Trabalho de História

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COLÉGIO SANTOS DUMONT

ENSINO MÉDIO

DAVID TEODORO GOMES BATISTA

FELIPE DE CARVALHO VICENTE

ISIS VASCONCELOS DE OLIVEIRA

JULIA RAFAELLA PIRES DE DEUS

LUANA FERREIRA DE SOUSA PESSOA

AS REVOLUÇÕES DE 1830

OSASCO

2024
DAVID TEODORO GOMES BATISTA

FELIPE DE CARVALHO VICENTE

ISIS VASCONCELOS DE OLIVEIRA

JULIA RAFAELLA PIRES DE DEUS

LUANA FERREIRA DE SOUSA PESSOA

AS REVOLUÇÕES DE 1830

Trabalho apresentado à disciplina de História


integrada ao Ensino Médio do Colégio
Santos Dumont, como requisito parcial para
obtenção de nota.

Orientador: Professor Ademar Monteiro

OSASCO

2024
RESUMO

O presente trabalho aborda a Revolução de 1830, também conhecida como


Revolução de Julho, destacando seu contexto histórico, principais acontecimentos e
consequências. No contexto histórico, a revolução ocorreu na França entre os dias
27 e 29 de julho de 1830, em um período marcado pela insatisfação popular com as
medidas autoritárias do rei Carlos X, que incluíam a dissolução do Parlamento e a
suspensão da liberdade de imprensa. A burguesia francesa, insatisfeita com o
absolutismo, liderou o movimento que culminou na abdicação de Carlos X e na
ascensão de Luís Felipe I ao trono, marcando o fim do absolutismo e o retorno dos
ideais liberais. Entre os principais acontecimentos, destacam-se as barricadas
erguidas nas ruas de Paris, os confrontos entre os revolucionários e as tropas reais,
e a proclamação de Luís Felipe I como “Rei dos Franceses”, em vez de “Rei da
França”, simbolizando uma monarquia mais alinhada com os princípios liberais e a
vontade popular. A revolução também teve um impacto significativo na estrutura
política e social da França, consolidando a burguesia como a classe dominante e
promovendo reformas que ampliaram as liberdades civis e políticas. As
consequências da Revolução de 1830 foram amplas e profundas. Na França, ela
resultou em um período de relativa estabilidade política e prosperidade econômica
sob o reinado de Luís Felipe I. No Brasil, a revolução influenciou movimentos liberais
e a luta pela independência, inspirando líderes políticos a buscar reformas e maior
autonomia em relação à metrópole portuguesa. Mundialmente, a Revolução de 1830
inspirou outros movimentos revolucionários na Europa, como na Bélgica, Polônia e
Itália, promovendo a disseminação dos ideais liberais e a consolidação da burguesia
no poder. Esses movimentos contribuíram para a formação de estados-nação e a
expansão dos direitos civis e políticos em diversas regiões.

Palavras-chave: Revolução de 1830. Revolução de Julho. Carlos X. Luís Felipe I.


liberalismo.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
2 CONTEXTO HISTÓRICO 5
3 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS 6
4 CONSEQUÊNCIAS 7
4.1 CONSEQUÊNCIAS NO BRASIL 8
4.2 CONSEQUÊNCIAS MUNDIAIS 8
5 CONCLUSÃO 11
6 REFERÊNCIAS 12
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1 INTRODUÇÃO

