Apostila Português 1 Ano - Lidiene Alves
Apostila Português 1 Ano - Lidiene Alves
Apostila Português 1 Ano - Lidiene Alves
ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS DE
LÍNGUA PORTUGUESA
2º BIMESTRE/2021
INSTRUÇÕES:
Trata-se de uma literatura ocorrida no Brasil, Senhor, posto que o capitão-mor desta vossa
ligada ao Brasil, mas que denota a visão, as frota, e assim os outros capitães escrevam a
ambições e as intenções do homem europeu Vossa Alteza a nova do achamento desta Vossa
mercantilista em busca de novas terras e terra nova, que se ora nesta navegação achou,
riquezas. não deixarei de também dar disso minha conta.
(...)
As manifestações ocorridas se prenderam,
basicamente, à descrição da terra e do índio, ou E assim seguimos nosso caminho, por este mar,
a textos escritos pelos viajantes, jesuítas e de longo, até terça-feira d’ oitavas de Páscoa,
missionários que aqui estiveram. que foram 21 dias d’Abril, que topamos alguns
sinais de terra (...) E à quarta-feira seguinte, pela
Literatura Informativa manhã, topamos aves, a que chamam fura-
buchos. Neste mesmo dia, a horas de véspera,
A Carta de Caminha inaugura o que se houvemos vista de terra, isto é, primeiramente
convencionou chamar de Literatura Informativa d’um grande monte, mui alto e redondo, e
sobre o Brasil. Este tipo de literatura, também d’outras serras mais baixas ao sul dele e de
conhecido como literatura dos viajantes ou terra chã com grandes arvoredos, ao qual monte
literatura dos cronistas, como consequência das alto o capitão pôs o nome o Monte Pascoal e à
Grandes Navegações, empenha-se em fazer um terra A Terra de Vera Cruz. (...)
levantamento da “terra nova”, de sua floresta e
fauna, de seus habitantes e costumes, que se E dali houvemos vista d’homens, que andavam
apresentaram muito diferentes dos europeus. pela praia, de 7 ou 8, segundo os navios
pequenos disseram, por chegaram primeiro. (...)
Daí ser uma literatura meramente descritiva e, A feição deles é serem pardos, maneira
como tal, sem grande valor literário. A principal d'avermelhados, de bons rostos e bons narizes,
característica da carta é a exaltação da terra, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura,
resultante do assombro do europeu diante do nem estimam nenhuma cousa cobrir nem
exotismo e da exuberância de um mundo tropical. mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso
com tanta inocência como têm em mostrar o çarradinhas: alguns historiadores consideram
rosto. (...) "saradinhas", isto é, sem doenças, e outros
consideram "cerradinhas", isto é, densas.
Ali andavam entre eles três ou quatro moças,
bem moças e bem gentis, com cabelos muito tinta: tingida.
pretos, compridos, pelas espáduas; e suas
vergonhas tão altas e tão çarradinhas e tão alcatifa: tapete, que cobre ou se estende.
limpas das cabeleiras que de as nós muito bem Entre-Douro-e-Minho: antiga província de
olharmos não tínhamos nenhuma vergonha. (...) Portugal.
E uma daquelas moças era toda tinta, de fundo a
Para o leitor de hoje, a literatura informativa
cima, daquela tintura, a qual, certo, era tão bem satisfaz a curiosidade a respeito do Brasil nos
feita e tão redonda e sua vergonha, que ela não seus primeiros anos de vida, oferecendo o
tinha, tão graciosa, que a muitas mulheres de encanto das narrativas de viagem. Para os
nossa terra, vendo-lhes tais feições, fizera historiadores, os textos são fontes obrigatórias de
vergonha, por não terem a sua como ela. (...) pesquisa. Mais adiante, com o movimento
O capitão, quando eles vieram, estava assentado modernista, esses textos foram retomados pelos
em uma cadeira e uma alcatifa aos pés por escritores brasileiros, como Oswald de Andrade,
estrado, e bem vestido, com um colar d'ouro mui como forma de denúncia da exploração a que o
grande ao pescoço. (...) Um deles, porém, pôs país sofrera desde então.
olho no colar do capitão e começou d'acenar com Veja os principais documentos que compõem a
a mão para a terra e despois para o colar, como nossa literatura informativa:
que nos dizia que havia em terra ouro. E também
viu um castiçal de prata e assim mesmo acenava 1. Carta do descobrimento (Pero Vaz de
para a terra e então para o castiçal, como que Caminha): foi escrita no ano de 1500 e publicada
havia também prata. (...) pela primeira vez em 1817.
