Este documento descreve a evolução histórica do turismo em Portugal desde 1900 até à atualidade, dividida em 4 fases principais: a infância até 1950, a adolescência até 1964, a maioridade até 1974 e a maturidade a partir de 1974, marcada por crises e transformações que moldaram o crescimento do setor do turismo em Portugal.
Este documento descreve a evolução histórica do turismo em Portugal desde 1900 até à atualidade, dividida em 4 fases principais: a infância até 1950, a adolescência até 1964, a maioridade até 1974 e a maturidade a partir de 1974, marcada por crises e transformações que moldaram o crescimento do setor do turismo em Portugal.
Este documento descreve a evolução histórica do turismo em Portugal desde 1900 até à atualidade, dividida em 4 fases principais: a infância até 1950, a adolescência até 1964, a maioridade até 1974 e a maturidade a partir de 1974, marcada por crises e transformações que moldaram o crescimento do setor do turismo em Portugal.
Este documento descreve a evolução histórica do turismo em Portugal desde 1900 até à atualidade, dividida em 4 fases principais: a infância até 1950, a adolescência até 1964, a maioridade até 1974 e a maturidade a partir de 1974, marcada por crises e transformações que moldaram o crescimento do setor do turismo em Portugal.
Baixe no formato PPT, PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em ppt, pdf ou txt
Você está na página 1de 23
O TURISMO EM
PORTUGAL O TURISMO EM PORTUGAL
A evoluo histrica do turismo em
Portugal pode ser dividida em 4 fases distintas: Infncia: entre 1900 e 1950 Adolescncia: entre 1950 e 1964 Maioridade: entre 1964 e 1974 . Maturidade: a partir de 1974 INFNCIA Durante a primeira dcada do sculo XX, o turismo domstico portugus baseava-se nas estncias termais mas, a nvel internacional, os turistas concentravam-se essencialmente na Madeira e Lisboa. A primeira organizao oficial do turismo portugus surge em 1911 Repartio do Turismo, com o objetivo de ordenar estudos e deliberar sobre as concluses apresentadas. A promoo turstica era efetuada pela Sociedade de Propaganda de Portugal. Foram tomadas iniciativas para dinamizar os investimentos tursticos, e inventariaram-se os recursos tursticos. Toma-se conscincia da necessidade de melhorar as condies de acolhimento, o que leva conservao das estradas e infraestruturas e ao desenvolvimento dos meios de alojamento. A Primeira Guerra Mundial teve efeitos negativos no turismo. No entanto, lanaram-se alguns investimentos, dos quais se destaca o plano de aproveitamento turstico do Estoril o primeiro grande centro internacional do pas e, mais tarde, o programa de construo de pousadas. Em 1928, o jogo liga-se ao turismo com a criao da Repartio de Jogos e Turismo. Em 1929, criado o Conselho Nacional de Turismo, por se considerar que a situao privilegiada do pas e as excecionais condies que rene para se construir como centro de atrao turstica impem medidas especficas para o turismo. Contudo os resultados no foram os esperados: Portugal recebeu apenas cerca de 51000 turistas. Em 1930, surge a Comisso de Propaganda do Turismo de Portugal no estrangeiro que se ocupa das primeiras representaes do pas no estrangeiro. Embora a mdia anual de entradas tenha aumentado, s em 1950 se ultrapassaram as 76000 entradas. O turismo portugus vive, nesta poca, do mercado ingls constitudo por reformados ou pessoas com baixos rendimentos, afetados pela guerra. Aps a guerra, as entradas de turistas estrangeiros limitavam-se a viagens de negcios, peregrinaes a Ftima e algumas visitas de americanos e brasileiros. Em 1900 e 1950, apesar dos esforos do Governo, Portugal no consegue alcanar uma posio de relevo no turismo mundial. ADOLESCNCIA A recuperao da crise econmica e social traz uma nova poca de expanso ao turismo europeu. Contudo, em Portugal, assiste-se a uma diminuio das dormidas na hotelaria. Nesta poca, Portugal recebia, em mdia, apenas 0,3% dos turistas internacionais. Reconhece-se que as poucas e deficientes infraestruturas e a falta de qualidade da oferta turstica, face s exigncias da vida moderna, teriam de ser ultrapassadas para que o setor se desenvolvesse em Portugal. Comea a nascer uma nova conceo de turismo, em que este entendido como atividade econmica. Surge a primeira abordagem horizontal da poltica do turismo, isto , integrando vrias reas e setores (economia, transportes, etc.). Em trs anos, duplicaram as entradas de estrangeiros em Portugal. O Governo compreende a necessidade de se criarem condies institucionais que permitam o desenvolvimento do turismo. Em 1952, o Governo apresenta Assembleia Nacional um projeto de Estatuto do Turismo, que vem dar origem aos diplomas fundamentais que esto da posterior expanso do turismo portugus. Aparecem as zonas de turismo nos concelhos onde existiam praias, estncias termais, de altitude, de repouso ou recreio ou monumentos de interesse. O turismo portugus comea revelar um certo dinamismo: em 1963, registaram-se 514000 entradas de estrangeiros. A capacidade hoteleira aumenta para o dobro, passando 24000 camas, em 1953, para 57000 em 1963. O Reino Unido, a Frana e os EUA representavam, no seu conjunto, 60% do total de dormidas. Trata-se de um turismo altamente concentrado no distrito de Lisboa e fortemente dependente de trs mercados. MAIORIDADE O ano de 1964 marca o incio do efetivo desenvolvimento do turismo em Portugal. A recuperao europeia aos nveis econmico e sociocultural no ps-guerra e o progresso que se lhe seguiu permitiram a generalizao do automvel, a diminuio do tempo de trabalho e as frias pagas, fatores que associados, ao desenvolvimento explosivo do transporte areo, permitiram o aumento das viagens a outros pases, beneficiando bastante os pases mediterrnicos. Neste ano ultrapassa-se pela primeira vez 1milho de entradas de estrangeiros em Portugal. Aparecem os grandes empreendimentos tursticos e desenvolvem-se novos centros, com destaque para o Algarve, Madeira e Troia, que concentram os investimentos portugueses e estrangeiros. Constroem-se os aeroportos do Funchal e do Algarve, permitindo a ligao com os pases emissores de turistas. Surgem os primeiros desequilbrios estruturais porque o pas no estava preparado para receber tantos turistas. O turismo passa a ser enquadrado nos Planos de Fomento, sendo pela primeira vez objeto de planeamento, j que deste incremento no incoming aparecem os primeiros desgastes do ambiente e do patrimnio natural, as disfunes ambientais e a descaracterizao dos ambientes. Em 1973, as entradas de estrangeiros ultrapassaram os 4 milhes. As dormidas de estrangeiros superam, pela primeira vez, as dos portugueses. Os principais mercados passam a ser a Alemanha, a Frana, o Reino Unido e os EUA. Atingem-se as 86000 camas. O Algarve, a Madeira e Lisboa so os principais centros tursticos. A procura dominante caracteriza-se pela busca do sol e praia. MATURIDADE A crise petrolfera de 1973 e as suas consequncias (quebra de produo; desemprego; taxas de inflao elevadas; crise ambiental; novos comportamentos de consumo) conduzem a procura turstica a um revs. O 25 de abril de 1974 provoca grandes transformaes econmicas, sociais e polticas e leva ao afluxo de grandes massas de desalojados das ex-colnias que ocupam os alojamentos hoteleiros, enquanto a procura turstica externa sofre quebras acentuadas. Cria-se a Secretaria de Estado do Turismo e, em 1979, o turismo recupera e registam-se mais de 5 milhes de entradas em Portugal. O Algarve quintuplica a oferta hoteleira, ao mesmo tempo que se destroem espaos naturais, agravando-se os desequilbrios e gerando-se disfunes ambientais. Os turistas que visitam Portugal provm dos mercados britnico e espanhol, tornando o turismo Portugus extremamente vulnervel. O turismo, neste perodo, est dotado de uma estrutura prpria a nvel poltico e institucional. Em meados da dcada de 1980, foi lanado um Plano Nacional de Turismo, que tinha como objetivos: Contribuir para a atenuao dos dfices cambiais; Contribuir para atenuar as assimetrias regionais; Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses; Contribuir para a proteo do patrimnio natural e valorizao do patrimnio cultural. Relana-se o termalismo. Criam-se sistemas de financiamento a fundo perdido, em muito apoiadas pela Comunidade Econmica Europeia. Criam-se as escolas de Hotelarias do Estoril, Lisboa e Coimbra. Cria-se o Instituto de Promoo Turstica, depois integrado no ICEP e mais tarde no Turismo de Portugal, IP. Reformula-se toda a legislao relativa ao setor do turismo em 1999 e em 2008.