Arquitetura Jesuítica
Arquitetura Jesuítica
Arquitetura Jesuítica
da arquitetura e do urbanismo
IV
Arquitetura dos jesuítas no Brasil Colônia
• Atividades da Companhia de Jesus na Colônia inicia-se em 1549 e vai até 1759
• Embora algumas reversões dos princípios clássicos foram negativos, outras, como a
planta elíptica, e revivescências medievais, como a proporção alongada, a planta
em cruz latina e a fachada com duas torres foram contribuições com significado
duradouro.
• O arquiteto maneirista estava sob supervisão direta da Igreja na construção dos
edifícios, que começaram a ser regidas por normas (São Carlos Borromeu, Acta
Ecclesiae Mediolaneneses)
• Os edifícios deveriam ser destinados aos propósitos da Igreja; os fiéis deveriam ser
tocados emocionalmente, contrário às ideias abstratas do Renascimento
Observar os motivos
maneiristas: estátuas colossais,
ordens fora da proporção,
querubins e folhas de acanto,
completamente fora de escala
com as ordens e o arranjo do
frontão central triangular, com a
moldura da arquitrave em
ponta sobre a qual se equilibra
precariamente uma cornija em
curva de três centros.
Precedentes da arquitetura jesuítica no Brasil
Igreja Nossa Senhora da Assunção, Anchieta (antes Provavelmente eram usadas com objetivos militares
Reritiba), ES. 1580
Igrejas jesuíticas – 1ª fase
Lúcio Costa afirma que esta é a
única igreja do período “com
pedigree”, inspirada que é na
Igreja de São Roque, em Lisboa
Quando os planos previam a possibilidade de se vir a construir, futuramente, uma segunda torre, aquela que
primeiro se fazia era a de ligação entre a ala do colégio correspondente ao terreiro e a igreja
Igrejas jesuíticas – 2ª fase
1. Por quê a arquitetura jesuítica que se desenvolveu no Brasil é basicamente de estilo maneirista,
sendo que o barroco estava em pleno desenvolvimento no período (sec. XVII e XVIII)?
2. A tipologia de igreja com duas torres é uma particularidade do “estilo jesuítico”? Estabeleça
uma sequência para o desenho deste tipo de fachada.
3. Qual a influência de Vignola no partido arquitetônico das igrejas dos jesuítas brasileiros?
Por quê a arquitetura jesuítica que se desenvolveu no Brasil é basicamente de estilo maneirista,
sendo que o barroco estava em pleno desenvolvimento no período (sec. XVII e XVIII)?
• A resposta é incerta, pois nada obrigava os jesuítas a adotarem tal estilo (inclusive, a sede da
ordem em Roma, avaliava os projetos, estando em pleno barroco)
• A resposta provável é que a escolha se deve a uma identificação da ordem jesuítica de Portugal
com os preceitos do maneirismo (disciplina, conservadorismo, uso de formas externas, desde
que úteis), expressando o seu papel educativo e missionário
• Em Minas Gerais, principalmente, no século XVIII continuaram a ser tratadas como maneiristas
• A influência dos jesuítas em assuntos artísticos era tão importante que igrejas como as de
Minas Gerais são descritas como de estilo jesuítico, embora tal termo não exista per se
Exercícios
2. Quais transformações podem ser observadas entre os modelos europeus (Gesù e São Vicente
de Fora) e as Igreja Catedral de Salvador e a Igreja de Santo Alexandre, em Belém?
3. Explique sucintamente e com desenhos os partidos em planta adotados pelas igrejas jesuíticas
do período colonial
Vê-se pelo exposto que a arquitetura da Companhia, no Brasil, foi quase sempre inimiga dos
derramamentos plásticos, despretensiosa, muitas vezes pobre, obedecendo, em suas linhas gerais,
a uns tantos padrões uniformes. E se devêssemos resumir, numa só palavra, qual o traço marcante
da arquitetura dos padres, diríamos que foi a sobriedade. Sobriedade presente também nos
retábulos, mesmo os mais ricos. Sobriedade que se impõe, apesar do gongorismo da obra de talha
de um determinado período, como nos púlpitos esplêndidos de Santo Alexandre. Sobriedade que
ainda souberam manter no mais pretensioso de seus templos, a atual Sé da Bahia.