Estrabismo Como Medir

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Medica Oftalmologista CRM Nº- XXXXXXXX

DAY Horc Hospital


Especialtista em Etrabismo
Agosto de 2014

Medição do desvio no Estrabismo 1


•Para que a visão possa ser normal é
necessário :
 Perfeita correlação motora (condição prévia e ponto
básico de apoio para o desenvolvimento sensorial);

 Normalidade dos sistemas sensoriais de


percepção e transmissão das imagens;

 Elaboração de uma sensação única;

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•Considerações sobre motilidade ocular

Posições do olhar

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•Considerações sobre motilidade ocular
•Têm sempre como finalidade a visão binocular;

• Partem do córtex frontal (voluntários) ou do córtex


occipital (reflexos);

• São de 4 tipos:
•Versões (com conservação do paralelismo)
•Vergências (sem conservação do paralelismo como
convergência e divergência)
•Reflexos (acomodação-convergência)
•Posturais

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•Considerações sobre motilidade ocular
•Leis da motilidade ocular
• Agonista-antagonista;

• Sinergistas;

• Lei Sherrington: inervação recíproca

• Lei de Hering: inervação equitativa

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•Considerações sensoriais:
-Horóptero: plano no espaço externo onde objectos
podem estimular pontos retinianos
correspondentes de ambos os olhos, fora
não há fusão;

-Área de fusão de pannus:


Zonas ligeiramente atrás e à frente onde a fusão
ainda pode ser tolerada;

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•Considerações sensoriais:
- Visão binocular: Fixacção de 1 objecto através dos 2 olhos

fixacção

bifoveal

Alcançam simultaneamente a área cortical onde se


integram numa única imagem (fusão)

Fusão sensorial: integração no SNC

Fusão motora: alinhamento ocular

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•Considerações sensoriais:
- Estereopsia: Percepção da profundidade (3ª dimensão)

Quando 2 objectos recaem a 1pequena distância a


frente ou atrás do horóptero sofrem fusão em uma
única imagem.

Esta área designa-se Panum e as imagens aí


formadas são únicas e tri-dimensionais

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•Considerações sensoriais:
-Direcção visual: -projecção de um determinado elemento retiniano numa
direcção específica:

•Principal: normalmente a visão foveal;

•Secundária: pontos extra-foveias;

-Projecção: ínterpretação subjectiva da posição de 1 objecto no


espaço com base nos elementos retinianos
estimulados;

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•Considerações sensoriais:
-Correspondência retiniana: áreas de cada retina que partilham a
mesma direcção visual subjectiva

A organização retino-tópica mantém-se na via


visual até à convergência com neurónios
binoculares específicos;

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•Considerações sensoriais:

• Uma vez perdido o paralelismo dos eixos oculares perde-se de


imediato a visão binocular e surge:

- Diplopia (1 objecto estimula 2 pontos retinianos não


correspondentes)

•duplicação dos objectos

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•Considerações sensoriais:
- Confusão (quando objectos  estimulam pontos retinianos
correspondentes)

• escotoma fisiológico absoluto

• Para evitar esta rivalidade retiniana surge a Neutralização que


conduz a desvalorização sensorial da informação conflituosa

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•Adaptação sensorial:
•A) Supressão: inibição activa no córtex da imagem em piores condições
- central vs periférica;
- monocular vs alternante;
- facultativa vs obrigatória;

•B) Correspondência retiniana anómala:


-elementos retinianos não correspondentes apresentam a mesma
direcção visual;

-adaptação sensorial positiva;

-permite alguma visão binocular;

•C) Ambliopia

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•Adaptação motora:
•A) Posição anormal da cabeça:
-Inclinação da face;

-Rotação da cabeça;

-Elevação ou depressão do mento;

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► Causas de pseudo-estrabismo:

○ Epicantus;

○ Distância inter-pupilar anormal;

○ Ângulo Kappa;
-fóvea normalmente está temporal ao pólo post. ângulo kappa +

•ângulo kappa + grande exotropia

•ângulo kappa negativo endotropia

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 Motilidade Ocular
•Ortofórico: sem desvio manifesto •Ortotrópico: sem desvio
ou latente; manifesto

Foria: quando se rompe Tropia: mantém-se


a binocularidade em binocularidade

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•Demonstração do desvio

A) Teste Cover Simples:

-oclusão do olho director;


-avalia-se o olho destapado;
-avalia as TROPIAS
- ângulo mínimo;

Nota: deve ser realizado com e sem correcção para longe e para perto

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•Demonstração do desvio

B) Teste Cover-uncover:

-avaliação do olho que estava ocluído;


-avalia as TROPIAS intermitentes, FORIA
ou desvio dissociado;

Nota: deve ser realizado com e sem correcção, para longe e para perto

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•Demonstração do desvio

C) Teste Cover-alternado :

-avaliação do olho que estava ocluído;


-avalia as TROPIAS , FORIA;
-ângulos máximos;

