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A POLÍTICA NACIONAL

DE ATENÇÃO A SAÚDE
INDÍGENA
SAÚDE INDÍGENA
Profa. Ana Paula B. Alves
Me . Ciências da Saúde
Enfermeira
E-mail: alves.ana38@gmail.com
Data: 06/08/2021
1
OBJETIVOS:
• Entender de forma crítica os principais avanços e
desafios do SUS, a Política Nacional de Atenção à
Saúde dos Povos Indígena, o estágio atual de
desenvolvimento do subsistema de atenção à saúde
indígena e o modelo técnico-assistencial dos Distritos
Sanitários Especiais Indígenas;

2
INTRODUÇÃO
3
INTRODUÇÃO:
Portaria n.º 254, de 31 de
Janeiro de 2002

• Art. 1º Aprovar a Política Nacional de


Atenção à Saúde dos Povos
Indígenas, cuja íntegra consta do
anexo desta Portaria e dela é parte
integrante.

4
INTRODUÇÃO:
• Decreto n.º 3.156, de 27 de
agosto de 1999;
• Medida Provisória n.º 1.911-8:
está incluída a transferência de
recursos humanos e outros bens
destinados às atividades de
assistência à saúde da FUNAI para
a FUNASA;

5
INTRODUÇÃO:
• Medida Provisória n.º 1.911-8:
- Lei nº 9.836 de 23 de setembro de
1999, que estabelece o Subsistema
de Atenção à Saúde Indígena no
âmbito do SUS.

6
INTRODUÇÃO:

Política Adoção de um modelo complementar e


Nacional diferenciado de organização dos serviços;
de
Atenção
Voltados para a proteção, promoção e
à Saúde
recuperação da saúde;
dos
Povos
Indígenas Garanta aos povos indígenas o exercício
de sua cidadania nesse campo.
7
INTRODUÇÃO:

Política Rede de serviços nas terras indígenas, de forma a superar


as deficiências de cobertura, acesso e aceitabilidade do
Nacional Sistema Único de Saúde para essa população;
de
Atenção Adoção de medidas que viabilizem o aperfeiçoamento do
à Saúde funcionamento e a adequação da capacidade do Sistema;
dos
Povos
Tornando factível e eficaz a aplicação dos princípios e
Indígenas diretrizes da descentralização, universalidade, eqüidade,
participação comunitária e controle social.

8
INTRODUÇÃO:

Política Para que esses princípios possam ser efetivados, é


necessário que a atenção à saúde se dê de forma
Nacional diferenciada;
de
Atenção Em consideração as especificidades culturais,
à Saúde epidemiológicas e operacionais desses povos;
dos
Povos
Assim, dever-se-á desenvolver e fazer uso de tecnologias
Indígenas apropriadas por meio da adequação das formas
ocidentais convencionais de organização de serviços.

9
INTRODUÇÃO:
Elaboração contou com a participação de
representantes dos órgãos responsáveis pelas
políticas de saúde e pela política e ação indigenista
do governo.
A Política Nacional
de Atenção à
Saúde dos Povos
Organizações da sociedade Indígenas
civil com trajetória
reconhecida no campo da Com o propósito de garantir
atenção e da formação de participação indígena em
recursos humanos para a todas as etapas de
saúde dos povos indígenas. formulação, implantação,
avaliação e aperfeiçoamento.
10
%C3%ADgenas-brasileiros-buscam-alternativas-para-sobreviver-1.614966
FONTE: https://www.hojeemdia.com.br/primeiro-plano/um-milh%C3%A3o-de-ind
SITUAÇÃO • Segundo as Organizações das Nações Unidas (ONU) existem hoje no
mundo entorno de 5 mil povos indígenas, em um total de mais de 370
DE milhões de pessoas (VERDUM et al., 2019).
SAÚDE:
• No Brasil a população indígena atinge cerca de 896,9 mil indígenas
(36,2% em área urbana e 63,8% em terras indígenas); 305 etnias (a
maior etnia é a Tikúna) (IBGE, 2010; FUNAI, 2021);
11
%C3%ADgenas-brasileiros-buscam-alternativas-para-sobreviver-1.614966
FONTE: https://www.hojeemdia.com.br/primeiro-plano/um-milh%C3%A3o-de-ind
SITUAÇÃO • Existe um total de 274 línguas registradas, sendo a Tikúna a mais falada
(34,1 mil pessoas), o que demostra grande diversidade étnica.
DE
SAÚDE: • A região Norte apresenta o maior contingente de indígenas (342,8 mil
indígenas), e o menor, no Sul (78,8 mil).

