CDM - Aula - 4 - Imperfeições Cristalinas

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 58

Ciência dos Materiais

Faculdades Metropolitanas Unidas


Prof. Rodrigo Vidonscky
2

Aula 4
• Imperfeições cristalinas
• Soluções sólidas
• Discordâncias e defeitos
3

Introdução

Será que existem redes cristalinas perfeitas?


4

Introdução
NÃO EXISTE UM CRISTAL PERFEITO!

• Termodinamicamente
impossível“

• Na maioria das vezes,


“defeitos” diminuem a energia
de um cristal e o tornam mais
estável;

• Uma rede cristalina sempre


terá “buracos” e “impurezas”,
até certo ponto.
5

Introdução
Qual a importância de estudar as imperfeições nos
sólidos?
As propriedades mecâ nicas dos
metais puros sã o profundamente
modificadas quando esses
materiais sã o ligados a outros
metais, isto é, quando sã o
adicionados á tomos de
impurezas na estrutura cristalina
(LIGA)

Exemplo: a liga de latã o 260 (70%


cobre e 30% zinco) é muito mais
duro e resistente que o cobre puro.
6

Introdução
Qual a importância de estudar as imperfeições nos
sólidos?

Materiais semicondutores
funcionam devido a
concentraçõ es controladas de
impurezas específicas,
incorporadas em regiõ es
pequenas e localizadas .

Exemplo: dispositivos
microeletrô nicos nos circuitos
integrados funcionam devido a
concentraçõ es de impurezas no
material semicondutor.
7

Imperfeições cristalinas
• Defeitos cristalinos
Por defeito cristalino designamos uma irregularidade na
rede cristalina

A classificaçã o de imperfeiçõ es
cristalinas é feita com frequência
de acordo com a geometria ou
com a dimensionalidade do
defeito:

• DEFEITOS PONTUAIS
• DEFEITOS LINEARES
• DEFEITOS INTERFACIAIS ou
de SUPERFÍCIE
(bidimensionais)
8

Imperfeições cristalinas
• Defeitos cristalinos
Por defeito cristalino designamos uma irregularidade na
rede cristalina

A classificaçã o de imperfeiçõ es
cristalinas é feita com frequência
de acordo com a geometria ou
com a dimensionalidade do
defeito:

• DEFEITOS PONTUAIS
• DEFEITOS LINEARES
• DEFEITOS INTERFACIAIS ou
de SUPERFÍCIE
(bidimensionais)
9

Imperfeições cristalinas
• Defeitos cristalinos
Por defeito cristalino designamos uma irregularidade na
rede cristalina

A classificaçã o de imperfeiçõ es
cristalinas é feita com frequência
de acordo com a geometria ou
com a dimensionalidade do
defeito:

• DEFEITOS PONTUAIS
• DEFEITOS LINEARES
• DEFEITOS INTERFACIAIS ou
de SUPERFÍCIE
(bidimensionais)
10

Imperfeições cristalinas
• Defeitos pontuais sem
impurezas
Lacuna ou vacâ ncia
CAUSAS: resultante do empacotamento
imperfeito na solidificaçã o inicial ou em
decorrência de vibraçõ es térmicas dos á tomos
em temperaturas elevadas;
CONSEQUÊ NCIAS: distorçã o nos planos da rede.
11

Imperfeições cristalinas
 •Defeitos pontuais sem impurezas
Lacuna ou vacâ ncia
O nú mero de lacunas 𝑁l aumenta exponencialmente com a temperatura
e pode ser determinado pela seguinte equaçã o:

  𝑄

𝑁𝑙 =𝑁 ⋅𝑒
( −
𝑘 ⋅𝑇 )
𝑙

Onde:
é o nú mero total de sítios atô micos;
é a energia necessá ria para formaçã o de uma lacuna;
é a temperatura absoluta em K do metal;
é a constante de Boltzmann
12

