1 As Fragilidades Dos Sistemas Agrários 21 22

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As áreas rurais

em mudança

Geografia 11º
4

Espaço rural, Espaço agrário, Espaço agrícola

Espaço rural

Espaço agrário

Espaço
agrícola

07-03-2022 2
3
Espaço rural

Espaço agrário
Espaço agrícola Espaço
agrícola
• Ocupado apenas pelos campos de cultivo – produção
agrícola vegetal e animal

07-03-2022 3
2
Espaço rural

Espaço agrário
Espaço agrário Espaço
agrícola
• Engloba o espaço
agrícola, a
superfície florestal,
os terrenos
incultos e as
estruturas de apoio
à exploração
agrícola

07-03-2022 4
1
Espaço rural

Espaço agrário
Espaço rural Espaço
agrícola
• Espaço reconhecidamente
com características que
opõem o campo à cidade:
– Predomínio de população
ativa no setor I
– Menor dimensão dos
povoados
– Baixa densidade populacional
– Predominância do natural
sobre a artificialização
….
Além das atividades agrícolas existem também atividades
ligadas à silvicultura, pecuária, turismo, artesanato,
07-03-2022
produção de energias renováveis. 5
0

SAU – Superfície Agrícola Utilizada


• Constituída pelas
- terras aráveis (inclui
as culturas
temporárias e o
pousio),
- culturas
permanentes,
- pastagens
permanentes e
- horta familiar
07-03-2022 6
0

SAU – Superfície Agrícola Utilizada


é ocupada com diferentes culturas e engloba

Terras aráveis Culturas Pastagens


permanentes permanentes
Terras cultivadas destinadas à produção Ocupam o solo por Áreas onde são
vegetal, terras que sejam mantidas em um longo período semeadas espécies
de tempo e por um período
boas condições agrícolas e terras fornecem repetidas superior a 5 anos,
ocupadas por estufas ou cobertas por colheitas. destinadas a
estruturas fixas ou móveis. Olival, Vinha, pastagens do gado..
pomares.
Culturas temporárias Pousio
Aquelas cujo ciclo Áreas incluídas no
vegetativo não excede afolhamento ou
rotação, trabalhadas
Horta familiar
um ano (anuais) e as que
não sendo anuais são ou não, sem dar Superfície ocupada com produtos
ressemeadas com colheita durante o hortícolas ou frutos destinados ao
intervalos que não ano agrícola, tendo autoconsumo.
em vista o
excedem os cinco anos.
07-03-2022 melhoramento da 7
terra.
2

Estrutura agrária
• Conjunto de elementos existentes numa paisagem
rural, quer visíveis (povoamento, morfologia agrária e
sistema de cultura), quer não passíveis de
observação direta (estrutura fundiária, tipo de
exploração agrícola)

07-03-2022 8
1

Estrutura agrária
• Morfologia agrária
– Dimensão e a Forma das parcelas cultivadas.
• Sistema de cultura
– Associação de plantas/Variedade cultural
• Monocultura/policultura
– Técnicas utilizadas
• Rotação de culturas
• Pousio
• Tradicionais /modernas
– Modo de ocupação da terra/Aproveitamento da terra
• Regime extensivo/ Regime intensivo
– Necessidade de água
• Sequeiro/ regadio

07-03-2022 9
Morfologia agrária

07-03-2022 10
Variedade cultural e Técnicas usadas

07-03-2022 11
Técnicas usadas

07-03-2022 12
– SISTEMA DE CULTURAS

O sistema intensivo caracteriza-se:

Pela ocupação intensiva dos campos, isto é, o solo é total e continuamente ocupado
durante o ano;

Por uma grande diversidade de culturas, isto é, pelo predomínio da policultura,


sobretudo nos sistemas mais tradicionais;

Por ser praticado em áreas de solo fértil, de relevo acidentado e de elevada


pluviosidade, estando associado a culturas de regadio;

Por utilizar uma mão de obra numerosa;

Por registar custos de produção elevados, devido à elevada mão de obra e à


diversificação de equipamentos agrícolas;

Por predominar em áreas de povoamento disperso.


07-03-2022 13
– SISTEMA DE CULTURAS

O sistema extensivo caracteriza-se:

Pela ocupação descontínua dos campos, isto é, o solo não tem uma ocupação
permanente e contínua durante o ano, estando, no geral, associado ao regime de
afolhamento com rotação de culturas;

Pelo predomínio da monocultura;

Por ser praticado em áreas de solo pouco férteis, de relevo mais plano e de fraca
pluviosidade, estando associado a culturas de sequeiro;

Por utilizar uma mão de obra pouco numerosa, dado que está associado a uma
agricultura mecanizada;

Por registar custos de produção baixos, devido à pouca mão de obra e à simplificação
das operações culturais;

Por predominar
07-03-2022 em áreas de povoamento concentrado. 14
– SISTEMA DE CULTURAS

O sistema intensivo caracteriza-se: O sistema extensivo caracteriza-se:

O solo é total e continuamente ocupado O solo não tem uma ocupação permanente e
durante o ano; contínua durante o ano, estando, no geral,
associado ao regime de afolhamento com
rotação de culturas;
Predomínio da policultura, sobretudo nos
sistemas mais tradicionais; Pelo predomínio da monocultura;

Solo fértil, de relevo acidentado e de Solo pouco férteis, de relevo mais plano e de
elevada pluviosidade, estando associado a fraca pluviosidade, estando associado a
culturas de regadio; culturas de sequeiro;

