Sexologia Forense

Fazer download em ppt, pdf ou txt
Fazer download em ppt, pdf ou txt
Você está na página 1de 67

Violência Sexual:

“Qualquer forma de atividade sexual não consentida”


- Caráter universal;

- Diferentes níveis de desenvolvimento social e


econômico;

- Atinge tanto homens quanto mulheres;

- Cerca de 12 milhões/mundo/ano

- Sério problema de segurança e saúde públicas.


Crimes Sexuais

 Em Direito, crimes sexuais são


denominados crimes contra a
liberdade sexual:
• Estupro

 Segundo o Código Penal, são atos


sexuais:
• Conjunção carnal
• Ato libidinoso
Estupro

Nova redação:

Art. 213. Constranger alguém, mediante


violência ou grave ameaça, a ter conjunção
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se
pratique outro ato libidinoso:

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.


Conjunção carnal

 Também chamada de:


• Cópula
• Coito
• ”Imissio penis”
 É a relação entre homem e mulher,
caracterizada pela penetração do
pênis na vagina, com ou sem
ejaculação (“imissio seminis”).
Atos Libidinosos

 atos libidinosos diversos da


conjunção carnal:

• Cópulas ectópicas
• Atos orais
• Atos manuais
Atos Libidinosos
a) Cópulas ectópicas: cópulas fora da vagina:
 cópula anal
 Cópula retal
 Cópula vulvar (cópula vestibular ou “ad introitum”)
 Cópula oral ou felação
 Cópula entre as coxas
b) Atos orais:
 felação
 cunilíngua (sexo oral na genitália feminina)
 beijos e sucções nas mamas, coxas ou outras regiões
de conotação sexual
c) Atos manuais:
• masturbação e
• manipulações eróticas de todos os tipos
Ato libidinoso
Objetivos Periciais:

1. Caracterizar o ato libidinoso


2. Comprovar a violência efetiva
3. Se possível obter uma relação de
provas biológicas que permitam
identificar o agente
Estupro
Violência
 Concurso de força física e de
emprego de meios capazes de
privar ou perturbar o entendimento
da vítima impossibilitando-a de
reagir ou de se defender

 Tipo de violência:
• Efetiva
Estupro
Violência Efetiva
 Física: a lei exige que o agressor tenha agido de
forma violenta, anulando ou enfraquecendo a
oposição (resistência física) da vítima

 Psíquica:
• o agente conduz a vítima a uma forma de não
resistência por inibição ou enfraquecimento das
faculdades mentais
 embriaguez completa
 anestesia
 estados hipnóticos
 drogas alucinógenas (“Boa noite Cinderela”)
Estupro
Violência de vulnerável
3 situações:
a) Menor de 14 anos
b) Vítima alienada ou débil mental e o
agente conhecia esta circunstância
c) Qualquer causa que impeça a
vítima de resistir
Estupro
Grave Ameaça

 Promessa de um mal maior


 Forma de violência moral

 Vítima impossibilitada pelo medo,

angústia ou pavor de esboçar uma


resistência
Perícia no Estupro

Objetivos Periciais

 Comprovar a cópula vaginal


 2 situações:
• Mulher virgem
• Mulher com vida sexual pregressa
Objetivos periciais no estupro

1. Demonstrar a conjunção carnal ou


penetração vaginal

2. A ausência de consentimento, pelos


sinais de violência efetiva

3. Se possível, obter uma relação de


provas biológicas que permitam
identificar o estuprador
Perícia no Estupro
TIPOS DE HÍMEN
Exame do Hímen
 No exame, o hímen pode
estar:
1. Íntegro
2. Com rotura completa
3. Com rotura incompleta
4. Com agenesia (ausência congênita)
5. Complacente
6. Reduzido a carúnculas mitriformes
(ocorre em mulheres que pariram)
Exame do Hímen
Hímens rotos quanto à cicatrização:

