Geologia Aula 3

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Geologia

Professora: Flávia Targa Martins

Tectônica Global
Tectônica Global
A Terra é uma planeta dinâmico.
Tectônica Global

• A Terra é um planeta dinâmico.


• A Tectônica Global ou Tectônica de Placas é a chave para a
compreensão da história geológica da Terra.
• Dinâmica Interna: resultado da interação de correntes de
convecção na astenosfera sobre a listosfera e dinâmica das forças
internas do planeta, tais como, tectonismo, movimento de placas
tectônicas, vulcanismo, etc.
• Dinâmica Externa: dinâmica das forças externas que modelam a
paisagem, tais como, intemperismo, erosão, transporte de
sedimentos, deposição.
Tectônica Global
Teoria da Deriva Continental
• Em 1620, Francis Bacon, filósofo inglês, levantou pela primeira
vez a hipótese que os continentes da América do Sul e da África
estiveram unidos no passado (encaixe perfeito).
• A origem da Tectônica de Placas ocorreu no início do século XX
com as ideias visionárias e pouco convencionais do cientista alemão
Alfred Wegener, que se dedicava ao estudo da meteorologia, da
astronomia, da geofísica e da paleontologia.
• Mais uma vez, o encaixe das linhas da costa atlântica da América
do Sul e África → assim, para explicar essas coincidências,
Wegener imaginou que os continentes poderiam, um dia, ter estado
juntos e posteriormente teriam sido separados.
• Poucas ideias no mundo científico foram tão fantásticas e
revolucionárias como esta.
Tectônica Global
Teoria da Deriva Continental

• A este supercontinente Wegener denominou Pangea, em que Pan


significa “todo” e Gea, “Terra”.
• Considerou que a fragmentação do Pangea teria iniciado há cerca
de 220 milhões de anos, durante o Triássico, quando a Terra era
habitada por Dinossauros, e teria prosseguido até os dias atuais.
• Sabe-se, então, hoje em dia que os continentes se movem!
• Essa teoria foi, inicialmente, descrita por Alfred Wegener, no
livro “A origem dos Continentes e dos Oceanos”, em 1915.
• Morte de Wegener , em 1930, Teoria ficou esquecida →
descrédito, pois Wegener não conseguiu comprovar suas teorias.
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Teoria da Deriva Continental
• Evidências do Pangea:
1. Presença de fósseis de Glossopteris (tipo de gimnosperma
primitiva) em regiões da África e do Brasil, cujas ocorrências se
correlacionavam perfeitamente, ao se juntarem os continentes;
2. Evidências de glaciação na região Sudeste do Brasil, Sul da
África, Índia, Oeste da Austrália e Antártica;
3. O contorno dos continentes (encaixe geográfico);
4. Concordância de formações e feições geológicas.
• Nos anos 50, houve o ressurgimento da Teoria da Deriva
Continental, em que, ao contrário do que muitos cientistas
pensavam, a chave para explicar a dinâmica da Terra não estava nas
rochas continentais, mas no fundo dos oceanos.
Curiosidades
Extremos

• Ponto mais alto: 8.000 m de altitude =


EVERESTE.
• Ponto mais baixo: 12.000 m de profundidade =
FOSSA DAS MARIANAS (Ásia).
Tectônica Global
Pangea
Tectônica Global
Teoria da Deriva Continental

• 1940 , durante a Segunda Guerra Mundial, mapas detalhados do


relevo do fundo oceânico → observou-se cadeias de montanhas,
fendas e fossas ou trincheiras muito profundas, mostrando um
ambiente geológico muito mais ativo do que se pensava.
• Descoberta da Cadeia Meso-Oceânica: enorme cadeia de
montanhas submarinas , que constituíam um sistema contínuo ao
longo de toda a Terra → cicatriz produzida durante a separação dos
continentes.
• Mudanças do eixo magnético da Terra, fizeram com que parte dos
geofísicos passassem a considerar uma deriva dos continentes mais
seriamente.
Tectônica Global
Teoria da Tectônica Global

• No final dos anos 50, estudos sobre o magnetismo das rochas do


fundo oceânico → descoberta que a Deriva Continental e a
expansão do fundo dos oceanos seriam uma consequência das
correntes de convecção.
• Assim, em função da expansão dos fundos oceânicos, os
continentes viajariam como passageiros, fixos em uma placa.
• É como se a superfície da Terra fosse dividida em placas que se
movimentam em diversas direções, podendo chocar-se umas com as
outras.
• Quando as placas se chocam, as rochas de suas bordas enrugam-se
e rompem-se, originando terremotos, dobramentos e falhamentos.
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Deriva Continental
Tectônica Global
Placas Tectônicas