Imperfeições cristalinas
 •Defeitos pontuais sem impurezas
Lacuna ou vacâ ncia
Para a maioria dos metais, a fraçã o ou concentraçã o de lacunas 𝑁𝑙/𝑁 em uma
temperatura imediatamente inferior à sua temperatura de fusã o é da ordem de:

 𝑁 𝑙 −4 1
≅10 =
𝑁 10000
Ou seja, temos um em cada 10 mil sítios da rede encontram-se vazios (lacunas).
Para determinar o nú mero de sítios atô micos por metro cú bico, utilizamos a
seguinte equaçã o:
  𝑁𝐴⋅ 𝜌
𝑁=
𝐴
Onde:
𝑁A é o nú mero de Avogadro (6,02 1023)
𝜌 é a massa específica ou densidade do material;
𝐴 é o peso atô mico do material.
13

Imperfeições cristalinas
 •Defeitos pontuais sem impurezas
Lacuna ou vacâ ncia
Exemplo: para uma energia de formaçã o de uma lacuna , a constante de
Boltzmann , a razã o do nú mero de lacunas pelo nú mero total de sítios , é
mostrado na curva abaixo:

• A energia de formaçã o de
uma lacuna 𝑄𝑙 pode ser
obtida experimentalmente

• A concentraçã o de lacunas
𝑁𝑙/𝑁 é fortemente
dependente com a
temperatura 𝑇 em kelvin
14

Imperfeições cristalinas
• Defeitos pontuais sem impurezas
Exercício
Calcule o nú mero de lacunas em equilíbrio, por metro cú bico de cobre, a
1000 ℃.
A energia para a formaçã o de uma lacuna é de 0,9 eV/á tomo; o peso
atô mico e a massa específica (a 1000 ℃) para o cobre sã o de 63,5 g/mol
e 8,4 g/cm³, respectivamente.

Dados:
Constante de Boltzmann
𝑘=8,62×10-5 eV/K
Nú mero de Avogadro
𝑁A=6,022×1023 á tomos/mol
15

Imperfeições cristalinas
• Defeitos pontuais sem
impurezas
Autointersticial
CAUSAS: quando um á tomo do mesmo
material é abrigado nos interstícios (entre os
á tomos) da rede cristalina;
CONSEQUÊ NCIAS: os á tomos autointersticiais
introduzem distorçõ es relativamente grandes
nos planos da rede.
16

Imperfeições cristalinas
• Defeitos pontuais com
impurezas
Substitucionais
CAUSAS: quando um á tomo do material é
substituído na sua posiçã o natural na rede
cristalina por outro diferente de tamanho
igual, maior ou menor
CONSEQUÊ NCIAS: distorçõ es nos planos da
rede cristalina
17

Imperfeições cristalinas
• Defeitos pontuais com impurezas
Defeito de Frenkel

DEFINIÇÃ O: quando um íon (−) desloca-se de sua posiçã o original na


rede cristalina, formando uma lacuna ou vazio (+) para uma posiçã o
intersticial formando um dipolo na rede.

Defeito de Schottky
DEFINIÇÃ O: ocorre quando há ausência ou lacuna de um par de íons em
uma rede cristalina, também formando um dipolo;

Observaçã o: tanto o defeito de Frenkel quanto o de Schottky acontecem


somente para só lidos iô nicos como o Cloreto de Só dio (NaCl) e materiais
cerâ micos.
18

Imperfeições cristalinas
• Defeitos pontuais com impurezas
Defeito de Frenkel e de Schottky
19

Soluções sólidas
Uma SOLUÇÃO SÓLIDA pode formar-se quando á tomos e impurezas sã o
adicionados a um só lido, nesse caso, a estrutura cristalina original é
mantida e nenhuma nova fase é formada
Dependendo da solubilidade dos dois componentes A e B no estado
só lido, as ligas podem ser divididas em três tipos diferentes
de impurezas estarã o presentes em cada metro cú bico de material.
20

