Projeto de Peneiras Industriais
Projeto de Peneiras Industriais
Projeto de Peneiras Industriais
Ana Paula dos Santos Bomfim Cd.: 790918 Mayara Santiago do Nascimento Cd.: 790939 Renata Junqueira Barrot Cd. 790944 Ricardo Augusto Prodssimo Cd.: 794643
Ana Paula dos Santos Bomfim Mayara Santiago do Nascimento Renata Junqueira Barrot Ricardo Augusto Prodssimo
Relatrio tcnico de projeto apresentado como requisito para aprovao na disciplina de Operaes Unitrias IV, no Curso de Engenharia Qumica, na Universidade de Ribeiro Preto.
RESUMO
Este trabalho apresenta as etapas para dimensionamento de um sistema de peneiramento para encontrar um modelo comercial de equipamento que atenda as especificaes calculadas em projeto para o material escolhido, levando em considerao suas caractersticas fsico-qumicas e distribuio granulomtrica.
SUMRIO
1. 2. 3.
INTRODUO PROPRIEDADES FISICO-QUMICAS DIMENSIONAMENTO DE PENEIRA 3.1. 3.2. DISTRIBUIO GRANULOMTRICA DETERMINAO DA REA DE PENEIRAMENTO MTODO DA METSO FRMULA EMPRICA DE BAUMAN
5 6 7 7 9 9 12 13 14 17 18 21 22 23 25 26
3.3.1. 3.3.2. 4. 5. 6.
1. INTRODUO
O sal uma substncia muito importante no mundo desde a antiguidade, onde era utilizado como parte do salrio de soldados romanos, dando origem ao nome salrio. Tambm era utilizado para melhorar o sabor dos alimentos ou conserv-los, j que foi observado que ao salgar um alimento ele perdurava mais do que se fosse mantido abandonado em contato com o ar. O sal formado pelos elementos sdio (Na) e cloro (Cl), na proporo de 40% e 60%, respectivamente (Em: <http://pt.encydia.com/es/Sal#Propiedades_de_la_sal>. Acesso em: 08 de abril 2012). Ele pode ser extrado de duas formas principais: atravs da evaporao da gua marinha ou por meio de extrao mineral de uma rocha denominada halita (Figura 1). Nos oceanos se encontra a maior concentrao de sal, pois se estima que para cada 1 km de gua do mar sejam encontrada 73 toneladas de cloreto de sdio (MELO; CARVALHO; PINTO, 2008).
Atualmente, sua utilizao na conservao de alimentos vem diminuindo devido ao aparecimento de equipamentos como refrigeradores e substncias conservantes que desempenham melhor trabalho do que o sal. Na alimentao seu consumo tambm caiu devido a sua ligao com o aparecimento da hipertenso. Hoje, sua utilizao para consumo humano no representa 25% do uso dessa substncia, sendo a maior parte da produo (60%) destinada indstria (Em: <http://pt.encydia.com/es/Sal#Propiedades_de_la_sal>. Acesso em: 08 de abril 2012). O sal possui mais de 14000 usos conhecidos que derivam das propriedades qumicas do sdio (MELO; CARVALHO; PINTO, 2008). Entre suas utilizaes, pode-se destacar:
Uso na produo do PVC (Cloreto de Polivinila); Produo da soda custica (NaOH), usada na separao da polpa celulsica e obteno da alumina atravs do beneficiamento da bauxita; Produo de clorato de sdio e sdio metlico; Fabricao de sabo; Indstria de queijos, panificao (controlar taxa de fermentao), enlatados (conservar sabor) e indstria frigorfica (desenvolver cor em toucinhos); Indstria txtil, na precipitao de corantes; Formao do xido de urnio; Inibio da ao microbiana na indstria de couros; Fabricao de borracha sinttica.
2. PROPRIEDADES FISICO-QUMICAS
O sal mineral obtido pelo processo de minerao extrado da halita. A Tabela 1 apresenta as propriedades desse mineral.
