Experiencia Batata-Doce - CTSA20192 - TatyanneEdluci
Experiencia Batata-Doce - CTSA20192 - TatyanneEdluci
Experiencia Batata-Doce - CTSA20192 - TatyanneEdluci
Família: Convolvuláceas
Nome comum: batata-doce
Origem: regiões quentes da América do Sul
COMO FOI REALIZADA A EXPERIÊNCIA
• Pegamos quatro batatas-doce. Escolhemos
as mais bonitas e saudáveis. Escolhemos
as menores e que não apresentam cortes.
• Não lavamos as batatas a fim de não
agredir o tubérculo.
• Separamos quatro recipientes (garrafas
pet de 2 litros cortadas ao meio) com
água. Escolhemos esses recipientes pois a
boca era maior do que a largura da batata.
• Deixamos o primeiro recipiente com água
pura. No 2º recipiente colocamos 2
colheres de sopa de sal. No 3º recipiente
colocamos 5 colheres de sal. No 4º
recipiente colocamos 8 colheres de sal.
Misturamos bem até o sal dissolver
completamente na água.
COMO FOI REALIZADA A EXPERIÊNCIA
• Colocamos três palitos de churrasco, também cortados ao meio, ao redor da batata, de maneira que
eles suspendessem o tubérculo na boca do pote. Para facilitar o processo, a batata pode ser cortada
ao meio ou em pedaços menores. Mas escolhemos para essa experiência deixá-las inteiras.
• Deixamos a metade da batata dentro da água e a outra metade para fora, com o recipiente aberto.
• Acomodamos os potes em um local que recebe luz em abundância. O ideal é que seja perto de uma
janela, mas também pode ser luz artificial. Escolhemos acomodá-los em uma varanda ventilada e
que recebe luz natural no período da manhã. Iniciamos assim, no dia 13 de outubro de 2019.
O QUE OBSERVAMOS DURANTE A EXPERIÊNCIA
Fizemos essa experiência num período aproximadamente de 5 semanas e registramos as observações durante esse período.
No 4º dia da experiência, dia 17 de outubro de 2019, observamos que:
Recipiente sem sal: a batata começou a desenvolver algumas raízes.
Recipiente com 2 colheres de sal: a batata começou a germinar, apresentando pequenos galhos e folhas, mas não desenvolver
nenhuma raiz.
Recipiente com 5 colheres de sal: A batata não apresentou nenhuma mudança.
Recipiente com 8 colheres de sal: A batata não apresentou nenhuma mudança.
No 8º dia da experiência, dia 21 de outubro de 2019, observamos que:
Recipiente sem sal: a batata desenvolveu mais raízes e começou a apresentar pequenos galhos.
Recipiente com 2 colheres de sal: a batata começou a apresentar mais folhas e galhos, mas não
desenvolveu nenhuma raiz.
Recipiente com 5 colheres de sal: A batata não apresentou nenhuma mudança.
Recipiente com 8 colheres de sal: A batata não apresentou nenhuma mudança.
No 10º dia da experiência, dia 23 de outubro de 2019, observamos que:
Recipiente sem sal: a batata desenvolveu mais raízes e começou a apresentar mais galhos e folhas.
Recipiente com 2 colheres de sal: a batata germinou mais, aparecendo mais folhas e galhos, mas não desenvolveu nenhuma raiz.
Recipiente com 5 colheres de sal: A batata germinou, aparecendo um pequeno galho, mas não desenvolveu nenhuma raiz.
Recipiente com 8 colheres de sal: A batata não apresentou nenhuma mudança.
Foi necessário repor a água no recipiente em que as batatas começaram a germinar, principalmente onde estava a batata que já
havia desenvolvido raízes.
No 15º dia da experiência, dia 28 de
outubro de 2019, observamos que:
Recipiente sem sal: a batata
desenvolveu mais raízes e os galhos e
folhas aumentaram de tamanho e
quantidade.
Recipiente com 2 colheres de sal: a
batata germinou mais, aparecendo
mais folhas e galhos, mas não
desenvolveu nenhuma raiz.
Recipiente com 5 colheres de sal: A
batata germinou, aparecendo um
pequeno galho, mas não desenvolveu
nenhuma raiz.
Recipiente com 8 colheres de sal: A
batata desenvolveu pequenos galhos,
mas não desenvolveu nenhuma raiz.
Foi necessário repor a água no
recipiente em que as batatas
começaram a germinar, principalmente
onde estava a batata que já havia
desenvolvido raízes.