Soluções sólidas
• Soluções sólidas
• Substitucionais
Os á tomos da impureza substituem os á tomos hospedeiros
• Em geral, os dois componentes da liga
têm diferentes raios atô micos e
propriedades químicas. Portanto, há uma
pequena distorçã o da rede dentro dos
cristais
• A distorçã o da rede aumenta com o
nú mero de á tomos substituídos e,
finalmente, leva ao fato de que os á tomos
hospedeiros nã o podem ser substituídos
de forma ilimitada por á tomos de liga
• A solubilidade do elemento de liga no
material hospedeiro é, portanto,
geralmente limitada (solubilidade parcial
dos componentes no estado só lido )
21

Soluções sólidas
• Soluções sólidas
• Intersticiais
Os á tomos da impureza ocupam os sítios intersticiais da rede cristalina
• Os sítios regulares da rede sã o reservados
exclusivamente para os á tomos da rede
hospedeira
• Como apenas os locais intermediá rios da
rede estã o disponíveis, uma solubilidade
completa dos componentes ocorre apenas
dentro de uma faixa de concentraçã o
fortemente limitada
• Se a liga for realizada além desse limite, o
“excesso” de á tomos de liga B precipitará
e formará seu pró prio cristal na
microestrutura, podendo conter
parcialmente átomos do componente
hospedeiro A.
22

Soluções sólidas
  A introdução de elementos na forma de impurezas na estrutura
cristalina de uma substância pura resulta na formação de uma liga
metálica caso pelo menos um dos componentes envolvidos seja um
metal

Exemplo: prata de lei 925 (92,5% prata e 7,5%


cobre)
• O cobre aumenta significantemente a resistência
mecâ nica da prata sem prejudicar à resistência à
corrosã o
• Já a prata “pura” 99,9% é bem mais bem mais
macia.

Mesmo com técnicas sofisticadas, é difícil refinar metais até purezas


superiores a 99,9999%. Neste nível, entre a á tomos de impurezas
estarã o presentes em cada metro cú bico de material.
23

Soluções sólidas
• Resumo
• Uma SOLUÇÃ O SÓ LIDA pode formar-se quando á tomos e impurezas sã o
adicionados a um só lido, nesse caso, a estrutura cristalina original é mantida e
nenhuma nova fase é formada.
• Em SOLUÇÕ ES SÓ LIDAS, o SOLVENTE representa o elemento em maior
quantidade (á tomos hospedeiros) e o SOLUTO é o elemento que está presente
em menor concentraçã o (impurezas).
• Nas SOLUÇÕ ES SÓ LIDAS SUBSTITUCIONAIS, os á tomos da impureza
substituem os á tomos hospedeiros. Nestas soluçõ es, solubilidade apreciável
só é possível quando os diâ metros atô micos e as eletronegatividades de
ambos os tipos de á tomos sã o semelhantes, quando ambos os elementos
possuem a mesma estrutura cristalina e quando os á tomos de impurezas
possuem valência igual ou menor que a do material hospedeiro.
• As SOLUÇÕ ES SÓ LIDAS INTERSTICIAIS formam-se para á tomos de impureza
relativamente pequenos, que ocupem sítios intersticiais entre os á tomos
hospedeiros.
• Uma LIGA METÁ LICA é uma substâ ncia composta por dois ou mais elementos,
sendo que pelo menos um deles é um metal.
24

Soluções sólidas
• Concentração
Para uma LIGA com dois á tomos 1 e 2 temos
CONCENTRAÇÃO EM MASSA: é a porcentagem de massa de
um elemento específico em relaçã o a massa total da liga.

  𝑚1   𝑚2
𝐶1 = × 100 𝐶2 = × 100
𝑚1 +𝑚 2 𝑚1 +𝑚 2

CONCENTRAÇÃO ATÔMICA: é a porcentagem de á tomos de


um elemento específico em relaçã o ao nú mero de á tomos
total da liga.
  𝑛1′   ′ 𝑛2
𝐶 = 1 × 100 𝐶 = 2 × 100
𝑛1+ 𝑛2 𝑛1+ 𝑛2
25

Soluções sólidas
• Concentração
Exercícios
Calcule a composiçã o ou concentraçã o, em porcentagem de
massa, de uma liga que contém 218,0 kg de titâ nio (Ti), 14,6
kg de alumínio (Al) e 9,7 kg de vaná dio (V).