Tabela 1. Principais propriedades fsico-qumicas da halita (Fonte: Rochas e Minerais Industriais CETEM/2008, 2 ed, p. 553) Propriedade Brilho Cor Transparncia Sistema cristalino Hbito Fratura Dureza (Mohs) Densidade (g/cm) ndice de refrao Ponto de fuso Ponto de ebulio Solubilidade 0C 100C Descrio Vtreo, normalmente incolor para branco, podendo exibir tonalidades amarela, vermelho, azul e prpura quando impuro Incolor a ligeiramente colorida Transparente a translcido Isomtrico, hexaoctadrica, 4/m 32/m Usualmente cbico, raramente octadrica, alguns cristais possuem configurao afunilada, macio, granular e compacto Conchoidal, brilhante 2,0 a 2,5 2,168 1,554 840C 1413C 35,7 partes por 100 partes de gua 39,8 partes por 100 parte de gua
Dever ser dimensionada uma peneira para a classificao do sal mineral em trs fraes:
Material maior ou igual a 10 mm; Material menor que 10 mm e maior ou igual a 4 mm; Material menor que 4 mm.
Para isso, necessrio conhecer a distribuio granulomtrica do material. Atravs dessa distribuio, determinou-se a massa de material retida em cada malha da peneira, dimetro de partcula, distribuio acumulada passante e distribuio acumulada retida. Os resultados so apresentados na Figura 2, considerando a vazo mssica de 110 t/h, proposta pelo problema.
Peneira (ASTM) Abertura (mm) 3" 75,000 2" 50,000 1" 25,000 3/8" 9,500 4 4,750 5 4,000 6 3,350 10 2,000
wi (-) 0,0100 0,0400 0,1000 0,1500 0,2000 0,2500 0,1500 0,1000 1,0000
Massa retida (t/h) 1,10 4,40 11,00 16,50 22,00 27,50 16,50 11,00 110,0
dpi (mm) 75,0000 62,5000 37,5000 17,2500 7,1250 4,3750 3,6750 2,6750
wi acumulada passante (-) wi acumulada retida (-) 0,9900 0,0100 0,9500 0,0500 0,8500 0,1500 0,7000 0,3000 0,5000 0,5000 0,2500 0,7500 0,1000 0,9000 0,0000 1,0000 SOMA
Atravs dos resultados da Figura 2, construram-se os grficos das Figuras 3 e 4, representando a distribuio acumulada passante e retida, respectivamente.
De acordo com pesquisa feita, a densidade aparente do material a ser peneirado 1,154 t/m (Em: <http://pt.encydia.com/es/Sal#Propiedades_de_la_sal>. Acesso em: 08 de abril 2012). Para a separao do material nas fraes dadas, ser necessria uma peneira com dois decks, assim a primeira frao (material > 10 mm) fica retida no primeiro deck, a segunda
terceira frao coletada no fundo da peneira. O primeiro passo determinar a rea de peneiramento para cada frao desejada, assunto que ser tratado no Item 3.2. Posteriormente, dever ser verificado o modelo de peneira mais adequado que fornea a rea de peneiramento requerida e a largura adequada para a espessura de material no exceder os valores mximos especificados, assunto que ser tratado no Item 3.3.
A rea de peneiramento pode ser determinada por vrios mtodos diferentes, cada um com suas particularidades, pois para cada fabricante existem caractersticas que julgam ser importantes ou relevantes nos clculos e para outros no tm tanta importncia. Para o presente trabalho foram escolhidos dois mtodos distintos: o mtodo fornecido pelo material da METSO, importante fabricante de peneiras e outros equipamentos para minerao; e a frmula de Bauman (PERES; CHAVES Teoria e Prtica do Tratamento de Minrios, p. 535). 3.2.1. MTODO DA METSO1
10 mm)
Para essa separao ser utilizada uma peneira com malha de 10 mm. Segundo o material fornecido pela Metso, a rea de uma peneira dada por:
(1)
n
Sendo A a rea superficial da peneira (m) T a alimentao do deck da peneira (m/h) C a capacidade bsica para separao ((m/h)/m de peneira) M o fator dependente da porcentagem de material retido (-)
1
10
K o fator relativo porcentagem de material da alimentao inferior metade de tamanho da separao (-) Qn o fator de correo, produto de P um fator dependente do conhecimento e certeza que se tem dos dados do material a ser peneirado (varia de 1,0 a 1,4) A alimentao da peneira no primeiro deck foi determinada por:
(2)
Sendo W a vazo mssica do material na alimentao (110 t/h) a densidade aparente do material ( , t/m)
(3)
A quantidade de oversize (retido) e undersize (passante) no primeiro deck foram retirados do grfico da Figura 3, obtendo-se valores aproximados de 42% e 58%, respectivamente. Os valores dos parmetros utilizados na Equao (1) so dados na Tabela 2.