12
%C3%ADgenas-brasileiros-buscam-alternativas-para-sobreviver-1.614966
FONTE: https://www.hojeemdia.com.br/primeiro-plano/um-milh%C3%A3o-de-ind
• O Brasil tem 505 terras indígenas, que representam 12,5% do território
SITUAÇÃO brasileiro (106,7 milhões de hectares), onde residem 517,4 mil
DE indígenas (57,7%), dos quais 251,9 mil (48,7%) estão na região Norte.

SAÚDE: • A terra com maior população indígena é Yanomami, que envolve os


estados do Amazonas e o de Roraima, com 25,7 mil indígenas (IBGE,
2010).
13
SITUAÇÃO DE SAÚDE:
• No Brasil, existem 724 terras indígenas em diferentes fases do
procedimento demarcatório.
• Assim, segundo o Instituto Socioambiental as terras indígenas
ocupam 13% de todo território nacional, e estão em processo:
- 120 terras em estudo para sua identificação;
- 44 identificadas pela FUNAI;
- 73 terras declaradas pelo Ministério da Justiça; e
- 487 terras indígenas homologadas e reservadas (ISA, 2021).

14
• A população indígena habita centenas de territórios
reconhecidos pelo Estado nacional, cada qual com
SITUAÇÃO DE características diversas à qualidade ambiental, abarcando o
SAÚDE: contorno das grandes cidades, áreas rurais degradadas e,
mesmo as densas florestas, como na Amazônia.

FONTE: https://mirim.org/pt-br/onde-estao
15
• Os povos indígenas em comparação com a população não-
indígena nacional, sofre com um insuficiente acesso de água
SITUAÇÃO DE potável de qualidade, saneamento básico, prevalecendo um
SAÚDE: quadro epidemiológico relacionado a uma trajetória histórica
de prevalência e incidência de doenças infectoparasitárias
(SCOPEL et al., 2017).
FONTE: https://mirim.org/pt-br/onde-estao
16
SITUAÇÃO DE SAÚDE:
• Atualmente, o perfil epidemiológico e nutricional dos povos indígenas
no Brasil apresenta mudanças (BASTA et al., 2012). Estão presentes as
doenças infectocontagiosas, conjuntamente com as:
- infecções sexualmente transmissíveis,
- as doenças crônicas não transmissíveis (diabetes mellitus, hipertensão
arterial, neoplasias, entre outras),
- as doenças relacionadas às desordens sociais, como os transtornos
psiquiátricos, o abuso do álcool, a violência, as mortes por suicídios e
causas externas vem crescendo entre esses povos
(ALVES et al., 2019; MALTA et al., 2017; BASTA et al., 2012).

17
SITUAÇÃO DE SAÚDE:
• A deficiência do sistema de
informações em saúde, que
não contempla, entre outros
dados, a identificação étnica e o
domicílio do paciente indígena,
dificulta a construção do perfil
epidemiológico e cria
dificuldades para a
sistematização de ações
voltadas para a atenção à saúde
dos povos indígenas.

FONTE: http://www.ccms.saude.gov.br/saudeindigena/asesai/sistemasdeinformacao.html
18 18
saudeindigena.html
http://www.ccms.saude.gov.br/saudeindigena/asesai/trabalhadores
Fonte: • A descontinuidade das ações
e a carência de profissionais
fizeram com que muitas
comunidades indígenas se
mobilizassem, desde os anos
70, de diversas maneiras,
especialmente por
intermédio de suas
organizações juridicamente
constituídas, para adquirir
conhecimentos e controle
sobre as doenças e agravos
de maior impacto sobre sua
saúde.
SITUAÇÃO DE SAÚDE:
19
• Origem a processos
locais e regionais de
capacitação de agentes
indígenas de saúde e
de valorização da
medicina tradicional
indígena, com a
participação das
diversas instituições
envolvidas com a
assistência à saúde
indígena.
SITUAÇÃO DE SAÚDE:
Fonte:
http://www.ccms.saude.gov.br/saudeindigena/asesai/trabalhadoressaudeindig
ena.html
20
l
http://www.ccms.saude.gov.br/saudeindigena/asesai/trabalhadoressaudeindigena.htm
FONTE:

SITUAÇÃO DE SAÚDE:

• Em algumas regiões da
Amazônia, onde as distâncias
são medidas em dias de viagens
por estradas em precário
estado de conservação ou rios
de navegabilidade difícil ou
impossível durante o período da
seca, os agentes indígenas de
saúde são o único recurso das
comunidades diante de
determinadas doenças.