Utilizar mão de obra pouco numerosa, dado


Utilizar mão de obra numerosa; que está associado a uma agricultura
mecanizada;
Por registar custos de produção elevados, Por registar custos de produção baixos, devido
devido à elevada mão de obra e à à pouca mão de obra e à simplificação das
diversificação de equipamentos agrícolas; operações culturais;
Por predominar em áreas de povoamento Por predominar em áreas de povoamento
disperso.
07-03-2022
concentrado. 15
0

Estrutura agrária
• Povoamento
– Concentrado, disperso, linear, misto
• Estrutura fundiária
– Tamanho e forma das propriedades rurais
• Microfúndio (< 1 ha)
• Minifúndio (<5 ha)
• Latifúndio (> 50 ha)
• Exploração agrícola
– Parcelas agrícolas exploradas – apenas a SAU se destina à
produção
PÁG.13

07-03-2022 16
Tipos de povoamento

Concentrado Misto

07-03-2022 Linear Disperso 17


Estrutura fundiária

Microfúndio

07-03-2022 Minifúndio Latifúndio 18


0

Fatores que influenciam áreas rurais


• Naturais • Humanos
– Clima – Influência histórico-cultural
– Estrutura fundiária
– Relevo e altitude
– Formas de exploração
– Natureza e tipo de solo – Objetivo da produção
• Rendimento agrícola
– Política Agrícola Comum
– Caraterísticas da mão de obra
• Nível etário
• Nível de instrução e
qualificação
• Pluriatividade e
plurirrendimento
• Mão de obra agrícola

07-03-2022 19
1

As características da mão-de-obra agrícola

• Evolução da população agrícola


• Nível etário
• Nível de instrução e qualificação profissional
• Pluriatividade e plurirrendimento

Pág. 20

07-03-2022 20
0
As características da mão-de-obra agrícola

• A população agrícola representa menos de 3% da


população ativa
• É uma população envelhecida
• Apresenta baixas qualificações (quase metade
apenas cumpriu o 1º ciclo)
• Apenas 10% têm formação específica na agricultura
• 83% dos agricultores têm como principal fonte de
rendimentos outras atividades

07-03-2022 21
12

Regiões Agrárias
• Áreas geográficas que
se distinguem pela sua
homogeneidade,
quanto aos fatores:
– Físicos
• Clima, relevo, solos
– Humanos
• Densidade populacional,
dimensão da
propriedade, qualificação
da mão de obra, hábitos e
costumes…

07-03-2022 22
Pág. 9 esquema - exercícios
Regiões Agrárias

Entre Douro e Minho


Estrutura Agrária
Dimensão das propriedades Minifúndio
Vedação Campo fechado
Ocupação do solo Intensivo
Associação de culturas Policultura
Técnicas agrícolas Tradicional; regadio
Culturas temporárias Cereais (milho)
Culturas permanentes Vinha
Pecuária Gado bovino (intensivo)
Tipo de exploração Conta própria
Povoamento Disperso

07-03-2022 23
Regiões Agrárias

Trás-os-Montes
Estrutura Agrária
Dimensão das propriedades Média dimensão
Vedação Campo aberto
Ocupação do solo Extensivo (afolhamento trienal)
Associação de culturas Monocultura
Técnicas agrícolas Tradicional; sequeiro; socalcos
Culturas temporárias Cereais (centeio), batata
Culturas permanentes Vinha, Olival, Souto (castanheiro), Amendoeira
Pecuária Gado ovino e caprino (extensivo)
Tipo de exploração Conta própria
Povoamento Aglomerado

07-03-2022 24
Regiões Agrárias

Beira Litoral
Estrutura Agrária
Dimensão das propriedades Minifúndio
Vedação Campo fechado
Ocupação do solo Intensivo e Extensivo (arroz)
Associação de culturas Policultura e Monocultura (arroz e milho)
Técnicas agrícolas Tradicional e Moderno (arroz)
Culturas temporárias Cereais (milho)
Culturas permanentes Vinha
Pecuária Gado ovino, suíno e bovino (intensivo)
Tipo de exploração Conta própria
Povoamento Disperso (litoral) e Aglomerado (interior)

07-03-2022 25
Regiões Agrárias

Beira Interior
Estrutura Agrária
Dimensão das propriedades Média dimensão
Vedação Campo aberto e campo fechado
Ocupação do solo Extensivo (afolhamento)
Associação de culturas Monocultura
Técnicas agrícolas Tradicional e Moderno
Culturas temporárias Cereais (milho e centeio), tabaco, girassol
Culturas permanentes Vinha, cerejeira, olival
Pecuária Gado ovino e caprino (extensivo)
Tipo de exploração Conta própria
Povoamento Aglomerado

07-03-2022 26
Regiões Agrárias

Ribatejo e Oeste
Estrutura Agrária
Dimensão das propriedades Média dimensão e Latifúndio
Vedação Campo aberto
Ocupação do solo Intensivo
Associação de culturas Monocultura (arroz, tomate, milho, vinha, fruta)
Técnicas agrícolas Moderno
Culturas temporárias Cereais (milho e arroz), batatas, hortícolas
Culturas permanentes Vinha, árvores de fruto
Pecuária Gado ovino e suíno (intensivo) e bovino (extensivo)
Tipo de exploração Conta própria
Povoamento Misto