Tabela 2. Parmetros para determinao da rea da peneira segundo a Equao (1) Parmetro T (m/h) P (-) C ((m/h)/m) M (-) K (-) Qn (-) Q1 (-) Q2 (-) Q3 (-) Q4 (-) Q5 (-) Q6 (-) Valor 95,32 (Equao 2) 1,2 (valor intermedirio da escala) 19,0 (Figura A1 do ANEXO A para separao de 10 mm) 1,10 (Figura A2 do ANEXO A 42% de oversize) 0,85 (Figura A3 do ANEXO A para partculas de 5 mm) 1,1 (Equao 3) 1,00 (Primeiro deck) 1,00 (Partculas cbicas) 1,00 (Peneiramento seco) 1,00 (Material seco) 1,00 (Tela de arame abertura quadrada) 1,00 (Peneira inclinada)
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Atravs dos resultados da Tabela 2 e a aplicao da Equao (1), obteve-se que a rea de peneiramento requerida no primeiro deck 6,439 m para peneira inclinada.
Para a separao no segundo deck ser utilizada uma peneira com malha de 4 mm. Pelo grfico da Figura 3 verificou-se que o percentual de oversize de aproximadamente 15%, entretanto, esse valor corresponde a uma alimentao de 110 t/h. Como apenas 58% do material passou para o segundo deck, esse percentual representa 100% da alimentao no segundo deck e os 15% de oversize devem ser proporcionais a essa nova alimentao. de passante de passante dec dec , de alimenta o de passante dec dec
Por regra de trs simples temos que 58% representa 100% da alimentao e 15% corresponde a 25,86% do oversize no segundo deck. A vazo de alimentao nesse caso tambm muda, correspondendo a 58% da vazo no primeiro deck, ou seja, 55,29 m/h. Os valores dos parmetros utilizados na Equao (1) para o segundo deck so mostrados na Tabela 3.
Tabela 3. Parmetros para determinao da rea da peneira segundo a Equao (1) Parmetro T (m/h) P (-) C ((m/h)/m) M (-) K (-) Qn (-) Q1 (-) Q2 (-) Q3 (-) Q4 (-) Q5 (-) Q6 (-) Valor 55,29 1,2 (valor intermedirio da escala) 10,0 (Figura A1 do ANEXO A para separao de 4 mm) 1,68 (Figura A2 do ANEXO A 74% de oversize) 0,40 (Figura A3 do ANEXO A para partculas de 2 mm) 0,99 (Equao 3) 0,90 (segundo deck) 1,00 (Partculas cbicas) 1,00 (Peneiramento seco) 1,00 (Material seco) 1,00 (Tela de arame abertura quadrada) 1,00 (Peneira inclinada)
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Atravs dos resultados da Tabela 3 e a aplicao da Equao (1), obteve-se que a rea de peneiramento requerida no segundo deck de 10,970 m para peneira inclinada. O material passante por essa peneira corresponde frao menor que 4 mm e no precisa de novo peneiramento. 3.2.2. FRMULA EMPRICA DE BAUMAN2
(4)
Sendo V a alimentao em m/h V1 a capacidade unitria de produo k1, k2, k3 e k4 os coeficientes de correo (-) a) rea de peneiramento no primeiro Deck (material > 10 mm)
A alimentao V foi calculada no item 3.2.1, letra a, e corresponde a 95,32 m/h. A capacidade unitria de produo V1 depende da abertura da malha utilizada, que no primeiro deck 10 mm. Seu valor determinado pela Figura 5 e vale 19.
Figura 5. Capacidade unitria de produo (Teoria e Prtica do Tratamento de Minrios, v.3, p. 535)
O coeficiente k1 relativo proporo de passante na alimentao que, pelo grfico da Figura 3 verificamos que 58%. Desse modo, encontramos que k1 vale 1,00 pela Figura 6. Foi feita uma aproximao conveniente da frao de 58% para 60% devido s limitaes da tabela da figura.
2
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Figura 6. Tabela para determinao de k1 (Teoria e Prtica do Tratamento de Minrios, v.3, p. 535)
O coeficiente k2 proporcional umidade da alimentao e equivalente a 1,00 para material seco. Para peneiramento via seca o valor de k3 tambm 1,00. O valor de k4 depende da forma dos gros e equivale a 0,8 para gros cbicos. Atravs dos valores encontrados e da Equao (4) determinou-se a rea de peneiramento no primeiro deck segundo o mtodo de Bauman. O resultado encontrado foi de 6,271 m.
