Jogos e Brincadeiras
Jogos e Brincadeiras
Jogos e Brincadeiras
Definir jogo não é uma tarefa fácil. Para cada um ele pode representar uma coisa.
- faz de conta: situação imaginária;
- jogo de xadrez: regras padronizadas;
- brincar na areia: sentir prazer em escorrer pelas mãos;
- construir um barquinho: representação mental do objeto.
questionamentos:
Qual a diferença entre um jogo de futebol profissional e um de várzea? Seria a falta de rigor no cumprimento das
regras ou o prazer manifesto no jogo coletivo? Ou ambos.
JOGO
1. O resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social;
2. Um sistema de regras; e
3. Um objeto.
1. O resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social
É este o aspecto que nos mostra por que, dependendo do lugar e da época, os jogos assumem
significações distintas. (Ex: arco e flecha do índio).
2. Um sistema de regras
No segundo caso, um sistema de regras permite identificar, em qualquer jogo, uma estrutura
sequencial que especifica sua modalidade.
São regras do jogo que distinguem, por exemplo, jogar buraco ou tranca, usando o mesmo objeto, o
baralho.
3. Um objeto
O jogo enquanto objeto. Seja em papelão, madeira, plástico.
Os três aspectos citados permitem uma primeira compreensão do jogo, diferenciando
significados atribuídos por culturas diferentes, pelas regras e objetos que o caracterizam.
O BRINQUEDO
O brinquedo supõe uma relação íntima com a criança e uma indeterminação quanto ao
uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização.
CULTURA
(cada cultura tem sua maneira de educar e tratar uma criança)
A criança era vista como um ser inacabado, uma miniatura do homem e foi no século XVIII que Rousseau
defende a especificidade infantil, como portadora de uma natureza que precisa ser desenvolvida.
O adulto, em momentos específicos, projeto a sua infância na criança, principalmente quando trata-se de
um brinquedo em especifico.
A infância é expressada por um brinquedo, expressa seus valores, modos de pensar e agir.
As cantigas passadas de geração para geração. Devaneios que retomam as lembranças da infância, nosso
sonhos, ideias e vontades.
“Cai cai balão, cai cai balão, na Rua do Sabão!” (Manoel Bandeira, 1986).
O brinquedo não pode ser reduzido à pluralidade de sentidos do jogo, pois tem uma dimensão material,
cultural e técnica.
Uma ramificação do jogo em uma família, com múltiplas espécies e seus parentescos.
CARACTERÍSTICAS DO JOGO
HUIZINGA- O jogo, como elemento da cultura, omite os jogos de animais e analisa apenas os produzidos
pelo meio social apontando características: o prazer, a liberdade, a separação dos fenômenos do cotidiano, as
regras, o caráter fictício, entre outros.
VYGOTSKY- para ele em certos casos há esforço e desprazer na busca do objetivo da brincadeira. A
psicanálise se ancora nisso.
Para Huizinga, quando uma pratica é imposta à criança, deixa de ser jogo. A criança quando
brinca, entra em um mundo imaginário.
No jogo, nunca se sabem os rumos da ação do jogador, que dependerá, sempre, de fatores
internos, de motivações pessoais e de estímulos externos.
ESTUDOS SOBRE O COMPORTAMENTO DA CRIANÇA NA AÇÃO DO JOGAR.
5. livre escolha: o jogo infantil só pode ser jogo quando escolhido livre e espontaneamente pela criança.
6. controle interno: os próprios jogadores determinam o desenvolvimento dos acontecimentos.
Autores que assinalam pontos comuns como elementos que interligam a grande família dos
jogos:
1. liberdade de ação do jogador ou o caráter voluntário, de motivação interna e episódica da ação lúdica
2. regras (implícitas ou explícitas);
3. relevância do processo de brincar (o caráter improdutivo), incerteza de resultados;
4. não-literalidade, reflexão de segundo grau, representação da realidade, imaginação e
5. contextualização no tempo e no espaço.
Características que permitem identificar fenômenos que pertencem à grande família dos jogos.
As relações entre o jogo infantil e a educação: paradigmas