FORMALISMO

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Aula 03 - Gerativismo

Teorias Linguísticas
Contemporâneas – LETA26
Prof.ª Isis Barros
prof.isis.barros@gmail.com
Gerativismo
• 1950 – Noam Chomsky MIT –
Instituto tecnológico de
Massachussets – EUA;
• Syntactic Structures – 1957
• Preocupação em elaborar um
modelo teórico formal, inspirado na
matemática, capaz de descrever e
explicar abstratamente o que é e
como funciona a linguagem
humana;
• Rejeição ao modelo behaviorista;
Faculdade da linguagem
• Disposição inata da linguagem humana;
• Capacidade natural de produzir e entender
frases;
• É a característica mais marcante que separa o
homem dos outros seres;
• Objetivo do gerativismo: constituir um modelo
teórico capaz de descrever e explicar a natureza e
o funcionamento dessa faculdade;
• As línguas humanas deixam de ser produto de
um condicionamento social;
Intuição do falante
• Quantos livros você já escreveu? -> Gramatical
• * que livro você conhece uma pessoa que
escreveu -> agramatical

• Como sabemos quando uma sentença é


agramatical se não há alguém que nos ensine
explicitamente como a língua funciona?

• Competência e desempenho
Análise da performance
1. Teste de gramaticalidade

2. Intuição do próprio linguista

3. Testes de pesquisa aplicada (ex. crianças na


fase de aquisição)

4. Corpus (Sociolinguística paramétrica)


Gramática Universal
• Conjunto das propriedades gramaticais comuns
compartilhadas por todas as línguas naturais,
bem como as diferenças entre elas que são
previsíveis segundo o leque de opções
disponíveis da GU;

• GU é fornecida pela faculdade inata da


linguagem;
Gramática Universal
• É o estado inicial do mecanismo de aquisição
da linguagem.
• É a soma dos princípios lingüísticos
geneticamente determinados.
• É específica à espécie humana e uniforme
através da espécie.
• É um órgão biológico que evolui como
qualquer outro.
• Seu último estado é a gramática final
(gramática do adulto).
Princípios e Parâmetros
• Duas fases: GB – anos 1980 / PM – 1990
até os dias atuais;
• Gramática Modular:os componentes da
gramática devem ser analisados de forma
autônoma, governados por regras próprias;
• Pontos de interseção entre os módulos
A questão da aquisição da linguagem.
• Para os empiristas, o desenvolvimento lingüístico
basicamente determinado por causas externas à
mente humana, concretamente pelas experiências e
interações da criança com o meio ambiente.
• Para a tradição racionalista, a mente humana
desempenha um papel fundamental na aquisição da
linguagem. As propriedades centrais da linguagem
são determinadas por princípios e estruturas
mentais de conteúdo especificamente lingüístico, as
quais funcionam como uma espécie de planta
arquitetônica no processo de aquisição.
• Chomsky diz que os estímulos primários são ‘pobres’
(pobreza de estímulo)
O programa de investigação da
gramática generativa.
• Qual o conteúdo do conhecimento de sistema do
falante?
• Como este sistema se desenvolve na mente do
falante?
• Quais são os sistemas físicos no cérebro que servem
de base para o sistema?
• Que conhecimento é necessário pressupor que a
criança traz para o processo de aquisição?
• Como este sistema de conhecimento adquirido é
utilizado?
A gramática como sistema de regras
• Teoria SS

• “Não se trata mais, como no estruturalismo, de descrever


os dados que se revelam à percepção dos lingüistas, mas
trata-se de encontrar princípios gerais a partir dos quais as
descrições dos dados observáveis possam ser logicamente
derivadas” (BORGES NETO, 2001, p. 100);

• Proposta de Chomsky: descrever o conhecimento implícito


dos falantes no quadro de uma teoria explicativa;

• Para levar a efeito essa proposta era preciso definir uma


noção formal de gramática, entendida como um sistema
computacional (uma gramática gerativa), capaz de dar
conta das regras de boa formação de uma língua.
A gramática como sistema de regras
• Teoria SS

• Este primeiro modelo de análise consiste numa


forma sofisticada de gramática de constituintes
imediatos acrescida de um componente
transformacional;

• Apresenta dois componentes principais: um que


forma expressões e outro que transforma
expressões;
Pedro viu Maria

• Essa sentença é constituída por um sintagma nominal (SN)


seguido de um sintagma verbal (SV);

• O sintagma verbal é constituído por um verbo (V) seguido de


um novo SN;

• Os SNs são constituídos por nomes próprios (N).


Regras transformacionais
Estrutura arbórea
• Regras de transformação:

1. permuta do sujeito (N1) e objeto direto (N2);


2. Acréscimo do verbo ser, como auxiliar;
3. Acréscimo da terminação de particípio passado ao V;
4. Acréscimo da preposição por antes de N1.

• Sentença de partida: Pedro viu Maria;

Sentença de chegada: Maria foi vista por Pedro.


Teoria Standard – Geração das
Sentenças
• O processo de geração das sentenças se inicia no componente
sintático que tem a seguinte estrutura interna:

1. Um subcomponente de base (BASE), responsável pela geração


das estruturas profundas (EP);
2. Um subcomponente transformacional: converte as estruturas
profundas em estruturas superficiais (ES).