Até agora não pudemos saber se há ouro ou 2. Tratado da terra do Brasil (Pero de
prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem Magalhães Gândavo): foi escrito por volta de
lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons 1570 e impresso pela primeira vez em 1826.
ares frescos e temperados como os de Entre-
Douro-e-Minho, porque neste tempo d'agora 3. História da Província de Santa Cruz, a que
assim os achávamos como os de lá. Águas são vulgarmente chamamos Brasil (Pero de
muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, Magalhães Gândavo): foi editado em 1576.
querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por
4. Diálogo sobre a conversão dos
causa das águas que tem! Porém, o melhor fruto
gentios (Padre Manuel da Nóbrega): foi escrito
que dela se pode tirar parece-me que será salvar
em 1557 e impresso em 1880.
esta gente. E esta deve ser a principal semente
que Vossa Alteza em ela deve lançar. (...) 5. Tratado descritivo do Brasil (Gabriel Soares
de Sousa): escrito em 1587 e impresso por volta
capitão-mor: trata-se de Pedro Álvares Cabral.
de 1839.
conta: relato.
A Santa Inês
Cordeirinha linda,
Como folga¹ o povo, Virginal cabeça,
Porque vossa vinda Pela fé cortada,
Lhe dá lume² novo! Com vossa chegada
Já ninguém pereça;
Cordeirinha santa, Vinde mui depressa
De Jesus querida, Ajudar o povo,
Vossa santa vida Pois com vossa vinda
O Diabo espanta. Lhe dais lume novo.
Por isso vos canta
Com prazer o povo, Vós sois cordeirinha
Porque vossa vinda De Jesus Formoso;
Lhe dá lume novo. Mas o vosso Esposo
já vos fez Rainha.
Nossa culpa escura Também padeirinha
Fugirá depressa, Sois do vosso Povo,
Pois vossa cabeça pois com vossa vinda,
Vem com luz tão pura. Lhe dais trigo novo.
Vossa formosura
Honra é do povo, ¹folga: se alegra
Porque vossa vinda ²lume: luz
Lhe dá lume novo.
Esse poema fala do confronto entre o bem e o mal com bastante simplicidade: a chegada de Santa Inês
espanta o diabo e, graças a ela, o povo revigora sua fé. A linguagem é clara, as ideias são facilmente
compreensíveis e o ritmo faz com que os versos tenham musicalidade, ajudando o poeta a envolver o
ouvinte e a sensibilizá-lo para sua mensagem religiosa.
EXERCÍCIOS:
QUESTÃO 1- Quаl еrа а fіnаlіdаdе dа саrtа еѕсrіtа раrа о Rеі Dоm Маnuеl?
( )VERDADEIRA ( )FALSA
QUESTÃO 3 - О еѕсrіtоr dа саrtа, Реrо Vаz dе Саmіnhа, еѕсrеvіа tоdаѕ аѕ ѕuаѕ dеѕсоbеrtаѕ е
асоntесіmеntоѕ соm rіquеzа еnоrmе dе dеtаlhеѕ.
( )VERDADEIRA ( )FALSA
QUESTÃO 4- Саmіnhа rеlаtа quе оѕ іndígеnаѕ ѕãо um роvо ѕеm lеі, ѕеm rеі, ѕеm fé е ѕеm сulturа.
