató-
rios da maneira como foram formatados no Service. Além disso, você
pode visualizar os KPIs do Report Server e do Reporting Services com
o iPad. Integrada ao aplicativo, está a capacidade de definir alertas de
dados para notificar os usuários quando ocorrerem alterações no
dashboard além dos limites definidos.
Telefone com sistema ope- Semelhante ao iPhone, a edição para celular Android oferece visuali-
racional Android zações exclusivas como parte dos relatórios móveis. Os usuários po-
dem filtrar relatórios com vários filtros geográficos. Além disso, um
recurso de QR code exclusivo para Android permite aos usuários re-
latarem dados no dashboard.
3. Clique com o botão direito do mouse no arquivo e escolha Open in App ou Open in
Browser no menu exibido, como mostrado na Figura 19-8.
O Open in App aproveita o conjunto de ferramentas do Desktop Client, enquanto o
Open in Browser abre o OneDrive no navegador.
Figura 19-8:
Selecione Open in App ou Open in Browser.
Figura 19-9:
A opção Info para copiar o caminho.
8. Na caixa de diálogo From Web, verifique se o botão Basic está selecionado e cole o
link do Excel no campo de URL da caixa de diálogo. Você deve remover o ?web=1
string no final do link para que o Power BI Desktop vá até o arquivo, conforme
mostrado na Figura 19-11.
Agora você conectou o arquivo à sua instância do Power BI. Uma caixa de diálogo do
navegador é exibida, permitindo que selecione, na lista de tabelas, planilhas e interva-
los encontrados no workbook do Excel ao qual acabou de se conectar no exemplo.
Nesse ponto, você pode usar o OneDrive for Business como qualquer outro arquivo do
Excel. Na verdade, pode criar relatórios e usar os arquivos no OneDrive para conjuntos
de dados como faria com qualquer outra fonte.
Você pode ser solicitado a usar suas credenciais do Active Directory como
parte da Etapa 8. Não entre em pânico. Escolha suas credenciais do Windows
para acesso local ao SharePoint ou à sua conta online do Microsoft 365.
Figura 19-11:
A opção básica para adicionar a URL.
O SharePoint 365, que faz parte do conjunto de ferramentas do Microsoft 365 (anterior-
mente, Office 365), permite que os usuários colaborem com outros membros de uma or-
ganização por meio da criação de sites de intranet, páginas da web, bibliotecas de docu-
mentos e listas. Como parte da experiência do usuário, um usuário pode adicionar uma
web part, que é um pequeno aplicativo autônomo, para fornecer conteúdo relevante e
direcionado. O conteúdo pode executar a gama de recursos visuais, notícias ou comuni-
cações. Uma dessas web parts disponíveis para os usuários para integração de dados é a
web part do Power BI, dentro da experiência moderna do usuário do SharePoint.
Antes de fazer qualquer coisa no SharePoint, configure o Power BI para apresentar seus
relatórios usando sua web part. Para concluir essas ações, abra o Power BI Service e, em
seguida, vá para o relatório que deseja apresentar no SharePoint. Para concluir essas
ações, siga estas etapas:
3. Acesse o relatório individual que quer incorporar selecionando Choose File ➪ Em-
bed Report ➪ SharePoint Online no menu principal, como mostrado na Figura 19-
12.
Figura 19-12:
Configurando o Power BI para SharePoint Online.
4. Copie o link que aparece na caixa de diálogo Embed Link for SharePoint.
Você usa esse link para incorporar seu relatório na web part do Power BI. (Veja a Fi-
gura 19-13.) Mostro exatamente como na próxima seção.
Figura 19-13:
Link incorporado para SharePoint Online.
A próxima parte da experiência de integração do Power BI requer que você vá para a ins-
tância do SharePoint Online. Nas etapas a seguir, configure a web part do Power BI para
exibir o relatório que acabou de configurar para o SharePoint Online:
2. Localize o sinal de mais (+) (veja a Figura 19-14) na página em que deseja adicionar
a web part do Power BI.
Figura 19-14:
Adicionando uma web part em uma página da web moderna do SharePoint.
Figura 19-15:
Um catálogo de web parts.
5. Depois que a web part do Power BI for colocada provisoriamente na página do
SharePoint, clique no botão Add Report. (Veja a Figura 19-16.)
Um dashboard aparece no lado direito da tela, como mostrado na Figura 19-17.
