Engenharia de Tráfego
Engenharia de Tráfego
Engenharia de Tráfego
Disciplina:
ENGENHARIA DE TRÁFEGO
RESOLUCAO nº. 236, de 11 de maio de 2007. Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). Manual Brasileiro de
Sinalização de Trânsito: Sinalização Horizontal. 1ª edição – 128 p. Brasília. 2007. ECV – 5129 Engenharia de
Tráfego - Módulo 1 Professora Lenise Grando Goldner 99 Apoio – PET ECV
RESOLUÇÃO nº. 243, de 22 de junho de 2007. Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). Manual Brasileiro de
Sinalização de Trânsito: Sinalização Vertical de Advertência. 1ª edição – 218 p. Brasília. 2007.
Ele é definido como o movimento de pessoas e bens para atender às necessidades básicas da
sociedade que demandam mobilidade e acessibilidade.
A qualidade do transporte afeta a capacidade de a sociedade utilizar seus recursos naturais de
mão de obra e/ou materiais. O transporte também influencia a posição competitiva em relação
a outras regiões ou nações. Sem a capacidade de transportar com facilidade seus produtos, uma
região pode se tornar incapaz de oferecer bens e serviços a um preço competitivo e, portanto,
reduzir ou perder sua participação de mercado. Por meio da prestação de serviços de
transporte segura, confiável, rápida, com capacidade suficiente e a um preço competitivo, um
estado ou nação poderão expandir sua base econômica, entrar em novos mercados e importar
mão de obra qualificada.
Sistemas de transporte integrados e modernos são uma necessidade, mas não a garantia de
desenvolvimento e prosperidade econômica. Sem os serviços competitivos de transporte, o
potencial econômico de uma região torna-se limitado. Para ter sucesso, uma região deve ser
dotada de recursos naturais ou humanos, infraestrutura (como instalações de água, energia e
esgoto), capital financeiro, habitação adequada e forte defesa militar. Quando essas condições
estiverem adequadas, o crescimento econômico dependerá da qualidade do sistema de
transporte interno, que consiste em rodovias, ferrovias, companhias aéreas, transportes
marítimos e portos. Além disso, dependerá da qualidade das ligações multimodais com o resto
do mundo, incluindo todos os serviços de transporte.
Um bom sistema de transporte oferece muitos benefícios à sociedade, além de seu papel no
desenvolvimento econômico. Os avanços nos transportes têm contribuído para a qualidade de
vida e expandido as oportunidades na busca da felicidade, um direito dos norte-americanos
declarado por Thomas Jefferson na Proclamação da Independência. Os sistemas modernos de
transporte têm proporcionado ao mundo um grau de mobilidade sem precedentes.
Em contraste com o passado, hoje podemos viajar de automóvel, trem, navio ou avião para
qualquer parte do país ou do mundo, a fim de visitar amigos e parentes ou a turismo. Podemos
também alterar nossas condições atuais de vida, deslocando-nos para outro lugar. Em
decorrência do bom sistema de transporte, os cuidados com a saúde melhoraram
drasticamente; por exemplo, os medicamentos, transplantes e equipamentos médicos podem
ser transportados em situações de emergência a um hospital remoto, ou os pacientes podem
ser removidos rapidamente para centros médicos especializados. As melhorias no transporte
têm contribuído para o declínio mundial da fome, pois, quando há escassez de alimentos em
decorrência da miséria, guerras ou do clima, os transportes aéreo e marítimo são fundamentais
para o reabastecimento.
Os profissionais que trabalham nessa área são contratados por agências governamentais,
empresas de consultoria, de construção, autoridades de transporte e empresas privadas. Os
profissionais que trabalham na solução de problemas de transporte são engenheiros,
advogados, economistas, cientistas sociais, urbanistas e ambientalistas.
Embora esse setor esteja associado à engenharia civil, os profissionais do transporte muitas
vezes têm formação acadêmica em outras disciplinas de engenharia, como mecânica, elétrica,
aeroespacial e de tecnologia da informação. Além de uma compreensão dos princípios básicos
de transporte, o engenheiro de transporte deve possuir amplos conhecimentos sobre os
fundamentos de engenharia, ciência, estatísticas, comunicação oral e escrita, computadores,
economia, história e ciências sociais. Normalmente, o engenheiro de transporte moderno
obtém um grau de bacharel em engenharia e mestrado ou doutorado em uma especialidade de
transporte, como descrito nas seções seguintes.
O planejamento de transporte envolve planos e programas de desenvolvimento que
melhoram as condições atuais de viagem. Os planejadores fazem perguntas como: Um eroporto
existente deve ser expandido ou um novo deve ser construído? Uma via expressa deve ter sua
largura aumentada? Uma ferrovia deve ser construída?