( )VERDADEIRA ( )FALSA
QUESTÃO 5 - Мuіtоѕ vіајаntеѕ сhеgаrаm ао Вrаѕіl, um dеlеѕ fоі о аlеmãо Наnѕ Ѕtаdеn. Еm ѕuа
ѕеgundа vіаgеm еlе fоі...
( )VERDADEIRA ( )FALSA
QUESTÃO 7- А рrіmеіrа lіtеrаturа rеаlіzаdа еm ѕоlо brаѕіlеіrо еrа аltаmеntе dе сunhо rоmântісо.
( )VERDADEIRA ( )FALSA
( )VERDADEIRA ( )FALSA
QUESTÃO 10- Мuіtаѕ реçаѕ - аutоѕ - еrаm uѕаdаѕ раrа ајudаr nа ехрlісаçãо dа fé саtólіса е раrа а
соnvеrѕãо іndígеnа.
( )VERDADEIRA ( )FALSA
1) A arte da contrarreforma
Temas frequentes na Literatura Barroca
A ideologia do Barroco é fornecida pela O cultismo caracteriza-se pelo uso de linguagem
Contrarreforma. Em nenhuma outra época se rebuscada, culta, extravagante, repleta de jogos
produziu tamanha quantidade de igrejas, capelas, de palavras e do emprego abusivo de figuras de
estátuas de santos e monumentos sepulcrais. As estilo, como a metáfora e a hipérbole. Veja um
obras de arte deviam falar aos fiéis com a maior exemplo de poesia cultista:
eficácia possível, mas em momento algum descer
até eles. A arte barroca tinha que convencer, Ao braço do Menino Jesus de Nossa Senhora
conquistar e impor admiração. das Maravilhas, A quem infiéis despedaçaram
Paradoxo: corresponde à união de duas ideias contrárias num só pensamento. Opõe-se ao racionalismo
da arte renascentista. Veja a estrofe a seguir, de Gregório de Matos:
Hipérbole: traduz ideia de grandiosidade, pompa. Veja mais um exemplo de Gregório de Matos:
Prosopopeia: personificação de seres inanimados para dinamizar a realidade. Observe um trecho escrito
pelo Padre Antonio Vieira:
No diamante agradou-me o forte, no cedro o incorruptível, na águia o sublime, no Leão o generoso, no Sol
o excesso de Luz.
Barroco no Brasil
Barroco foi introduzido no Brasil por intermédio público leitor para as obras literárias, o que só
dos jesuítas. Inicialmente, no final do século XVI, viria a ocorrer no século XIX.
tratava-se de um movimento apenas destinado à
catequização. Por esse motivo, fala-se apenas em autores
brasileiros com características barrocas,
A partir do século XVII, o Barroco passa a se influenciados por fontes estrangeiras (portuguesa
expandir para os centros de produção açucareira, e espanhola), mas que não chegaram a constituir
especialmente na Bahia, por meio das igrejas. um movimento propriamente dito. Nesse
Assim, a função da igreja era ensinar o caminho contexto, merecem destaque a poesia
da religiosidade e da moral a uma população que de Gregório de Matos Guerra e a prosa do
vivia desregradamente. padre Antônio Vieira representada pelos seus
sermões.
Nos séculos XVII e XVIII não havia ainda
condições para a formação de uma consciência Didaticamente, o Barroco brasileiro tem seu
literária brasileira. A vida social no país era marco inicial em 1601, com a publicação do
organizada em função de pequenos núcleos poema épico Prosopopeia, de Bento Teixeira.
econômicos, não existindo efetivamente um
Prosopopeia
II
Esse poema, além de traçar elogios aos foi a primeira obra do Barroco brasileiro e o
primeiros donatários da capitania de marco inicial do primeiro estilo de época a surgir
Pernambuco, narra o naufrágio sofrido por um no Brasil.
deles, o donatário Jorge Albuquerque Coelho.