Figura 19-16:
Inicialização da web part do Power BI.
Figura 19-17:
O painel Report Configuration, do Power BI.
Você pode configurar o layout, a página inicial (se houver várias páginas de relatório),
a página de navegação, as opções de filtragem e a barra de ação para cada relatório na
web part do Power BI do SharePoint Online.
Automatizando Workflows
Nem todas as configurações para o Power BI realmente ocorrem nele. O trabalho árduo
acontece no Power Automate. Você está simplesmente se conectando ao Power BI para
as atividades configuráveis. Para começar a criar um workflow, inicie o aplicativo Power
Automate, do Microsoft 365. (Veja a Figura 19-19.)
Figura 19-19:
Acessando o Power Automate no console do Microsoft 365.
Assim que o Power Automate for lançado, você verá várias maneiras de criar um fluxo.
A maneira mais eficiente de fazê-lo é digitando Power BI na caixa Search, no lado direito
da tela, como mostrado na Figura 19-20.
Figura 19-20:
Pesquisando por Power BI na página inicial do Power Automate.
Figura 19-22:
O modelo de workflow Update an Excel Table.
Figura 19-24:
Campos de mapeamento para Power Automate Flow.
5. Supondo que tenha configurado todos os campos e nenhum erro tenha aparecido
após testar seu fluxo (pressione o botão Test primeiro — veja a Figura 19-25), cli-
que em Save (novamente, veja a Figura 19-25) quando estiver pronto para concluir
seu fluxo.
Figura 19-25:
As opções Test e Save.
Não consigo enfatizar o suficiente a frase “teste seu trabalho com cuidado” an-
tes de salvar seu fluxo para que ele possa ser executado ao vivo desde o início. A
pior coisa são os erros, que resultam em atividades desnecessárias para os usuários. Afi-
nal, quem quer acordar com uma caixa de entrada cheia de e-mails inúteis e mensagens
de texto, certo?
Aparece uma mensagem informando que um fluxo foi salvo e que deve ser tes-
tado. Vá para o lado superior direito da tela e pressione Test para garantir que ele
funcione corretamente.
No Power BI, você pode adicionar uma opção de visualização útil chamada Power Auto-
mate Visual. Veja como:
1. Com um relatório aberto no Power BI, selecione o visual desejado no painel Visua-
lizations (veja a Figura 19-26) e arraste-o para a tela Services.
Figura 19-26:
Adicionando o Power Automate Visual à tela do Power BI.
2. Depois que o visual for adicionado à tela, selecione o campo que será o gatilho do
Power Automate.
Nesse caso, o gatilho é Awarded.
3. Depois que o campo for selecionado, clique nas três elipses (More Options), no
canto superior direito da caixa de diálogo Power Automate, na tela, e escolha Edit
no menu exibido.
O Power Automate é iniciado no navegador.
Você tem a opção de usar um dos fluxos pré-construídos, procurar um fluxo ou criar
o seu próprio.
4. Para esse fluxo, crie um item de lista no SharePoint Online clicando duas vezes no
fluxo pré-construído.
Figura 19-27:
Criando um item do SharePoint para uma lista do Power BI.
Figura 19-28:
Mapeamento de campos para Power BI SharePoint Flow.
8. Após clicar em Save, volte ao relatório selecionando Back to Report, no lado
esquerdo.
Você verá que o botão Run Flow foi adicionado ao relatório, conforme mostrado na
Figura 19-29.
Figura 19-29:
Um botão do Power Automate para Power BI anexado a um relatório.
O Dynamics 365 é bastante, digamos, dinâmico. Se você for um usuário do Dynamic 365
CRM, Sales, Finance, Operations, HR, Business Central ou outro módulo, o Power BI
pode ajudá-lo a avaliar seus dados com maior profundidade do que o Dynamics 365 so-
zinho. Incorporadas ao Dynamics 365 estão inúmeras maneiras de fatiá-los e dividi-los
com base nas métricas disponíveis do setor. Ainda assim, muitas organizações precisam
comparar dados fora do que o Dynamics 365 oferece. Muitas vezes, os dados devem ser
agregados a sistemas de terceiros. Independentemente das circunstâncias, a maneira de
ingerir dados no Power BI Desktop para avaliação e análise é a mostrada no Capítulo 6.
Todas as opções do Dynamics 365 são encontradas em Services Online. (Veja a Figura
19-30.) Selecione o aplicativo do qual deseja ingerir dados no Power BI e siga as instru-
ções depois de clicar em Connect.
