Fichamento 1223909551107465 8
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Fichamento de textos
acadêmicos
Prof. Msc. José Rômulo de Magalhães Filho
http://www.jrmf.pro.br
Como fazer Fichamento de
textos acadêmicos
Fichamento é uma maneira excelente de
manter um registro de tudo que você lê.
Depois de você fazer um bom fichamento de
um texto, ou livro, você não necessitará
recorrer ao original em todo instante, só
quando houver a precisão de rever, ou
reconstruir conceitos. O que fará com que
você ganhe tempo.
Durante o processo de fazer o fichamento
você pode adquirir uma compreensão maior
do conteúdo do texto.
Como fazer Fichamento de
textos acadêmicos
Mas o que é fichamento?
3. Fazer o fichamento
Como fazer Fichamento de
textos acadêmicos
TIPOS DE FICHAMENTO - Os arquivos de
fichamento podem se compor de arquivos
de resumo, opinião, citação e de arquivos
simplesmente bibliográficos, dos livros
(textos) lidos ou que devem ser lidos. Para
facilitar, vamos definir os tipos de
fichamento:
1. Bibliográfico (catalogação bibliográfica)
2. Citação (transcrição)
3. Resumo (de conteúdo)
4. Opinião (de comentário ou analítico)
Como fazer Fichamento de
textos acadêmicos
1. FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO (Ficha de catalogação
bibliográfica)
Com a dificuldade de se ter uma biblioteca domiciliar,
surge a necessidade de se fazer um levantamento
bibliográfico.
As fichas bibliográficas são as que registram as
informações bibliográficas completas, e as anotações
sobre tópicos da obra, as palavras chave, e a temática
do texto.
O primeiro passo de uma pesquisa bibliográfica é fazer
um levantamento bibliográfico nas bibliotecas que se
tem acesso, montando para isso seu próprio banco de
dados bibliográfico;
O uso do arquivo eletrônico (Word, Excel, Access...)
facilita a catalogação destes dados, oferecendo assim
maior rapidez na localização e transcrição dos dados.
Como fazer Fichamento de
textos acadêmicos
2. FICHAMENTO DE CITAÇÃO (transcrição)
MODELO DE FICHAS
Texto da Ficha:
Tipo de fichamento
Texto da Ficha:
"O homem nasce já inserido em sua cotidianidade. O amadurecimento do
homem significa, em qualquer sociedade, que o indivíduo adquire todas as
habilidades imprescindíveis para a vida cotidiana da sociedade (camada social)
em questão. É adulto capaz de viver por si mesmo a sua cotidianidade" (p. 18).
"O adulto deve dominar, antes de mais nada, a manipulação das coisas [...] Mas
embora a manipulação das coisas seja idêntica à assimilação das relações
sociais, continua também contendo inevitavelmente, de modo imanente , o
domínio espontâneo das leis da natureza" (p. 19).
Vejamos um exemplo:
Assunto (TEMA): Antropologia Filosófica Ficha no. 01
Texto da Ficha:
Os chamados problemas filosóficos clássicos, tais como: Que é o
homem? Qual a origem do sofrimento? Que é a verdade? Já foram, por
assim dizer, resolvidos, ou melhor, pensados, e vários pensadores já se
posicionaram sobre estas temáticas. O que se encontra hoje na
contemporaneidade são tensões filosóficas, e não mais problemas
(GALEFFI, 2003).
Sugerem-se então algumas tensões filosóficas:
Em primeiro lugar, a necessidade de perceber a filosofia como pensar
filosófico, o que significa em romper com a tradição da filosofia ocidental –
é transpor o foco da filosofia da questão gnosiológica para uma ordem
ontológica;
Uma outra tensão filosófica é a questão do tempo historial do ocidente –
o modo de pensar do ocidente está vivendo seu ocaso
A indignação pela atual condição humana é mais uma destas tensões
que se vive hoje na filosofia – seres humanos estão sendo sujeitos a
condições sub-humanas de vida
Há ainda uma tensão entre a velha filosofia dos bacharéis e a filosofia de
aventureiros.
Assunto (TEMA): Antropologia Filosófica Ficha no. 03
Texto da Ficha:
O racionalismo favoreceu o sujeito em relação ao objeto, considerando-o
um ser cognitivo que tudo parte dele e há uma primazia epistemológica. A
herança deixada pelo cogito cartesiano, fez do homem não um ser
meramente natural, distinguindo-o de outros seres. Além de menosprezar a
subjetividade, aprisionando o ser humano num “isolamento intelectual
consciente” (OLIVEIRA, 2002, p. 35).
O discurso da intersubjetividade passa pelas estruturas da existência, sendo
elaborado assim, faz-se necessário que reconheça a existência do outro. Esta
existência surge a partir do diálogo, da relação. “Este outro tem vários pontos
em comum com o eu, e o principal destes pontos é o fato de conviver no
mundo. Abandona-se aqui a visão de que o ponto comum seria o pensamento
somente” (OLIVEIRA, 2000, p. 35). Assim, desponta a necessidade de
perceber o outro, em todas as dimensões – física, histórica, social,
existencial.
Ao visualizar o outro, concebe-se a própria subjetividade, princípio básico
para se exercer a intersubjetividade, “pois o eu e o outro são sujeitos e não
mais estão numa dimensão objetivante” (OLIVEIRA, 2000, p. 35).
Assunto (TEMA): Antropologia Filosófica Ficha no. 04
Texto da Ficha:
Para Buber, o mundo é duplo para o homem e a atitude do homem é dupla de
acordo com a palavra que ele profere. Em EU e TU, ele diz que existem duas
palavras que são o fundamento da existência humana. As palavras-princípio, que são
pares de vocábulos, que são palavras ditas pelo homem que imprimem a sua
existência. São dois os pares de palavras princípio: EU-TU e EU-ISSO. Estas
palavras-princípio não existem fora de si mesmas, elas exprimem a própria
existência. A palavra-princípio Eu-Tu só pode ser proferida pelo Ser na totalidade
presente; a palavra-princípio Eu-Isso jamais pode ser dita pelo Ser na sua totalidade.
O Eu não existe como ser-em-si, mas só existe como o Eu do Eu-Tu, ou do Eu-Isso.
Quando o homem diz: Eu – ele está referindo-se a um dos dois modos do Eu existir.
O EU-TU ou o EU-ISSO. Sempre existe a presença de uma das duas palavras-
princípio.
O que leva Buber a dizer que a vida não é restrita somente a atividades de ação, se
assim fosse, o ser humano estaria limitado ao domínio do Isso. “O reino do TU tem,
porém, outro fundamento” (BUBER, 2004, p. 54). O reino do Isso é o reino do objeto.
Deste modo o Isso “é limitado por outro isso” (BUBER, 2004, p. 54). O Isso existe
apenas porque outro isso vai dar sustentação a ele, limitando-o.
Como fazer Fichamento de
textos acadêmicos
Estas são apenas ferramentas, dicas para
auxiliar você nos estudos.
Textos bem fichados favorecem a elaboração
de qualquer trabalho.
Após estas “dicas” vamos ao trabalho
propriamente dito.
Só se ficha o que se lê. Não adianta querer
estudar apenas com resumos e fichamentos de
terceiros.
Por isso: FAÇA VOCÊ MESMO SEUS
FICHAMENTOS!
Muito Obrigado!
Prof. Rômulo
Referências