A Consulta No Modelo de Calgary e Cambridge

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

A Consulta no Modelo de Calgary-Cambridge

Professor: Evanildo José da Silva


“Não basta que o médico faça o
que deve fazer;
é preciso que o doente entenda o
que ele deve obedecer.”
INTRODUÇÃO

• “A unidade essencial da prática médica é aquele momento na

intimidade do consultório, quando uma pessoa que está doente ou

que se acredita doente, entrega-se a um médico no qual confia.

Este momento é a consulta e tudo mais na medicina deriva dela.”

(Sir James Spence)


Funções da Consulta
Construir um relacionamento;

Identificar a natureza dos problemas;

Gerar um plano compartilhado de


tratamento.

Julian Bird et al., 1990 .


Colher a história: muito importante para a elucidação do
diagnóstico;
Obter as informações necessárias;
Identificar
a Natureza Entender as informações fornecidas pelo paciente;
dos
Problemas Adequar a agenda, considerando aspectos psicológicos,
sociais e familiares;
Construir uma compreensão compartilhada.
Gerar um Plano de Tratamento Compartilhado

Perspectiva do Perspectiva do
médico paciente

Encontro
de experts

Pendleton et al., 2011


Gerar um Plano de Tratamento Compartilhado
• A maior expressão na perspectiva do paciente leva a:
Aumento da Confiança
e Satisfação do
Paciente

Maior Aderência ao
Tratamento

Resolução Mais Rápida


dos Sintomas
Os “Porquês” de uma Estrutura de Consulta

Permitir comunicação sistemática;

Evitar a omissão de dados e etapas importantes;

Evitar desvirtuamento da consulta;

Sistematizar para facilitar o uso das habilidades de


comunicação.
Propostas de estrutura da consulta

Medicina
Consenso de Calgary-
Pendleton et al., Centrada no
Kalamazoo, Cambridge
1984; Paciente
2001; (2005).
(Stewart, 2005);
A estrutura de Calgary-
Cambridge
Integra a visão biomédica tradicional com a
experiência da doença pelo paciente;

Integra a história clínica tradicional com habilidades


de comunicação e medicina centrada na pessoa.
Abertura da consulta

Exploração dos
problemas

relacionamento
Construindo o
Exame físico
Estruturando
a consulta
Explicação e
planejamento

Fechamento da
consulta

Kurtz; Silverman; Draper, 2005


Abertura da consulta

Exploração dos
problemas

relacionamento
Construindo o
Exame físico
Estruturando
a consulta
Explicação e
planejamento

Fechamento da
consulta

Kurtz; Silverman; Draper, 2005


INICIANDO A SESSÃO

Preparação;

Estabelecer um relacionamento inicial (rapport);

Identificar as razões da consulta.


INICIANDO A SESSÃO

Preparação;

Estabelecerpessoais,
• Atender necessidades um relacionamento inicial (rapport);
se necessário;

• Desligar-se da consulta anterior e colocar o foco na atual.


Identificar as razões da consulta.
Preparação;
INICIANDO A SESSÃO

Estabelecer um relacionamento inicial (rapport);

• Cumprimentar a pessoa;
Identificar as razões da consulta.
• Apresentar-se a ele;

• Obter o nome da pessoa;

• Demonstrar sempre interesse e respeito.


Estabelecer um relacionamento inicial (rapport);
INICIANDO A SESSÃO

Identificar as razões da consulta.

• Pergunta de abertura: “Em que posso lhe ajudar? O que o traz aqui?”

• Usar perguntas abertas;

• Escuta atenta, sem interrupções;

• Questionar sobre outros problemas, sempre checando a informação


(varredura);
• Negociar a agenda.
EXEMPLO PRÁTICO

• Médico finalizando uma consulta: pede a pessoa para chamar a


próxima;
• Médico recebe a pessoa assentado, inquieto e não faz contato visual;

• Olhando para o computador, não se apresenta;

• Pergunta sobre as queixas da pessoa;

• Ao mesmo tempo faz anotações;

• Foca na queixa inicial e não questiona sobre outros problemas.