• A crosta terrestre não é contínua, mas dividida em várias placas


chamadas de Placas Tectônicas.
•O limite da Litosfera é marcado pela Astenosfera que consiste de
uma zona no manto superior, conhecida como “Zona de Baixa
Velocidade” → o estado mais plástico permite que a Litosfera
rígida deslize sobre a Astenosfera, tornando possível o
deslocamento lateral das placas tectônicas.
• Natureza das Placas Tectônicas: Oceânica (ex. Placa do Pacífico)
ou, mais comumente, composta de porções de crosta continental e
crosta oceânica (Placas Sul-Americana, Africana e Norte-
Americana).
Tectônica Global
Placas Tectônicas
• Tipos de Limites entre Placas Tectônicas:
1. Limites Divergentes: marcados pelas dorsais meso-oceânicas,
onde as placas tectônicas afastam-se uma da outra, com a formação
de nova crosta oceânica.
2. Limites Convergentes: onde as placas tectônicas colidem, com a
mais densa mergulhando-se sob a outra, gerando uma zona de
intenso magmatismo a partir de processos de fusão parcial da crosta
que mergulhou. Nesses limites ocorrem fossas e províncias
vulcânicas.
3. Limites Conservativos: onde as placas tectônicas deslizam
lateralmente uma em relação à outra, sem destruição ou geração de
crostas, ao longo de fraturas denominadas Falhas Transformantes.
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Placas Tectônicas - Limites
Tectônica Global
Placas Tectônicas - Limites
Tectônica Global
Placas Tectônicas – Limites Divergentes

Solidificação do
Magma

Formação de
nova crosta

Figura: esquema de correntes de convecção atuantes na dorsal meso-


oceânica.
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Placas Tectônicas – Limites Convergentes
• Placas tectônicas colidem; a mais densa entra por baixo da menos
densa (subducção); a placa mais densa entra em contato com o
manto e é “reabsorvida”→ zonas de intensa atividade vulcânica e
sísmica.
Tectônica Global
Placas Tectônicas
• Que forças movem as placas?
• Acredita-se que as Placas Tectônicas se movimentam em função
das correntes de convecção do manto.
Tectônica Global
Placas Tectônicas
• Causas da Fragmentação das Placas Tectônicas: as placas se
fragmentam em função da pressão interna da Terra ser maior do que
a externa.
• Causa do Deslocamento: correntes convectivas que ocorrem no
manto superior ou Astenosfera. A movimentação é da ordem de
alguns centímetros por ano (2 a 3 cm por ano).
• Velocidade de deslocamento das Placas Tectônicas: diferenças de
velocidade estão relacionadas com à proporção de crosta
continental presente nas placas.
• As Placas são convexas e deslizam sobre uma superfície esférica
em torno de um eixo e de um pólo de expansão (ponto em volta do
qual a placa tectônica gira).
Tectônica Global
Placas Tectônicas

• A velocidade absoluta pode ser determinada através da utilização


de pontos de referência, como os Hot Spots ou Pontos Quentes
(passam as placas tectônicas nos Pontos Quentes e se formam
ilhas).
• Esses pontos quentes na superfície terrestre registram atividades
magmáticas ligadas a porções ascendentes de material quente do
manto denominadas Plumas do Manto → platôs meso-oceânicos e
cordilheiras submarinas.
Placas Tectônicas

Total de 12 placas
Tectônica Global
As colisões entre Placas Tectônicas

• O movimento das Placas Tectônicas produz ao longo de seus


limites convergentes colisões que, em função da natureza e
composição das placas envolvidas, irão gerar rochas e feições
fisiográficas distintas.
• Assim, o choque das placas litosféricas pode envolver crosta
oceânica com crosta oceânica, crosta continental com crosta
oceânica ou crosta continental com crosta continental.
Tectônica Global
As colisões entre Placas Tectônicas

• Quando placas oceânicas colidem, a placa mais densa, mais


antiga, mais fria e mais espessa mergulha sob a outra placa, em
direção ao manto, carregando consigo parte dos sedimentos
acumulados sobre ela, que irão se fundir em conjunto com a crosta
oceânica em subducção.
• O processo produz intensa atividade vulcânica, comumente
manifestada sob a forma de arquipélagos, conhecidos como “Arcos
de Ilhas”. As ilhas do Japão constituem um exemplo atual de arco
de ilhas.
Japão
Tectônica Global
As colisões entre Placas Tectônicas
• A colisão entre uma placa continental e uma oceânica provocará a
subducção desta última sob a placa continental, que, a exemplo dos
arcos de ilhas, produzirá um arco magmático na borda do
continente, caracterizado por rochas vulcânicas.
• As feições fisiográficas geradas neste processo colisional são as
grandes cordilheiras de montanhas continentais como os Andes na
América do Sul.

