Slides Sobre Reciclagem de Materiais

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Reciclagem de materiais deda

Ministério construção
Educação Prof. José de A. Freitas Jr. | TC 034 Materiais de Construção III
Universidade Federal do Paraná
Setor de Tecnologia
Departamento de Construção Civil

Materiais de Construção III


(TC-034)

IMPACTO AMBIENTAL:
RECICLAGEM DOS RESÍDUOS DE
CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO - RCD

Prof. José de Almendra Freitas Jr.


freitasjose@terra.com.br
Versão 2019
Reciclagem de materiais de construção Prof. José de A. Freitas Jr. | TC 034 Materiais de Construção III

Reciclagem dos resíduos de construção e


demolição - RCD
Uma necessidade
Quanto tempo duram nossos edifícios?
Onde vamos colocar os resíduos disto tudo???
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Reciclagem dos resíduos de construção e


demolição - RCD
Alguns Benefícios:
Reduções de:
• Consumos de recursos naturais não-renováveis
• Áreas necessárias para aterro
(Resíduos de construção/demolição representam 40 a 50% dos
resíduos sólidos urbanos).
• Consumo de energia para produção de materiais
• Poluição do ar, da terra, ...
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Reciclagem dos resíduos


Aterro de Resíduos em São Paulo

80m
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Reciclagem dos resíduos


Aterro de Resíduos em Curitiba
Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais: no
Brasil em 2007, resíduos da construção civil de 70 mil toneladas por dia.

Aterro da Caximba
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Resíduos da construção/demolição RCD


CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente)
Diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão de resíduos sólidos da
construção civil, classificação dos resíduos de construção:
•Classe A - resíduos reutilizáveis como agregados
•Classe B - resíduos recicláveis p/ outras destinações
(plásticos, papel/papelão, metais, gesso, vidros, madeiras...)
•Classe C - resíduos sem tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis para sua reciclagem
•Classe D - resíduos perigosos oriundos do processo de construção.
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Reciclagem RCD
Redução de impacto ambiental para aço, vidro e cimento, (%):

IMPACTO AMBIENTAL AÇO VIDRO CIMENTO *


Consumo de energia 74 6 40
Consumo de matéria prima 90 54 50
Consumo de água 40 50  ????
Poluentes atmosféricos 86 22 < 50
Poluição aquática 76    
Resíduos em geral 105 54  
Resíduos minerais 97 79  
* No caso do cimento consideram-se as adições.
(KANAYAMA, 1997)
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Resíduos da construção RCD – entulho


O entulho geral é um material heterogêneo, deve passar por processos de
seleção e tratamento antes de ser reincorporado a novos materiais da
construção.
Ideal: separação por tipos – concreto / tijolos / argamassas

Tendências: Empresas cobrarem valores diferenciados para o entulho sujo e limpo.


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Resíduos da construção RCD – entulho


Sobras de pré-moldados de concreto com armaduras....
Estacas, postes, lajes, ...
O concreto precisa ser separado do aço....
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Resíduos da construção RCD – entulho


Equipamento que combina uma caçamba trituradora com separador de metais

Arquivo: Filmes Concreto / Reciclagem/ Recyclage et démolition de traverses ferroviaires.wmv


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Resíduos da construção RCD – entulho


É necessária a separação e processamento dos resíduos:
• Separação de metais
• Ferrosos
• Não ferrosos
• Separação de plásticos
• Separação de madeiras
• Separação de papel/papelão
• Entulho para reciclagem como agregados.
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Resíduos da construção RCD – entulho


Produção de entulhos em obras de apartamentos:
OBRA Área Duração da No de Volume Massa de Índice de Perdas
construída obra viagens a de entulho entulho geração (%) c
(meses) (m3) (t) b (t/m2)
A 7.619 17 173 606,0 727,8 0,095 11,2
B 7.982 15 202 707,7 849,2 0,107 12,6

(Zordan, S. E.; 1997)


