Aula 6 - Mecânica Dos Fluidos

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MECÂNICA DOS FLUIDOS

Prof. Msc. Alcineide Dutra Pessoa de Sousa


Trabalho e energia dos fluidos em movimento
A equação da energia

Nesta seção, vamos expandir nossa aplicação dos


métodos do trabalho e da energia para além da
limitação da equação de Bernoulli, incluindo o
calor e o escoamento de fluido viscoso, juntamente
com a entrada de trabalho de uma bomba e a saída
de trabalho para uma turbina. No entanto, antes de
começar, primeiro discutiremos sobre as diversas
formas de energia que um sistema de fluido pode
ter quando está contido no volume de controle
mostrado na Figura 5.22.
A equação da energia

o Energia do sistema

Em um instante qualquer, a energia total E do sistema de fluido consiste em três partes:

Energia cinética. Essa é a energia do movimento, que depende da velocidade macroscópica das
partículas, medida a partir de um referencial inercial.

Energia potencial gravitacional. Essa é a energia devida à posição vertical das partículas,
medida a partir de um datum selecionado.

Energia interna. A energia interna refere-se ao movimento vibratório ou microscópico dos


átomos e das moléculas que compõem o sistema de fluido. Ela também inclui qualquer energia
potencial armazenada dentro dos átomos e das moléculas, que causam a ligação das partículas
devido a forças nucleares ou elétricas.
A equação da energia

o Energia do sistema

O total dessas três energias, E, é uma propriedade extensiva do sistema, pois depende da quantidade
de massa dentro do sistema. Porém, ela pode ser expressa como uma propriedade intensiva e
dividindo E pela massa. Nesse caso, as três energias que apresentamos são então expressas como
energia por unidade de massa, e, portanto, para o sistema, temos

Vamos agora considerar as diversas formas de calor e o trabalho realizado pelo sistema de fluido na
Figura 5.22.
A equação da energia
o Energia do calor

A energia do calor pode ser acrescentada ou retirada por meio de uma superfície de controle aberta,
através do processo de condução, convecção ou radiação. Ela aumenta a energia total do sistema
dentro do volume de controle se for transferida para dentro (sistema aquecido) e diminui a energia
total se ela for transferida para fora (sistema resfriado).

o Trabalho

O trabalho pode ser realizado pelo sistema fechado sobre seus arredores através de uma superfície de
controle aberta. O trabalho diminui a energia total do sistema quando é feito pelo sistema, e aumenta
a energia total do sistema quando é feito sobre o sistema. Na mecânica dos fluidos, estaremos
interessados em dois tipos de trabalho.
A equação da energia
o Trabalho de escoamento

Quando um fluido está sujeito a uma pressão, ele


pode empurrar um volume da massa do sistema
para fora da abertura da superfície de controle.
Esse é o trabalho de escoamento, . Para calculá-lo,
considere o pequeno volume do sistema na Figura
5.22 sendo empurrado para fora pela pressão
(manométrica) p dentro do sistema. Visto que é a
área transversal desse volume, então a força
exercida pelo sistema é . Se a distância que o
volume se move para fora é ds, então o trabalho
de escoamento para esse pequeno volume é
A equação da energia

o Trabalho do eixo

Se o trabalho é realizado sobre uma turbina pelo


sistema de fluido dentro do volume de controle,
então o trabalho subtrairá energia do sistema em
uma superfície de controle aberta (Figura 5.22).
Porém, também é possível que o trabalho seja
realizado sobre o sistema por uma bomba,
acrescentando assim energia externa ao fluido. Nos
dois casos, esse tipo de trabalho é denominado
trabalho do eixo, pois um eixo é usado para a
entrada ou extração de trabalho.
A equação da energia
o Equação da energia

A conservação de energia para um sistema de fluido contido dentro do volume de controle é


formalizada pela primeira lei da termodinâmica. Essa lei declara que a taxa no tempo em que o calor
é adicionado ou inserido no sistema, Q entrada, menos a taxa de saída de trabalho realizado pelo
sistema, é igual à taxa temporal de variação da energia total dentro do sistema.