Abertura da consulta

Exploração dos
problemas

relacionamento
Construindo o
Exame físico
Estruturando
a consulta
Explicação e
planejamento

Fechamento da
consulta

Kurtz; Silverman; Draper, 2005


EXPLORAÇÃO DOS PROBLEMAS
Perspectiva biomédica Perspectiva do paciente
Informação contextual
(doença) (enfermidade)

Sequência de História médica


Idéias e crenças
eventos pessoal

Análise de sintomas Preocupações História familiar

História pessoal e
Revisão de sistemas Expectativas
social

Impactos na vida

Sentimentos
EXPLORAÇÃO DOS PROBLEMAS
Perspectiva biomédica Perspectiva do paciente
Informação contextual
(doença) (enfermidade)

Sequência de História médica


Idéias e crenças
eventos pessoal

Análise de sintomas Preocupações História familiar

História pessoal e
Revisão de sistemas Expectativas
social

Impactos na vida

Sentimentos
EXPLORAÇÃO DOS PROBLEMAS
Perspectiva biomédica Perspectiva do paciente
Informação contextual
(doença) (enfermidade)

Sequência de História médica


Idéias e crenças
eventos pessoal

Análise de sintomas Preocupações História familiar

História pessoal e
Revisão de sistemas Expectativas
social

Impactos na vida

Sentimentos
EXPLORAÇÃO DOS PROBLEMAS
Perspectiva biomédica Perspectiva do paciente
Informação contextual
(doença) (enfermidade)

Sequência de História médica


Idéias e crenças
eventos pessoal

Análise de sintomas Preocupações História familiar

História pessoal e
Revisão de sistemas Expectativas
social

Impactos na vida

Sentimentos
EXPLORAÇÃO DOS PROBLEMAS

Ouvir atentamente;

Usar expressões de fácil entendimento;

Incentivar o paciente a expressar suas ideias e sentimentos;

Usar perguntas abertas e fechadas, movendo-se entre elas de


maneira adequada;

Resumir;

Sinalizar.
NA PERSPECTIVA DO PACIENTE

Conhecer o
paciente;

Ideias e crenças;

Preocupações;

Expectativas;

Efeitos.
EXEMPLO PRÁTICO

• Médico questiona sobre a queixa principal da pessoa;

• Foca nesta queixa;

• Utiliza perguntas fechadas;

• Faz a revisão de sistemas;

• Não questiona sobre os sentimentos, perspectivas e pensamentos da


pessoa, contexto e antecedentes.
Abertura da consulta

Exploração dos
problemas

relacionamento
Construindo o
Exame físico
Estruturando
a consulta
Explicação e
planejamento

Fechamento da
consulta

Kurtz; Silverman; Draper, 2005


Abertura da consulta

Exploração dos
problemas

relacionamento
Construindo o
Exame físico
Estruturando
a consulta
Explicação e
planejamento

Fechamento da
consulta

Kurtz; Silverman; Draper, 2005


EXPLICAÇÃO E PLANEJAMENTO

Fornecer informações adequadas e na quantidade correta;

Evitar conselhos e tranquilização prematura;

Categorizar a informação;

Usar frases curtas e checar a compreensão;

Envolver o paciente no nível que ele deseja;

Alcançar uma compreensão compartilhada;

Utilizar perguntas abertas e fechadas e, usar repetição e resumo;

Verificar a compreensão do paciente.


EXPLICAÇÃO E PLANEJAMENTO

Explicação
e
Planejamento
EXEMPLO PRÁTICO

• Médico questiona sobre uma queixa específica;

• Fornece a hipótese diagnóstica, tranquilizando a pessoa;

• Determina o tratamento a ser realizado;

• Expressa-se de forma prolixa.


Abertura da consulta

Exploração dos problemas

relacionamento
Construindo o
Estruturando
Exame físico
a consulta

Explicação e planejamento

Fechamento da consulta

Kurtz; Silverman; Draper, 2005


FECHAMENTO DA CONSULTA
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EXEMPLO PRÁTICO

• Médico orienta a pessoa sobre o uso de medicamentos;

• Orienta sobre exames complementares;

• Despede-se assentado, solicitando que o mesmo chame a próxima


pessoa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Kurtzs, Silverman, Benson J, Draper J. Marrying Content and Process in Clinical Method
Teaching: Enhacing the Calgary-Cambridge Guiides. Acad. Med 2003;78:802-809

• Julian Bird & Steve Cole: The medical interview: the three-function approach, 1990.

• Hoffman, E.J. Material utilizado no curso de formação de preceptores do Programa de


Educação Permanente para Médicos da Estratégia de Saúde da Família/PEP – UFVJM, 2010.

• Silvério, João Batista. Material utilizado no curso de formação de preceptores do Programa de


Educação Permanente para Médicos da Estratégia de Saúde da Família/PEP – UFVJM, 2010.

• Silvério, João Batista. Programa de Educação Permanente para Médicos de Família. Rev.
méd. Minas Gerais. 18(4, supl. 4): dez. 2008.

• Pendleton, D; Tate, P; Schofield, T. A nova consulta – Desenvolvendo a comunicação entre


médico e paciente. 1 ed. Artmed, 2011.

• Stewart M, et al. Medicina Centrada na Pessoa: Transformando o método clínico.


SBMFC/Artmed. 2010.
"É muito mais importante saber
que tipo de paciente tem a doença
do que o tipo de doença que a
pessoa tem.”
Obrigado!

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