Vinculação

Vinculação, Adolescência e
Transtornos Mentais
Vertente Clínica e de Aconselhamento
Perturbações e Desenvolvimento da Pessoa

Cunhagem & Vinculação
Konrad Lorenz, a cunhagem é um tipo de aprendizagem que fornece

as base para a vinculação no inicio da vida e tem inicio nas
primeiras 12 horas de vida de muitos vertebrados e os faz seguir o
primeiro objecto em movimento que se aproxime.(Gleitman
2002).
Vinculação
John Bowlby postulou que “ A fome do menino de amor e

de presença de sua mãe é tão grande quanto a sua fome de
alimentos”, e que a sua ausência gera inevitavelmente um
forte sentimento de perda e raiva. (Guedeney, 2004)
Vinculação
John Bowbly defende que o ser humano tem uma
propensão inata para formar laços emocionais com outros.
(Bowlby, 1988)
Baseando-se numa perspectiva Darwiniana, o autor

postulou que a vinculação segura aumenta as hipóteses do
bebé para a sobrevivência.
Neste sentido, as figuras de apego têm um papel

fundamental na vida do bebé, promovendo o cuidado das
suas necessidades.
Vinculação
A vinculação consiste num sistema motivacional que se
direcciona em relação ao contacto com a principal
figura de vinculação.
Conceituando a motivação em termos de sistemas de

comportamento, em que chorar, sorrir, agarrar, gatinhar
têm como função estabelecer a relação entre a mãe e o
bebé.
Vinculação
Os bebés são incapazes de regular os seus estados

emocionais, para que tal aconteça é necessário a
ajuda dos cuidadores.
Durante os primeiros meses de vida as crianças

expressam os seus sentimentos e necessidades
através de comportamentos (levantando os braços).
No entanto contam com cuidadores para interpretar
esses sinais.
Vinculação
Através da interacção com as suas figuras de

apego a criança forma representações mentais
sobre relações interpessoais, ou modelos de
trabalho, que posteriormente representam
modelos de funcionamento de relacionamento.
Vinculação
Uma das facetas da vinculação é positiva, o bebé obtem

prazer em interagir com a mão, outra mais negativa que
é o medo do desconhecido e do não familiar. (Gleitman
2002).
Vinculação
Por exemplo um bebé cujas necessidades não
são cumpridas, pode desenvolver um modelo
de funcionamento desconfiado e insensível em
relação a outros.
Consequentemente a criança que sofreu
negligência por parte dos pais, quando adulto
pode acreditar que todas as pessoas são
igualmente inacessíveis e indiferentes.
Vinculação
Segundo Bowlby, a privação prolongada de cuidados maternos

pode ter efeitos devastadores no desenvolvimento da criança e
consequentemente na sua vida futura. (Holmes, 1997) Deste
modo, o desenvolvimento de transtornos mentais na está de certo
modo relacionado com distúrbios no vínculo afectivo entre pais e
filhos. (Canetti, 1997)
Vinculação
Vinculação segura, onde o cuidador providencia uma

base segura para a exploração
Ainsworth citada por Dogra (2002)

Vinculação
Vinculação ansiosa/resistente neste padrão de vinculação a

criança é muito ansiosa para abandonar o cuidador
enquanto explora o ambiente

Vinculação
Vinculação ansiosa/evitante e caracteriza-se por uma

grande vontade de explorar, muitas vezes ignorando o
cuidador

A fase da adolescência é caracterizada por
um período de grandes e intensas
transformações:
. emocional
. cognitivo
. comportamental.
Adolescência
Para Coll, Palácios e Marchesi (1995) a adolescência é

uma fase de transição que começa entre os 12 e os 13
anos e vai até ao fim da segunda década de vida. É um
período psicossociologico que se prolonga prolonga por
vários anos, caracterizado pela transição entre a infância
e o adulto.
O adolescente evolui do ser criança
necessitada de cuidados dos pais, para se
transformar num potencial cuidador. (Allen e
Land, 1999)
O início desta fase começa com o emergir
de uma estratégia integrada de
vinculação, a tentativa do adolescente em
se tornar mais independente da figura de
vínculo, e o estabelecer de novas relações
Adolescência
Schwarz (2009) o facto dos cérebros e as glândulas dos