  𝑚1
𝐶1 = × 100
𝑚1 +𝑚 2 +𝑚 3
26

Soluções sólidas
• Concentração
Exercícios
Qual é a concentraçã o em porcentagem atô mica, para os
elementos de uma liga que consiste em 97% Ferro (Fe) e 3%
Silício (Si).
Dados:
𝐴Fe=55,85 g/mol
𝐴𝑆𝑖=28,09 g/mol

  ′ 𝑛1   ′ 𝑛2
𝐶 = 1 × 100 𝐶 = 2 × 100
𝑛1+ 𝑛2 𝑛1+ 𝑛2
27

Soluções sólidas
• Conversões
CONCENTRAÇÃO EM MASSA PARA CONCENTRAÇÃO
ATÔMICA
  ′ 𝐶1 𝐴 2   ′ 𝐶2 𝐴 1
𝐶1 = × 100 𝐶2 = × 100
𝐶 1 𝐴 2 +𝐶2 𝐴 1 𝐶 1 𝐴 2 +𝐶2 𝐴 1

CONCENTRAÇÃO ATÔMICA PARA CONCENTRAÇÃO EM


MASSA

  𝐶′1 𝐴 1   𝐶′2 𝐴 2
𝐶1 = ′ ′
× 100 𝐶2 = ′ ′
× 100
𝐶 𝐴 1 +𝐶 𝐴 2
1 2 𝐶 𝐴 1 +𝐶 𝐴 2
1 2
28

Soluções sólidas
• Massa específica média de uma liga metálica
  100   𝐶 ′1 𝐴 1 +𝐶 ′2 𝐴 2
𝜌m é d = 𝜌m é d =
𝐶1 𝐶2 ′ ′
𝐶 1 𝐴1 𝐶 2 𝐴 2
+ +
𝜌1 𝜌2 𝜌1 𝜌2

• Peso atômico médio de uma liga metálica

  100   𝐶 ′1 𝐴 1+ 𝐶′2 𝐴 2
𝐴m é d = 𝐴m é d =
𝐶 1 𝐶2 100
+
𝐴1 𝐴 2
29

Soluções sólidas
 •Massa específica de uma liga metálica
Exercício
Determine a massa específica média aproximada de uma liga de latã o
com alto teor de chumbo que possui a composiçã o 64,5% Cu; 33,5% Zn e
2% Pb.
Dados:

  100
𝜌m é d =
𝐶1 𝐶2 𝐶3
+ +
𝜌1 𝜌2 𝜌3
30

Discordâncias
O que provoca uma deformação plástica em um metal?

A capacidade de um material se deformar plasticamente, ou seja, uma


deformaçã o definitiva, é bem diferente de uma deformaçã o elá stica.
Quando sujeito a esforços externos, a deformaçã o do objeto está
relacionada com a propriedade dos defeitos lineares, também chamados
DISCORDÂNCIAS, de se movimentarem.
31

Discordâncias
• Tipos de esforços externos
32

Discordâncias
• Tipos de esforços externos
O escorregamento de planos atô micos envolve o movimento das
DISCORDÂ NCIAS (defeitos lineares). Força ou tensão de
cisalhamento
Força de tangencial ao plano do
compressão normal cristal
ao plano do cristal
33

Discordâncias
• Tipos de esforços externos
O fato de que somente as TENSÕ ES DE CISALHAMENTO levam a um
escorregamento dos planos atô micos nã o significa que as tensõ es normais que
atuam sobre um material nã o levariam à deformaçã o. 
A TENSÃ O NORMAL aplicada externamente (TENSÃ O DE COMPRESSÃ O) faz com
que a TENSÃ O DE CISALHAMENTO dentro do material e os blocos atô micos se
desprendam movimentando as linhas de DISCORDÂ NCIAS no material.