21
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO
À SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS
“Garantir aos povos indígenas o acesso à
atenção integral à saúde, de acordo com
os princípios e diretrizes do Sistema Único
de Saúde, contemplando a diversidade
social, cultural, geográfica, histórica e
política de modo a favorecer a superação
dos fatores que tornam essa população
mais vulnerável aos agravos à saúde de
maior magnitude e transcendência entre
os brasileiros, reconhecendo a eficácia de
sua medicina e o direito desses povos à
sua cultura” (BRASIL, 2002, p. 13).

22
2. DIRETRIZES
 Organização dos serviços de atenção à saúde dos povos indígenas na forma de
Distritos Sanitários Especiais e Polos Base, no nível local, onde a atenção primária e
os serviços de referência se situam;
 Preparação de recursos humanos para atuação em contexto intercultural;
 Monitoramento das ações de saúde dirigidas aos povos indígenas;
 Articulação dos sistemas tradicionais indígenas de saúde;
 Promoção do uso adequado e racional de medicamentos;
 Promoção de ações específicas em situações especiais;
 Promoção da ética na pesquisa e nas ações de atenção à saúde envolvendo
comunidades indígenas;
 Promoção de ambientes saudáveis e proteção da saúde indígena;
 Controle social.

23
predio--em-protesto-a-mudanca-no-Dsei-Leste/12799
FONTE: https://folhabv.com.br/noticia/CIDADES/Capital/Grupo-de-indigenas-ocupa-

3. DISTRITO SANITÁRIO ESPECIAL INDÍGENA


• O conceito utilizado nesta proposta define o Distrito Sanitário como um modelo
de organização de serviços orientado para um espaço etnocultural dinâmico,
geográfico, populacional e administrativo bem delimitado, que contempla um
conjunto de atividades técnicas, visando medidas racionalizadas e qualificadas de
atenção à saúde, promovendo a reordenação da rede de saúde e das práticas
sanitárias e desenvolvendo atividades administrativo-gerenciais necessárias à
prestação da assistência, com controle social. 24
predio--em-protesto-a-mudanca-no-Dsei-Leste/12799
FONTE: https://folhabv.com.br/noticia/CIDADES/Capital/Grupo-de-indigenas-ocupa-

Critérios:
 população, área geográfica e perfil epidemiológico;
 disponibilidade de serviços, recursos humanos e infra-estrutura;
 vias de acesso aos serviços instalados em nível local e à rede regional do SUS;
 relações sociais entre os diferentes povos indígenas do território e a sociedade
regional;
 distribuição demográfica tradicional dos povos indígenas, que não coincide
necessariamente com os limites de estados e municípios onde estão localizadas as
25
terras indígenas.
Organização:

FONTE: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sesai/estrutura/controle-social
• Discussões e debates
com a participação de
lideranças e
organizações indígenas,
do órgão indigenista
oficial, de antropólogos,
universidades e
instituições
governamentais e não-
governamentais que
prestam serviços às
comunidades indígenas,
além de secretarias
municipais e estaduais
de Saúde. 26
Organização:

indigena-algumas-dicas-para-analise-da-prova-discursiva
FONTE: https://www.pontodosconcursos.com.br/artigo/14599/natale-souza/saude-
• Cada distrito organizará
uma rede de serviços de
atenção básica de saúde
dentro das áreas
indígenas, integrada e
hierarquizada com
complexidade crescente
e articulada com a rede
do Sistema Único de
Saúde. As Comissões
Intergestores Bipartites
são importantes espaços
de articulação para o
eficaz funcionamento
dos distritos. 27
Organização: • As equipes de saúde dos distritos deverão ser compostas
por médicos, enfermeiros, odontólogos, auxiliares de
enfermagem e agentes indígenas de saúde, contando com
a participação sistemática de antropólogos, educadores,
engenheiros sanitaristas e outros especialistas e técnicos
considerados necessários.
Fonte:
http://www.ccms.saude.gov.br/saudeindigena/asesai/trabalhadoressaudeindig
ena.html 28
Organização:
• O número, qualificação e perfil dos
profissionais das equipes serão
estabelecidos de acordo com o
planejamento detalhado de
atividades, considerando: o
número de habitantes, a dispersão
populacional, as condições de
acesso, o perfil epidemiológico, as
necessidades específicas para o
controle das principais endemias e
o Programa de Formação de
Agentes Indígenas de Saúde a ser
definido conforme a diretriz
específica desta política.
Fonte:
http://www.ccms.saude.gov.br/saudeindigena/asesai/trabalhadoressaudeindig
ena.html 29
• Nas aldeias, a atenção básica será realizada
Organização: por intermédio dos Agentes Indígenas de
Saúde, nos postos de saúde, e pelas
equipes multidisciplinares periodicamente,
conforme planejamento das suas ações.
Fonte:
http://www.ccms.saude.gov.br/saudeindigena/asesai/trabalhadoressaudeindig
ena.html 30
Organização:

indigena-algumas-dicas-para-analise-da-prova-discursiva
FONTE: https://www.pontodosconcursos.com.br/artigo/14599/natale-souza/saude-
• Na organização dos
serviços de saúde, as
comunidades terão
uma outra instância
de atendimento, que
serão os Polos-Base.
Os polos são a
primeira referência
para os agentes
indígenas de saúde
que atuam nas
aldeias.

31
Organização:

indigena-algumas-dicas-para-analise-da-prova-discursiva
FONTE: https://www.pontodosconcursos.com.br/artigo/14599/natale-souza/saude-
• As demandas que não
forem atendidas no
grau de resolutividade
dos Polos-Base
deverão ser
referenciadas para a
rede de serviços do
SUS, de acordo com a
realidade de cada
Distrito Sanitário
Especial Indígena.

32
• Com o objetivo de
garantir o acesso à

indigena-algumas-dicas-para-analise-da-prova-discursiva
FONTE: https://www.pontodosconcursos.com.br/artigo/14599/natale-souza/saude-
atenção de média e
alta complexidades,
deverão ser definidos
procedimentos de
referência,
contrarreferência e
incentivo a unidades
de saúde pela oferta
de serviços
diferenciados com
influência sobre o
processo de
recuperação e cura dos
pacientes indígenas
33
Organização:
 Deverão ser oferecidos, ainda, serviços de apoio aos pacientes
encaminhados à rede do Sistema Único de Saúde.
 Tais serviços serão prestados pelas Casas de Saúde Indígena,
localizadas em municípios de referência dos distritos a partir da
readequação das Casas do Índio.
 Essas Casas de Saúde deverão estar em condições de receber, alojar e
alimentar pacientes encaminhados e acompanhantes, prestar
assistência de enfermagem 24 horas por dia, marcar consultas,
exames complementares ou internação hospitalar, providenciar o
acompanhamento dos pacientes nessas ocasiões e o seu retorno às
comunidades de origem, acompanha- dos das informações sobre o
caso.
34
tecnicos-em-agentes-comunitarios-indigenas
FONTE: https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/acontece-na-epsjv/fiocruz-conclui-a-formacao-de-
PREPARAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA ATUAÇÃO EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
• A formação e a capacitação
de indígenas como agentes
de saúde é uma estratégia
que visa favorecer a
apropriação, pelos povos
indígenas, de
conhecimentos e recursos
técnicos da medicina
ocidental;
• O Programa de Formação de
Agentes Indígenas de Saúde
deverá ser concebido como
parte do processo de
construção dos DSEI.
35
PREPARAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA ATUAÇÃO EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
O processo de formação dos agentes indígenas de saúde será elaborado dentro dos
marcos preconizados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (Lei nº
9.394/96), no que diz respeito ao ensino básico, direcionado para a construção de
competências/habilida des, visando facilitar o prosseguimento da profissionalização nos
níveis médio (técnico) e superior (tecnológico).
FONTE: https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/acontece-na-epsjv/fiocruz-conclui-a-formacao-de-tecnicos-em-agentes-comunitarios-indigenas 36
PREPARAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA ATUAÇÃO EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
• Os estudos e
levantamentos
socioantropológicos
existentes e os
realizados de forma
participativa deverão
ser aproveitados como
subsídios à formação de
recursos humanos e à
própria prestação de
serviços.