adolescentes estarem em mudanças e reestruturações
muito significativas os adolescentes estão
particularmente suscetíveis à depressão e a tomar
comportamentos arriscados procurando emoções fortes e
rápidas.
Adolescência
Schwartz (2009) USA
+-20% dos adolescentes sofrem de uma doença mental diagnosticavel
20% a 30% dos adolescentes sofrem um episódio depressivo major antes
da idade adulta
50% a 75% dos adolescentes com transtornos de ansiedade e problemas em
controlar impulsos (ex. H.A. D.A.)
O suicídio é a terceira causa de morte em adolescentes e jovens adultos,
esta situação parece mudar de consoante o género e classe
socioeconómico.
Adolescência
WHO (2005) os comportamentos associados com

transtornos mentais são muitas vezes associados
ou mesmo considerados como sendo intencionais
e deliberados.
Vinculação & Adolescência
Sroufe et al. (1999) consideram que as

experiências que ocorrem na infância
desempenham um papel critico no
desenvolvimento dinâmico que conduz à
patologia, mas este papel está dependente
do contexto ambiental.
Vinculação & Adolescência
Na teoria da vinculação, a psicopatologia é considerada,

como uma construção subsequente do
desenvolvimento, que resulta de um processo de
transição constante que decorre à medida que a pessoa
evolve interagindo sucessivamente com o ambiente, a
pessoa transforma o ambiente e vice versa.
Vinculação
No entanto o próprio Bowlby (1953) desonvolve a

hipótese da privação maternal onde considerava que a
vinculação com a criança durante os primeiros anos de
vida podem ter efeitos sérios e irreversíveis no
desenvolvimento intelectual, social e emocional.
Conclusão
A vinculação tem inicio A adolescência é um
com a a cunhagem período muito complexo
A saúde mental é um fenómeno

Prazer de socializar
extremamente complexo,
& medo do desconhecido dependente de uma intrincada
inter-relação sistémica
Conclusão
Uma vinculação de qualidade e congruente deverá fornecer

ao individuo uma maior resiliência ao transtorno mental
em fases posteriores do seu ciclo de vida.

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Vertente Clínica e de Aconselhamento

Perturbações e Desenvolvimento da Pessoa

Konrad Lorenz, a cunhagem é um tipo de aprendizagem que fornece

John Bowlby postulou que “ A fome do menino de amor e

Baseando-se numa perspectiva Darwiniana, o autor

Neste sentido, as figuras de apego têm um papel

Conceituando a motivação em termos de sistemas de

Os bebés são incapazes de regular os seus estados

Durante os primeiros meses de vida as crianças

Através da interacção com as suas figuras de

Uma das facetas da vinculação é positiva, o bebé obtem

Segundo Bowlby, a privação prolongada de cuidados maternos

Vinculação segura, onde o cuidador providencia uma

Ainsworth citada por Dogra (2002)

Vinculação ansiosa/resistente neste padrão de vinculação a

Ainsworth citada por Dogra (2002)

Vinculação ansiosa/evitante e caracteriza-se por uma

Ainsworth citada por Dogra (2002)

Para Coll, Palácios e Marchesi (1995) a adolescência é

Schwarz (2009) o facto dos cérebros e as glândulas dos

20% a 30% dos adolescentes sofrem um episódio depressivo major antes

50% a 75% dos adolescentes com transtornos de ansiedade e problemas em

controlar impulsos (ex. H.A. D.A.)

O suicídio é a terceira causa de morte em adolescentes e jovens adultos,

esta situação parece mudar de consoante o género e classe

WHO (2005) os comportamentos associados com

Sroufe et al. (1999) consideram que as

Na teoria da vinculação, a psicopatologia é considerada,

No entanto o próprio Bowlby (1953) desonvolve a

A saúde mental é um fenómeno

& medo do desconhecido dependente de uma intrincada

Uma vinculação de qualidade e congruente deverá fornecer

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