Apesar de os críticos o considerarem de pouco
valor literário, o texto tem seu valor histórico, pois
Autores do Barroco
Gregório de Matos Guerra nasceu em Salvador Luis da Camara Coutinho. Além disso, suas
(BA) e morreu em Recife (PE). Estudou no críticas à Igreja e a religiosidade presente
colégio dos jesuítas e formou-se em Direito em naquele momento. Essa atitude de subversão por
Coimbra (Portugal). Recebeu o apelido de Boca meio das palavras rendeu-lhe o apelido de "Boca
do Inferno, graças a sua irreverente obra satírica. do Inferno", por satirizar seus desafetos.
EXERCÍCIOS:
Heavy Metal Do Senhor - Zeca Baleiro
QUESTÃO 2 - Explique em poucas palavras o que você entendeu com a leitura da canção e faça um
paralelo com a escola literária Barroco:
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Por outro lado, se uma mensagem possui um sentido mais subjetivo e figurado, dizemos que ela é
conotativa.
Resumindo:
EXERCÍCIOS
QUESTÃO 2-
A imagem acima é uma propaganda do dicionário Aurélio. Sobre isso, podemos afirmar que:
EXERCÍCIOS
QUESTÃO 2-
A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, divide-se em unidades
menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um
ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando
sua reprodução, crescimento e migrações.
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
QUESTÃO 3- Qual a função da linguagem presente na frase: “Ligue agora! Não perca esta
oportunidade!”
a) Função expressiva
b) Função apelativa
c) Função metalinguística
d) Função fática
A paronímia se caracteriza pela mera semelhança (de escrita e som) entre palavras com significados
diferentes.
A homonímia diz respeito às palavras que são iguais em sua forma (escrita ou sonora), mas que
apresentam significados diferentes.
Como já sabemos, a paronímia se caracteriza por palavras com estrutura semelhante e significados
diferentes.
A sinonímia, por sua vez, trata de palavras sinônimas, ou seja, aquelas que são diferentes em sua
estrutura, mas têm significados semelhantes, podendo ser substituídas uma pela outra dependendo
do contexto.
Parônimos Sinônimos
Forma
semelhante diferente
(escrita/sonora)
Significado diferente semelhante
EXERCÍCIOS
QUESTÃO 1-A palavra “eminente”, presente no enunciado “O eminente ministro renunciou ao cargo”,
não deve ser confundida com “iminente”, seu parônimo. Em que item a seguir o par de vocábulos é
exemplo de parônimo?
QUESTÃO 2- A palavra “tráfico” não deve ser confundida com “tráfego”, seu parônimo. Em qual
alternativa o par de vocábulos é exemplo de homônimas homófonas, e não parônimas?
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AULA 6 - DICAS DE PORTUGUÊS: USO DO PORQUE, PORQUÊ, POR QUE OU POR QUÊ
O uso dos porquês é um dos assuntos da língua Por qual motivo você não foi dormir?
portuguesa que mais causa dúvidas entre os Por qual razão você não foi dormir?
falantes. Para que o emprego dos porquês seja Por qual motivo não posso sair com meus
feito de forma correta, é essencial entender e amigos?
distinguir as quatro formas: porque, porquê, por Por qual razão não posso sair com meus
que ou por quê. amigos?
Quando usar porque? Com este uso, por que é formado pela
Porque (junto e sem acento) é usado preposição por seguida do pronome interrogativo
principalmente em respostas e em explicações. que.
Indica a causa ou a explicação de alguma coisa.
Por que relativo
Porque pode ser substituído por: Estabelecendo uma relação com um termo
antecedente, por que é usado como elo de
ligação entre duas orações, podendo ser
pois;
substituído por:
visto que;
uma vez que;
por causa de que; pelo qual;
dado que; pela qual;
… pelos quais;
Exemplos com porque pelas quais;
por qual;
por quais.
Choro porque machuquei o pé.
Exemplos com por que (relativo)
Ela não foi à escola porque estava chovendo.
Substituição do porque
Não achei o caminho por que passei.
As razões por que fui embora são pessoais.
Choro pois machuquei o pé.
Substituição do por que (relativo)
Choro visto que machuquei o pé.
Ela não foi à escola pois estava chovendo.