O processo envolve a definição do problema, estabelecendo metas e objetivos, coleta de dados
de viagens e instalações, previsão de demanda de tráfego e a avaliação das opções disponíveis.
O planejador também deve avaliar os impactos ambientais, o efeito do projeto sobre o uso do
solo e os benefícios do projeto em relação ao custo. A viabilidade física e as fontes de
financiamento também são consideradas. O produto final é uma comparação das diferentes
alternativas com base em objetivos e critérios estabelecidos e uma análise de como cada opção
cumprirá as metas e os objetivos desejados. Um plano é, então, recomendado para apreciação
por parte dos tomadores de decisão e do público.
O projeto de transporte envolve a especificação dos recursos que compõem as
instalações para que ele funcione de forma eficiente e de acordo com critérios adequados e
modelos teóricos. O projeto final oferece um conjunto de desenhos, para uso do proprietário e
do contratante, que estabelece as especificações detalhadas para seu desenvolvimento. O
processo do projeto envolve a seleção das dimensões para as características geométricas de
alinhamento e de nível, bem como os elementos estruturais de pontes e da pavimentação. No
caso de rodovias ou pistas de pouso/decolagem de aeroportos, a espessura do pavimento deve
ser determinada. Se as estruturas das pontes ou de drenagem forem necessárias (por exemplo,
em um cruzamento ferroviário ou na adaptação da altura livre do túnel para acomodar dois
contêineres empilhados), um projeto estrutural deve ser realizado. A provisão para dispositivos
de drenagem, incluindo canaletas, bueiros e dispositivos subterrâneos, está incluída no projeto.
A Política Nacional de Trânsito, prevista no Código de Trânsito Brasileiro, que incumbe o Sistema
Nacional de Trânsito de propor e o Conselho Nacional de Trânsito de estabelecer suas diretrizes,
deve se harmonizar com as políticas estabelecidas por outros Conselhos Nacionais, em especial
com o Conselho das Cidades, órgão colegiado que reúne representantes do poder público e da
sociedade civil e que tem por foco o desenvolvimento urbano e regional, a política fundiária e
de habitação, o saneamento ambiental, o trânsito e o transporte e mobilidade urbana, além do
Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama, e do Conselho Nacional da Saúde.
Objetivos
A Política Nacional de Trânsito busca atingir cinco grandes objetivos, priorizados em razão de
seus significados para a sociedade e para o cidadão brasileiro e de seus efeitos multiplicadores,
em consonância com as demais políticas públicas. São eles:
1. Priorizar a preservação da vida, da saúde e do meio ambiente, visando à redução do número
de vítimas, dos índices e da gravidade dos acidentes de trânsito e da emissão de poluentes e
ruídos;
2. Efetivar a educação contínua para o trânsito, de forma a orientar cada cidadão e toda a
comunidade, quanto a princípios, valores, conhecimentos, habilidades e atitudes favoráveis e
adequadas à locomoção no espaço social, para uma convivência no trânsito de modo
responsável e seguro;
3. Promover o exercício da cidadania, incentivando o protagonismo da sociedade com sua
participação nas discussões dos problemas e das soluções, em prol da consecução de um
comportamento coletivo seguro, respeitoso e não agressivo no trânsito, de respeito ao cidadão,
considerado como o foco dos esforços das organizações executoras da Política Nacional de
Trânsito;
4. Estimular a mobilidade e a acessibilidade a todos os cidadãos, propiciando as condições
necessárias para sua locomoção no espaço público, de forma a assegurar plenamente o direito
constitucional de ir e vir, e possibilitando deslocamentos ágeis, seguros, confortáveis, confiáveis
e econômicos.
5. Promover a qualificação contínua de gestão dos órgãos e entidades do SNT, aprimorando e
avaliando a sua gestão.
Diretrizes gerais
1. Aumentar a segurança de trânsito
2. Promover a educação para o trânsito
3. Garantir a mobilidade e acessibilidade com segurança e qualidade ambiental a toda
população
4. Promover o exercício da cidadania, a participação e a comunicação com a sociedade
5. Fortalecer o Sistema Nacional de Trânsito
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO– FINALIDADE, COMPOSIÇÃO E OBJETIVOS
Finalidade
O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios que tem por finalidade o exercício das seguintes atividades,
conforme artigo 5° da Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997 que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro – CTB:
Planejamento;
Administração;
Normatização;
Pesquisa;
Registro e licenciamento de veículos;
Formação, habilitação e reciclagem de condutores;
Educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de
infrações e de recursos e aplicação de penalidades.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é um documento legal que define atribuições das diversas
autoridades e órgãos ligados ao trânsito do Brasil, fornece diretrizes para a engenharia de
tráfego e estabelece normas de conduta, infrações e penalidades para os diversos usuários
desse complexo sistema. Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e
animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga ou descarga.