FONTE: https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/acontece-na-epsjv/fiocruz-conclui-a-formacao-de-tecnicos-em-agentes-comunitarios-indigenas 37
PREPARAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA ATUAÇÃO EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
• A capacitação dos recursos
humanos para a saúde
indígena deverá ser
priorizada como
instrumento fundamental
de adequação das ações
dos profissionais e serviços
de saúde do SUS às
especificidades da atenção
à saúde dos povos
indígenas e às novas
realidades técnicas, legais,
políticas e de organização
dos serviços.
FONTE: https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/acontece-na-epsjv/fiocruz-conclui-a-formacao-de-tecnicos-em-agentes-comunitarios-indigenas 38
PREPARAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA ATUAÇÃO EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
Deverão ser promovidos
cursos de
atualização/aperfeiçoam
ento/especialização para
gestores, profissionais de
saúde e assessores
técnicos (indígenas e
não-indígenas) das
várias instituições que
atuam no sistema.

FONTE: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/noticias/2021/abril/abertas-vagas-para-contratacao-de-profissionais-de-saude-in digena


39
PREPARAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA ATUAÇÃO EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
As instituições de ensino e
pesquisa serão
estimuladas a produzir
conhecimentos e
tecnologias adequadas
para a solução dos
problemas de interesse
das comunidades e propor
programas especiais que
facilitem a inserção de
alunos de origem
indígena.

FONTE: https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/reportagem/trabalho-e-formacao-na-saude-indigena 40
 MONITORAMENTO DAS AÇÕES DE SAÚDE
 Será organizado sistema de informações - Sistema de Vigilância em
Saúde.
 Identificar informações que atendam às necessidades de cada nível
gerencial, fornecendo subsídios para a construção de indicadores que
avaliem a saúde e, indiretamente, a atenção à saúde, como a
organização dos serviços no Distrito Sanitário, particularmente no que
diz respeito ao acesso, à sua cobertura e à sua efetividade.
 Identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes da
saúde.
 Estabelecer prioridades na alocação de recursos e orientação
programática, facilitando a participação das comunidades no
planejamento e na avaliação das ações.
41
 MONITORAMENTO DAS AÇÕES DE SAÚDE
  Os instrumentos para coleta de dados no território distrital serão
propostos por equipe técnica do órgão responsável pela execução das
ações de atenção à saúde dos povos indígenas.
 Estes instrumentos poderão ser adaptados à realidade local, mas terão
que permitir a identificação dos riscos e das condições especiais que
interferem no processo de adoecer para buscar intervenções específicas
de cada povo.
 O fluxo de informações será pactuado com os municípios de referência
e/ou Estados.
 Os dados gerados nos serviços de referência da rede do SUS serão
encaminhados para os distritos.

42
 MONITORAMENTO DAS AÇÕES DE SAÚDE
 Viabilizar todo o serviço de assistência na sua área de
abrangência, o mesmo repassará estas informações para os
respectivos municípios e/ou Estados, a fim de alimentar
continuamente os bancos de dados nacionais.
 O acesso permanente ao banco de dados deverá estar
assegurado a qualquer usuário.
 Deverá ser facilitado o acesso aos dados para a produção
antropológica, de modo a facilitar a qualificação e a análise dos
dados epidemiológicos, com a participação de antropólogos
especialistas que atuam na região e dos agentes tradicionais de
saúde indígena.
43
 MONITORAMENTO DAS AÇÕES DE SAÚDE
 O Acompanhamento e Avaliação desta política terá como
base o Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena
– SIASI.
 Os aspectos serão: a estrutura, o processo e os resultados da
atenção à saúde dos povos indígenas.
 O SIASI deverá subsidiar os órgãos gestores e de controle
social quanto à indispensável compatibilidade entre o
diagnóstico situacional dos problemas de saúde
identificados e as prioridades estabelecidas nos níveis
técnico, social e político, visando a coerência entre ações
planejadas e efetivamente executadas.
44
ATIVIDADE
Ler o texto:
SOUSA, Maria da Conceição de; SCATENA, João Henrique G.; SANTOS,
Ricardo Ventura. O Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena
(SIASI): criação, estrutura e funcionamento. Cadernos de Saúde Pública
[online]. 2007, v. 23, n. 4 [Acessado 5 Agosto 2021] , pp. 853-861.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-311X2007000400013>.
Epub 03 Abr 2007. ISSN 1678-4464.
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2007000400013.
Fazer um novo texto seguindo o roteiro de leitura.
Enviar: 09/08/2021 para o e-mail: alves.ana38@gmail.com.