Ela não foi à escola uma vez que estava Não achei o caminho pelo qual passei.
chovendo. Não achei o caminho por qual passei.
Porque é uma conjunção subordinativa causal ou As razões pelas quais fui embora são
explicativa, unindo duas orações que dependem pessoais.
uma da outra para ter sentido completo. As razões por quais fui embora são pessoais.
Com este uso, por que é formado pela
preposição por seguida do pronome relativo que.
Quando usar por que?
Por que (separado e sem acento) pode ser usado
para introduzir uma pergunta ou para estabelecer Quando usar por quê?
uma relação com um termo anterior da oração. Por quê (separado e com acento) é usado em
interrogações. Aparece sempre no final da frase,
seguido de ponto de interrogação ou de um ponto
Por que interrogativo
final.
Possuindo um caráter interrogativo, por que é
usado para iniciar uma pergunta, podendo ser
substituído por: Por quê pode ser substituído por:
.
EXERCÍCIOS:
QUESTÃO 2- COMPLETE:
Eu não fui à reunião __________ estava cansada e não entendo __________ isso está sendo
criticado por todos. __________ falam todos sobre isso? __________?
Está na hora de sabermos _____________ você foi embora sem dar explicações.
a) por quê
b) por que
c) porque
d) porquê
QUESTÃO 4- (TRT) .......... você brinca? .......... ? Ora, .......... me agrada. A experiência .......... passei,
foi desagradável. Depois você saberá o .......... .
AULA 6- CHARGE
Charge é um gênero textual cuja intencionalidade principal é fazer uma crítica por meio do humor. As
charges destacam-se pela criatividade e abordagem de temas da atualidade. Os personagens geralmente
são desenhados seguindo o estilo de caricaturas. Geralmente, abordam diversos temas, tais como
assuntos do cotidiano, política, futebol, economia, ciência, relacionamentos, artes, consumo, etc.
Normalmente representam personalidades públicas.
Elas podem ser constituídas por apenas linguagem não verbal, no entanto é mais comum
apresentar linguagem verbal e não verbal ao mesmo tempo. A linguagem verbal geralmente aparece
dentro de balões, representando a fala ou pensamento do personagem.
Linguagem verbal- é aquela expressa por meio de palavras e frases escritas ou falada, ou seja,
a linguagem verbalizada.
Linguagem não verbal - utiliza dos signos visuais para ser efetivada, por exemplo, as imagens nas placas
e as cores na sinalização de trânsito, símbolos, gestos, figuras
As charges costumam ser publicadas, geralmente, em jornais, revistas e livros. Com o desenvolvimento da
internet, apareceram vários sites especializados em apresentar charges animadas.
EXERCÍCIOS
QUESTÃO 1-
a) criação de memes.
b) ampliação da blogosfera.
c) supremacia das ideias cibernéticas.
d) comercialização de pontos de vista.
e) banalização do comércio eletrônico.
Senhor,
Posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia
do achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar
disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que – para o bem contar e falar – o
saiba pior que todos fazer!
Todavia tome Vossa Alteza minha ignorância por boa vontade, a qual bem certo creia que, para
aformosentar nem afear, aqui não há de pôr mais do que aquilo que vi e me pareceu. [...]
[...] seguimos nosso caminho, por este mar de longo, até que terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram
21 dias de abril, topamos alguns sinais de terra. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que
chamam furabuchos. Neste mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! A saber,
primeiramente de um grande monte, muito alto e redondo; e de outras serras mais baixas ao sul dele; e de
terra chã, com grandes arvoredos; ao qual monte alto o capitão pôs o nome de O Monte Pascoal e à terra
A Terra de Vera Cruz! [...]
E dali avistamos homens que andavam pela praia, uns sete ou oito, segundo disseram os navios
pequenos que chegaram primeiro [...]. A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons
rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir
ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência.
Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão
travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um furador. [...]