1. Rotura de data recente: (até cerca


de 20 dias)
2. Rotura antiga ou cicatrizada
 Quando se afirma que a rotura é
antiga significa que ocorreu há mais
de 20 dias
Hímen complacente

 permite a conjunção carnal sem se


romper
 10% dos hímens são complacentes

 conceito relativo pois depende da

relação espessura do pênis e largura


da vagina
Considerações periciais sobre o hímen

 Geralmente se rompe na primeira


conjunção carnal
 Pode ocorrer rompimento na
• masturbação
• colocação de corpo estranho
• Colocação de absorvente íntimo
 O seu exame não constitui tarefa pericial
fácil, podendo levar o perito a equívocos
 O exame macroscópico, sem espéculo,
falha em 10% dos casos
Mulher com vida sexual pregressa
 A Perícia deve buscar provas de
ejaculação (sêmen)

1. Presença de espermatozóides no
líquido seminal
2. Fosfatase ácida (indício)
3. Proteína P30 (PSA)
Fosfatase Ácida
 É uma enzima normalmente presente em
alguns órgãos, tecidos e secreções em teor
normal

 O líquido seminal contém grandes teores


de fosfatase ácida

 O achado de altos teores de fosfatase


ácida na vagina é indicativo de sêmen
(ejaculação) e, por conseguinte, de
conjunção carnal (penetração vaginal)
Teste Proteína P30 (PSA)

 A P30 é uma glucoproteína produzida pela


próstata e idêntica ao PSA - Antígeno Prostático
Específico (marcador do câncer da próstata), cuja
presença no sêmen independe de haver ou não
espermatozóides

 Sua verificação no fluído vaginal é teste de


certeza quanto à presença de sêmen na amostra
estudada (ejaculação)

Obs.: Pode ocorrer estupro sem que tenha havido


ejaculação (sem sêmen) ou o sêmen encontrado
na vítima pode ser oriundo de penetração
consensual anterior
Lesões genitais

 Lesões genitais (contusões,


lacerações), decorrentes da
• violência da penetração
• desproporção de tamanho entre pênis e
vulva e vagina (no caso de crianças)
 podem fundamentar o diagnóstico
de
• conjunção carnal
• ato libidinoso
Pêlos genitais
• Pêlos pubianos soltos encontrados
na região pubiana
na região vulvar
sobre o corpo da vítima
na roupa íntima ou de cama

desde que comprovada sua origem


como sendo de outra pessoa, é
indicativo de relação sexual

Manchas de sêmen
•Quando presente nas vestes, em roupas íntimas ou
de cama, constituem achado comum e importante da
ocorrência de crimes de natureza sexual
Mulher com vida sexual pregressa
 O diagnóstico de maior certeza consiste na
confirmação da presença do elemento
figurado do esperma (espermatozóide)

 A constatação da presença de um único


espermatozóide em cavidade vaginal é
prova de conjunção carnal

 A confirmação da presença do esperma


(sêmen) na cavidade vaginal é importante
no diagnóstico da conjunção carnal nos
casos de hímen complacente ou de
desvirginadas
Testes para identificar esperma

 Reação de Florence
 Métodos de Barbério e de Bacchi

 Presença de Fosfatase Ácida

(orientação)
 Glicoproteína P30/PSA (certeza)

 DNA (YSTR)
Espermatozóides
 A presença de sêmen na vagina é
confirmada em amostras de fluído vaginal
pelo achado de espermatozóides
• bastando apenas um ou poucos deles
• móveis ou não
• com ou sem cauda

 A coleta deve ser cuidadosa (swab =


cotonete) com exames a fresco e com
coloração pela Técnica Christmas Tree ou
hematoxilina-eosina
MUESTRA CON CELULAS ADN CELULAS
ESPERMATICAS Y EPITELIALES Y CELULAS
EPITELIALES ESPERMATICAS

LISIS CELULAS
EPITELIALES

BUFFER LISIS
 EDTA ESCURRIR
INCUBACION
TELA O
 SDS 37ºC x 2h
HISOPO
 Proteinasa K
CELULAS FRACCION
ESPERMATICAS FEMENINA (FF)

SEPARACION SOBRENADANTE
CELULAS FRACCION
ESPERMATICAS MASCULINA (MF)

LISIS CELULAS
ESPERMATICAS

BUFFER LISIS
LAVADO  SDS INCUBACION
SEDIMENTO
 Proteinasa K 37ºC x 2h
x2
 DTT
MF
MF