No 22º dia da experiência, dia 04 de
novembro de 2019, observamos
que:
Recipiente sem sal: a batata
desenvolveu mais raízes e os galhos
e folhas aumentaram de tamanho e
quantidade. Os galhos ficaram tão
grandes que começaram a ficar
pendurados.
Recipiente com 2 colheres de sal: as
folhas e galhos cresceram e
aumentaram de quantidade,
também apresentou uma
ramificação de raiz.
Recipiente com 5 colheres de sal: A
batata apresentou um galho maior,
mas não desenvolveu nenhuma
raiz.
Recipiente com 8 colheres de sal:
Os pequenos galhos aumentaram
de tamanho e começaram a
aparecer folhas, mas não
desenvolveu nenhuma raiz.
Foi necessário repor a água no
recipiente em que as batatas
começaram a germinar,
principalmente onde estava a
batata que já havia desenvolvido
raízes.
Fizemos essa experiência num período aproximadamente de 5
semanas.
Após esse período, a batata que estava no recipiente sem sal
estava coberta ramificações, galhos e folhas, uma mudinha
pronta para ser transplantada para a terra.
As outras devido as agressões que receberam da água com sal,
não se desenvolveram a ponto de se tornarem mudas saudáveis
para plantio.
É uma plantinha de
baixo custo, que você
pode manter dentro
ou fora de casa.
De acordo com Miranda et al. (1995), a batata doce, Ipomea batatas L., é uma raiz tuberosa
com propriedades peculiares de formato, tamanho, cor interna, doçura, precocidade, cor das
folhas e até coloração das flores, mas chega a apresentar 20 a 30% de carboidratos na forma
de amido, com 2 a 3% de proteína, 0,5% de lipídeo, mas com constituintes importantes para
nutrição como tiamina, riboflavina, ácido nicotínico, ácido ascórbico, beta caroteno, fósforo,
cálcio e ferro. Embora seja originária das Américas Central e do Sul, sendo encontrada
principalmente desde a Península de Yucatán, no México, até a Colômbia, essa hortaliça é
muito comum no território brasileiro, sendo introduzida na alimentação da população para
reduzir os índices de desnutrição. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pesca e
Abastecimento (IBGE, 2012), em 2012 o Brasil ocupava a 7o lugar de produtor mundial de
batata doce. De acordo com a estatística consolidada do Incaper (INCAPER, 2015), o Estado
do Espírito Santo em 2014 apresentou uma área colhida igual a 99 ha, que correspondeu a
2530 toneladas e 25.556 kg/ha de batata-doce, o que evidencia a importância do estudo
realizado na escola pública.(Santos, Lelis, Pereira e Leite, 2017, p.1)
A batata doce é a raiz de uma planta rasteira, nativa do continente americano, que cresce sem
exigir cuidados especiais para o cultivo. Embora seja menos consumida que a batata, ela é
muito apreciada no norte e nordeste do Brasil. Geralmente cozida ou assada, ela acompanha o
café. Pode também ser consumida em forma de vitamina, batida com leite.
No Brasil, há quatro tipos de batata doce, que são classificados de acordo com a cor da
polpa: batata-branca, também conhecida como angola ou terra-nova, que tem a polpa bem
seca e não muito doce; batata-amarela, parecida com a anterior, mas de sabor mais doce;
batata-roxa, com casca e poupa dessa cor, é a mais apreciada por seu sabor e aroma
agradáveis, sendo ótima para o preparo de doces; e, batata-doce-avermelhada, conhecida no
nordeste como coração-magoado, tem casca parda e polpa amarela com veios roxos ou
avermelhados.
A batata doce contém muitas calorias e é rica em carboidratos,. Possui alta taxa de vitamina A
(sobre tudo a amarela e a roxa), do complexo B e alguns sais minerais, como cálcio, ferro e
fósforo. Também suas folhas são bem nutritivas e podem ser preparadas como qualquer outra
verdura de folha.
Fonte de pesquisa: Fonte: www.clickeducacao.com.br /www.herbario.com.br, disponível em
02/11/2019.
Nosso experimento teve como ponto de partida o cultivo da batata doce com variados tipos de
concentração de água com sal. Simulando o uso da água salobra.
A partir desse experimento passamos discutir sobre a questão da desnutrição e o acesso a água.
A DESNUTRIÇÃO NO BRASIL
De acordo com a Agência Brasil mais de 821 milhões de pessoas passam fome no mundo em 2018,
se considerarmos a condição moderada esse numero cresce para 2 bilhões.