A Revolução de 1830, também conhecida como as Três Gloriosas, representa


um marco significativo na história da França e da Europa. Ocorrida nos dias 27, 28 e
29 de julho de 1830, essa revolução foi impulsionada por um conjunto de fatores
políticos, sociais e econômicos que culminaram na queda do rei Carlos X e no fim do
absolutismo na França. Este movimento revolucionário, liderado pela burguesia
liberal, não apenas transformou o cenário político francês, mas também inspirou
uma série de levantes em outros países europeus, como Bélgica, Polônia e Itália.
O contexto histórico da Revolução de 1830 está intimamente ligado às
consequências do Congresso de Viena (1815), que restaurou a dinastia Bourbon ao
poder na França após a queda de Napoleão Bonaparte. Sob o reinado de Luís XVIII
e, posteriormente, de Carlos X, a França vivenciou um período de instabilidade
política e social, marcado pela tentativa de restauração do absolutismo e pela
repressão das liberdades civis. A insatisfação popular, agravada pelas medidas
autoritárias de Carlos X, como a dissolução do Parlamento e a censura à imprensa,
desencadeou uma série de protestos que culminaram na Revolução de Julho.
A Revolução de 1830 é um exemplo emblemático de como os movimentos
populares podem influenciar mudanças políticas significativas. A abdicação de
Carlos X e a ascensão de Luís Filipe I ao trono, conhecido como o “Rei Burguês”,
representaram uma vitória do liberalismo sobre o absolutismo. Além disso, a
revolução teve um impacto duradouro na Europa, promovendo a disseminação dos
ideais liberais e inspirando outros movimentos revolucionários que buscavam a
liberdade e a justiça social.
A Revolução de 1830 também deve ser entendida no contexto das mudanças
econômicas e sociais que estavam ocorrendo na Europa no início do século XIX. A
Revolução Industrial, que começou na Inglaterra no final do século XVIII, estava se
espalhando pelo continente, trazendo consigo novas formas de produção e
mudanças nas estruturas sociais. A ascensão da burguesia industrial e comercial
criou novas tensões entre as classes sociais, especialmente entre a burguesia
emergente e a aristocracia tradicional. Essas tensões foram exacerbadas pelas
políticas reacionárias de Carlos X, que buscava restaurar os privilégios da nobreza e
da Igreja Católica, alienando assim grande parte da população.
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Além disso, a Revolução de 1830 foi influenciada por uma série de crises
econômicas que afetaram a França na década de 1820. A má colheita de 1829, por
exemplo, levou a um aumento dos preços dos alimentos e a uma crescente
insatisfação entre as classes trabalhadoras urbanas e rurais. A combinação de crise
econômica, repressão política e aspirações liberais criou um ambiente propício para
a revolta.
A Revolução de Julho teve um impacto imediato e duradouro na política
francesa. A Carta Constitucional de 1814 foi revisada para limitar os poderes do rei e
aumentar a influência do Parlamento, marcando uma transição para uma monarquia
constitucional mais liberal. Luís Filipe I, que assumiu o trono após a abdicação de
Carlos X, tentou se apresentar como um “rei cidadão”, mais próximo dos interesses
da burguesia e das classes médias. No entanto, sua popularidade diminuiu ao longo
do tempo, levando a novas revoltas e, eventualmente, à Revolução de 1848.
Este trabalho tem como objetivo analisar os principais eventos e
consequências da Revolução de 1830, destacando seu impacto na França e na
Europa. Para isso, serão abordados os antecedentes históricos, as causas e os
desdobramentos desse movimento revolucionário, bem como sua influência nas
transformações políticas e sociais do século XIX.

2 CONTEXTO HISTÓRICO

Após a derrota de Napoleão Bonaparte em 1815, a França retornou a uma


monarquia sob o rei Luís XVIII. Esta nova era, chamada de Restauração, foi
marcada por um desejo de retornar a um tempo antes das revoluções e guerras que
caracterizaram o final do século XVIII e o início do século XIX. Luís XVIII tentou
implementar um regime constitucional, embora houvesse uma tensão constante
entre as forças conservadoras que desejavam retornar a uma monarquia absoluta e
aquelas que desejavam progresso e reforma.
Diante dos conflitos e disputas que marcaram o governo de Luís XVIII, a
sociedade francesa se dividiu em três grupos políticos principais: Ultrarrealistas -
defensores do absolutismo e da restauração do Antigo Regime; Constitucionalistas -
liberais moderados e defensores de um regime constitucional que limitasse o poder
do rei; Liberais (ou independentes) - constituído por bonapartistas e defensores de
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um regime liberal radical, que almejavam maior representação política para a