Foto. Cordilheira dos Andes


Tectônica Global
As colisões entre Placas Tectônicas
• Quando duas placas continentais convergem e se chocam, o
resultado é a formação de grandes cadeias montanhosas.
• Este processo não gera vulcanismo.

Exemplos: Himalaias.
Tectônica Global
Margens continentais

• Como consequência da tectônica de placas, os continentes


fragmentam-se e juntam-se periodicamente ao longo do tempo
geológico.
• As evidências geológicas destas aglutinações e rupturas são
encontradas em áreas de margens dos continentes atuais ou que
foram no passado geológico e hoje se encontram suturadas no meio
dos continentes.
• Assim, podemos reconhecer dois tipos de margens continentais:
Margens Continentais Ativas e Margens Continentais Passivas.
Tectônica Global
Margens Continentais Ativas

• Situadas nos limites convergentes de placas


tectônicas onde ocorrem zonas de subducção e
falhas transformantes.
• Nestas margens estão em desenvolvimento
atividades importantes, como por exemplo,
formação de cordilheiras.
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Margens Continentais Passivas

• Desenvolvem-se durante o processo de formação de


novas bacias oceânicas quando da fragmentação de
continentes → processo conhecido como rifteamento.
• Atualmente, esse processo ocorre no Oceano Atlântico,
onde as costas leste da América do Sul e oeste da África
constituem as margens continentais passivas.
• Este tipo de margem continental situa-se ao longo de
limites divergentes de placas tectônicas e não sofre
tectonismo importante em escala regional.
Tectônica Global
Consequências da instabilidade das Placas Tectônicas

• As placas tectônicas ao se deslocarem


provocam instabilidades tectônicas,
representadas, principalmente, pelo:
vulcanismo e terremotos.
Vulcanismo: foi importante para o surgimento das condições para o
aparecimento da vida, como, provavelmente toda a água do planeta
e 25 % do O2, H2, C, Cl e N2 foram expelidos por vulcões.
Terremotos: as principais áreas de terremotos coincidem com os
contatos entre placas.
Tectônica Global
Consequências dos deslocamentos (em resumo)

• Movimento Convergente: formação de cadeias


montanhosas continentais; montanhas litorâneas,
como o Andes; fossas oceânicas; formação de
ilhas.
• Movimento Divergente: fossas tectônicas, como
as existentes no leste da África;
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A Dança dos Continentes

• As informações geológicas disponíveis demonstram que a


aglutinação e a fragmentação de massas continentais ocorreram
diversas vezes no passado geológico e que o Pangea foi apenas a
última importante aglutinação de continentes.
• Há 200 milhões de anos o Pangea vem se fragmentando, e a
América do Sul iniciou sua separação da África há 180 Ma.
• Nesta mesma época, a Austrália e a Antártica também se
separaram do Pangea e a Índia iniciou sua viagem até o hemisfério
norte, onde foi colidir com a Ásia, sendo a Cordilheira dos
Himalaias o produto dessa colisão.
Antes do Pangea ...
Depois do Pangea...

A fragmentação ocorreu no início da era Mezosóica.


Pangea, ao se fragmentar, forma dois super continentes:
Gondwana, ao sul e Laurasia, ao norte.
De Gondwana e da Laurasia irão surgir os atuais continentes.
No final do mezosóico inicia a formação do Atlântico e a Índia
começa o seu deslocamento para o norte.
No início do terciário começa a formação das atuais cadeias
montanhosas.
Este é o aspecto atual dos continentes, mas o processo de Deriva
não terminou.
• O que aconteceu!!
• No HN, Laurásia deu origem para a
América do Norte, Ásia e Europa.
• No HS, Gondwana deu origem para
a África, América do Sul, Antártica,
Austrália e Índia.
• O que acontecerá...
• O que acontecerá...
• Terremoto no Japão –
11/03/2011
BIBLIOGRAFIA
TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R.; FÁBIO TAIOLI.
Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2001. 558 p.

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