PURIFICACION FF
y MF

AÑADIR 500ul AÑADIR


F/CL/IAA EXTRACTO AL FILTRAR Y
MICROCON 100 CONCENTRAR
Agitar y centrif. MF
FF
Gravidez

 A conjunção carnal poderá também ser


comprovada com base na constatação de
gravidez
 A gestação humana normal dura, em média,
280 dias ou 40 semanas. Para que haja
sobrevivência do feto, sem cuidados especiais, é
preciso que dure um mínimo de 196 dias ou um
máximo de 294 dias, inexistindo observações de
nascidos depois de 300 dias do coito
fecundante. Dessa forma, em relação à
gestação, o prazo legal mínimo é de 180
dias e o máximo de 300 dias.
ABORTO

 Considera-se aborto, em Medicina


Legal, a interrupção da gravidez,
por morte do concepto em qualquer
época da gestação, antes do parto.

 Para se caracterizar o aborto é


necessário e suficiente que se
comprove a morte do concepto
ainda dentro do corpo da gestante.
INFANTICÍDIO
 É a morte do recém-nascido provocada pela própria mãe,
sob estado de transtorno mental, decorrente do trabalho
de parto ou puerpério (estado puerperal)

 Para se admitir o infanticídio, é indispensável que o


recém-nascido seja morto pela própria mãe

 Para se tipificar o infanticídio é indispensável, em tese, a


comprovação do nascimento com vida

 A docimásia hidrostática pulmonar de Galeno é


utilizada para comprovar o nascimento com vida
(pulmão colocado em vasilha com água, se flutuar
existiu respiração = vida)

 A positividade das docimásias de Galeno depende,


essencialmente da respiração do feto, ao nascer
Transtornos da sexualidade

 distúrbios qualitativos ou
quantitativos do instinto sexual
 chamados de parafilias

 pode ser sintoma de:

• perturbação psíquica
• fatores orgânicos glandulares ou
• simplesmente questão de preferência
sexual
Transtornos da sexualidade

1. Anafrodisia. É a diminuição ou
deterioração do instinto sexual no
homem devido, geralmente, a uma
doença nervosa ou glandular

2. Frigidez. Distúrbio do instinto sexual que


se caracteriza pela diminuição do apetite
sexual na mulher

3. Anorgasmia. Disfunção sexual rara


caracterizando-se pela condição de o
homem não alcançar o orgasmo
Transtornos da sexualidade
4. Erotismo. Tendência abusiva dos atos
sexuais. (satirismo nos homens e
ninfomania nas mulheres)
Transtornos da sexualidade

5. Auto-erotismo. Coito sem parceiro,


apenas na contemplação ou na presença
da pessoa amada (coito Psíquico de
Hammond)

6. Erotomania. Forma mórbida de erotismo


no qual o indivíduo é levado por uma
idéia fixa de amor e tudo nele gira em
torno dessa paixão, que domina e
avassala todos os seus instintos
Transtornos da sexualidade
Transtornos da sexualidade
Transtornos da sexualidade
Transtornos da sexualidade
Transtornos da sexualidade
Transtornos da sexualidade
7. Frotteurismo. É um desvio da sexualidade em
que os indivíduos se aproveitam de
aglomerações em transportes públicos ou em
outros locais de aglomeração com o objetivo de
esfregar ou encostar seus órgãos genitais,
principalmente em mulheres, sem que a outra
pessoa identifique suas intenções
Transtornos da sexualidade

8. Exibicionismo. São indivíduos levados pela


obsessão impulsiva de mostrar seus órgãos
genitais, sem convite para a cópula, apenas por
um estranho prazer incontrolável
Transtornos da sexualidade

9. Narcisismo. É a admiração pelo próprio


corpo ou o culto exagerado da própria
personalidade e cuja excitação sexual
tem como referência o próprio corpo
Transtornos da sexualidade
10. Mixoxcopia. É um transtorno da preferência
sexual que se caracteriza pelo prazer erótico
despertado em certos indivíduos em presenciar o
coito de terceiros. Na França são chamados de
Voyeurs