Figura 19-30:
O menu para selecionar uma Instância do Dynamics 365.
1. Você deve inserir a URL da instância do Dynamics CRM da sua organização ou fa-
zer login no Dynamics 365 (todos os outros aplicativos).
Nesse caso, as credenciais de login são fornecidas.
2. Depois de fazer login, selecione quais tabelas das instâncias de Production deseja
transformar e carregar, verificando cada item à esquerda.
4. Seus dados do Dynamics 365 Business Central foram importados para o Power BI
para avaliação usando o Power Query Editor.
Agora você pode criar relatórios usando as tabelas e os dados importados para o Power
BI sem precisar depender do Dynamics 365.
6
A Parte dos Dez
NESTA PARTE…
Capítulo 20
Dez Melhorias no DAX com o Power BI
Focando a Lógica
Formatando o Código
Não é incomum que você tenha sua própria maneira peculiar de nomear o código. Todo
mundo tem seus próprios sistemas. Se seu código for apenas para você, provavelmente
não haverá problema em quebrar algumas regras aqui e ali. Observe que a palavra é al-
gumas, não todas. Por quê? Só porque o código é para você agora não significa que não
será compartilhado mais tarde com outra pessoa.
Ao longo deste livro, você notará que tudo o que cito mapeia uma tabela, coluna ou li-
nha. Cada variável é significativa e relevante para o código de exemplo. A cortesia co-
mum é garantir que outras pessoas não fiquem confusas ao tentar ler seu código DAX.
Na verdade, você não quer abrir sua própria amostra de código um dia e coçar a cabeça
enquanto se pergunta o que escreveu.
O primeiro objetivo é formatar todo o código de forma consistente e documentá-lo
meticulosamente. Eis um exemplo de código bem documentado e formatado:
Total Orders =
IF (ISFILTERED ('Date Ranges'[Date Range]),
CALCULATE (COUNTROWS ('Order Data'),
FILTER ('Order Table',
'Order Table'[Submit Date] >= [Commit Date]
&& 'Order Table'[Submit Date] <= [Ship
Date]) ),
COUNTROWS ('Order Data') )
» Sempre recue uma nova linha se fizer referência a uma nova função ou métrica.
» Coloque espaços antes e depois de colchetes abertos e fechados para garantir que o contexto dos
dados seja percebido.
» Não complique demais seu código com variáveis, funções e fórmulas desnecessárias.
» Nunca crie itens arbitrariamente ou dê a uma tabela o mesmo nome de uma métrica. Isso apenas
confunde você e os outros desenvolvedores.
» Nunca inclua nome de coluna, a menos que faça referência à tabela de origem.
Simplificando
A ideia de simplificar se aplica a tudo, inclusive ao Power BI e ao DAX: quanto mais com-
plicadas forem as tabelas e colunas que criar, maior é a probabilidade de haver dois pro-
blemas. Primeiro, há um impacto imediato no desempenho quando se trata de obter re-
sultados. Segundo, é difícil decidir o que são dados necessários versus o que são
arbitrários.
Em suma, é importante incluir apenas as tabelas e colunas absolutamente necessárias
em seu modelo para explorar um problema de negócios. Adicionar mais código do que o
necessário causa um uso excessivo de memória e um aumento da complexidade para o
usuário, e é provável que aumente o volume de dados. Todos esses itens levam à dimi-
nuição do desempenho. Você deve diminuir o número de colunas e de linhas em um
modelo.
Menos é mais — seu objetivo é encontrar precisão e exatidão.
À medida que trabalha na reengenharia de seus dados para obter simplicidade,
provavelmente precisará retrabalhar as tabelas das quais as colunas foram removidas —
elas precisarão ser reagregadas. Em quase todas as condições, quanto menor o modelo,
melhor o desempenho.
Uma condição que tende a proibir a redução de dados envolve IDs exclusivos. Um
exemplo é uma chave primária, como TransactionID ou ProductID, usada simplesmente
para contar itens. Esses tipos de colunas criam circunstâncias proibitivas para a criação
de modelos leves. A lição aqui é simples: pense duas vezes antes de usar dados exclusivos
e DAX.