C 13.581 16 -- 1.615,0 1.938,0 0,145 17,1
a
Retiradas de caçambas estacionárias de 3,5 m3 cada.
Na obra C, o registro foi feito diariamente em m3
b
Adotou-se massa específica do entulho de 1,2 t/m3
c
Quantidade de entulho produzida em relação a massa final projetada do edifício (adotada como 0,85 t/m2)

Reformas – RCD 50 kg/m2


Curitiba e RMC estimativas:
Demolição – RCD 1.000 kg/m2 4.300 t/dia
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Resíduos da construção RCD – entulho


Reciclagem como agregados
Procedimentos para se obter resultados satisfatórios:
• Identificação e quantificação dos resíduos
• Caracterização do resíduo
• Determinação das propriedades físicas e químicas
• Análise da viabilidade da reciclagem
• Custos de:
• Transporte, disposição final, licenças ambientais
x
• Custos de reciclagem
(ÂNGULO et al., 2005)
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Resíduos da construção RCD – entulho


Reciclagem como agregados:

Procedimentos p/ obter resultados satisfatórios:


• Selecionar aplicações conforme as características físico-químicas
• Determinar o desempenho do produto final obtido usando agregados
reciclados
• Análise de desempenho ambiental
• Possíveis danos à saúde
• Possíveis danos ao meio ambiente.

(ÂNGULO et al., 2005)


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Resíduos da construção - entulho


Logística para coleta do entulho:

• Custo significativo para a viabilização do processo


• Custo da coleta
• Distâncias
• Volumes. Ex. “Isopor”, volume muito grande em relação ao peso
• Pesos
• Levantamento das características do entulho
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Resíduos da construção - entulho


Instalações para reciclagem de entulho:
•Alto investimento inicial:
• Britadores, Peneiras, Separadores magnéticos,
Flotadores (para separar madeira e papel)
• Precisa adequar o equipamento ao tipo de entulho
• Impacto ambiental da instalação de reciclagem
•Geração de resíduos
•Geração de materiais finos (pó)
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Resíduos da construção - entulho


Reciclagem de entulho – Usinas na RMC
Soliforte (Colombo/PR)
Usipar (Almirante Tamandaré/PR)
Usimaster (Araucária/PR)
HMS Resíduos (Curitiba/PR)
Soliforte

Usipar Usipar Soliforte


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Resíduos da construção - entulho


Usinas de reciclagem - EUA
Separadores / classificadores
mecânicos de entulho de construção

https://mags.constructioninfocus.com/mag/CIFNAMar2017/#?page=80
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Resíduos da construção - entulho


Reciclagem de entulho - Usinas
Material produzido:
Agregados miúdos e graúdos
NBR 15116/06 – Agregados reciclados para utilização em
pavimentos e concreto sem função estrutural.
Utilizações de agregados reciclados:
• Bases e sub-bases de pavimentos (99%)
• Drenos
• Concretos
• Argamassas
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Resíduos da construção - entulho


Reciclagem de entulho - Usinas
Material produzido:

Agregados graúdos Agregados miúdos

(ZORDAN, Sérgio E. ; PAULON, Vladimir A. )


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Resíduos da construção - entulho


Pesquisas
Utilização de agregado reciclado de RCD geral como
agregado para concreto:
A variabilidade dos agregados reciclados de RCD afeta as
suas propriedades. Diversas pesquisas apontam para
reduções de 4 a 50 % na resistência à compressão e 15 a
30% no módulo de elasticidade quando comparado com
agregados novos de pedra britada.
Hansen e Narud (1983), Hansen e Bøegh (1985), Pinto (1986), Angulo e John (2001), Yannas
(1977) e CONCRETE (1993)
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Resíduos da construção - entulho


Pesquisas
Utilização de agregado reciclado em concreto:
• Em princípio é complicado produzir um concreto, de forma econômica, com
resistência à compressão maior que a dos agregados utilizados.
• Agregado proveniente de entulho geral apresenta uma absorção de água bem
superior à do agregado tradicional, (grande porosidade e maior quantidade de
finos).
• Presença de fragmentos de revestimentos cerâmicos (materiais polidos)
induziram à ocorrência de superfícies de ruptura nas suas faces lisas,
prejudicando a resistência à compressão
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Resíduos da construção - entulho