07-03-2022 27
Regiões Agrárias

Alentejo
Estrutura Agrária
Dimensão das propriedades Latifúndio
Vedação Campo aberto
Ocupação do solo Extensivo (afolhamento)
Associação de culturas Monocultura
Técnicas agrícolas Moderno
Culturas temporárias Cereais (trigo e arroz), girassol
Culturas permanentes Vinha, olival
Pecuária Gado ovino, suíno e bovino (extensivo)
Tipo de exploração Conta própria e arrendamento
Povoamento Concentrado

07-03-2022 28
Regiões Agrárias

Algarve
Estrutura Agrária
Dimensão das propriedades Pequena e Média dimensão
Vedação Campo aberto (interior) Campo fechado (litoral)
Ocupação do solo Extensivo (interior) e Intensivo (litoral)
Associação de culturas Monocultura (interior) e Policultura (litoral)
Técnicas agrícolas Tradicional (interior) e Moderno (litoral)
Culturas temporárias Hortícolas
Culturas permanentes Frutos secos e citrinos
Pecuária Gado ovino, suíno e caprino (extensivo)
Tipo de exploração Conta própria
Povoamento Aglomerado (serra) e disperso (planície)

07-03-2022 29
Regiões Agrárias

Açores
Estrutura Agrária
Dimensão das propriedades Média dimensão
Vedação Campo fechado
Ocupação do solo Intensivo
Associação de culturas Policultura
Técnicas agrícolas Tradicional
Culturas temporárias Milho, trigo, tabaco e ananás (S. Miguel)
Culturas permanentes Chá, pastagens
Pecuária Gado bovino (extensivo)
Tipo de exploração Conta própria e arrendamento
Povoamento Aglomerado e disperso

07-03-2022 30
Regiões Agrárias

Madeira
Estrutura Agrária
Dimensão das propriedades Microfúndio
Vedação Campo fechado
Ocupação do solo Intensivo
Associação de culturas Policultura
Técnicas agrícolas Tradicional - socalcos
Culturas temporárias Horticultura, floricultura
Culturas permanentes Vinha, bananeira
Pecuária Gado suíno (intensivo)
Tipo de exploração Conta própria
Povoamento Aglomerado e disperso

07-03-2022 31
11

A evolução das explorações agrícolas


Explorações agrícolas em Explorações agrícolas em
Portugal Portugal
70000

5%
5% 60000
17%
4% EDM
TM
50000
BL
BI
11%
RO
40000
ALE
ALG
Açores
30000
21% Madeira
10%
20000

10000
11%

17%
0
EDM TM BL BI RO ALE ALG AçoresMadeira

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 32
11

A evolução das explorações agrícolas

07-03-2022 33
10
A evolução das explorações agrícolas

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

Compara a BL e o Alentejo, quanto à área que ocupam e ao nº de explorações


Descreve a variação do nº de explorações agrícolas de 1999 para 2009.
07-03-2022 34
9

A evolução das explorações agrícolas

Variação do nº de explorações agrícolas 1999-2009


0
Portugal Continente EDM TM BL BI RO ALE ALG Açores Madeira

-5

-10

-15

-20
%

-25

-30

-35

-40

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 35
8
A evolução das explorações agrícolas

• O número de explorações agrícolas diminuiu em média 27%


entre 1999 e 2009
• A redução do nº de explorações agrícolas resultou:
– Do abandono das terras agrícolas
• Pela falta de viabilidade económica o que promoveu a emigração
e o êxodo rural
• Pelo envelhecimento demográfico
• Pela valorização da terra, consequência da pressão urbanística,
desenvolvimento das vias de comunicação, dos equipamentos
sociais e do setor terciário
– Pela absorção das superfícies das pequenas explorações
agrícolas pelas de maior dimensão

07-03-2022 36
7
A evolução das explorações agrícolas

– Situações de exceção (onde a diminuição do nº de


explorações agrícolas não foi muito acentuada,
havendo mesmo o aparecimento de novas
explorações)
• Falta de alternativas profissionais – Interior TM
• Ajudas diretas da PAC, após 2005 e Alqueva - Alentejo
• Açores e Madeira, sustentada nos recursos naturais

07-03-2022 37
6
A evolução das explorações agrícolas

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 38
5
A evolução das explorações agrícolas
SAU - Superfície Agrícola Utilizada por região, 2009
RAM < 1%

3% 6%
2%
12%

3%

9%

53%
11%

EDM TM BL BI RO ALE ALG Açores Madeira


INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 39
4
A evolução das explorações agrícolas

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 40
Gráfico 7 pág. 15
3
A evolução das explorações agrícolas

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 41
2
A evolução das explorações agrícolas

São as
grandes
propriedades
que detêm a
maior parte
da SAU

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 42
1
A evolução das explorações agrícolas

Dimensão média das explorações 1999-2009


70

60

50

40

30

20

10

0
Portugal Continente EDM TM BL BI RO ALE ALG Açores Madeira

1999 2009
INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011
07-03-2022 Gráfico 8 pág. 15 43
0
Caraterísticas da SAU e das explorações agrícolas

• Predominância de explorações irregulares,


fragmentadas e de pequena dimensão - minifúndios
– Maior redução no número de explorações
• O Alentejo regista a maior área de SAU
• Aumento do nº de explorações de maior dimensão
• As regiões com o maior nº de explorações são
também as que concentram as explorações de
menor dimensão

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 44
0

A solução para o problema da estrutura fundiária (predominam


as explorações fragmentadas e de pequena dimensão) passa
pelo EMPARCELAMENTO das explorações agrícolas.