Você já ouviu o velho ditado “Não cutuque a onça com vara curta”, que se aplica a deter-
minadas funções, porque o impacto no desempenho do Power BI e na saída de dados po-
tencial pode ser prejudicial a seu conjunto de dados. Evite funções essenciais, como SE-
ARCH, IFERROR, CONTAINS e INTERSECT. “Por quê?”, você pergunta. Vamos entender.
Uma boa prática para garantir a eficiência em termos de custos e entendimento dos
negócios é usar o Best Practices Analyzer (BPA) ao selecionar as funções DAX. À medida
que utiliza o BPA, verifique o valor de usar essa mesma função, que muitas vezes não
tem eficiência e tem um custo proibitivo.
SEARCH é uma das funções mais caras em termos de memória e carga de processa-
mento, pois exige que o sistema verifique cada linha em busca de dado valor. Ou seja,
não há atalhos. Uma forma de lidar com a pesquisa com o DAX com mais eficiência é
criar uma coluna no banco de dados. Depois, leve a coluna para o modelo como uma co-
luna de dados. SEARCH deve realizar operações em tempo real, portanto, para funções, há
uma necessidade de alavancar SEARCH ao usar métricas. Se não puder criar uma nova co-
luna em um banco de dados, considere criar uma coluna calculada. As métricas precisam
se referir à coluna.
IFERROR é uma boa função no Microsoft Excel, no entanto, no Power BI, gera proble-
mas de desempenho. Usar funções mais simplistas, como DIVIDE, que resolve erros de
divisão por zero com mais facilidade, usando processos integrados sem erros, reduz
muitos erros e viabiliza um desempenho mais rápido.
O uso de funções que exigem análise excessiva, especialmente ao mapear relações, é
muito ineficiente. Mais uma vez, a preocupação aqui recai sobre o desempenho. Quanto
mais se analisa os dados, maior a degradação do desempenho que aparece para o usuá-
rio. Não é incomum usar CONTAINS ou INTERSECT para relações virtuais. Ambos reque-
rem forte interação entre as relações da tabela. Por isso, considere usar uma função mais
ágil, como TREATAS. Enquanto com CONTAINS e INTERSECT você analisa todo o conjunto
de dados, TREATAS os filtra da coluna para um conjunto finito de dados de um conjunto
específico de colunas.
Dando Sentido às Métricas
Há uma hora e um lugar para usar recursos específicos do DAX, e com o uso de métricas
não é diferente. Claro, você pode calcular colunas usando uma coluna calculada, mas não
faz mais sentido procurar eficiência de dados? A introdução de métricas no mix não pro-
duz nenhum impacto negativo no desempenho de um modelo de dados. Considerando
que não se podem manipular dados em alguns casos usando colunas calculadas por
conta própria, as métricas são uma abordagem alternativa sólida. Muitos cálculos mate-
máticos, estatísticos e trigonométricos exigem métricas, porque não podem ser concluí-
dos usando apenas uma tabela calculada.
Esteja você tentando trabalhar com funções DAX básicas ou criando código de função
DAX complexo, deve entender que o Power BI permite que os usuários agreguem colunas
implicitamente. No Power BI, as métricas implícitas são úteis para testar logo o desem-
penho de uma visualização. Outra opção é criar uma métrica explícita usando DAX. Em
tal situação, a intenção é criar cálculos focados. Aqui estão os motivos pelos quais faz
sentido criar métricas repetíveis para o DAX, mesmo que seja um pouco mais complexo.
Considere o conjunto de dados aplicando uma das seguintes escolas de pensamento:
» O Power BI deve se comportar como o Excel. Isso significa usar métricas implícitas em conjunto
com dados do workbook, ou seja, o uso intenso de duas funções: SUM para dados numéricos e
COUNT para dados de texto. Quando você usa o Power BI Desktop, qualquer coluna numérica
pode usar a propriedade Summarize By.
A função FILTER é usada em excesso. Embora seu objetivo principal seja filtrar colunas
com base em valores de métricas, pense muito sobre por que deseja usá-la. Se a filtra-
gem for destinada apenas a um valor de coluna, não há necessidade de usar a função
FILTER. Na verdade, o desempenho do Power BI diminui ao usar a função FILTER
quando a finalidade não está claramente definida. Vejamos alguns exemplos, começando
com algo que não se deve fazer:
BID = CALCULATE ([PROFIT], FILTER ('State', 'State' [Country] =
"United States"))
Evite a lógica usada neste exemplo — você está filtrando cada linha desnecessaria-
mente. Agora, aqui estão duas opções potenciais que são mais adequadas:
Opção n° 1
Opção n° 2
» Estar limpos, mesclados e divididos o máximo possível, porque deixar para fazer esse trabalho no
DAX apenas adiciona etapas desnecessárias.