Escorregamento paralelo ao
plano da rede cristalina
34

Discordâncias
• Tipos de esforços externos
Mesmo com FORÇAS DE TRAÇÂ O, acontecem deformaçõ es plá sticas
permanentes
35

Discordâncias
• Tipos de esforços externos
Podemos observar o deslizamento
macroscó pico de um monocristal de
zinco apó s a aplicaçã o de uma FORÇA
DE TRAÇÃ O.
Cada degrau resulta do movimento
de uma grande nú mero de
discordâ ncias ao longo destes
degraus dos planos paralelos da rede
cristalina.
36

Discordâncias
As DISCORDÂ NCIAS podem ser
observadas através de técnicas de
microscopia eletrô nica.

Virtualmente, todos os materiais


cristalinos contêm algumas
DISCORDÂ NCIAS que foram
introduzidas durante a solidificaçã o, a
deformaçã o plá stica e como
consequência das tensõ es térmicas
resultantes de um resfriamento rá pido.

As DISCORDÂ NCIAS sã o responsáveis


pela deformaçã o plá stica de materiais
cristalinos metá licos, cerâ micos e
poliméricos
37

Discordâncias
Lembre-se de que a força necessá ria
para romper as ligaçõ es de todos os
á tomos em um plano cristalino de
uma só vez é muito grande

No entanto, o movimento das


DISCORDÂNCIAS permite que os
á tomos nos planos cristalinos
deslizem entre si em níveis de
estresse muito mais baixos.

Como a energia necessá ria para se


mover é menor nos planos mais
densos de á tomos, as deslocaçõ es
têm uma direçã o preferida de
deslocamento dentro de um grã o do
material
38

Discordâncias
Isso resulta em deslizamento que
ocorre ao longo de planos paralelos
dentro do grã o

Esses planos de deslizamento


paralelo se agrupam para formar
faixas de deslizamento, que podem
ser vistas com um microscó pio
ó ptico

As discordâ ncias podem ser


classificadas como sendo DEFEITOS
CRISTALINOS LINEARES
39

Discordâncias
• Definição
É o desalinhamento unidimensional dos planos atô micos no cristal no
qual alguns á tomos estã o fora do seu posicionamento natural
Existem três tipos de discordâ ncias:
ARESTA, ESPIRAL e MISTA
40

Discordâncias
• Discordância aresta (ou em cunha)
Quando sujeita a uma força de cisalhamento, a DISCORDÂ NCIA ARESTA
pode escorregar (se mover)

Movimento tangencial de uma DISCORDÂ NCIA ARESTA .


41

Discordâncias
• Discordância aresta (ou em cunha)
Quando sujeita a uma força de cisalhamento, a DISCORDÂ NCIA ARESTA
pode escorregar (se mover)

Movimento tangencial de uma DISCORDÂ NCIA ARESTA .


42

Discordâncias
• Discordância aresta (ou em cunha)

Força de cisalhamento
43

Discordâncias
• Discordância aresta (ou em cunha)
Analogia da lagarta ou do tapete em movimento (escorregamento)
44

Discordâncias
• Discordância espiral (ou parafuso)
Acontece quando parte superior do cristal é deslocada uma distâ ncia
atô mica para a direita em relaçã o a porçã o inferior.
Representada pelo símbolo ↻ é uma inclinaçã o em espiral ou helicoidal
que é traçada ao redor da linha da discordâ ncia.
45

Discordâncias
• Discordância espiral (ou parafuso)
46

Discordâncias
• Discordância mista
A maioria dos defeitos lineares encontrados nos materiais cristalinos
apresentam discordâ ncia mista, que exibe níveis variáveis de distorçõ es
ARESTA e ESPIRAL.
47