• O componente transformacional recebe as estruturas profundas,


como entrada, e, por meio de regras transformacionais, converte-
as em estruturas superficiais.

• O componente semântico associa interpretações semânticas às


EPs, e o componente fonológico associa interpretações fonéticas
às ESs;
Princípios e Parâmetros
da regra ao princípio
• Em meados de 1960, encontram-se propostas de restrição do poder
descritivo das regras transformacionais: tese de doutorado de John
Robert Ross (1967);

• Os trabalhos de Peters e Ritchie, no início dos anos 70, mostram


que o problema maior das gramáticas transformacionais não era a
proliferação de regras ou categorias, mas a falta de restrições fortes
sobre o funcionamento dessas regras;

• Sem restrições, as transformações eram inúteis como mecanismos


de exposição das estruturas lingüísticas. Fazendo os apagamentos,
movimentos e acréscimos, podia-se partir de qualquer sentença e
chegar a qualquer outra sentença.

• Prioridade do programa: propor condições restritivas sobre o


funcionamento das regras;
Princípios e Parâmetros
• Chomsky propõe a interação das regras com um
conjunto de princípios gerais sobre a língua e reduz o
componente transformacional, ficando apenas uma
regra;

• Com o componente transformacional reduzido a uma


regra, torna-se necessário mecanismo que impeçam
movimentos indesejáveis e mecanismos que forcem o
movimento em casos em que ele deveria ser obrigatório;
• Chomsky estabelece teorias auxiliares: teoria dos casos,
teoria dos papéis temáticos, teoria dos vestígios, teoria
das categorias vazias, a teoria da ligação e a teoria X-
barra (já existente).
Restrição da preservação de estrutura de Emonds: não se pode
fazer nenhum apagamento na estrutura que não possa ser
estruturalmente recuperado.

Exemplo:
Exemplo só é possível apagar o sujeito de uma sentença de uma
língua, se a flexão verbal nos permite recuperar estruturalmente a
posição de sujeito, como no italiano e no português. Numa língua
sem flexão verbal, como o inglês, o apagamento do sujeito fica
impedido.
Teoria dos vestígios:
vestígios todo elemento movido deixa
uma vestígio no lugar de onde saiu, e funciona como
um elemento pleno para fins das regras sintáticas.

Exemplo:
Exemplo A análise da sentença (2) propõe que ela
seja derivada por transformação da estrutura (3) por
meio do movimento do clítico nos para junto do verbo
da oração principal.

(2) Paulo nos viu examinar a garota.


(3) Paulo viu (nos examinar a garota)
No entanto, não é possível obter (4) a partir de
(5) porque o clítico a teria que “passar por cima”
do sujeito da subordinada.

(4) * Paulo a viu nos examinar.


(5) Paulo viu (nos examinar a)

A teoria dos vestígios, portanto, restringe o


número de locais para onde os elementos
movidos podem ir.
Princípios e Parâmetros
O programa minimalista
• PM: parte do modelo proposto na teoria de princípios e parâmetros;
“orientação”, de natureza metodológica, para que os lingüistas
eliminassem o que fosse desnecessário da teoria de princípios e
parâmetros;

• A linguagem humana deve ser capaz de constituir interface tanto


com o sistema conceptual-intencional (C-I) quanto com o sistema
articulatório-perceptual (A-P);

• Sistema conceptual-intencional: o que fazemos com a linguagem


(descrever, referir, perguntar, comunicar com os outros, articular
pensamentos, falar consigo mesmo etc.)

• Sistema articulatório-perceptual: sistema de produção e recepção,


de natureza sensório-motora, capaz de permitir a produção e a
recepção dos sons que constituem as expressões lingüísticas.
Princípios e Parâmetros
Programa minimalista

• Período de grande desenvolvimento na ampliação do conteúdo


empírico da teoria;

• Análise de um grande número de línguas de forma satisfatória:


princípios estabelecidos de forma consistente;

• Duas teorias em confronto: teoria de regência e ligação e o


programa minimalista.
O FOXP2
• 2001 – geneticista Anthony Monaco – Oxford

• Primeiro gene que aparentemente é destinado a


controlar a capacidade linguística humana;

• É um dos 70 genes que compõem o cromossomo


7 (responsável pela arquitetura do cérebro)
ESTRUTURALISMO GERATIVISMO
Adota como base filosófica o empirismo. Adota como base filosófica o racionalismo.

Interesse pela estrutura lingüística das línguas Interesse pelo que as línguas têm em comum;
particulares. estudo dos princípios gerais que regem a
“gramática universal”.
Relaciona o processo de aquisição da Relaciona a aquisição da linguagem à uma
linguagem à experiência do falante no meio predisposição biológica (inata) do falante
ambiente, a partir de processos tais como para adquirir a sua competência lingüística.
memorização e repetição.
Dicotomia langue X parole Dicotomia competência X desempenho

O seu objeto de estudo, a langue, é social O seu objeto de estudo, a competência, é


individual.
Procedimento de descoberta Procedimento de avaliação

Identificação de todos os elementos Estudo do conhecimento que o falante tem a


funcionais que fazem parte da estrutura de respeito de sua própria língua
uma língua

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