Até agora, você provavelmente percebeu que filtrar uma tabela inteira tem implicações
profundas no desempenho, não apenas com o Power BI, mas também ao implementar o
DAX. A razão tem a ver com a análise de cada linha da tabela: é incrivelmente demorada
e gera saídas marginais. Em vez disso, há uma forma melhor de gerenciar dados em ta-
belas, não apenas para o DAX, mas também para o Power BI em geral. Siga estas práticas
recomendadas:
» Faça o que fizer, evite filtrar uma tabela inteira. Há o risco de travar o desempenho. Suponha
que você esteja pagando pela largura de banda do banco de dados usando Azure, AWS, GCP ou
IBM Cloud. Nesse caso, se seu volume transacional for significativo, o produto não funcionará
como o esperado.
» Remova todas as colunas que sabe que não usará. Ter colunas em uma tabela “só por desen-
cargo” adiciona uma carga desnecessária ao desempenho da consulta.
» Concentre-se na filtragem usando uma abordagem baseada em colunas. Uma tática ainda
melhor é filtrar apenas as poucas colunas que têm dados relevantes. Se puder remover as colu-
nas restantes do conjunto de dados, faça-o. Você terá resultados de alto desempenho.
Eu não teria gastado quase um capítulo inteiro descrevendo mais de 250 funções se elas
não fossem um recurso fabuloso para Power BI e DAX. Elas são genuinamente um salva-
vidas de redução de código, porque são fórmulas nomeadas dentro de uma expressão.
Uma função, em geral, tem um parâmetro opcional obrigatório como entrada. Cada vez
que uma função é executada, um valor é retornado. E essas funções exigem pouco ou ne-
nhum código, diferentemente de outros esforços de desenvolvimento.
As funções DAX variam desde o cálculo de datas e horas até o cálculo de dados associa-
dos a strings, pesquisas e iteração em tabelas para realizar atividades de tabela recursi-
vas. Com o DAX no Power BI, sua capacidade de codificar dados vai muito além do que o
Excel oferece no suporte a cálculos matemáticos — a lista a seguir fornece algumas
dicas:
» Somente o DAX no Power BI permite fazer referência a uma coluna ou tabela completa — talvez
você queira usar apenas valores específicos dessas colunas ou tabelas. Você pode aplicar uma
função de filtro a uma fórmula.
» Suponha que queira personalizar dados baseados em cálculo linha por linha. Nesse caso, certas
funções DAX lhe permitem usar valores de linha atuais. Você também pode usar dados de linha
como um valor de parâmetro.
» Somente as variáveis que você pode usar com o DAX permitem realizar cálculos que variam de
acordo com o contexto.
» O DAX permite retornar uma função em uma tabela e seu conjunto de dados, não apenas um
único valor. Embora a tabela não possa ser exibida em um cliente de relatório, ela fornece entrada
para outras funções.
» O DAX tem um tipo de função específico para usuários de negócios, chamado de funções time in-
telligence. Essas funções são exclusivas, porque lhe permitem se aproximar de intervalos de datas
selecionados e realizar cálculos complexos com base em uma série de datas, incluindo intervalos
delas.
Funções e métricas lhe permitem ser incrivelmente eficiente quando se trata de escrever
um código bem escrito. É por isso que não há razão para escrever longos blocos de código
para realizar uma atividade básica. Por exemplo, você está tentando calcular um único
valor. É melhor dividir seus cálculos em blocos menores do que criar uma equação longa
— por dois motivos:
» A eficiência do código é aparente, porque você vê logo um padrão depois que algumas equações
são escritas, já que a reutilização está viva e boa.
Capítulo 21
Dez Formas de Simplificar
Relatórios
Contrastando
FIGURA 21-2:
Mudando o foco.
FIGURA 21-3:
Saída da tabela de dados.
Descrição com Discrição
FIGURA 21-5:
Configurando a ordem de tabulação.
Lidando com Títulos e Etiquetas
FIGURA 21-8:
Título e etiquetas com configuração mínima.
Deixando Sua Marca
Definindo o Tema
FIGURA 21-11:
Opções de tema de relatório.