A alimentao V foi calculada no item 3.2.1, letra b, e corresponde a 55,29 m/h. A capacidade unitria de produo V1 depende da abertura da malha utilizada, que no segundo deck 4 mm. Seu valor determinado pela Figura 5 e vale 9 (Considerou-se a mdia entre os valores 7 e 11 para malhas de 3 e 5 mm, pois no h valor referente a malha de 4 mm). Pelo item 3.2.1, letra a, verificamos que o passante no segundo deck corresponde a 25,86% (~30%). Portanto, determinou-se pela Figura 6 que k1 vale 0,75. Como ao passar pelo primeiro deck as caractersticas fsicas do material no so alteradas os coeficientes k2, k3 e k4 continuam valendo, respectivamente, 1, 1 e 0,8. Atravs dos valores encontrados e da Equao (4) determinou-se a rea de peneiramento no segundo deck segundo o mtodo de Bauman. O resultado encontrado foi de 10,238 m.
( - ,
(5)
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Sendo D a espessura de camada de material em mm T a alimentao em m/h (Tambm pode ser encontrado a nomenclatura Tf dependendo da literatura) S a velocidade de transporte de material em m/min W a largura nominal da peneira em m
A Equao (5) pode ser utilizada tanto com o material da Metso quanto com a frmula de Bauman, assim como em outros mtodos propostos. Entretanto, cada mtodo possui suas singularidades e determinou-se a espessura D atravs do material da Metso e da descrio fornecida no livro Teoria e Prtica do Tratamento de Minrios (v. 3, p. 543). 3.3.1. MTODO DA METSO3
Pelo material da Metso, primeiramente determinou-se a velocidade de transporte de material atravs da Figura 7.
Considerou-se a velocidade de 30,0 m/min para peneira com inclinao de 20 graus e de movimento circular, utilizada em classificao final, pois a maior parte do material tem dimetro menor que 10 mm, conforme se observa na Figura 8.
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A vazo de alimentao j foi calculada nos itens anteriores e vale 95,32 m/h no primeiro deck e 55,29 m/h no segundo deck. Pelo material da Metso, se determinou as espessuras mnima e mxima da camada de oversize no deck utilizando os grficos das Figuras 9 e 10 de acordo com a malha de separao utilizada em cada deck.
Figura 9. Espessura recomendada na camada de alimentao no primeiro deck (METSO, Peneiras e Grelhas)
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Figura 10. Espessura de camada recomendada na sada do deck (METSO, Peneiras e Grelhas)
Os valores mximos e mnimos para espessura de camada no primeiro e segundo deck so mostrados na Tabela 4.
Tabela 4. Limite de espessura de material nos decks da peneira Decks 1 Deck 2 Deck Mximo Mnimo Mximo Mnimo Espessura na alimentao (mm) 50,00 21,25 Espessura na descarga (mm) 30,00 10,00 15,00 5,00
De acordo com os dados oferecidos pelo material da Metso, foram encontrados modelos de peneiras que atendem as especificaes necessrias. Os modelos encontrados so mostrados na Tabela 5.
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Tabela 5. Modelos de peneira pesquisados Maior rea da peneira (m) Espessura Espessura alimentao descarga (mm), 1 deck (mm), 1 apenas4 deck Valores de projeto 10,970 21,3 50,0 10,0 30,0 Especificao do fabricante 11,52 14,64 14,40 12,99 23,54 23,54 23,54 26,75 23,54 23,54 23,54 26,75 Espessura descarga (mm), 2 deck 5,0 15,0 13,65 13,65 13,65 15,51
Modelo
Fabricante
A metodologia utilizada pelo livro no muito diferente da aplicada pela Metso. As principais diferenas esto na adoo da altura mxima de material na peneira, que depende da densidade aparente do material. Por esse mtodo, no existe um valor mnimo especificado para a altura D, apenas um valor mximo. Esse valor mximo determinado de acordo com a tabela da Figura 11.
Para o material analisado, a altura mxima da camada deve ser o triplo da abertura da malha da peneira. Para o deck de alimentao essa espessura igual a 30 mm, visto que a malha utilizada tem 10 mm. Para o segundo deck o valor calculado 12 mm, pois a abertura da tela 4 mm. A velocidade S de transporte do material pode ser determinada pela Figura 12.