Pesquisas
Utilização de agregado reciclado em concreto:
• Presença de fragmentos de gesso prejudica muito a resistência à compressão e a
durabilidade do concreto.
• Demanda mais água devido ao formato anguloso e complexo dos grãos.
• Selecionando ou melhorando a qualidade do entulho permite a obtenção de
resultados melhores, chegando-se algumas vezes a viabilidade do uso de de
agregados reciclados no concreto.
• Utilização de somente agregados graúdos reciclados produz melhores resultados.
• Substituições parciais (até 20%) dos agregados “novo” por reciclados
praticamente prejudica muito pouco os concretos.
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Resíduos da construção - entulho


Reciclagem de concreto como agregado:
• Em alguns casos pode dar bons resultados:
• Situações bem especiais: resíduo homogêneo
• Agregados de concreto triturado não contaminado por outros resíduos permite
agregados de melhor qualidade.

Reciclagem de pavimentos de
Reciclagem de estruturas
concreto
abandonadas

Equipamento pesado de
processamento móvel com reuso no
local evita transporte
http://techne.pini.com.br/2017/07/veja-como-foi-feita-a-demolicao-da-estrutura-abandonada-ha-20-anos-e-comprometida-pela-acao-da-maresia
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Resíduos da construção - entulho


Pesquisas
Utilização de agregado reciclado em argamassas
Levy e Helene, 1995 – bons resultados
Redução de:
10 a 15% no consumo de cimento
Possibilita grandes reduções no consumo de cal
15 a 30% no consumo de areia
Ganho de 20 a 100% na resistência à compressão
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REUTILIZAÇÃO OU RECICLAGEM DOS RDC NA OBRA


Equipamento móvel com dois britadores que tritura materiais em duas granulometrias diferentes.

Arquivo: Filmes Concreto / Reciclagem/ Britador móvel pequeno.wmv


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Reciclagem de pavimento em concreto asfaltico


É possível a reciclagem do material retirado de pavimentos asfálticos em:
• Agregados para bases de pavimentação (comum)
• Concreto asfáltico para pavimentação (complexo)

https://mags.constructioninfocus.com/mag/CIFNAMar2017/#?page=80
Fresa removendo pavimento em Reciclagem de concreto asfáltico em
concreto asfáltico. agregados.
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Reciclagem de pavimento em concreto asfaltico


Em geral os material retirado é reutilização em bases, não em pavimentos.

Utiliza-se os agregados reciclados em:


• Bases para pavimentos
• Pavimentos reciclados à frio
• Adição de aglomerantes à frio
• Cimento Portland
• Emulsões de aglomerantes betuminosos
• Pavimentos reciclados à quente
• Espuma de asfalto.

Recicladora a frio Wirtgen WR 24000


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Reciclagem de pavimento em concreto asfaltico

http://www.crp.pt/docs/A25S2-02_M_Antunes_F_Baptista.pdf
RECICLAGEM A QUENTE EM CENTRAL
•Com betume
RECICLAGEM SEMI-QUENTE EM CENTRAL
•Com emulsão betuminosa modificada ou com espuma de betume
Centrais contínuas incorporação de 10% a 50% de material a reciclar
Centrais descontínuas incorporação de 10% a 30% ou até 70% de material a reciclar
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Reciclagem de pavimento em concreto asfaltico


RECICLAGEM A FRIO “IN SITU”

http://www.crp.pt/docs/A25S2-02_M_Antunes_F_Baptista.pdf
•Com emulsão betuminosa
•Com emulsão betuminosa e cimento
•Com cimento
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Reciclagem de concreto asfáltico


Através do uso de equipamentos complexos, é possível a reciclagem a
quente.
Com a adição de materiais novos (asfalto e agregados), produz-se CBUQ

Equipamento pesado de
processamento móvel com
reuso no local evita
transporte
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Resíduos da construção - AÇO


Reciclagem do aço:
Produção de aço a partir de minério
de ferro:
(pode-se acrescentar sucata na aciaria misturando ao Siderúrgica
ferro gusa)
Aço a partir de minério de ferro:
FE = 2.000 a 2400 kg de CO2 /tonelada de aço.
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Resíduos da construção - AÇO


Reciclagem do aço:
Produção de aço a partir de sucata:
• Fundição em fornos elétricos
• A energia elétrica é aplicada à sucata através de eletrodos consumíveis de grafite
• Aço elétrico CO2: FE = +- 600 kg de CO2 /tonelada de aço.