O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés uma alcatifa por estrado; e bem
vestido, com um colar de ouro, mui grande, ao pescoço. [...] Acenderam-se tochas. E eles entraram. Mas
nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao Capitão; nem a alguém. Todavia um deles fitou o colar do
Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se
quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. E também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo
acenava para a terra e novamente para o castiçal, como se lá também houvesse prata! [...]
Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo
cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências [...]
Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela [na nova terra], ou outra coisa de metal, ou ferro;
nem lha vimos.
E desta maneira dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta Vossa terra vi. E se a um pouco alonguei,
Ela me perdoe. Porque o desejo que tinha de Vos tudo dizer, mo fez pôr assim pelo miúdo. [...]
Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.
Fonte: http://www.culturabrasil.org/zip/carta.pdf
QUESTÃO 1- Descrever é expor detalhadamente as características de um lugar, de um ser ou de
um objeto. Sabendo disto, retire do texto passagens nas quais o escrivão do rei descreve os
habitantes do “novo mundo”. (0,3)
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QUESTÃO 2- Pela descrição feita por Caminha, qual seria a visão do colonizador em relação aos
povos indígenas? (0,3)
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Todavia um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra,
e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. E também olhou para
um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal, como se lá
também houvesse prata! [...]
Nesse trecho, Caminha destaca e interpreta os acenos feitos pelos índios, relacionando-os à
possível existência de metais ouro ou pedras preciosas. O que esse destaque revela sobre as
intenções do homem europeu com a descoberta de novas terras? (0,3)
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“para os portugueses o ouro é que tinha valor, enquanto para os indígenas uma conta de colar ou
um guizo eram mais importantes; para os portugueses, os índios eram vistos como mão-de-obra a
ser explorada ou almas a serem cristianizadas; já para os indígenas, os lusitanos eram homens
diferentes com quem queriam trocar objetos.” (RONCARI, 2002, p.29)
Em sua opinião, o que, provavelmente, o índio estava tentado dizer aos viajantes? (0,3)
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QUESTÃO 5- O texto que você vai ler abaixo é um trecho do poema Inconstâncias das coisas do mundo,
do poeta barroco Gregório de Matos.
O recurso estilístico usado pelo poeta para enfatizar a inconstância foi: (0,3)
QUESTÃO 6 – Em relação ao Barroco, julgue os itens a seguir em (C) certos ou (E) errados: (0,3)
( ) O Barroco estabelece contradições entre espírito e carne, alma e corpo, morte e vida.
( ) O homem centra-se apenas em preocupações com o seu próprio ser, com base na sobriedade e
equilíbrio.
( ) O Barroco apresenta, como característica marcante, o espírito de tensão, conflito entre tendências
opostas: de um lado, a religiosidade medieval e, de outro, a vontade de aproveitar os prazeres da vida.
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Como o gosto da pena assim se fia?
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria. Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
Como a beleza assim se transfigura?
(MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix, 1997)
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QUESTÃO 8- . Com base nos seus conhecimentos sobre figuras de linguagem, complete a tabela a
seguir: (0,3)
COMPARAÇÃO
COMPARAÇÃO IMPLÍCITA
HIPÉRBOLE
PERSONIFICAÇÃO
ANTÍTESE
QUESTÃO 9 – Indique que figuras de linguagem foram empregadas nos versos abaixo: (0,3)
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COLÉGIO ESTADUAL NOBU YAMAGATA
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA/ LITERATURA
NOME COMPLETO: ________________________________ 1º ANO TURMA: ______________
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Todavia um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra,
e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. [...]
Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela [na nova terra], ou outra coisa de metal, ou
ferro; nem lha vimos.
Segundo a passagem, podemos perceber que o escrivão do rei não conseguiu descobrir se existiam ou
não metais preciosos nas terras da colônia, porque eles e os índios não falavam o mesmo idioma.