Redimensionamento das explorações. Junção de várias


parcelas de diferentes proprietários numa só, passando a ser
cultivadas por um único agricultor. Tem como objetivo a
mecanização das tarefas e o aumento da produtividade.
Antes Depois

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 Emparcelamento rural (exemplo) 45
0
O que já é visível em Portugal, pois…
• Segundo o INE registou-se:
- diminuição do nº de explorações em resultado não só - da
baixa rentabilidade, da crescente urbanização do território, da
dificuldade em atrair os jovens para as áreas rurais,
- mas também da absorção das explorações de pequena
dimensão pelas de maior dimensão.

- aumento da superfície média das explorações agrícolas, em


resultado, por um lado
- da diminuição do nº de explorações agrícolas de pequena
dimensão, que foram absorvidas pelas explorações de maior
dimensão, o que aponta para o emparcelamento gradual da
estrutura fundiária e, por outro lado, do aumento da superfície das
explorações que se mantiveram em atividade.
INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011
07-03-2022 46
0
Antes Depois

Emparcelamento rural (exemplo)


O emparcelamento tem sido um instrumento usado para corrigir as
deficiências estruturais da agricultura nacional, diminuindo a dispersão
e fragmentação da propriedade, a configuração e a dimensão das
propriedades e introduzindo melhoramentos nas redes viárias e de
drenagem. INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011
07-03-2022 47
0
Antes Depois

Emparcelamento rural (exemplo)


A intervenção ao nível da propriedade rural , para corrigir a excessiva
fragmentação das explorações, é essencial para
- Reduzir os custos de produção
- Aumentar a dimensão económica mecanização de um > nº de
explorações agrícolas aumento da produtividade
- Diminuir a dependência alimentar do exterior .
Permite também tornar a agricultura mais competitiva e orientada para os
mercados e melhorar o nível de vida dos agricultores e das suas famílias.

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 48
4
Modos de exploração da SAU
Formas de exploração da SAU Formas de exploração da SAU
450000 3000000

400000
2500000
350000

300000 2000000
Nº de explorações agrícolas

250000

Hectares
1500000
200000

150000 1000000

100000
500000
50000

0 0
Conta própria Arrendamento Outras formas Conta própria Arrendamento Outras formas

1999 2013 1999 2013

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 49
3
Modos de exploração da SAU

Vantagens Inconvenientes
Conta Própria O proprietário procura: O proprietário pode ter
-Obter um maior rendimento e dificuldades em proceder à
produtividade da terra inovação e modernização das
-Preservar os solos explorações agrícolas
-Investir na melhoria dos -Explorações de pequena
campos dimensão associadas à falta de
-Preservar a paisagem e as meios técnico-financeiros
espécies autóctones -Idade avançada e/ou pouca
-Desenvolver atividades qualificação
complementares à atividade
agrícola
Arrendamento Pode impedir o abandono dos Pouco interesse em preservar o
campos solo:
Aumentar a área de exploração - Maior aproveitanto da terra no
período de contrato

07-03-2022 50
2
Natureza jurídica das explorações agrícolas

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 51
0
Natureza jurídica das explorações agrícolas

• Os produtores singulares predominam, nas


explorações até aos 5 ha, utilizando principalmente
mão de obra familiar. Está associada a explorações de
pequena dimensão.
• As sociedades agrícolas
– Têm uma maior importância nas explorações de
maior dimensão (estando a aumentar)
– Apresentam uma maior produtividade e
competitividade face às outras explorações
• Mecanização e mão de obra qualificada
Em Síntese – pág. 24.
INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 52
25
A ocupação da SAU

• A SAU é constituída por:


– Terras aráveis (culturas temporárias e pousio)
– Culturas permanentes
– Pastagens permanentes
– Horta familiar

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 53
0

SAU – Superfície Agrícola Utilizada


é ocupada com diferentes culturas e engloba

Terras aráveis Culturas Pastagens


permanentes permanentes
Terras cultivadas destinadas à produção Ocupam o solo por Áreas onde são
vegetal, terras que sejam mantidas em um longo período semeadas espécies
de tempo e por um período
boas condições agrícolas e terras fornecem repetidas superior a 5 anos,
ocupadas por estufas ou cobertas por colheitas. destinadas a
estruturas fixas ou móveis. Olival, Vinha, pastagens do gado..
pomares.
Culturas temporárias Pousio
Aquelas cujo ciclo Áreas incluídas no
vegetativo não excede afolhamento ou
rotação, trabalhadas
Horta familiar
um ano (anuais) e as que
não sendo anuais são ou não, sem dar Superfície ocupada com produtos
ressemeadas com colheita durante o hortícolas ou frutos destinados ao
intervalos que não ano agrícola, tendo autoconsumo.
em vista o
excedem os cinco anos.
07-03-2022 melhoramento da 54
terra.
22
A ocupação da SAU

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 55
21
A variação da SAU

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 56
20
A composição da SAU

Composição da SAU em 2009

23%
Culturas temporárias
Pousio
Horta familiar
49% Culturas permanentes
9% Pastagens permanentes

1%
18%

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 57
19
A composição da SAU

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


Mudanças na ocupação do espaço agrícola que mostram uma maior aposta na criação de gado em
detrimento das culturas temporárias mais exigentes em mão de obra.
07-03-2022 58
18
A variação da composição da SAU

