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Henrique Matheus Gauy

Pratica 0: Medições com Régua, Paquímetro e


Micrômetro.

Universidade Federal de São Carlos – UFSCar


Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia – CCET
Departamento de Física – DF

Brasil
17 de abril de 2024
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Resumo
O comprimento de uma peça metálica foi determinado por meio do uso de diversos
instrumentos de medida. Avaliações de tipo A e B foram então aplicadas aos valores
medidos com o intuito de determinar o melhor valor para o mensurando. O melhor
valor para o comprimento determinados pela régua, paquímetro e micrômetro foram
C = (15, 5 ± 0, 5) mm, (15, 79 ± 0, 02) mm e (15, 778 ± 0, 006) mm, respectivamente. Tal
análise também permitiu determinar qual avaliação foi mais importante para os resultados
encontrados. Uma avaliação de tipo B foi suficiente para régua e paquímetro, já que
incertezas relacionadas a erros estatísticos são insignificantes se comparadas as de fontes
sistemáticas. Por outro lado, para o micrômetro uma combinação das duas avaliações se
torna necessária, pois os erros sistemáticos e estatísticos são de mesma ordem.

Objetivos
Aferir por meio de diversos instrumentos de medição um comprimento de uma
peça metálica. Utilizar as avaliações de tipo A e B para determinar o melhor valor para o
mensurando e sua incerteza. Estipular qual avaliação é mais importante para cada um dos
instrumentos.

Materiais Utilizados
Nesta prática foram utilizados: uma peça metálica, régua com 1mm de menor
divisão, paquímetro da kingtools de 50 divisões de 0,02mm e micrômetro da kingtools de
menor divisão de 0,01mm.

Apresentação de Resultados
As medições efetuadas por cada um dos membros grupo são apresentadas na tabela
1, para a régua, o paquímetro e o micrômetro. Neste experimento foram desconsiderados a
existência de possíveis erros sistemáticos residuais que poderiam afetar o valor experimental,
ou seja, a avaliação de tipo B é considerada apenas para determinar as incertezas da medição
e não o valor medido. Na tabela 1 também são apresentadas as incertezas associadas a
avaliação de tipo B.

Temos uma série de medições para cada instrumento, portanto é possível aplicarmos uma
avaliação de tipo A. Segundo este tipo de avaliação, o melhor valor para o mensurando é
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Tabela 1 – Medições diretas de um dos comprimentos da peça metálica.

ci ± σBi [mm]
Aluno
Régua Paquímetro Micrômetro
15, 3 ± 0, 5 15, 78 ± 0, 02 15, 772 ± 0, 005
Aluno 1 15, 5 ± 0, 5 15, 80 ± 0, 02 15, 775 ± 0, 005
15, 4 ± 0, 5 15, 76 ± 0, 02 15, 770 ± 0, 005
15, 5 ± 0, 5 15, 82 ± 0, 02 15, 790 ± 0, 005
Aluno 2 15, 6 ± 0, 5 15, 78 ± 0, 02 15, 782 ± 0, 005
15, 7 ± 0, 5 15, 74 ± 0, 02 15, 764 ± 0, 005
15, 5 ± 0, 5 15, 84 ± 0, 02 15, 770 ± 0, 005
Aluno 3 15, 5 ± 0, 5 15, 78 ± 0, 02 15, 794 ± 0, 005
15, 4 ± 0, 5 15, 80 ± 0, 02 15, 788 ± 0, 005

dado pela média simples dos valores medidos,


9
1X
c̄ = cj , (1)
9 j=1

onde cj são os diferentes valores medidos encontrados na tabela 1. Por outro lado, nessa
avaliação a incerteza associada é escolhida como o desvio padrão da média,
v
9
1 X
u
(cj − c̄)2 .
u
σm = t (2)
72 j=1

Os valores médios e suas respectivas incertezas, para cada um dos instrumentos, são
apresentados na tabela 2.

Tabela 2 – Valores médios do comprimento da peça (c̄) e seus respectivos desvios padrão
(σm ) para cada um dos instrumentos.

c̄ ± σm
Régua Paquímetro Micrômetro
(15, 49 ± 0, 04) mm (15, 79 ± 0, 01) mm (15, 778 ± 0, 003) mm

O resultado experimental final então é dado pela combinação das avaliações de


tipo A e B. Para tal, consideramos que o melhor valor para o comprimento da peça é a
média dos valores medidos, enquanto que sua incerteza é determinada da combinação das
incertezas estipuladas pelas avaliações de tipo A e B. Tal incerteza combinada é, portanto,
determinada pela equação q
σc = σm 2 + σB 2 , (3)

onde σc é a incerteza combinada.


O resultado final, média e incerteza combinada, é apresentado na tabela 3, para
cada um dos instrumentos de medida.
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Tabela 3 – Valores médios do comprimento da peça (c̄) e suas respectivas incertezas


combinadas (σc ) para cada um dos instrumentos.

C
Régua Paquímetro Micrômetro
(15, 5 ± 0, 5) mm (15, 79 ± 0, 02) mm (15, 778 ± 0, 006) mm

Conclusão
Uma série de medições de um comprimento de uma peça metálica foram efetuadas
com uma régua, um paquímetro e um micrômetro. O melhor valor do mensurando foi
então determinado usando as avaliações de tipo A e B. O melhores valores, por meio de tal
análise, para o comprimento da peça metálica determinados para a régua, o paquímetro e
o micrômetro são (15, 5 ± 0, 5) mm, (15, 79 ± 0, 02) mm e (15, 778 ± 0, 006) mm, respecti-
vamente. Podemos aferir deste resultado que apenas para o micrômetro a avaliação de tipo
A foi significativa. Para a régua e paquímetro, a incerteza determinada da avaliação de
tipo A é insignificante se comparada a de tipo B, portanto sua contribuição ao resultado
final pode ser desconsiderada. Dessa forma, é possível concluir, que se pretendemos efetuar
medições com a régua ou paquímetro, uma única medição é suficiente, já que uma análise
de tipo A é supérflua, pois os erros estatísticos são muito inferiores aos erros sistemáticos
associados a tais instrumentos. Por outro lado, o mesmo não é verdade para o micrômetro.
Para este, ambas as avaliações são relevantes, pois os erros sistemáticos são da mesma
ordem dos erros estatísticos.

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