11. Fetichismo. Amor por uma determinada parte do


corpo ou por objetos pertencentes à pessoa
amada

12. Lubricidade senil. Manifestação sexual


exagerada, em determinadas idades, sendo
sempre sinal de perturbações patológicas, como
demência senil ou paralisia geral progressiva.
Costuma surgir em pessoas cuja longa existência
foi honesta e correta
Transtornos da sexualidade
13. Pluralismo. Também chamado de
troilismo ou “ménage à trois”. Consiste na
prática sexual em que participam três ou
mais pessoas. No Brasil é chamado de
“suruba”

14. Swapping. Prática heterossexual que se


realiza entre integrantes de dois ou mais
casais. Conhecido como troca de casais

15. Gerontofilia. Também chamada crono-


inversão. Consiste na atração de
indivíduos jovens por pessoas de
excessiva idade
Transtornos da sexualidade
16. Cromo-inversão. Seria a propensão
erótica de certos indivíduos por outros de
cor diferente. Torna-se grave quando se
torna obsessivo e compulsivo

17. Etno-inversão. É uma variante da


anterior sendo a manifestação erótica por
pessoas de raças diferentes

18. Riparofilia. Manifesta-se pela atração de


certos indivíduos por pessoas
desasseadas, sujas, de baixa condição
social e higiênica. Mais comum no
homem
Transtornos da sexualidade
19. Dolismo. Termo vem de “doll” (boneca). É a
atração que o indivíduo tem por bonecas e
manequins, olhando ou exibindo-as, chegando a
ter relações com ela.

20. Donjuanismo. Personalidade que se manifesta


compulsivamente às conquistas amorosas,
sempre de maneira ruidosa e exibicionista
21. Travestismo. Ocorre em indivíduos
heterossexuais que se sentem impelidos a
vestir-se com roupas do sexo oposto, fato
este que lhe rende gratificação sexual.
Transtornos da sexualidade
22. Urolagnia. Consiste na excitação de ver alguém
no ato da micção ou apenas em ouvir o ruído da
urina ou ainda urinando sobre a parceira ou esta
sobre o parceiro

23. Coprofilia. É a perversão em que o ato sexual se


prende ao ato da defecação ou ao contato das
próprias fezes. Observar o ato de defecar causa
excitação à estas pessoas

24. Clismafilia. Preferência sexual pelo prazer obtido


pelo indivíduo que introduz ou faz introduzir
grande quantidade de água ou líquidos no reto,
sob a forma de enema ou lavagem
Transtornos da sexualidade
25. Coprolalia. Consiste na necessidade de
alguns indivíduos em proferir ou ouvir de
alguém palavras obscenas a fim de
excitá-los. Podem ser ditas antes ou
depois do coito no intuito de alcançarem
o orgasmo

26. Edipismo. É a tendência ao incesto, isto


é, o impulso do ato sexual com parentes
próximos

27. Bestialismo. Chamado também de


zoofilismo, é a satisfação sexual com
animais domésticos
Transtornos da sexualidade
28. Onanismo. É o impulso obsessivo à
excitação dos órgãos sexuais, comum na
puberdade. É a masturbação, atribuindo
o nome de Onan, personagem bíblico que
nada tinha a ver com a masturbação

29. Vampirismo. Satisfação erótica quando


na presença de certa quantidade de
sangue, ou, em algumas vezes, obtida
através de mordeduras na região lateral
do pescoço

30. Necrofilia. Manifesta-se pela obsessão e


impulso de praticar atos sexuais com
cadáveres
Transtornos da sexualidade

31. Sadismo. Desejo e dor com o sofrimento


da pessoa amada, exercido pela
crueldade do pervertido, podendo chegar
à morte. Também chamado de algolagnia
ativa

32. Masoquismo. É a busca de prazer sexual


pelo sofrimento físico ou moral. Também
chamado de algolagnia passiva
Transtornos da sexualidade
33. Pigmalionismo. É o amor desvairado pelas
estátuas. Difere pouco do dolismo
34. Pedofilia. Perversão sexual que se manifesta pela
predileção erótica por crianças, indo desde os
atos obscenos até a prática de atos libidinosos,
denotando comprometimento psíquico
35. Homossexualismo masculino. Também chamado
de uranismo ou pederastia

36. Homossexualismo feminino. Também chamado


safismo, lesbianismo ou tribadismo

37. Transexualismo. É um transtorno da identidade


sexual, também chamado de síndrome disforia
sexual

Você também pode gostar