• Decréscimo das terras aráveis entre 1999 e 2009


– Volatilidade no mercado das culturas arvenses
– Desproteção gradual do mercado das culturas
arvenses
– Subida dos preços dos meios de produção
– Revisões da PAC
. Disseram a respeito pág. 27

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 59
17
A variação da composição da SAU

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 60
17
A variação da composição da SAU

1. Identifica a região ou 1.
regiões onde mais de a) BL
metade da SAU é b) b) Açores e Alentejo
ocupada com:
a) culturas temporárias 2. TM, Algarve e Madeira
b) Pastagens 3. Açores
permanentes Condições climáticas que
2. Indica as 3 regiões favorecem a formação de
onde a ocupação prados naturais e a criação
dominante são as de gado bovino (leite,
culturas permanentes derivados de leite e carne).
Alentejo
3. Justifica o ocupação Mais de metade tem
predominante da SAU pastagens permanentes
nos Açores e no Alentejo. devido ao maior
investimento na criação de
prados artificiais com
recurso a modernos
sistemas de rega ( bovinos-
carne).
INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 61
16
A variação da composição da SAU

• A repartição regional da SAU é variável devido a:


– Diferente natureza e qualidade dos solos
– Diferenças climáticas
– Diferentes caraterísticas do relevo
– Fatores de ordem económica e social
• Natureza jurídica da exploração agrícola
• Dimensão da propriedade
• Idade e habilitações do agricultor

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 62
15
Composição das culturas permanentes

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 63
14

Quadro
pág.29
07-03-2022 INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011 64
13

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 65
14

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 66
13

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 67
12

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 68
11

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 69
11

INE (Última atualização destes dados: 09 de setembro de 2020)

07-03-2022 70
10

https://tradicional.dgadr.gov.pt/pt/
07-03-2022 https://tradicional.dgadr.gov.pt/pt/ 71
9

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 72
INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011
07-03-2022 73
8

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 74
7

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 75
7

• Apanha tradicional da azeitona

• Apanha mecanizada da azeitona


INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011
07-03-2022 76
https://www.youtube.com/watch?v=3FCUt0p1Q7I
6

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 77
4
Composição das culturas permanentes

• As culturas permanentes e os prados permanentes


constituem 2/3 da SAU nacional
• A cultura da vinha é transversal a todo o território
nacional (27% da SAU das culturas permanentes)
• A oliveira é mais comum no interior e no sul do país
(52% da SAU destinada às culturas permanentes)
• A castanha predomina em Trás os Montes e os
citrinos no Algarve
• Na Beira Interior e o Ribatejo e Oeste predominam os
frutos frescos

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 78
3
Composição das culturas temporárias

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 79
2

Quadro pág.28

07-03-2022 INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011 80


1

07-03-2022 INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011 81


0
Composição das culturas temporárias

• Os prados temporários e as culturas forrageiras


predominam no Alentejo e em Entre Douro e Minho
• Os cereais predominam no Alentejo e no Ribatejo e
Oeste
• As restantes culturas temporárias encontram-se
repartidas pelo país, com exceção:
– Culturas industriais no Alentejo
– Culturas hortícolas e florícolas no Ribatejo e Oeste

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 82
22
Explorações agrícolas

OTE- Orientação técnico-económica


Frutos de
A OTE de uma exploração casca rija
determina-se avaliando a
contribuição de cada cultura
para a soma do valor total
dessa exploração.

OTE especializada é aquela em


que o valor da produção total
provém maioritariamente de uma
única cultura.

citrinos
INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011
07-03-2022 83
22
Explorações agrícolas
Em 2009, verifica-se uma
tendência de especialização, 67%
das explorações agrícolas
dedicavam-se maioritariamente a
uma única cultura.

A especialização produtiva
apresenta vantagens para os
produtores:
 Simplifica o trabalho agrícola;
 Exige menor diversidade de
máquinas e equipamentos;
 Reduz os custos de
produção;
 Aumenta a produtividade e
os rendimentos dos
INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011
agricultores.
07-03-2022 84
21
Explorações agrícolas

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 85
19

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 86
17

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 87
16

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 88
15

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 89
14

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 90
13

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 91
12

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 92
11

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 93
10
Produção animal

• Grande ligação à agricultura uma vez que cerca de


49% da SAU é ocupada por pastagens permanentes
– Alguns incultos e pousios são também destinados
à pastagem

• Assume a forma de pecuária intensiva (no litoral


norte e centro) ou extensiva (no interior e no
Alentejo)

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 94
9
Produção animal

• A produção de bovinos tem maior expressão no


Alentejo (produção de carne) e em Entre Douro e
Minho e Açores(produção leiteira)

• O Ribatejo e Oeste tem as maiores


suiniculturas(produção intensiva). No Alentejo a
produção de suínos é feita de forma extensiva
(pastagens)

• A produção de ovinos concentra-se no Alentejo e na


Beira Interior (onde predomina a produção de leite)
INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 95
8
Produção animal

• A produção de caprinos está dispersa a nível


nacional. Os maiores efetivos encontram-se no
Alentejo e nas Beiras (Interior e Litoral). A produção
de leite representa cerca de 50% dos efetivos
caprinos

• A produção de aves concentra-se no litoral.