De acordo com o IBGE (com dados de 2013) 7,2 milhões de pessoas vivem em situação alimentar
grave, 10,3 milhões em situação de alimentar moderada. Entre as crianças com menos de cinco
anos, 641 mil passam por insegurança alimentar grave, e 864 mil por insegurança alimentar
moderada.
Um artigo de 2003 aponta a batata doce com seus valores nutricionais pode contribuir no combate a
desnutrição, pois é uma excelente fonte de proteínas, glicídios, cálcio, fosforo e ferro, além de
Vitamina A e vitamina C. As folhas de batata-doce superam o teor de proteína até mesmo do feijão.
Podem ser empregadas em multimisturas para combater a à desnutrição, conforme preconizado por
Rede Mulher de Educação (2005) e pastorais da criança e organizações não governamentais.
O acesso a água potável no Brasil e no Espirito Santo
O saneamento no Brasil é regulamentado pela Lei nº 11.445/2007 que estabelece o Plano Nacional de
Saneamento Básico (Plansab).
Atualmente, 43% da população vive em cidades sem rede de tratamento de esgoto. No norte do país,
esse número sobe para 90%. Enquanto no Sudeste, apenas 17% dos cidadãos não têm acesso ao
serviço.
Uma das consequências da falta de saneamento básico:
1. É o risco a saúde da população, as doenças com maiores incidências devido a exposição a esses
ambientes são: Leptospirose, Disenteria Bacteriana, Esquistossomose, Febre Tifóide, Cólera,
Parasitóides, além do agravamento das epidemias tais como a Dengue. ] A diarreia, segundo a
Unicef, é a segunda maior causa de mortes em crianças abaixo de cinco anos de idade.
2. Desigualdade social
As habitações em áreas irregulares, os vazios urbanos e o rápido crescimento populacional dificultam o
acesso aos serviços básico. A falta de planejamento atinge diversas camadas da população. Porém,
estudos apontam que as classes de baixa renda são as mais afetadas.
3 – Poluição dos recursos hídricos
Poluição gerada pela falta de tratamento de esgoto. E isso não só na periferia, mas também nos
grandes centros devido à industrialização.
Na periferia, devido à restrição do acesso ao saneamento, os esgotos sanitários e o lixo doméstico
são frequentemente jogados nos rios sem qualquer tratamento.
4. Poluição urbana
A limpeza urbana e o manejo correto de resíduos sólidos. Com a crescente urbanização, isso nem
sempre ocorre em sua totalidade.
Lixo sem destino certo aumenta a probabilidade de enchentes.
A falta de investimento do poder publico na manutenção dos aterros sanitários.
Os lixões são grandes depósitos a céu aberto com alta probabilidade de contaminação do solo e
infestação de doenças.
5. Improdutividade
Em 2014, o Instituto Trata Brasil realizou um estudo em parceria com o Conselho Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) denominado “Benefícios Econômicos da
Expansão do Saneamento Brasileiro”. Os resultados apontam perda de produtividade e renda devido
à falta de saneamento básico. 217 mil trabalhadores se afastam de suas atividades anualmente
devido problemas gastrointestinais ligados à ausência de saneamento.
FONTE: http://www.eosconsultores.com.br/
•O total de água extraída em poços é de 17,580 Mm³/ano, volume suficiente para abastecer a
população brasileira por 1 ano5;
•18% da água subterrânea é utilizada para abastecimento público urbano5;
•Os custos envolvidos na perfuração e instalação de poços tubulares somam mais de R$ 75
bilhões, valor equivalente a 6,5 anos de investimentos do Brasil em água e esgotos5;
•Existem mais de 2,5 milhões de poços tubulares5;
•88% dos poços tubulares são clandestinos5;
•5.570 municípios brasileiros são abastecidos por águas subterrâneas5;
•O subsolo do país recebe cerca de 4.329 Mm³ de esgotos por ano5;
•Cerca de 6 mil áreas de aquíferos e águas subterrâneas estão contaminadas no estado de
São Paulo5.
Conclusão
Assim, a partir do experimento da batata doce podemos levantar questões sobre a desnutrição
no Brasil e a falta do acesso a água e suas implicações na vida da população brasileira,
mostrado assim a importância de que a partir de um componente curricular pode se abordar
sobre questões importantes e atuais na sociedade dentro da proposta do movimento CTSA.
Referência bibliográficas: