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A Princesa e o Sal

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A Princesa e o Sal

Era uma vez, num reino muito distante, um rei viúvo que tinha três filhas de
quem gostava muito.

O seu amor por elas era tão forte que, um dia decidiu perguntar-lhes o quanto
gostavam dele.

As filhas ficaram admiradas, mas depois de pensarem um pouco, concordaram


em exprimir-lhe esse sentimento.

 Eu quero mais ao meu pai do que as plantas ao Sol.  falou a filha mais velha.

 Eu quero tanto ao meu pai quanto os peixes querem ao mar.  respondeu,


por sua vez, a filha do meio.
A mais nova, chegada a sua vez, disse:

 Eu quero mais a meu pai do que a comida quer ao sal.

O rei ficou muito ofendido e surpreendido pelo que lhe disse a sua terceira filha,
pois achou que ela não gostava dele o suficiente.

E ficou tão zangado que lhe disse:

 Vejo que não gostas de mim o suficiente! Por isso vou deixar de te considerar
minha filha. Irás deixar o palácio e nada levarás contigo. Não quero mais saber de ti.
A menina ficou desolada, pois gostava muito do seu pai e nunca
imaginou que ele não a iria compreender.

A chorar, saiu do palácio e procurou onde ficar. Perguntou na aldeia se


precisavam de uma criada e indicaram-lhe uma quinta ali próxima.
Ficou a dormir num barracão e a fazer trabalhos muito duros aos quais não
estava habituada.

A menina tratava dos porcos, limpava as capoeiras e os currais, ia para o


campo, esfregava e limpava tudo. Ainda por cima era maltratada pelos patrões.

À noite chorava e tinha esperança de voltar para casa.


Certo dia, correu a notícia de que no palácio precisavam de uma cozinheira. Como
estava farta que a tratassem mal, a menina foi tentar a sua sorte no palácio.

Foi escolhida entre muitas candidatas e começou imediatamente a trabalhar na


cozinha.
A menina, como era muito inteligente, aprendeu depressa as tarefas que lhe ensinaram e,
logo se tornou uma das melhores ajudantes da cozinheira.

Passaram-se muitos anos e tudo corria bem, quando um dia, a cozinheira adoeceu.
Infelizmente ,isto aconteceu na altura em que o rei ia dar uma grande festa, para
festejar o aniversário da sua filha mais velha. Como a cozinheira estava doente, foi a
princesa que ficou responsável por cozinhar o jantar da festa.

A princesa disse que não se importava de ficar com essa responsabilidade, mas que
tinham que servir os pratos do modo que ela dissesse.

E assim foi!
Durante o jantar, na altura de servir a sopa, a princesa disse:
 Este prato é para o rei.
É que esta tinha preparado uma sopa deliciosa, mas a do rei não tinha sal.
Todos os convidados saboreavam e elogiavam a comida:
 Que deliciosa! Está divinal!
O rei fazia caretas a cada colherada e perguntava a uma dama sentada
perto dele:
 Minha senhora, apreciais a sopa?
 Que maravilha, majestade!
O rei pensou que talvez fosse ele que não estivesse nos seus dias de
apreciador de comida.
E tudo foi sucedendo de igual modo, com todos os pratos que se seguiram.
 Que delicioso majestade!
 Quem me dera ter no meu palácio uma cozinheira como a sua!
 Está simplesmente divinal!
O rei começou a ficar zangado, pois todos os pratos lhe sabiam mal. Quebrando o que
era correto e de boa educação, pediu a um dos seus convidados que o deixasse provar um
pouco do prato dele. E apercebendo-se que o seu próprio prato não tinha sal, ficou
furioso.

Já fora de si, chamou um criado e mandou chamar imediatamente a cozinheira à sua


presença.

Os criados, muito assustados, foram à cozinha chamar a rapariga, que sorria quando
entrou na sala de jantar.
O rei, mal a viu, reconheceu logo a sua filha mais nova. Lembrou-se

imediatamente do que se passara e aí compreendeu por que razão a sua comida

não tinha sal e também que, o sal na comida, na quantidade certa, faz muita

falta.

A sua filha ao dizer-lhe que o amava mais do que a comida quer ao sal,

queria realmente dizer que gostava muito dele.


Logo ali a menina voltou a ser aceite como princesa, filha do rei, foram-
lhe trazidas roupas a condizer e a festa continuou com todos os presentes e
com comida bem temperada.

O rei estava contente, as filhas também e daí para a frente foram todos
muito felizes.
Trabalho realizado Por:

Alunos do 2º ano c

Do

Centro escolar de Alcanede

Ano letivo 2015/2016

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