Princípios Do Registo

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PRINCÍPIOS DO REGISTO

PRINCÍPIOS DO REGISTO

• O instituto jurídico “registo predial” é


enformado por princípios orientadores que
permitem compreender e interpretar as
disposições legais que o regulam
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• Princípio da instância;
• Princípio da tipicidade ou numerus clasusus;
• Princípio da presunção da verdade registral;
• Princípio da publicidade;
• Princípio da especialidade;
• Princípio da legalidade;
• Princípio da prioridade;
• Princípio da legitimação de direitos;
• Princípio do trato sucessivo;
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• PRINCÍPIO DA INSTÂNCIA – artº 41º do CRP
• O registo efectua-se a pedido:
– de quem tenha legitimidade para tal – artº 36º;
– dos sujeitos da obrigação de registar – artº 8º-B
– de quem tenha poderes de representação – artº 39º;
– Importante também:
– Artº 37º - contitularidade de direitos (comunhão e
compropriedade);
– Artº 38º - regras especiais para averbamentos à
descrição;
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• PRINCÍPIO DA TIPICIDADE – artºs 2º e 3º do
CRP:
• Só podem ser levados a registo os factos que a
lei determina como a ele sujeitos e nenhuns
outros.
• Elenco taxativo dos factos – artº 2º;
• Elenco taxativo das acções e procedimentos
judiciais – artº 3º;
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• Alínea a) e v) do artº 2º:

• Alin. a) – não enunciando directamente os


factos, qualifica-os de forma a balizar a
iniciativa das parte e a vontade do
Conservador;
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• Alín. v) - aparente desvio, na medida em que permite o
registo de “…quaisquer outros factos sujeitos por Lei a
registo”, não deixa de condicionar a vontade do
Conservador e das partes na medida em que apenas permite
registar o que a Lei determina:

• Ex.: artº 6º do D.L. 555/99 – ónus de não desanexação por


10 anos

• Nº 4 do artº 29º do Dec-Lei 73/2009 – inalienabilidade de


explorações agrícolas em certos casos
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA VERDADE
REGISTRAL – artº 7º do CRP:
• O registo existe (quer o objecto – prédio) quer
o ou direitos inscritos;
• Os direitos pertencem ao respectivo titular
nos precisos termos e com a extensão que
registo reflecte;
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• No sistema português – declarativo, constitui
presunção relativa (iuris tantum) e, como tal,
ilidível;

• Não obstante, inverte o ónus da prova – 350º


do CC
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE – artºs 1º e 104º
do CRP:
• Expressão máxima da finalidade do registo.

• No sistema português – de base real – são


públicos os factos inscritos em relação ao
objecto (prédio) – nº 1 do artº 109º-A;
PRINCÍPIOS DO REGISTO

• Não sendo públicos os direitos do sujeito de


acordo com as regras protecção dos dados
pessoais – nº 2 do artº 109º-A e nº 4 do artº
35º da Const. República

• Só os verbetes reais são acessíveis e não os


verbetes pessoais – 24º
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• PRINCÍPIO DA ESPECIALIDAQDE – artºs 82º e 93º do
CRP.
• O Registo Predial, à semelhança de outros regimes e
institutos no ordenamento jurídico português, tem e
vista a certeza jurídica;
• Assim, tanto o prédio como os direitos que sobre ele
possam incidir devem ser definidos de forma clara a
inequívoca para que não subsistam dúvidas quanto à
respectiva identificação dos primeiros quer quanto à
natureza e extensão dos segundos
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• Artº 82º e seguintes especificam os elementos
identificadores dos prédios que devem constar
das descrições;

• Artº 93º e seguintes especificam os elementos


que devem constar das inscrições
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• PRINCÍPIO DA LEGALIDADE OU QUALIFICAÇÃO
– artº 68º do CRP:
• Respeita à função do Conservador de
qualificar e apreciar da viabilidade do pedido
de registo;
• O Conservador atenderá às disposições legais
aplicáveis, aos documentos apresentados e
aos registos anteriores;
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• Tendo em especial atenção:

• À identidade do prédio;
• À legitimidade dos interessados;
• À regularidade formal dos títulos; e
• À validade dos actos dispositivos neles
contidos
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• A actuação do Conservador cinge-se ao pedido
concreto e aos documentos instrutórios
apresentados;

• Não lhe sendo permitido lançar mão de outros


documentos que não instruam o pedido em
apreciação nem socorrer-se de outros factos do
seu conhecimento não resultantes do pedido de
registo
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• PRINCÍPIO DA PRIORIDADE – Artº 6 do CRP:
• Dá corpo ao critério legal que se definiu para
solucionar eventuais conflitos de direitos
sobre o mesmo prédio: o direito inscrito em
primeiro lugar prevalece sobre os seguintes;

• Há dois critérios:
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• A) EXCLUSÃO: se os direitos forem
incompatíveis – ex. aquisição do direito de
propriedade plena de um mesmo autor;

• B) GRADUAÇÃO: se um direito puder ser


satisfeito depois do outro – ex. hipoteca;
PRINCÍPIOS DO REGISTO

• O registo provisório conserva a prioridade


após a conversão em definitivo artº 6º, nº 3;

• O registo recusado conserva a prioridade se


objecto de recurso julgado procedente – artº
6º, nº 4
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• PRINCÍPIO DA LEGITIMAÇÃO DE DIREITOS – artº
9º do CRP:
• Só pode transmitir direitos e constituir encargos
sobre e imóveis quem tiver os bens inscritos em
seu nome no registo – artº 9º, nº 1 do CRP;
• Esta legitimação tem que ser aferida, em primeiro
lugar, por quem tem competência para lavrar os
títulos de transmissão e oneração.
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• EXCEPÇÕES:

• Alin. a) do nº 2 do artº 9º;


• Alin. b) do nº 2 do artº 9º;
• Nº 3 do artº 9º;
• Artº 54º do C. N.
• Artº 55º do C.N.
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• PRINCÍPIO DO TRATO SUCESSIVO – artº 34º do
CRP:
• Decorre do princípio da legitimação de direitos;
• O cumprimento deste é assegurado pelas
entidades que titulam os factos;
• O daquele (trato sucessivo), é assegurado pelo
Conservador no decurso da qualificação do
registo;
PRINCÍPIOS DO REGISTO
• Pretende garantir, em nome da segurança
jurídica, que os direitos registados são
consequência ou decorrem uns dos outros.
• Nº 1 – artº 34º - constituição de encargos por
negócio jurídico – estão excluídos encargos
que não resultem de negócio jurídico:
hipoteca legal ou judicial, penhora, arresto,
etc. ;
• Nº 4 do artº 34º - caso mais comum: venda
de prédio penhorado. A aquisição a favor do
adquirente cede perante a venda judicial
promovida no processo que originou a
penhora registada préviamente.
• A falta de título para primeira inscrição no
registo (aquisição originária) ou a falta de um
título intermédio na cadeia de transmissões
podem ser supridas através do recurso à
justificação, quer notarial -artºs 89º e
seguintes do CN - quer administrativa - artºs
116º e seguintes CRP

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