burguesia.
Após a morte de Luís XVIII em 1824, seu irmão Carlos X assumiu o trono.
Carlos X era um monarquista absolutista e tentou reverter algumas das reformas
liberais que haviam sido estabelecidas durante o reinado de seu irmão.
Em 1830, Carlos X publicou as "Quatro Ordenanças de Saint-Cloud", que
dissolveram a Câmara dos Deputados, restringiram o direito de voto, limitaram a
liberdade de imprensa e convocaram novas eleições. Estas ações provocaram
protestos generalizados, principalmente da crescente classe média burguesa, que
estava insatisfeita com a falta de representação política.
Economicamente, a França estava em uma situação difícil na década de
1830. As guerras napoleônicas haviam deixado o país endividado, e a Revolução
Industrial estava criando uma grande disparidade de riqueza.
Em resposta às Ordenanças de Saint-Cloud, as pessoas saíram às ruas de
Paris em protesto. Estes protestos rapidamente se transformaram em uma revolução
completa, com barricadas sendo erguidas e a Guarda Nacional, que deveria manter
a ordem, se juntando aos revolucionários.
Carlos X tentou reprimir a revolução, mas não conseguiu. Ele abdicou em
favor de seu neto, mas os revolucionários, liderados pela burguesia, rejeitaram o
jovem herdeiro e colocaram Luís Felipe no trono, marcando o início da Monarquia de
Julho.
Assim, a Revolução de 1830 pode ser vista como resultado da tensão entre
as forças do antigo regime e as pressões crescentes para a modernização e a
representação política. A incapacidade de Carlos X de conciliar estas tensões e seu
fracasso em responder adequadamente às demandas dos cidadãos levou à sua
queda e à ascensão de um novo tipo de monarquia, uma monarquia que era mais
representativa das necessidades e desejos da classe média emergente.

3 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS

Tudo começou com a publicação das Quatro Ordenanças de Saint-Cloud em


25 de julho, quando o rei Carlos X, na tentativa de reforçar seu poder monárquico e
neutralizar a oposição liberal, decretou medidas drásticas. Essas ordenanças
incluíam a dissolução da Câmara dos Deputados, a convocação de novas eleições,
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a restrição do sufrágio e o controle da imprensa. Essas ações provocaram uma onda


de indignação e protestos entre a população.
No primeiro dia, 27 de julho, as notícias das ordenanças se espalharam
rapidamente por Paris, e a população, juntamente com a burguesia, enfurecida com
as decisões do rei, começou a se mobilizar. Barricadas foram erguidas nas ruas, e
os cidadãos começaram a confrontar as forças militares reais. A tensão aumentou
rapidamente, e a cidade se transformou em um campo de batalha.
No segundo dia, 28 de julho, a revolução escalou. Apesar das tentativas de
Carlos X de suprimir a revolta, os confrontos entre os cidadãos e o exército
continuaram intensamente. A Guarda Nacional, composta por cidadãos que
deveriam apoiar o governo, decidiu se juntar aos revolucionários, fortalecendo ainda
mais a resistência contra o regime. As ruas de Paris foram palco de violentos
combates, e a situação se tornou cada vez mais caótica.
No terceiro dia, 29 de julho, os revolucionários conseguiram tomar o controle
de Paris. Carlos X e sua família foram forçados a fugir do Palácio de Tuileries e
buscar refúgio em Rambouillet. A queda do rei foi um momento decisivo na
revolução, marcando o fim de seu reinado.
Após dias de conflito, Carlos X abdicou em favor de seu neto, o duque de
Bordeaux, que seria conhecido como Henrique V. No entanto, os revolucionários
rejeitaram o duque e, em vez disso, escolheram Luís Felipe, duque de Orleans,
como o novo rei. Luís Felipe jurou lealdade à nova “Carta Constitucional”, marcando
o início da Monarquia de Julho. Esse período foi caracterizado por uma maior
participação da burguesia na política francesa e pelo fim do antigo regime
absolutista.
A Revolução de 1830 foi um ponto de virada na história da França,
representando o fim do absolutismo e o início de uma nova era política. A burguesia
assumiu um papel mais proeminente, e os ideais de liberalismo político e econômico
ganharam força, moldando o futuro do país.

4 CONSEQUÊNCIAS

Os efeitos desta Revolução não foram limitados à França, mas reverberaram


em todo o mundo, levando a mudanças significativas na estrutura política e social de
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muitos outros países, incluindo o Brasil, além de desencadear uma onda de


revoluções liberais em toda a Europa.