Tabela – regiões agrárias

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 96
7
Silvicultura

07-03-2022 97
7
Silvicultura

07-03-2022 98
7
Silvicultura Distribuição dos usos do solo em Portugal
Continental em 2010

ICNF, Inventário da Floresta Nacional, 2013, Resultados Preliminares

07-03-2022 99
7

07-03-2022 100
5
Evolução dos usos do solo

Razões da diminuição da área de


floresta:
- Conversão de parte dessa área
para pastagens, uso urbano

- Flagelo dos incêndios

- Algumas doenças que têm


afetado, por exemplo o pinhal
bravo (processionária)
obrigando a cortes
excepcionais.

ICNF, Inventário da Floretsa Nacional, 2013, Resultados Preliminares


07-03-2022 101
5
Evolução dos usos do solo

07-03-2022 102
5
Evolução dos usos do solo

Incêndios de 2017 e 2018 afetaram 264 mil ha de área arborizada


Realça o Relatório Sumário que “o IFN6 caracteriza o estado da floresta em 2015 o qual é
forçosamente diferente da sua situação atual, em consequência da dinâmica própria dos
ecossistemas florestais e, em particular, dos severos incêndios rurais de 2017 e de 2018
07-03-2022
(Monchique)”. 103
7
Silvicultura

Distribuição espacial da
floresta portuguesa

07-03-2022 104
4
Áreas das espécies florestais, 2010

ICNF, Inventário da Floretsa Nacional, 2013, Resultados Preliminares


07-03-2022 105
4
Áreas das espécies florestais, 2019

ICNF, 6º Inventário da Floresta Nacional, 2019


07-03-2022 106
3
Evolução da ocupação florestal, 1995-2010

ICNF, Inventário da Floretsa Nacional, 2013, Resultados Preliminares


07-03-2022 107
2
Alteração das áreas de pinheiro bravo, 1995-2010

ICNF, Inventário da Floretsa Nacional, 2013, Resultados Preliminares


07-03-2022 108
1
Alteração das áreas de eucalipto, 1995-2010

ICNF, Inventário da Floretsa Nacional, 2013, Resultados Preliminares


07-03-2022 109
0
Silvicultura

• O uso florestal é o uso dominante do território


continental (36% em 2015)
• A área florestal diminuiu entre 1995 e 2010 à razão
de -0,3%/ano, devido à conversão de parte desta
área para pastagens e uso urbano. Devido tb aos
incêndios e algumas doenças.
• O eucalipto é a principal ocupação florestal, seguida
do sobreiro e depois o pinheiro bravo
• Há um aumento significativo das manchas de
pinheiro manso (+54%) e do castanheiro (+48%)
https://www.youtube.com/watch?v=43sjoLTfVqU
https://www.youtube.com/watch?v=3FCUt0p1Q7I
07-03-2022 110
• GRAU DE AUTO-APROVISIONAMENTO

– Coeficiente, traduzido em percentagem, dado pela


razão entre a produção interna e o consumo
interno. Mede, para um dado produto, o grau de
dependência de um território relativamente ao
exterior (necessidade de importação) ou a sua
capacidade de exportação.

Pág. 24

07-03-2022 111
100
120
140
160
180

0
20
40
60
80
1992 / 1993

07-03-2022
1993 / 1994
1994 / 1995
1995 / 1996
1996 / 1997
1997 / 1998
1998 / 1999
1999 / 2000
2000 / 2001
2001 / 2002
2002 / 2003
2003 / 2004
2004 / 2005
2005 / 2006
2006 / 2007
2007 / 2008
2008 / 2009
2009 / 2010
2010 / 2011
2011 / 2012
2012 / 2013
2013 / 2014
2014 / 2015
Vinho

Azeite

Hortícolas
Grau de aprovisionamento de produtos agrícolas

Total de frutos
Total de carnes

Total de cereais

Gráf 20. pág 24


Gráf 21. pág 25
Leite e produtos lácteos

112
7
7

07-03-2022 113
7

07-03-2022 114
6
Comércio internacional dos produtos agrícolas e agroalimentares

07-03-2022 115
6
Comércio internacional dos produtos agrícolas e agroalimentares

07-03-2022 116
5

A Balança Comercial dos produtos agrícolas e agroalimentares continua deficitária, devido:

• Insuficiência da produção nacional


• A maior competitividade dos produtos oriundos de
outros Estados-membros, que têm preços mais
competitivos
• A livre circulação de mercadorias no espaço
comunitário, que promove o aumento das importações
• Melhoria das redes e dos meios de transporte que
facilitam a comercialização dos produtos.

07-03-2022 117
4
Problemas estruturais da agricultura portuguesa

• Condições naturais
– Solos pobres
– Verões quentes e secos
• Explorações agrícolas
– Diminuição do número de explorações agrícolas
– Predomínio de explorações de pequena dimensão
– Elevada fragmentação das explorações

07-03-2022 118
3
Problemas estruturais da agricultura portuguesa

• Modo de exploração
– Predomínio de agricultores singulares por conta
própria
– Desadequação entre a ocupação do solo e as suas
aptidões
• Ao nível da aptidão dos solos (pág. 32)
• Ao nível das práticas desadequadas (pág. 33)

07-03-2022 119
2
Problemas estruturais da agricultura portuguesa

• População agrícola
– Diminuição do número de agricultores
– Baixo nível de instrução e de formação profissional
– Forte envelhecimento da população agrícola