Essa é a equação da energia para o escoamento em regime permanente unidimensional, e aplica-se a


fluidos compressíveis e incompressíveis.
Quantidade de movimento do fluido

o A equação da quantidade de movimento linear

O projeto de muitas estruturas hidráulicas, como comportas e anteparos para desvio do escoamento,
além de bombas e turbinas, depende das forças que o escoamento de um fluido exerce sobre eles.
Nesta seção, obteremos essas forças usando uma análise de quantidade de movimento linear, que é
baseada na segunda lei de Newton do movimento, escrita na forma

Para a aplicação dessa equação, é importante medir a taxa de variação da quantidade de movimento
no tempo, , a partir de um referencial inercial, ou sem aceleração, ou seja, uma referência que ou é
fixa ou se move com velocidade constante.
Quantidade de movimento do fluido

Devido ao escoamento do fluido, uma abordagem de volume de controle funciona melhor para esse
tipo de análise, portanto, aplicaremos o teorema de transporte de Reynolds para determinar a derivada
no tempo antes de aplicarmos a segunda lei de Newton. A quantidade de movimento linear é uma
propriedade extensiva de um fluido, onde , portanto, . Logo, a Equação 4.4torna-se

Agora, substituindo esse resultado na segunda lei de Newton do movimento, obtemos nosso resultado,
a equação da quantidade de movimento linear.
Quantidade de movimento do fluido

❑ ❑
𝜕
∑ 𝜕𝑡 ∫ ∫
𝐹= 𝑉𝜌𝑑𝑉+ 𝑉𝜌𝑉∙𝑑𝐴(6. 1 )
𝑣𝑐 𝑠𝑐
Quantidade de movimento do fluido
o Escoamento em regime permanente

Se o escoamento for em regime permanente, então nenhuma mudança local da quantidade de


movimento ocorrerá dentro do volume de controle, e o primeiro termo da direita da Equação 6.1 será
igual a zero. Portanto,

Escoamento em
regime permanente

Além disso, se tivermos um fluido perfeito, então é constante e o cisalhamento viscoso é zero. Assim,
a velocidade será distribuída uniformemente pelas superfícies de controle abertas, e, portanto, a
integração da Equação 6.2 resulta em
Quantidade de movimento do fluido

Escoamento perfeito
em regime permanente
Exemplos
o Exemplo 6.1: A extremidade de um tubo é tampada com um redutor, como mostra a Figura 6.2a.
Se a pressão d’água dentro do tubo em A é 200 kPa, determine a força de cisalhamento que a cola
nas laterais do tubo exerce sobre o redutor para mantê-lo no lugar. (Considere regime
permanente)
Exemplos

Exemplo 6.3: O ar escoa pelo duto na Figura 6.4a de modo que, em A, ele possui uma temperatura de
30°C e uma pressão absoluta de 300 kPa, enquanto, devido ao resfriamento, em B ele tem uma
temperatura de 10°C e uma pressão absoluta de 298,5 kPa. Se a velocidade média do ar em A é 3 m/s,
determine a força de cisalhamento resultante que atua ao longo das paredes do duto entre esses dois
locais.
Aplicações para corpos com velocidade constante

o Para alguns problemas, uma pá pode estar se movendo com velocidade constante, e quando isso
acontece, as forças sobre a pá podem ser obtidas selecionando o volume de controle de modo que
se mova com o corpo. Se isso acontecer, os termos da velocidade e da vazão mássica na equação
da quantidade de movimento são então medidos em relação a cada superfície de controle, de
modo que , e, portanto, a Equação 6.1 torna-se

Com essa equação, a solução é simplificada, pois o escoamento parecerá ser um escoamento em
regime permanente relativo ao volume de controle, e o primeiro termo no lado direito será zero.
Exemplos

Exemplo 6.6: A caminhonete na Figura 6.7a está se movendo para a esquerda a 5 m/s contra um jato
d’água com 50 mm de diâmetro, que possui uma descarga de 8 litros/s. Determine a força dinâmica
que o jato exerce sobre a caminhonete se ele for desviado pelo para-brisa, conforme mostra a figura.

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