4.1 CONSEQUÊNCIAS NO BRASIL

A Revolução de 1830 na França teve repercussões significativas ao redor do


mundo, e o Brasil não foi uma exceção. A Revolução teve um impacto direto na
política brasileira, levando a um evento conhecido como a "Noite das Garrafadas".
A Noite das Garrafadas ocorreu em 13 de março de 1831 no Rio de Janeiro.
Este evento foi um conflito violento entre dois grupos políticos: os "portugueses", que
eram apoiadores do rei D. Pedro I e defendiam o absolutismo, e os "brasileiros", que
eram principalmente liberais e desejavam maior autonomia para o Brasil e a
abdicação do imperador
A situação política no Brasil já estava tensa na época, principalmente devido à
resistência à Constituição de 1824, imposta por D. Pedro I, que estabelecia um
poder moderador (que era o próprio imperador) acima dos demais poderes. O
contexto da Revolução de 1830 na França, com a queda do rei absolutista Carlos X
e a ascensão do rei burguês Luís Felipe, encorajou ainda mais os liberais brasileiros.
A "Noite das Garrafadas" foi desencadeada quando os liberais brasileiros e os
portugueses absolutistas começaram a se confrontar verbalmente na Rua do
Ouvidor. O conflito escalou para um confronto violento, com ambos os lados atirando
garrafas um no outro (daí o nome "Noite das Garrafadas").
Este evento foi um prelúdio para a abdicação de D. Pedro I, que ocorreu
poucas semanas depois, em 7 de abril de 1831. Sua abdicação marcou o início do
período conhecido como Regência, uma época de turbulência política e social, que
durou até a maioridade de seu filho, D. Pedro II, em 1840.
Portanto, a Revolução de 1830 na França desempenhou um papel crucial na
agitação política no Brasil, culminando na Noite das Garrafadas e, finalmente, na
abdicação de D. Pedro I.

4.2 CONSEQUÊNCIAS MUNDIAIS


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A Revolução de 1830, na França, teve um caráter apenas liberal, isto é,


antiabsolutista. Sua expansão para outras regiões da Europa, porém, assumiu
também um caráter nacional, opondo-se às diretrizes do Congresso de Viena, que
havia colocado várias nacionalidades sob o domínio de algumas potências
europeias.
Revolução de 1830 na Bélgica: Os acontecimentos parisienses repercutiram
na Bélgica que, pelo Congresso de Viena, fora submetida à Holanda no artificial
Reino dos Países Baixos. Havia profundas diferenças entre os dois povos: os belgas
eram católicos, de idioma valão (próximo ao francês), industriais e partidários do
protecionismo alfandegário a fim de favorecer suas nascentes indústrias contra a
concorrência estrangeira; os holandeses seguiam o protestantismo, sua língua é
semelhante ao alemão, viviam do comércio e eram adeptos do livre-cambismo. A
monarquia, adotando diretrizes políticas beneficiando os holandeses, como a
imposição por Guilherme I de Orange do holandês como língua oficial, provocou a
Revolução de matrizes fortemente nacionais: luta pela independência. A Holanda
pediu ajuda à Santa Aliança para reprimir os rebeldes. O sucesso belga foi facilitado
pela conjuntura internacional. França e Inglaterra, governos liberais, auxiliaram a
causa belga e não permitiram a intervenção da Santa Aliança; Áustria, Prússia e
Rússia, de governos conservadores e favoráveis à política de intervenção, viram-se
paralisadas por outras revoluções. A independência belga só foi reconhecida pela
Holanda em 1839. A Revolução da Bélgica acarretou dupla alteração no sistema
estabelecido em Viena: o surgimento de novo Estado Nacional e a organização de
uma monarquia liberal e constitucional.
Revolução de 1830 na Polônia: Na Polônia, a Revolução também assumiu o
carácter de movimento pela independência. Após o Congresso de Viena, a maior
parte do país ficara submetida à Rússia. Aproveitando-se da organização de um
exército para intervir na Bélgica, a Varsóvia, com auxílio de franceses, se rebelou
contra a dominação russa. Em pouco tempo, o movimento liberal e nacionalista
atingiu todo o país. Tropas do czar da Rússia Nicolau I esmagaram os patriotas
poloneses. A derrota, seguida de violenta repressão, decorreu também pela falta de
ajuda externa e pela cisão entre revolucionários, divididos em republicanos
(burgueses) e monarquistas (pequena nobreza).
Revolução de 1830 nos Estados Italianos: Nos Estados italianos, as agitações
tiveram um caráter liberal em regiões aristocráticas, nacional nas áreas sob domínio
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austríaco (Parma e Módena) e antipapal nos Estados papais. As conquistas foram