07-03-2022 120
1
Problemas estruturais da agricultura portuguesa

• Produção e grau de aprovisionamento


– Os produtos hortícolas, a vinha e o olival
constituem as principais produções agrícolas
– Há um baixo grau de autoaprovisionamento
agrícola, exceto no vinho e azeite (>100%); os
hortícolas, ovos e frutos frescos (registam níveis
próximos da autossuficiência).
– A Balança Comercial agrícola é altamente deficitária

07-03-2022 121
0
Problemas estruturais da agricultura portuguesa

• Resumo
– Os problemas estruturais são um grande entrave à
modernização e inovação da agricultura portuguesa,
que apresenta baixos rendimentos e fracas
produtividades agrícolas, que por seu turno
conduzem à fraca competitividade do setor e à
elevada dependência externa no que concerne aos
produtos agrícolas.
Pág 24

07-03-2022 122
Superfície agrícola

• Culturas temporárias
As culturas cujo ciclo vegetativo não excede um ano e as que ocupam as terras num
período inferior a cinco anos. Inclui:

– Culturas arvenses - as culturas cujo ciclo não excede um ano, geralmente integradas
num sistema de rotação de culturas, incluindo as culturas de cereais para produção
de grão, as oleaginosas, as proteaginosas e outras culturas arvenses;
– Culturas hortícolas ao ar livre - as culturas hortícolas cultivadas ao ar livre, quer se
destinem à indústria quer ao consumo em fresco bem como as culturas hortícolas
destinadas ao auto consumo, incluindo a batata;
– Floricultura ao ar livre - incluem-se as áreas destinadas à produção ao ar livre, de
flores e folhagens para corte, plantas em vasos ou sacos e vários tipos de
transplante;
– Culturas forrageiras - prados temporários semeados e espontâneos, para corte e ou
pastoreio e por um período inferior a cinco anos, bem como outras culturas
forrageiras;
– Outras culturas temporárias - incluem-se as culturas que não se inserem nos níveis
anteriormente definidos.
INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 123
Superfície agrícola

• Culturas permanentes
– As culturas não integradas em rotação, com exclusão das pastagens
permanentes, que ocupam as terras por cinco ou mais anos e dão origem a
várias colheitas e que apresentam um determinada densidade de
plantação. Inclui:

– Culturas frutícolas - conjuntos de árvores destinados à produção de frutos;


– Vinha - superfície plantada com vinha em cultura estreme ou consociada
em que a vinha é predominante, igual ou superior a 60% da superfície da
parcela;
• Outras culturas permanentes
– Misto de culturas permanentes - a superfície ocupada com várias espécies
de culturas permanentes não se verificando a dominância de qualquer
espécie;
– Outras culturas permanentes - incluem-se nesta categoria outras culturas
permanentes estremes como a cultura da cana.
INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 124
Superfície agrícola

• Pastagem permanente
– As terras ocupadas com erva ou outras forrageiras herbáceas, quer
semeadas quer espontâneas, por um período igual ou superior a cinco anos
e que não estejam incluídas no sistema de rotação da exploração, conforme
previsto no n.º 2 do artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 796/2004, inclui:

– Pastagem permanente natural - as terras ocupadas com erva ou outras


forrageiras herbáceas, espontâneas, por um período igual ou superior a
cinco anos e que não estejam incluídas no sistema de rotação da
exploração, conforme previsto no n.º 2 do artigo 2.º do Regulamento (CE)
n.º 796/2004, incluindo a pastagem permanente natural melhorada;
– Pastagem permanente semeada - as terras ocupadas com erva ou outras
forrageiras herbáceas, semeadas, por um período igual ou superior a cinco
anos e que não estejam incluídas no sistema de rotação da exploração,
conforme previsto no n.º 2 do artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º
796/2004.
INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 125
Superfície agrícola

• Outras superfícies agrícolas


– Pousio - a superfície que esteve destinada à produção
vegetal, não produziu qualquer colheita durante o ano
agrícola, e que no ano em curso é mantida em boas
condições agrícolas e ambientais, incluindo todos as
superfícies em pousio inseridas ou não numa rotação;
– Culturas protegidas - a superfície ocupada com culturas
semeadas ou plantadas dentro de estufins e ou estufas
ou sujeitas a qualquer tipo de forçagem;
– Outras superfícies agrícolas - incluem-se as superfícies
que não estão contempladas nos vários níveis da
superfície agrícola.
INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 126
Evolução da população agrícola

População empregada na agricultura (produção


animal, caça e agricultura)
60.0

50.0
População residente empregada (%)

40.0

30.0

20.0

10.0

0.0
1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

INE, Estatísticas Agrícolas 2015

07-03-2022 127
Evolução da população agrícola

De acordo com os resultados dos Censos 2011, a população empregada com atividade
económica na agricultura, produção animal, caça e silvicultura, era de 120 230
indivíduos, o que representa cerca de 2,8% da população empregada em Portugal.

Em termos evolutivos, face aos Censos 2001, o emprego recuou 44,2% nesta atividade
económica, o que significa que a atividade perdeu 95 368 efetivos durante a década.

A maior parte da população empregada na atividade económica da agricultura,


produção animal, caça e silvicultura, trabalhava por conta de outrem, (51,9%),
seguindo-se os trabalhadores por conta própria (23,1%) e os empregadores (18,1%).

