AulaBioterápicos (2) CAROL
AulaBioterápicos (2) CAROL
Bioterápicos são
medicamentos homeopáticos?
Qualquer medicamento para ser considerado
homeopático tem que satisfazer duas
condições:
2 – Ser dinamizado.
Lei dos Semelhantes
Consiste num conjunto de sintomas
resultantes da experimentação de
substâncias em indivíduos sadios.
As mesmas substâncias experimentadas são
usadas, em doses adequadas, para curar
sintomas semelhantes apresentados por
pessoas doentes.
Tipos de similitude
Semiológica / Patogenética
Foi proposta por Hahnemannn e baseia-se na relação
de semelhança entre duas doenças: a natural ( aquela
que o doente apresenta) e a artificial ( produzida por uma
substância, na experimentação).
Anátomo - patológica
Baseia-se no tropismo de certas substâncias por
determinados tecidos e órgãos.
Etiológica
Baseada no próprio agente causador da doença, isto é, o
agente causador da doença também é o seu agente de
tratamento.
Bioterápicos são medicamentos
homeopáticos?
Princípio do Semelhante: Similia similibus curantur
- Hahnemann = Homeopatia
Princípio do Idêntico: Aequalia aequalibus curantur
- Lux = Isopatia
Escola Francesa = Analogia
- Similitude etiológica
- A preparação segue a farmacotécnica homeopática
= todos os medicamentos preparados por
Farmacotécnica Homeopática são homeopáticos
- São eficazes sem serem tóxicos
HISTÓRICO
Hahnemann
(1755-1843)
HAHNEMANN
(Organon da Arte de Curar parágrafo 56, 5ª ed., 1833)
Tratamento por
ísos = igual IGUAL ou MESMA
ISOTERAPIA CAUSA
+
Subentende fator de
therapeia = tratamento
qualquer natureza
BIOTERÁPICOS
Definição FHB 2ª edição
Clínica
Bioterápicos menores
Codex
Simples
Bioterápicos de estoque Complexos
Nosódios vivos - Dr. Roberto Costa
Nosódios ingleses de Bach-Paterson
Farmacêutica
Hetero-isoterápicos
Isoterápicos
Auto-isoterápicos
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA
Bioterápicos maiores:
São aqueles que possuem experimentação patogenética ou
que são utilizados segundo o nível de similitude diatésico.
Ex.: Luesinum, Medorrhinum, Psorinum,
Tuberculinum.
Bioterápicos menores:
São aqueles que não possuem experimentação
patogenética, isto é, foram introduzidos na terapêutica
homeopática através da observação clínica.
Ex.: Influenzinun, Staphylococcinum, Streptococcinum.
CLASSIFICAÇÃO FARMACÊUTICA
I- BIOTERÁPICOS DE ESTOQUE:
- CODEX
Obtidos a partir de soros, vacinas, toxinas e
anatoxinas, inscritos na farmacopéia francesa
e preparados por laboratórios especializados
(Instituto Merieux ou Pasteur).
- BIOTERÁPICOS SIMPLES
Preparados de culturas microbianas puras.
II - Isoterápicos :
- ISOTERÁPICOS EXÓGENOS
(HETERO-ISOTERÁPICOS)
São preparações cujos insumos ativos são
externos ao paciente e que, de alguma forma, o
sensibilizam.
- ISOTERÁPICOS ENDÓGENOS
(AUTO-ISOTERÁPICOS)
Preparação da matriz
- Retirar 1 parte do material colhido e diluir em 9 partes(escala decimal) ou 99 partes (escala centesimal) de
insumo inerte adequado à preparação;
- Sucussionar 100 vezes;
- Obtem-se assim a 1DH ou 1CH respectivamente;
- Proceder de forma idêntica para as preparações subseqüentes utilizando o mesmo insumo inerte adequado ao
material até a potência 6DH ou 3CH;
- Preparar as demais potências em solução hidroalcoólica a 70% (p/p);
- Estocar, preferencialmente, a potência anterior à prescrita;
- Potências inferiores a 23DH ou 11CH somente devem ser estocadas ou dispensadas se houverem garantias
quanto a qualidade microbiológica da preparação;
- As matrizes devem ser estocadas em local segregado;
- O tempo de armazenamento pode ser definido pela farmácia e deve ser informado ao médico e ao paciente.
Saliva
Fichas Técnicas para o
Coleta
preparo de auto-isoterápicos
- O paciente deve estar, preferencialmente, sem uso de medicamentos por um período mínimo
de 96 horas;
- Colher a saliva pela manhã em jejum e antes da higiene bucal;
- Colher em coletor universal no mínimo 5ml;
- Anotar na embalagem a data e o horário da coleta;
- Destinar o material colhido à farmácia no menor intervalo de tempo possível. Na
impossibilidade do envio imediato, conservar a amostra em refrigerador. Uma vez retirada do
refrigerador, enviar imediatamente à farmácia.