• Economia de:
• Matérias primas
• 74% de energia
• 2/3 menos CO2.
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Resíduos da construção - AÇO


Reciclagem do aço:
Reciclagem da sucata:
•Separação por magnetismo dos metais não ferrosos
•Eventuais correções da composição química e adição de outros metais para
ligas especiais são feitas dentro do forno elétrico.

Sucata Forno elétrico


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Resíduos da construção - AÇO

Reciclagem do aço:
• Fundição de sucata em fornos elétricos
• O aço tem alto índice de reciclagem
 Brasil recicla 70% do aço produzido anualmente
 A reciclagem do aço economiza 75% da energia usada para fabricar
a partir do minério de ferro
Praticamente não há perda de qualidade do aço com o processo de
reciclagem
 Maior parte da produção de aço é a partir de minério de ferro
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ALUMÍNIO

Reservas – Bauxita:
• Muito amplas
• Duração ........
Consumo de Energia:
• Grande quantidade de energia elétrica
• Para produzir uma tonelada de alumínio:
 15 (MW/h) energia elétrica = 1,7 t petróleo
•Sob baixa tensão a alumina se decompõe em oxigênio, que se combina c/
carvão do anodo, desprendendo-se sob a forma de gás, e em alumínio líquido.

Warmer Bulletim - World Resource Foundation


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ALUMÍNIO Reciclagem :

O alumínio tem alto índice de reciclagem


 Brasil recicla 90% do alumínio produzido anualmente
 A reciclagem poupa 95% da energia
 Perdas de alumínio devido ao processo de reciclagem são pequenas (5%)
 Não há perdas de qualidade do alumínio reciclado.

Sucata de alumínio
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Vidros Reciclagem:
Vidros planos são difíceis de reciclar,
precisa-se remover as impurezas p/
preservar a transparência

Classificação de sucatas de vidro


Recicláveis Não-recicláveis
Garrafas de bebida alcoólica e não alcoólica Espelhos, vidros de janela e box de banheiro,
(refrigerantes, cerveja, suco, água, vinho, etc) lâmpadas, cristal
Frascos em geral (molhos, condimentos, remédios, Ampolas de remédios, formas, travessas e
perfumes e produtos de limpeza) utensílios de mesa de vidro temperado
Potes de produtos alimentícios Vidros de automóveis
Cacos de embalagens Tubos de televisão e válvulas

Fonte: ABIVIDRO
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Vidros A produção do vidro plano:


Matérias primas:
• 72% Sílica ( SiO2)
Vidro float: • 14% Sódio ( Na2SO4)
•Alta qualidade de transparência • 4% Magnésio ( MgO)
•Alto paralelismo e planicidade das faces. • 9% Cálcio ( CaO)
• 0,3% Potássio ( K2O)
• 0,7% Alumina ( Al2O3)
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Vidros Reciclagem:
Dificuldades para reciclagem do vidro plano:
 Necessidade de matéria prima isenta de impurezas
 Vidros de altíssima transparência
 Composição química diferente dos vidros de embalagens
 Temperatura de fusão e dureza maior que a dos vidros de embalagens
 No processo de produção do vidro são aplicados óxidos metálicos sobre a
superfície que são impossíveis de retirar.
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Madeira Reciclagem:

https://www.gruposalmeron.com.br/reciclagem-e-recuperacao-de-residuos/reciclagem-de-madeira/
Reciclagem de Madeira
Madeira é Processada para diversas finalidades.
Operação de coleta e processamento só é
economicamente viável com o resíduo a custo
zero.