Em termos da população empregada, esta atividade económica assumiu maior


importância no Alentejo, com 9,2% da população empregada, e na Região Autónoma
dos Açores, com 6,8%.

INE, Estatísticas Agrícolas 2017

07-03-2022 128
Evolução da população agrícola
• População agrícola é constituída predominantemente pelo
agricultor e pela sua família
• Diminuição da população agrícola, devido
– Diminuição do nº de explorações agrícolas e dos agregados
familiares
– Progressos tecnológicos (mecanização)
– Êxodo rural
– Envelhecimento da população
– Pouca atratividade da agricultura

07-03-2022 129
Idade da população agrícola

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 130
Idade da população agrícola

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 131
Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas | 2016

Entre 2009 e 2016 assistiu-se a um aumento da média de idades do produtor, que passou dos
63 em 2009 para os 65 anos em 2016.
Regionalmente, os produtores algarvios destacam-se como os mais velhos (com uma média
de idades de 69 anos) e os açorianos como os mais novos (57 anos).
07-03-2022 132
Idade da população agrícola

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 133
Nível de instrução e de qualificação profissional

Produtor agrícola por nível de instrução


4%
4%

22%
Nenhum
Básico
Secundário
Superior

70%

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 134
Nível de instrução e de qualificação profissional

Produtor agrícola por nível de instrução


40.00

35.00

30.00

25.00

20.00

15.00

10.00

5.00

0.00
<35 35 <45 45 <65 >=65

Nenhum Básico Secundário Superior

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 135
Nível de instrução e de qualificação profissional

Produtor agrícola por nível de instrução


120

100

80

60

40

20

0
<35 35 <45 45 <65 >=65

Nenhum Básico Secundário Superior


INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 136
Nível de instrução e de qualificação profissional

• Gráfico 16. pág. 22

07-03-2022 INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011 137


Pluriatividade e Plurirrendimento
Origem do rendimento do agregado doméstico do produtor
100%

90%

80%

70%

60%
Principalmente de origem exterior à exploração
50% Principalmente da atividade da exploração
40% Exclusivamente da atividade da exploração

30%

20%

10%

0%
l e BL BI E G es a
ga nt ED
M TM RO AL AL or eir
tr u ne ç ad
Po nti A M
Co

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011

07-03-2022 138
Pluriatividade e Plurirrendimento

07-03-2022 Livro 23 gráficos 139


Pluriatividade e Plurirrendimento

INE, Recenseamento Agrícola 2009, edição 2011


07-03-2022 140
As influências do clima

07-03-2022 141
As influências
do clima

07-03-2022 142
As influências do clima

07-03-2022 143
As influências do clima

07-03-2022 144
As influências do
relevo e da
altitude

07-03-2022 145
As influências do relevo e da altitude

07-03-2022 146
Natureza e tipo de solos

07-03-2022 147
Natureza e tipo de solos

CARACTERÍSTICAS
GEOLÓGICAS
(substrato rochoso)

A FERTILIDADE DOS
RELEVO CLIMA
SOLOS DEPENDE DE...

FERTILIZAÇÃO E
CORREÇÃO DO
SOLO PELO
HOMEM

07-03-2022 148
Natureza e
tipo de solos
De um modo geral, em
Portugal

Os solos são pouco férteis, o


que afeta os rendimentos
agrícolas.

São escassos os solos que


apresentam uma boa aptidão
agrícola.

Comparar com o mapa


pág. 6 e identificar 2
regiões agrárias cujo solo
tem maior aptidão para
fins agrícolas.
R:07-03-2022
BL; RO; peq. àrea EDM 149
Estrutura fundiária Sul
Norte

Grande fragmentação da propriedade. Fraca fragmentação da propriedade.


Minifúndios Latifúndios
Últimos anos: alterações na estrutura fundiária das regiões agrárias do país – diminuição do
nº de explorações de menor dimensão.
- Existem muitas propriedades excessivamente pequenas e um pequeno nº de propriedades
muito grandes. - Escassez de propriedades de média dimensão.
- A dimensão média da propriedade varia entre valores inferiores a 5 hectares-
minifúndios.
07-03-2022 150
Formas de exploração

• Exploração por conta própria


– Média 72% em Portugal
• Algumas regiões superiores a 80% (Madeira, Algarve, Norte)
• Exploração por arrendamento
– Alguma importância nos Açores (47,7%) e no Alentejo
(27,8%)
• Açores – relacionado com a emigração
• Alentejo – reduzido nº de proprietários que muitas vezes não
vivem na região

PÁG.18

07-03-2022 151
Objetivos da produção

Produção para Autoconsumo Produção para os Mercados


Pág. 12

Consoante o objetivo (autoconsumo ou mercado)a forma como se ocupa e organiza a


terra é diferente – fator humano influente na agricultura.
07-03-2022 152
PAC – Política Agrícola Comum

• Condiciona a escolha de espécies e as quantidades


a cultivar
• Condiciona as práticas agrícolas, como a utilização
de produtos químicos
• Incentiva a modernização, a reconversão da
agricultura através de incentivos financeiros

Pág. 12

07-03-2022 153
Morfologia agrária

07-03-2022 154
Variedade cultural e Técnicas usadas

07-03-2022 155
Tipos de povoamento

Concentrado Misto

07-03-2022 Linear Disperso 156


Estrutura fundiária

Microfúndio

07-03-2022 Minifúndio Latifúndio 157


Rega por pivot

07-03-2022 158

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