Imperfeições cristalinas
• Defeitos interfaciais
Os DEFEITOS INTERFACIAIS sã o contornos bidimensionais que
normalmente separam regiõ es dos materiais que possuem estruturas
cristalinas e/ou orientaçõ es cristalográ ficas diferentes.
Essas imperfeiçõ es sã o de cinco tipos:

• Superfícies externas
• Contornos de grã os
• Contornos de maclas
• Contornos de fase
• Falhas de empilhamento
48

Imperfeições cristalinas
• Contornos de grão
Solidificaçã o de um material policristalino
49

Imperfeições cristalinas
• Contornos de grão
Definiçã o: é a fronteira ou contorno que separa dois pequenos cristais
só lidos ou grã os em diferentes orientaçõ es cristalográ ficas em materiais
policristalinos depois da solidificaçã o (fase)
50

Imperfeições cristalinas
• Contornos de grão
Quando o desalinhamento entre os
grã os vizinhos é grande (maior que
~15°), o contorno formado é chamado
contorno de grã o de alto ângulo.

Se o desalinhamento é pequeno (em


geral, menor que ~5°), o contorno é
chamado contorno de pequeno â ngulo,
e as regiõ es que tem essas pequenas
diferenças de orientaçã o sã o chamadas
de subgrãos.

O contorno de grão ancora o


movimento das DISCORDÂ NCIAS
fazendo o material mais ou menos
resistente.
51

Imperfeições cristalinas
• Contornos de grão
É possível ver os grã os usando microscopia ó tica ou eletrô nica
Geralmente é utilizado um ataque químico ou reaçã o química específica
para cada tipo de material

O contorno dos grã os geralmente é mais reativo e se mostra mais visível


no microscó pio.
52

Imperfeições cristalinas
• Contornos de grão
Efeito da deformaçã o plá stica sobre os contornos de grã o
53

Imperfeições cristalinas
• Contornos de maclas
54

Imperfeições cristalinas
• Contornos de fase
Contornos de fase sã o as fronteiras que separam fases com estruturas
cristalinas e composiçõ es diferentes
55

Imperfeições cristalinas
• Contornos de fase
Contornos de fase sã o as fronteiras que separam fases com estruturas
cristalinas e composiçõ es diferentes
56

Imperfeições cristalinas
• Exercícios
Na estrutura cristalina de um material metá lico, quando imperfeiçõ es
envolvem um ou poucos á tomos, estas sã o denominadas imperfeiçõ es
pontuais ou defeitos pontuais. Quando as imperfeiçõ es se desenvolvem
linearmente através do cristal, sã o denominados imperfeiçõ es lineares ou
defeitos lineares. Há , ainda, as chamadas imperfeiçõ es em superfície ou
defeitos em superfície. As imperfeiçõ es que sã o particularmente
importantes por tornar o material metá lico muito mais dú ctil devido à
sua presença sã o imperfeiçõ es:

A) pontuais denominadas lacunas


B) pontuais denominadas intersticiais
C) lineares denominadas discordâ ncias;
D) lineares denominadas substitucionais;
E) em superfície denominadas contornos de grã o
57

Imperfeições cristalinas
• Exercícios
Materiais cristalinos, em uma escala atô mica, idealizados como só lidos
perfeitos nã o existem, pois todos contêm um grande nú mero de vá rios
defeitos ou imperfeiçõ es.

Dentre as imperfeiçõ es cristalinas têm-se os defeitos de ponto, os


defeitos lineares e os defeitos interfaciais que se exemplificam,
respectivamente, assim:

A) vacâ ncia, discordâ ncia mista e á tomos de soluto intersticial


B) contornos de grã os, contornos de maclas e vacâ ncia
C) discordâ ncias em espiral, discordâ ncia de aresta e discordâ ncia mista
D) discordâ ncia de aresta, discordâ ncia mista e falhas de empilhamento
E) vacâ ncia, discordâ ncias em espiral e falhas de empilhamento
58

Imperfeições cristalinas
• Resumo

Você também pode gostar