http://zanoncini.com.br/
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Destinações para os resíduos de


madeira:
Compostagem - Fertilizante orgânico.
Lenha / Combustível - Doméstica e comercial, combustível p/ fornos de padarias,
pizzarias, empresas de cal, cerâmicas e olarias.
Carvão vegetal - Utilização em forno de alvenaria (caieira).
Painéis – Utilização para a produção de painéis (aglomerados MDP ou MDF).
Papel – Resíduos tratados podem ser utilizados na produção de pasta de papel.
Diversos - Farinha de madeira moída pode ser utilizada como matéria-prima na
indústria de plástico, forração de piso para animais.
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Gesso
Podem ser reciclados e utilizados como gipsita na indústria do cimento, na agricultura, na
própria indústria gesseira ou em argamassas de gesso de projeção, para reuso na
construção civil.
A operação de coleta e processamento só fica
economicamente viável com boa parte do
custo sendo bancado pelo gerador do resíduo. Resíduos de gesso:
Uso agrícola: fertilizante, corretivo de solos,
condicionador de subsuperfície.
Indústria de cimento: adicionado ao clínquer (+-3%),
atuando como retardante, inibindo a falsa pega.
Indústria gesseira: Os fabricantes podem reincorporar
os resíduos, em certa proporção. Pouco uso devido a
distâncias das unidades fabris.
Construção: Resíduo triturado a pó para adição em
argamassas de gesso para projeção ou em fragmentos
Associação Brasileira de Drywall
para isolamento térmico.
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Gesso
Gesso liso como revestimento gera 10 a 45% ?? de perdas.
Os resíduos de gesso devem ser coletados e armazenados em local
separado, isolado de outros materiais contaminantes.
Quanto menor o índice de contaminações, melhor o aproveitamento na
reciclagem.
O local de armazenagem dos resíduos de gesso na obra deve ser seco.

José Freitas Jr. Asociação Brasileira de Drywall


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Gesso
Resíduo triturado a pó serve como adição em argamassas de gesso para
projeção. Fragmentado em pedaços pode ser utilizado para isolamento
térmico.
Trituração Partículas 0,6 a 1,2 mm

(p/ mistura em argamassas de gesso


projetado) (5 a 10% do hemidrato)

Separação Fragmentos Embora potencialmente reciclável, a


contaminação, dificulta a
reciclagem. A deposição do gesso
em aterros somente é recomendável
se realizada em células isoladas
www.egrs.eu

www.egrs.eu
sem contato com matéria orgânica
ou umidade.
(Isolamento térmico)
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Gesso
Região Metropolitana de Curitiba
100 toneladas de gesso ao mês já são recicladas em Curitiba. (Gazeta do Povo
13/03/2013)

ATT – Áreas de transporte e Secagem e trituração em Produto: pó que serve como


www.egrs.eu

www.egrs.eu
triagem, onde o material é usina recicladora (emite um fertilizante e condutor de
separado de papeis e outros certificado para a construtora micronutrientes do solo.
rejeitos. que enviou o resíduo)
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Polímeros (plásticos)
Grupos:
 Termofixos
• Polimeriza com calor durante a moldagem
• Grande quantidade de ligações cruzadas nas moléculas
• Não remolda depois de polimerizado
• Se aquecido depois de polimerizado, decompõe
• Ex. baquelite 1o termofixo (1910).

 Termoplásticos
• Amolecem ao calor e endurecem no resfriamento
• Processo reversível, mas degrada o material
• Pode fundir novamente por:
• Calor
• Dissolução em solventes.
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Polímeros (plásticos)

Reciclagem:
 Como matéria prima: (termoplásticos)
• Necessita da separação por tipos de polímero
• Ocorrem ligeiras perdas de qualidade a cada reciclagem
• Material é granulado, possibilitando ser fundido e moldado novamente
 Como aproveitamento de resíduos:
• Agregados leves
• Fibras p/ concreto e argamassa
• Fragmentos para isolamento térmico ...
 Como fonte de energia.
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Polímeros (plásticos)
Sistemas de reciclagem mecânica de plásticos:
Possibilita economizar até 50% de energia

