0% acharam este documento útil (0 voto)
1 visualizações9 páginas

CUIDADOS PALIATIVOS

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1/ 9

Marcela Afonso Moronha

Curso de TMG/8

2° Semestre

TRABALHO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA

INSTITUTO MEDIO POLITÉCNICO PROVÍNCIAL DA FRELIMO -


ZAMBEZIA

Quelimane
2023
Introdução

Disseminação dos dados de saúde é bastante importante a nível de saúde pública, segurança
social e por vezes é o que está por de trás da salvação da vida do paciente. Embora a
disseminação de dados de saúde seja obviamente útil em saúde pública, ela pode ir contra
princípios bioéticos como a confidencialidade e a privacidade do doente ou de uma
comunidade.

Para que a disseminação de dados de saúde seja eticamente aceite, deve-se seguir algumas
normas ou ferramentas que são: criação de protocolos, garantir a segurança no manejo, e uso
adequado do consentimento informado.

Durante o manejo dos dados de saúde deve-se priorizar a sua segurança para que os mesmos
não sejam disseminados de maneira ilícita. Existem dados que podem ser revelados sem o
consentimento dos doentes, outros que precisão de consentimento.
Cuidados paliativos

Segundo a OMS, 2002, cuidados paliativos são definidos como uma abordagem que melhora
a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias que enfrentam os problemas associados com
doenças potencialmente fatais, através da prevenção e alívio do sofrimento por meio da
identificação precoce avaliação perfeita e tratamento da dor e outros problemas, incluindo
físico, psicossocial e espiritual.

Para os pacientes, os cuidados paliativos oferecem um sistema de apoio para que eles possam
viver tão activamente quanto possível até a morte.

Objectivos de caso paliativos

Ø Oferecer sistemas de apoio social e bem-estar melhorando a qualidade de vida, e


pode também influenciar positivamente o curso da doença; como por exemplo,
permitir mais visitas dos amigos e familiares para aquele doente específico, manter o
ambiente limpo e conversar com o doente;

Ø Uso duma abordagem de equipa para atender as necessidades dos pacientes e seus
familiares incluindo aconselhamento de luto, como por exemplo falar com a equipa
envolvida no caso acerca das oscilações emocionais que o doente está a enfrentar;

Ø Oferecer um sistema de apoio para ajudar os pacientes a viver tão activamente quanto
possível, como por exemplo, distribuir livros, incentivar que o doente converse com
outros doentes, etc.

Paciente em estado terminal

O paciente terminal é todo aquele que está em fase terminal de uma doença, onde o
prognóstico passa a ser o óbito, independentemente da terapêutica utilizada, sendo esta, neste
momento mais paliativa e não tendo a expectativa de cura.

Para se falar paciente terminal te que se ter em conta:

Ø Os efeitos psicológicos, sociais e físicos da hospitalização para o paciente e


familiares;

Ø Os efeitos directos da patologia no doente e na família; como por exemplo o tempo


que o
Ø Familiar perde a cuidar do doente terminal quando já não pode cuidar de si próprio.

Quando se tem um paciente terminal é de fundamental importância que toda a equipe de


serviço esteja bastante familiarizada com as oscilações emocionais pelos quais ele passa.

Estas oscilações de emoções não surgem com uma sequência lógica, podendo inclusive surgir
várias manifestações em simultâneo. São eles: A negação, a raiva, a depressão, a aceitação,
a esperança.

Quando o clínico está familiarizado com estas oscilações emocionais típicas do doente
terminal, ele irá lidar melhor com ele.

Dor sobre uma perspectiva sociocultural

Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada com danos reais ou
assim percebida como dano.

Quando se fala em dor, a tendência é associá-la a um fenómeno neuropsicológico. Admite-se,


cada vez mais, que existam “componentes” psíquicos e sociais, na forma como se sente e se
vivencia a dor.

Em resumo, a dor pode ser distinguida num fórum:

Ø Físico. Ex.: febre, infecções, trauma físico;

Ø Social. Ex.: falta de necessidades básicas como água potável, abrigo;

Ø Espiritual. Ex.: medo da fúria divina;

Ø  Psicológica: Ex.: medo, frustração, solidão, estigma e discriminação.

A dor do doente terminal

A dor é um dos sintomas mais comuns enfrentados durante os cuidados paliativos. É


importante tratar a dor quando um paciente diz que dói. Admitir que o paciente tem dor é
importante. Por vezes pode parecer que algo pode ou não pode ferir, é importante manter-se
sem preconceitos e levar a dor a sério.

A dor física é apenas um pequeno elemento de dor total, é importante a presença e


acompanhamento psicológico no controlo de dor:
Ø Explique ao doente as 3 bases da dor:

Ø Física: estimulação de neurossensores;

Ø Social: a maneira como a dor é percebida no meio sociocultural de onde o doente


veio;

Ø Espiritual: crenças que o doente tem acerca do que lhe causa a dor.

Ø Explique ao doente que as drogas aliviam a dor, mas a medida que a doença evolui,
estas vão perdendo o seu efeito.

As funções do técnico de medicina

O perfil profissional do Técnico de Medicina Geral descreve um funcionário de saúde com


funções principalmente clínicas, mas também com a possibilidade de funções de gestão, de
saúde pública e de ensino.

É importante notar que tarefas ou funções éticas não são especificamente definidas no perfil
profissional do TMG. Isto é porque a ética e deontologia devem orientar e guiar todas as
tarefas profissionais do técnico de medicina.

No currículo do TMG as competências do TMG na área de ética e deontologia são assim


listadas:

O Técnico de Medicina será capaz de:

1. Demonstrar uma atitude positiva no diálogo com os seus colegas, outros profissionais de
saúde, pacientes e familiares, tendo em conta os conceitos fundamentais da Ética, Bioética e
Deontologia.

2. Desempenhar as suas funções com alto profissionalismo e competência, comportando-se


de acordo com as Leis e Normas em vigor na República de Moçambique, para o exercício do
acto médico.

3. Exercer a sua prática profissional de forma a ter em conta os princípios da bioética.

4. Ter um relacionamento com o paciente, utilizando o modelo de participação mútua, no


qual a afinidade é igualitária e compartilhada com este.

Leis e normas em vigor na república de Moçambique para o exercício do acto médico


A lei moçambicana referente à saúde

Há pouca referência específica às leis governando a provisão de serviços de saúde no Código


Penal Português actualmente em vigor em Moçambique. Para além dos artigos
especificamente referindo a aborto e eutanásia (tratados em outras aulas dessa disciplina)
existentes na secção 2 do 7º capítulo que trata de “Crimes Contra a Saúde Pública”. Nessa
secção trata-se dos seguintes assuntos:

É ilegal a venda ou exposição de substâncias venenosas ou abortivas, substâncias


estupefacientes sem receita médica ou devida autorização, de igual modo indica a ilegalidade
de venda e exposição de medicamentos falsificados. (Artigo 248). Também indica que um
médico (e implicitamente em Moçambique, um Técnico de Medicina) não tem direito a
recusar serviços/tratamento a um paciente nos casos de urgência ou não havendo outro
médico (ouTM) a quem o doente possa facilmente recorrer (Artigo 250).

O código ético/moral de saúde

O código estabelece que gozar uma boa saúde é situação vital e normal do ser humano, e que
assim a saúde é um bem fundamental. Assim a preocupação com saúde é um DEVER moral
de todos.

Também estabelece que a preservação de saúde não é apenas um dever individual, mas um
dever social (da sociedade) e que o respeito pela vida humana é o dever e norma ética mais
importante e universal.

Das responsabilidades fundamentais

O profissional de saúde presta assistência clínica a pessoa, família e comunidade, em


situações que requerem medidas relacionadas com a promoção, reabilitação, protecção de
saúde, prevenindo as doenças e incapacidades, e alívios de sofrimento num princípio
terapêutico, levando em consideração os diagnósticos e os planos de tratamento para a cura.
As responsabilidades do profissional de saúde

incluem:

v Zelar pela provisão e manutenção adequada de assistência e atendimento clínico,


social e ajuda.
v Fazer a programa clínico coordenado por triagem, clínico, tratamento, que vise o
bem-estar do paciente.

Exercício profissional

1. Exercer a sua actividade com zelo e probidade, obedecendo aos preceitos da ética/moral
profissional, do civismo, das leis em vigor, preservando a honra, o prestígio e as tradições da
profissão.

2. Manter a confidencialidade profissional de que tenha conhecimento, em razão da sua


actividade e exigir a mesma conduta pelo pessoal sob a sua direcção.

3. Prestar assistência de saúde (médica no caso do Técnico de Medicina) ao paciente


respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana independentemente de qualquer
consideração relativa a etnia, nacionalidade, credo político, religião e condição
socioeconómica de modo que a prioridade no atendimento obedeça exclusivamente as razões
de urgência.

4. Respeitar a vida humana; jamais deve cooperar com factos que atentem ou risque a
integridade física e moral do paciente.

1. Advogar a favor dos pacientes, em particular dos mais vulneráveis.

2. Manter em confidência toda informação que tiver acesso no exercício da sua profissão, só
o divulga com o consentimento do paciente, do Conselho Médico, ou outro Órgão que o
possa justificar.

3. Individualizar o paciente no decurso de fornecimento de cuidados de saúde respeitando e


obedecendo a sua intimidade, privacidade e pudor.

4. Proteger o público da desinformação.

5. Fornecer os cuidados de saúde sem discriminação de qualquer natureza.

O profissional de saúde com a prática

1. Reconhecer as suas responsabilidades e limitações profissionais realizando actividades fora


da sua competência somente em caso de extrema urgência, em locais que não haja médicos
comunicando logo o ocorrido.
2. Respeitar as crenças religiosas e reconhecer ao paciente o direito de tomar decisões acerca
dos cuidados da própria saúde.

O profissional de saúde com a profissão

1. Assumir a responsabilidade de aprender durante a vida toda e planeia o seu


desenvolvimento pessoal e profissional.

2. Permitir e facultar o desenvolvimento das actividades de educação e de pesquisa.

3. Encorajar o estabelecimento de políticas consistentes para o desenvolvimento de cuidados


de saúde.

4. Manter e renovar os seus conhecimentos profissionais e competências através da educação,


formação contínua e auto-aprendizagem.
Conclusão

O perfil profissional do Técnico de Medicina Geral descreve um funcionário de saúde com


funções principalmente clínicas, mas também com a possibilidade de funções de gestão, de
saúde pública de ensino. A ética e deontologia devem orientar e guiar todas as tarefas
profissionais do técnico de medicina.

O código ético estabelece que gozar uma boa saúde é situação vital e normal do ser humano,
que assim a saúde é um bem fundamental. Assim a preocupação com saúde é um DEVER
moral de todos.

Cuidados paliativos são definidos como uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos
pacientes e suas famílias que enfrentam os problemas associados com doenças
potencialmente fatais, através da prevenção e alívio do sofrimento por meio da identificação
precoce e avaliação perfeita e tratamento da dor e outros problemas, incluindo físico,
psicossocial e espiritual.

O paciente terminal é todo aquele que está em fase terminal de doença, onde o prognóstico é
a morte, independentemente do tratamento. Estes doentes sofrem de várias oscilações de
emoções o TMG deve estar preparado para ampará-lo. A comunicação com o doente terminal
e a sua família deve ser empática, ter uma escuta activa, prestar atenção, verbalizar sensível, e
respeitar a condição do doente. As várias oscilações emocionais do paciente com as quais o
TMG deve estar familiarizado são: negação, depressão, esperança, raiva, aceitação.

Você também pode gostar