Nota: deve ser realizado com e sem correcção para longe e para perto

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•Demonstração do desvio

- Teste de BrÜckner
•Oftalmoscópio directo: detecta reflexo vermelho em ambos olhos:
- olho desviado tem reflexo mais vivo;

- detecta mas não mede;

- imp. para opacidades e anisometropia;

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•Medição do desvio

- Teste de Hirschberg

- Teste de Krimsky

- Oclusão alternada com prismas

- Sinoptóforo

- Sinoptómetro

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•Medição do desvio

- Teste de Hirschberg

-fonte luminosa em frente e observar o seu reflexo em ambas as


córneas
•LOCALIZAÇÃO DESVIO
-bordo da íris 12º - 15º
-bordo - limbo 25º - 30º
-limbo 45º
-além do limbo 60º - 80º
Cada mm =7º=14∆

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•Medição do desvio

- Teste de Hirschberg

centrado
Endo 25º

Endo 15º Exo 45º

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•Medição do desvio

- Teste de Krimsky
-teste reflexo corneano + prismas;

-usado em grandes ambliopias;

-prismas em frente do olho bom aumento do poder prismático

Mov lento do olho


amblíope

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•Medição do desvio

Oclusão alternada com prismas


- mais usado + rigoroso;

- doente fixa um objecto prisma em frente de 1 olho e observa-


se fazendo oclusão alternada.

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•Medição do desvio

Oclusão alternada com prismas


-Aumento da potência prismática não há movimento do olho

Ângulo de desvio máximo

-Incomitância longe/perto?? Lentes de +3D em


▪erro refractivo?? ambos os olhos

Refractivo o ângulo de desvio para perto


diminui, desaparece ou = longe.

Nota: vértice prisma em direcção ao desvio Medição do desvio no Estrabismo 26


•Medição do desvio

Oclusão alternada com prismas


- •Se não há mov ocular e baixa visão Teste 4 dióptrias
prismáticas
A) Prisma base externa no olho dominante mov desse olho para o vértice

A1) Criança sem prob visuais: olho volta a mov. para fora(mov. Re-fixação);

A2) Criança com microestrabismo: olho desviado mov. mas não regressa.

B) Prisma no olho desviado não há qualquer mov. de ambos os olhos.

Nota: vértice prisma em direcção ao desvio Medição do desvio no Estrabismo 27


•Teste 4 dióptrias prismáticas

Nota: vértice prisma em direcção ao desvio Medição do desvio no Estrabismo 28


•Medição do desvio

-Sinoptófero
-Pouco usado actualmente;

-hipervaloriza os endodesvios;

-hipovaloriza os exodesvios;

-imp. nos desvios torsionais---- estudo m. oblíquos e verticais;

-imagens semelhantes diferindo entre si num pormenor;

-imagens são projectadas em áreas retinianas correspondentes;

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•Medição do desvio

-Sinoptófero
-Graus de visão binocular no sinoptófero:
1)- Percepção simultânea

2)- Fusão

3)- Estereopsia

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•Medição subjectiva do desvio

- requerem percepção simultânea;

- não determina todo o desvio;

- requerem cooperação;

A) Asa de Maddox

B) Estria Maddox

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•Medição subjectiva do desvio

A) Asa de Maddox
-dissocia visão perto;

-mede heteroforia;

-OD vê a seta branca vertical e a seta vermelha horizontal;

-OE vê números verticais e horizontais;

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•Medição subjectiva do desvio

A) Asa de Maddox
- desvio vertical: n.º da intersecção da seta vermelha;

-devio horizontal: n.º da intersecção da seta branca;

-cicloforia: pedir ao doente para deslocar a seta vermelha até ficar


paralela com a linha de n.ºs horizontais;

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•Medição subjectiva do desvio

A) Estria de Maddox
- óculos com cilindros paralelos: convertem 1 ponto em 1 imagem linear;

-a) a estria é colocada no OD dissocia os 2 olhos: linha vertical OD


ponto branco OE

-b) a quantidade de dissociação é medida pela sobreposição das 2


imagens usando prismas;

-c) medição desvio: colocar prisma até linha sobrepor o ponto;

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•Medição do desvio

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Padrão de reflexão de Purkinje

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Albert and Jakobiec, Principles and Practice of Ophthalmology 2nd
edition, W.B. Saunders Company,2000;
American Academy of Ophthalmology, Fundamentals and Principles
of Ophthalmology, 2007-2008;
Gerhard K.Lang Ophthalmology, A Pocket Textebook Atlas, 2nd
edition, Thieme,2006;
Jack J. Kanski, Clinical Ophthalmology, a Systematic Approach,
Elsevier Limited, 2007;
Myron Yanoff , Jay S. Duker , James J. Augsburger Ophthalmology
2nd edition, Mosby; 2003;
Prieto – Díaz, Julio; Strabismus, 1999, 4th ed., cap 1 pág. 8 – 31
Rui Castela, Estrabismo, Lidel edições técnicas, 2006;

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