Reciclagem primária - regeneração de um único tipo de resina


separadamente.
Reciclagem secundária - o processamento de polímeros, misturado ou não,
entre os mais de 40 existentes no mercado. Ex.:“Madeira plástica”

Sistema mecânico de reciclagem de plásticos


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Polímeros (plásticos) Recicláveis


PET: Polietileno Tereftalado mecanicamente:

PEAD: Polietileno de Alta Densidade

PVC: Policloreto de Vinila

PEBD: Polietileno de Baixa Densidade

PP: Polipropileno

PS: Poliestireno

OUTROS
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Reciclagem mecânica de polímeros


termoplásticos

Consiste na conversão dos descartes plásticos pós-industriais ou pós-consumo em


grânulos que podem ser reutilizados na produção de outros produtos.
Etapas:
• SEPARAÇÃO - Separação em uma esteira dos diferentes tipos de plásticos,
• MOAGEM - Após separados os diferentes tipos de plásticos são moídos e fragmentados em
pequenas partes.
• LAVAGEM - Após triturado, o plástico passa por uma etapa de lavagem com água para a retirada
dos contaminantes.
• AGLUTINAÇÃO - O material é compactado, reduzindo-se assim o volume. Nesta etapa se
incorpora aditivos, cargas, pigmentos e lubrificantes.
• EXTRUSÃO - A extrusora funde e produz um massa plástica homogênea que é resfriada com
água. Em seguida, é picotada em um granulador e transformado em pellet (grãos plásticos).
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Reciclagem mecânica de polímeros termoplásticos

LAVAGEM

GRÃOS

MOAGEM
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Polímeros (plásticos)
Produção de energia p/ ind. cimenteira:
• Queima de resíduos de polímeros:
• 1.000.000 t queimados em 2008
• Queima de pneus, borras de tintas, resíduos de plásticos ...
• 33.000.000 pneus queimados em 2008.

(Sindicato Nacional da Indústria do Cimento)


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Papel e papelão
Resíduos usuais em obras:
• Papel Kraft – embalagens de cimento, cal, ...
(limites de resíduos de aglomerantes p/ viabilizar reciclagem)
• Papelão – caixas, ...
A reciclagem é um importante fator de
ordem econômica e social, para a
conservação de recursos naturais e
energéticos e sendo importante na
redução dos volumes de resíduos nos
aterros.
Os resíduos de papel/papelão representam
25% dos Resíduos Sólidos Urbanos.
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Papel e papelão
A reciclagem aproveita as fibras de
celulose existentes nos papéis usados.
O papel pode ser fabricado exclusivamente
com fibras secundárias (papel 100%
reciclado) ou ter a incorporação de pasta
nova (virgem) de papel.
As fibras apenas podem ser recicladas 5 a
7 vezes, o que implica adicionar alguma
quantidade de pasta de papel novo para
substituir fibras degradadas.
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Papel e papelão Triagem: Separação dos produtos de papel e retirada de


metais e matérias impróprias
O processo de reciclagem é Classificação: função da sua qualidade presença de
semelhante ao de fabricação de contaminantes.
papel novo, mas menos intensivo. Trituração: em partículas de dimensões e enfardamento.
Desagregação ou maceração: mistura com água para
enfraquecer as ligações entre as fibras.
Depuração e lavagem: passagem por telas de plástico
em que a abertura vai diminuindo nas sucessivas fases.
Dispersão: diminuição em tamanho a 50 - 125ºC para
dissolver os contaminantes.
Destintagem: remoção das partículas de tinta aderentes
às fibras
Branqueamento: para produtos de alta qualidade com
lixívia e água oxigenada.
Máquina de papel: transforma a pasta em folhas.
Reciclagem de materiais de construção Prof. José de A. Freitas Jr. | TC 034 Materiais de Construção III
Reciclagem de materiais de construção Prof. José de A. Freitas Jr. | TC 034 Materiais de Construção III

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