As espessuras foram calculadas segundo a Equao (5) de acordo com as larguras das peneiras fornecidas pelos fabricantes 5 Retirado do livro Teoria e Prtica do Tratamento de Minrios, v. 3. ed. 3, p. 543
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Figura 12. Velocidade de transporte de material em funo do modelo da peneira ara peneiras inclinadas e com aberturas de malha menores que ( velocidade recomendada de 30 m/min. Substituindo os valores encontrados na Equao (5) e de acordo com as informaes fornecidas pelos fabricantes de peneira foram selecionados os modelos mostrados na Tabela 6. Tabela 6. Modelos de peneira pesquisados Maior rea da peneira (m) Espessura Espessura mxima de mxima de material (mm), material (mm), 1 deck6 2 deck6 Valores de projeto 10,238 30,00 12,00 Especificao do fabricante 11,52 11,52 14,40 14,40 12,99 14,64 9,89 9,89 9,89 9,89 11,23 9,89 10,12 10,12 10,12 10,12 11,50 10,12 , mm), a
Modelo
Fabricante
4. ESCOLHA DA PENEIRA
Como pode ser observado dependendo do mtodo de dimensionamento empregado para determinao da rea de peneiramento, podem-se encontrar resultados diferentes que implicam em anlises diferentes dos equipamentos fornecidos pelos fabricantes. Analisando os resultados nas Tabelas 5 e 6, verificamos que a peneira RF fornecida pela Metso a que mais se aproxima da rea requerida com as especificaes de altura de material dentro dos limites especificados. O modelo fornecido pela Gator tambm poderia ser
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As espessuras foram calculadas segundo a Equao (5) de acordo com as larguras das peneiras fornecidas pelos fabricantes
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utilizado, mesmo apresentando um pequeno desvio segundo o mtodo da Metso. Os modelos escolhidos so: RF 2,4x4,8 DD SH e RMS720*2 (Gator).
As peneiras desse modelo (Figura 13) possuem decks com inclinaes mltiplas. So acionadas por mecanismos de eixo longo da srie V-100, com contrapesos externos, lubrificao a leo, fornecendo movimento circular e acelerao necessria para estratificao.
Fabricante: Metso rea de peneiramento (cada deck): 11,5 m Comprimento/Largura: 4,8 m/2,4 m Nmero de Decks: 2 Potncia: 30 kW Peso total: 13750 kg Inclinao alimentao/descarga: 25/15
Esse modelo de peneira (Figura 14) possui um nvel baixo de rudo e facilidade de manuteno. Pode ser utilizada para peneiramento seco ou molhado e tem capacidade de
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processar at 350 t/h de material. O tamanho mximo de partcula na alimentao deve ser de 400 mm.
Fabricante: Gator rea de peneiramento (cada deck): 12,99 m Comprimento/Largura: 6,1 m/2,13 m Nmero de decks: 2 Potncia: 18,5 kW Velocidade do eixo: 850 rpm Peso: 5650 kg
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5. CONCLUSO
As peneiras RF 2,4x4,8 DD SH, da METSO, e RMS720*2, da Gator, foram os modelos de peneira escolhidos por atenderem todas as especificaes previstas no clculo do projeto e possurem rea de peneiramento prxima do valor calculado. Embora os outros modelos de peneira pesquisados tambm atendam os requisitos necessrios, suas reas de peneiramento so exageradas quando comparadas com os modelos escolhidos, o que certamente encareceria o investimento na compra do equipamento, alm de investir em um equipamento que possuiria uma rea que no seria utilizada durante o peneiramento.
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6. BALANO MATERIAL
Material 10mm
10 mm > Material 4 mm
Passante
14,29 m/h
Material < 4 mm
Descarga
Figura 15. Balano material em cada deck da peneira
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Figura A1. Grfico para determinao do parmetro C (Fonte: METSO, Peneiras e Grelhas, p. 5-17, Grfico B)
Figura A2. Grfico para determinao do parmetro M (Fonte: METSO, Peneiras e Grelhas, p. 5-17, Grfico C)
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Figura A3. Grfico para determinao do parmetro K (Fonte: METSO, Peneiras e Grelhas, p. 5-17, Grfico D)
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REFERNCIAS
CHAVES, Arthur Pinto; PERES, Antonio Eduardo Clark. Peneiramento. In:_____. Teoria e Prtico do Tratamento de Minrios. 2 ed, 2003. v. 3, p. 511 546.
em:
MELO, Paulo Roberto C. de; CARVALHO, Renato Senna; PINTO, Dorival de Carvalho. HALITA. Rio de Janeiro, 2008. 35 p. Comunicao Tcnica elaborada para o Livro Rochas Minerais Industriais: Usos e especificaes Parte 2, cap. 25, p. 551 584.