B) Qual dos seis elementos da comunicação está relacionado a essa dificuldade de entendimento
entre portugueses e índios? (0,3)
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QUESTÃO 3-
a) Explique os dois sentidos possíveis (denotativo e conotativo) para essa expressão. (0,4)
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QUESTÃO 4-
Por suas características, esse texto é um exemplo de... (0,3)
a) Folheto
b) Tirinha
c) Charge
d) Anedota
e) Anúncio
QUESTÃO 5- No segundo quadrinho, o traçado do balão indica que a menina está (0,3)
a) Pensando
b) Falando
c) Gritando
d) Murmurando
e) Cochichando
a) Científica
b) Culta
c) Informal
d) Jornalística
e) Regional
COLÉGIO ESTADUAL NOBU YAMAGATA
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA/ LITERATURA
NOME COMPLETO: ________________________________ 1º ANO TURMA: ______________
PARTE I
Anjo no nome, Angélica na cara! Se pois como Anjo sois dos meus altares,
Isso é ser flor, e Anjo juntamente: Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda,
Ser Angélica flor, e Anjo florente, Livrara eu de diabólicos azares.
Em quem, senão em vós, se uniformara:
Mas vejo, que por bela, e por galharda,
Quem vira uma tal flor, que a não cortara, Posto que os Anjos nunca dão pesares,
De verde pé, da rama fluorescente; Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
E quem um Anjo vira tão luzente,
a) A valorização da religiosidade.
b) O gosto pela vida no campo.
c) A brevidade das coisas e da vida.
d) A ênfase nas belezas naturais.
e) A exposição de temas opostos.
QUESTÃO 2- As figuras de linguagem presentes nos versos “Sois Anjo, que me tenta, e não me
guarda” são: (0,5)
a) Comparação e metáfora
b) Metáfora e antítese
c) Hipérbole e antítese
d) Comparação e personificação
e) Personificação e hipérbole
QUESTÃO 3- Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira são os principais autores da estética
Barroca que você estudou nesse bimestre. Façam uma breve pesquisa sobre eles. Destaquem as
diferenças e semelhanças, se houver. Indiquem as fontes de pesquisa. (2,0)
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PARTE II
QUESTÃO 1-
Retire da tirinha uma frase em que o porquê expressa uma interrogação? (0,5)
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Retire da tirinha uma frase em que o porquê expressa uma explicação? (0,5)
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A partir das respostas dadas nas questões anteriores, explique a diferença na grafia dos porquês?
(0,5)
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QUESTÃO 2-Com base nos seus conhecimentos sobre o emprego dos porquês, leia o trecho a seguir,
retirado do Sermão da Sexagésima, do Padre Antônio Vieira, e explique o uso dos porquês destacados:
(1,0)
“Primeiramente, por parte de Deus, não falta nem pode faltar. Esta proposição é de fé, definida no
Concílio Tridentino, e no nosso Evangelho a temos. Do trigo que deitou à terra o semeador, uma
parte se logrou e três se perderam. E porque se perderam estas três? – A primeira perdeu-se,
porque a afogaram os espinhos; a segunda, porque a secaram as pedras; a terceira, porque a
pisaram os homens e a comeram as aves.Isto é o que diz Cristo; mas notai o que não diz. Não diz
que parte alguma daquele trigo se perdesse por causa do sol ou da chuva. A causa por que
ordinariamente se perdem as sementeiras, é pela desigualdade e pela intemperança dos tempos,
ou porque falta ou sobeja a chuva, ou porque falta ou sobeja o sol.”
Fonte: www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action&co_obra=1745
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Poesia lírica, conjunto subdividido em poesia amorosa e filosófica, em cujos versos percebe-se o
devotamento a temas que envolvem questões sobre o porquê da existência humana, fazendo supor a
chegada de um período de introspecção e de amadurecimento de personalidade.
Fonte:http://genibertoni.wordpress.com/o-teocentrismo-no-barroco-brasileiro
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PARTE III-
a) homonímia;
b) sinonímia;
c) paronímia;
d) antonímia;
e) polissemia.
A) Qual o objetivo deste texto, ou seja, para que serve textos como esse? (0,5)
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C) Por que o texto oferece uma variedade de números de telefone ao leitor? (0,5)
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E) A palavra “conserto”” foi usada de forma correta neste texto? Por quê? (0,5)
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