Preparação da matriz
- Suspender a amostra com 5ml de insumo inerte adequado e homogeneizar com bastão ou
espátula estéreis;
- Retirar 1 parte da suspensão e diluir em 9 partes(escala decimal) ou 99 partes (escala
centesimal) de insumo inerte adequado à preparação;
- Sucussionar 100 vezes;
- Obtem-se assim a 1DH ou 1CH respectivamente;
- Proceder de forma idêntica para as preparações subseqüentes utilizando o mesmo insumo inerte
adequado ao material até a potência 6DH ou 3CH;
- Preparar as demais potências em solução hidroalcoólica a 70% (p/p);
- Estocar a potência anterior à prescrita;
- Potências inferiores a 23DH ou 11CH somente devem ser estocadas ou dispensadas se
houverem garantias quanto a qualidade microbiológica da preparação;
- As matrizes devem ser estocadas em local segregado;
- O tempo de armazenamento pode ser definido pela farmácia e deve ser informado ao médico e
ao paciente.
Fichas Técnicas para o
Sangue Total
preparo de auto-isoterápicos
Coleta
- O paciente deve estar, preferencialmente, sem uso de medicamentos por um período mínimo
de 96 horas e em jejum de no mínimo 12 horas;
- A amostra deverá ser colhida seguindo critérios de anti-sepsia, biossegurança e métodos
laboratoriais específicos;
- A coleta deve ser feita com seringa estéril descartável, sem silicone ou anti-coagulante, ou outro
instrumento de coleta apropriado;
- Colher sangue venoso ou total quando indicado pelo prescritor;
- Após coleta diluir 1 parte do sangue em 9 partes de insumo inerte adequado;
- Anotar na embalagem a data e horário da coleta;
- Destinar o material colhido à farmácia no menor intervalo de tempo possível. Na
impossibilidade do envio imediato, conservar a amostra em refrigerador. Uma vez retirada o
refrigerador, enviar imediatamente à farmácia.
Preparação da matriz
- Para o preparo na escala decimal sucussionar 100 vezes a suspensão inicial. Obtem-se assim a
1DH;
- Para o preparo na escala centesimal, diluir 1 parte da suspensão inicial em 9 partes do mesmo
insumo inerte. Sucussionar 100 vezes. Obtem-se assim a 1CH;
- Proceder de forma idêntica para as preparações subseqüentes utilizando o mesmo insumo inerte
adequado ao material até a potência 6DH ou 3CH;
- Preparar as demais potências em solução hidroalcoólica a 70% (p/p);
- Estocar, preferencialmente, a potência anterior à prescrita;
- Potências inferiores a 23DH ou 11CH somente devem ser estocadas ou dispensadas se
houverem garantias quanto a qualidade microbiológica da preparação;
- As matrizes devem ser estocadas em local segregado;
- O tempo de armazenamento pode ser definido pela farmácia e deve ser informado ao médico e
ao paciente.
Fichas Técnicas para o
Soro Sanguíneo
Coleta
preparo de auto-isoterápicos
- O paciente deve estar, preferencialmente, sem uso de medicamentos por um período mínimo de 96
horas e em jejum de no mínimo 12 horas;
- A amostra deverá ser colhida seguindo critérios de anti-sepsia, biossegurança e métodos
laboratoriais específicos;
- A coleta deve ser feita com seringa estéril descartável, sem silicone ou anti-coagulante, ou outro
instrumento de coleta apropriado;
- Colher quantidade suficiente de sangue venoso ou outro quando especificado pelo prescritor;
- Transferir para frasco estéril e aguardar a coagulação e separação do soro;
- Com o auxílio de uma seringa estéril descartável, sem silicone ou anticoagulante diluir 1 parte do
soro em 9 partes de insumo inerte adequado;
- Anotar na embalagem a data e horário da coleta;
- Destinar o material colhido à farmácia no menor intervalo de tempo possível. Na impossibilidade do
envio imediato, conservar a amostra em refrigerador. Uma vez retirada o refrigerador, enviar
imediatamente à farmácia.
Preparação da matriz
- Para o preparo na escala decimal sucussionar 100 vezes a suspensão inicial. Obtem-se assim a 1DH;
- Para o preparo na escala centesimal, diluir 1 parte da suspensão inicial em 9 partes do mesmo
insumo inerte. Sucussionar 100 vezes. Obtem-se assim a 1CH;
- Proceder de forma idêntica para as preparações subseqüentes utilizando o mesmo insumo inerte
adequado ao material até a potência 6DH ou 3CH;
- Preparar as demais potências em solução hidroalcoólica a 70% (p/p);
- Estocar, preferencialmente, a potência anterior à prescrita;
- Potências inferiores a 23DH ou 11CH somente devem ser estocadas ou dispensadas se houverem
garantias quanto a qualidade microbiológica da preparação;
- As matrizes devem ser estocadas em local segregado;
- O tempo de armazenamento pode ser definido pela farmácia e deve ser informado ao médico e ao
paciente.