efêmeras, pois a intervenção austríaca restaurou a ordem absolutista anterior.
Revolução de 1830 nos Estados Alemães: Na atual Alemanha, verificou-se
uma série de revoltas (Hanôver, Saxe, etc.), logo abafadas pela intervenção
austríaca. Na Prússia, ocorreram movimentos liberais que procuravam submeter o
poder real a uma Constituição. Pretendendo reforçar o sistema repressivo, para o
que se impunha contar com a colaboração da Prússia, o governo austríaco admitiu a
criação do Zollverein (união aduaneira), concretizada por iniciativa prussiana, e
conduzindo à união econômica dos Estados alemães. O Zollverein representava a
união econômica, precedendo a unificação política e tornando-a imprescindível para
assegurar a continuidade dos progressos econômicos; além do mais, acentuava a
projeção da Prússia como núcleo posterior da unificação política, ao mesmo tempo
que conduzia à marginalização da Áustria.
Revolução de 1830 em Portugal: Em Portugal, D. Pedro IV (Pedro I do Brasil)
derrotou as forças absolutistas de seu irmão D. Miguel, assegurando direitos de D.
Maria da Glória e garantindo a vigência de uma Constituição liberal (1834). A Santa
aliança não interveio em Portugal devido a objeções do governo inglês.
Revolução de 1830 na Espanha: Na Espanha, a sucessão de Isabel, herdeira
de Fernando VII, foi contestada por D. Carlos, apoiado em forças absolutistas;
graças à ação do general Baldomero Espartero, de tendências liberais, os Carlistas
foram derrotados e uma Constituição liberal promulgada.
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5 CONCLUSÃO

Os acontecimentos dos anos 1830 são essenciais para entendermos seus


desdobramentos nos anos seguintes, quando tem início a terceira onda
revolucionária na Europa que resulta no período conhecido como a Primavera dos
Povos. A Revolução de 1830, especialmente na França, marcou a derrocada do
absolutismo e a ascensão do liberalismo, com a burguesia assumindo um papel
central no cenário político. Este movimento não se limitou à França, espalhando-se
por diversos países europeus, como Bélgica, Polônia e os Estados Italianos,
inspirando uma série de levantes que buscavam reformas políticas e a expansão
dos direitos civis.
Além disso, a Revolução de 1830 teve um impacto profundo na estrutura
social da Europa. A ascensão da burguesia ao poder trouxe consigo uma nova
ordem econômica e social, baseada nos princípios do capitalismo e do liberalismo
econômico. Esse período viu o fortalecimento das instituições democráticas e a
promoção de direitos individuais, que se tornariam pilares fundamentais das
sociedades modernas. A luta por liberdade, igualdade e fraternidade, que havia
começado com a Revolução Francesa de 1789, encontrou um novo impulso nos
eventos de 1830, influenciando movimentos sociais e políticos em todo o continente.
A Revolução de 1830, portanto, não apenas encerrou um ciclo de governos
absolutistas, mas também plantou as sementes para futuras revoluções que
culminariam na Primavera dos Povos em 1848. Esse período foi caracterizado por
uma série de revoltas populares que visavam a derrubada de regimes autoritários e
a implementação de governos mais representativos e liberais. Assim, a Revolução
de 1830 pode ser vista como um ponto de inflexão crucial na história europeia,
pavimentando o caminho para mudanças sociais e políticas significativas que
moldariam o continente nos anos seguintes.
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

WIKIWAND. Revoluções de 1830. Disponível em:


https://www.wikiwand.com/pt/articles/Revoluções_de_1830#Ascensão_de_Carlos_X.
Acesso em: 5 set. 2024.
QUERO BOLSA. Revoluções de 1830. Disponível em:
https://querobolsa.com.br/enem/historia-geral/revolucoes-de-1830. Acesso em: 5 set.
2024.
PLANEJATIVO. Revoluções liberais de 1830 e 1848. Disponível em:
https://app.planejativo.com/estudar/89/resumo/historia-revolucoes-liberais-de-1830-
e-1848. Acesso em: 5 set. 2024.

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