Secreções e Fichas Técnicas para o
Excreções preparo de auto-isoterápicos
Coleta
- O paciente deve estar, preferencialmente, sem uso de medicamentos por um período mínimo
de 96 horas;
- A coleta da amostra deve seguir critérios de anti-sepsia, biossegurança e métodos laboratoriais
específicos para cada material;
- A amostra deve ser colhida em frasco estéril cedido pela farmácia contendo o insumo inerte
adequado;
- O material colhido deve ser suficiente para turvar o insumo inerte (quando aplicável) ou o máximo
presente no momento da coleta;
- Anotar na embalagem a data e o horário da coleta;
- Destinar o material colhido à farmácia no menor intervalo de tempo possível. Na impossibilidade
do envio imediato, conservar a amostra em refrigerador. Uma vez retirada do refrigerador, enviar
imediatamente à farmácia.
Preparação da matriz
- Retirar 1 parte da amostra e diluir em 9 partes(escala decimal) ou 99 partes (escala centesimal) de
insumo inerte adequado à preparação;
- Sucussionar 100 vezes;
- Obtem-se assim a 1DH ou 1CH respectivamente;
- Proceder de forma idêntica para as preparações subseqüentes utilizando o mesmo insumo inerte
adequado ao material até a potência 6DH ou 3CH;
- Preparar as demais potências em solução hidroalcoólica a 70% (p/p);
- Estocar a potência anterior à prescrita;
- Potências inferiores a 23DH ou 11CH somente devem ser estocadas ou dispensadas se houverem
garantias quanto a qualidade microbiológica da preparação;
- As matrizes devem ser estocadas em local segregado;
- O tempo de armazenamento pode ser definido pela farmácia e deve ser informado ao médico e ao
paciente.
Tecidos, Órgãos Fichas Técnicas para o
ou Partes
Coleta
preparo de auto-isoterápicos
- O paciente deve estar, preferencialmente, sem uso de medicamentos por um período mínimo de 96
horas;
- A coleta da amostra deve seguir critérios de anti-sepsia, biossegurança e métodos laboratoriais
específicos para cada material;
- A amostra deve ser colhida em frasco estéril cedido pela farmácia contendo o insumo inerte adequado;
- O material colhido deve ser suficiente para preparar uma mistura na proporção de 5% (p/v);
- Anotar na embalagem a data e o horário da coleta;
- Destinar o material colhido à farmácia no menor intervalo de tempo possível. Na impossibilidade do
envio imediato, conservar a amostra em refrigerador. Uma vez retirada do refrigerador, enviar
imediatamente à farmácia.
Preparação da matriz
- Verificar o tamanho da amostra e a condição do material recebido;
- Trata-lo de forma a permitir maior contato do insumo inerte;
- Manter o material enviado em maceração por no mínimo 48 horas em refrigeração,
- Após maceração retirar 1 parte do sobrenadante e diluir em 9 partes (escala decimal) ou 99 partes
(escala centesimal) de insumo inerte adequado à preparação;
- Sucussionar 100 vezes;
- Obtem-se assim a 1DH ou 1CH respectivamente;
- Proceder de forma idêntica para as preparações subseqüentes utilizando o mesmo insumo inerte
adequado ao material até a potência 6DH ou 3CH;
- Preparar as demais potências em solução hidroalcoólica a 70% (p/p);
- Estocar a potência anterior à prescrita;
- Potências inferiores a 23DH ou 11CH somente devem ser estocadas ou dispensadas se houverem
garantias quanto a qualidade microbiológica da preparação;
- As matrizes devem ser estocadas em local segregado;
- O tempo de armazenamento pode ser definido pela farmácia e deve ser informado ao médico e ao
paciente.
Fichas Técnicas para o preparo
Materiais Insolúveis
(pele, unha, pêlos, cálculos e outros)de auto-isoterápicos
Coleta
- O paciente deve estar, preferencialmente, sem uso de medicamentos por um período mínimo
de 96 horas;
- A coleta da amostra deve seguir critérios de anti-sepsia, biossegurança e métodos laboratoriais
específicos para cada material;
- A amostra deve ser colhida em frasco estéril cedido pela farmácia;
- Anotar na embalagem a data e o horário da coleta;
- Destinar o material colhido à farmácia no menor intervalo de tempo possível. Na impossibilidade
do envio imediato, conservar a amostra em refrigerador. Uma vez retirada do refrigerador, enviar
imediatamente à farmácia.
Preparação da matriz
- Verificar o tamanho da amostra e a condição do material recebido;
- Tratá-lo de forma a permitir maior contato do insumo inerte durante a trituração dividindo-o em
partes menores, se for o caso;
- Pesar a amostra;
- Triturar segundo o método de dinamização para drogas insolúveis descrito no Manual de Normas
Técnicas 3ª edição, capítulo 8;
- Após a trituração obtem-se assim a 1DH ou 1CH;
- Proceder de forma idêntica para as preparações subseqüentes utilizando o mesmo insumo inerte
adequado ao material até a potência 6DH ou 3CH;
- Proceder à passagem da fase sólida para fase líquida;
- Preparar as demais potências em solução hidroalcoólica a 70% (p/p)
- Estocar a potência anterior à prescrita;
- Potências inferiores a 23DH ou 11CH somente devem ser estocadas ou dispensadas se houverem
garantias quanto a qualidade microbiológica da preparação;
- As matrizes devem ser estocadas em local segregado;
- O tempo de armazenamento pode ser definido pela farmácia e deve ser informado ao médico e ao
paciente.
Fichas Técnicas para o preparo de
hetero-isoterápicos
Poeira ambiental
Coleta
- O paciente deve coletar a poeira no ambiente onde ele convive com ajuda de um aspirador de pó ou
por varredura;
- A amostra deverá ser entregue na farmácia em saco plástico , quando for colhido com auxílio de
vassoura ou em saco de aspirador , quando for colhido com auxílio de aspirador;
- Anotar na embalagem a data da coleta;
- Destinar o material colhido à farmácia no menor intervalo de tempo possível.
Preparação da matriz
- Verificar o tamanho da amostra e a condição do material recebido;
- Tratá-lo de forma a permitir maior contato do insumo inerte durante a trituração dividindo-o em
partes menores, se for o caso;
- Pesar a amostra;
- Triturar segundo o método de dinamização para drogas insolúveis descrito no Manual de Normas
Técnicas 3ª edição, capítulo 8;
- Após a trituração obtem-se assim a 1DH ou 1CH;
- Proceder de forma idêntica para as preparações subseqüentes utilizando o mesmo insumo inerte
adequado ao material até a potência 6DH ou 3CH;
- Proceder à passagem da fase sólida para fase líquida;
- Preparar as demais potências em solução hidroalcoólica a 70% (p/p)
- Estocar a potência anterior à prescrita;
- Potências inferiores a 23DH ou 11CH somente devem ser estocadas ou dispensadas se houverem
garantias quanto a qualidade microbiológica da preparação;
- As matrizes devem ser estocadas em local segregado;
- O tempo de armazenamento pode ser definido pela farmácia e deve ser informado ao médico e ao
paciente.
Fichas Técnicas para o preparo de
hetero-isoterápicos
Medicamentos, Alimentos e Solventes
Coleta
- O paciente deverá enviar o material a ser utilizado à farmácia, para que esta possa realizar a
coleta adequada da amostra;
- Em caso de medicamentos controlados da Portaria 344, serão obedecidos os critérios
estabelecidos na Legislação vigente, para a coleta do material a ser utilizado;
- A amostra deve ser colhida em frasco estéril pela farmácia;
- Anotar na embalagem a data da coleta;
Preparação da matriz
- Verificar o tamanho da amostra e a condição do material recebido;
- Verificar a solubilidade nos veículos empregados na Farmacotécnica Homeopática;
- Retirar 1 parte da amostra e diluir em 9 partes(escala decimal) ou 99 partes (escala centesimal)
de insumo inerte adequado à preparação;
- Sucussionar 100 vezes;
- Obtem-se assim a 1DH ou 1CH respectivamente;
- Proceder de forma idêntica para as preparações subseqüentes utilizando o mesmo insumo inerte
adequado ao material até a potência 6DH ou 3CH;
- Preparar as demais potências em solução hidroalcoólica a 70% (p/p);
- Estocar a potência anterior à prescrita;
- Potências inferiores a 23DH ou 11CH somente devem ser estocadas ou dispensadas se
houverem garantias quanto a qualidade microbiológica da preparação;
- As matrizes devem ser estocadas em local segregado;
- O tempo de armazenamento pode ser definido pela farmácia e deve ser informado ao médico e
ao paciente.
Fichas Técnicas para o preparo de
Cigarro
Coleta hetero-isoterápicos
- O paciente deverá enviar 1 ou mais cigarros para a farmácia, para que esta possa realizar o processo de
preparação da TM;
- A TM deverá ser preparada pelo profissional farmacêutico com auxílio de um aparelho denominado
“ISOMAKE”
ABFH. Manual de normas técnicas da ABFH. 5ª ed. São Paulo: 2019, cap. 9.