45
ARTICULAÇÃO
DOS SISTEMAS
TRADICIONAIS
INDÍGENAS DE
SAÚDE

Todas as sociedades
humanas dispõem de
seus próprios
sistemas de
interpretação,
prevenção e de
tratamento das FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP

doenças.
46
ARTICULAÇÃO
DOS SISTEMAS
TRADICIONAIS
INDÍGENAS DE
SAÚDE
Esses sistemas
tradicionais de saúde
são, ainda hoje, o
principal recurso de
atenção à saúde da
população indígena,
apesar da presença
de estruturas de FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP

saúde ocidentais.
47
ARTICULAÇÃO DOS
SISTEMAS
TRADICIONAIS
INDÍGENAS DE SAÚDE
Sendo parte integrante da
cultura, esses sistemas
condicionam a relação dos
indivíduos com a saúde e a
doença e influem na relação
com os serviços e os
profissionais de saúde e na
interpretação dos casos de
doenças. FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP

48
ARTICULAÇÃO DOS
SISTEMAS
TRADICIONAIS
INDÍGENAS DE SAÚDE
Os sistemas tradicionais
indígenas de saúde são
baseados em uma
abordagem holística de
saúde, cujo princípio é a
harmonia de indivíduos,
famílias e comunidades com
o universo que os rodeia. FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP

49
ARTICULAÇÃO DOS
SISTEMAS
TRADICIONAIS
INDÍGENAS DE SAÚDE
As práticas de cura
respondem a uma lógica
interna de cada comunidade
indígena e são o produto de
sua relação particular com o
mundo espiritual e os seres
do ambiente em que vivem.
FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP

50
ARTICULAÇÃO DOS
SISTEMAS TRADICIONAIS
INDÍGENAS DE SAÚDE
Essas práticas e concepções
são, geralmente, recursos
de saúde de eficácias
empírica e simbólica, de
acordo com a definição
mais recente de saúde da
Organização Mundial de
Saúde.
FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP

51
ARTICULAÇÃO DOS
SISTEMAS
TRADICIONAIS
INDÍGENAS DE SAÚDE
• Portanto, a melhoria
do estado de saúde dos
povos indígenas não
ocorre pela simples
transferência para eles
de conhecimentos e
tecnologias da
biomedicina.
FONTE: Sergio Vale - Agência de Notícias do Acre

52
ARTICULAÇÃO DOS
SISTEMAS
TRADICIONAIS
INDÍGENAS DE SAÚDE
O reconhecimento da diversidade
social e cultural dos povos
indígenas, a consideração e o
respeito dos seus sistemas
tradicionais de saúde são
imprescindíveis para a execução
de ações e projetos de saúde e
para a elaboração de propostas
de prevenção/promoção e
educação para a saúde
adequadas ao contexto local. FONTE: Sergio Vale - Agência de Notícias do Acre

53
ARTICULAÇÃO DOS
SISTEMAS
TRADICIONAIS
INDÍGENAS DE SAÚDE

O princípio que permeia


todas as diretrizes da Política
Nacional de Atenção à
Saúde dos Povos Indígenas é
o respeito às concepções,
valores e práticas relativos
ao processo saúde-doença
próprios a cada sociedade
indígena e a seus diversos FONTE: Sergio Vale - Agência de Notícias do Acre
especialistas.
54
PROMOÇÃO AO USO ADEQUADO E
RACIONAL DE MEDICAMENTOS
• As ações que envolvem, direta
ou indiretamente, a assistência
farmacêutica no contexto da
atenção à saúde indígena, tais
como seleção, programação,
aquisição, acondicionamento,
estoque, distribuição, controle e
vigilância – é compreendida a
dispensação e a prescrição -,
devem partir, em primeiro lugar,
das necessidades e da realidade
epidemiológica de cada DSEI e
estar orientadas para garantir os
medicamentos necessários.
FONTE: https://radioaratiba.com.br/2020/02/07/qual-o-objetivo-da-politica-nacional-de-
atencao-a-saude-dos-povos-indigenas/

55
PROMOÇÃO AO USO ADEQUADO E
RACIONAL DE MEDICAMENTOS

Devem também compor essas


ações as práticas de saúde
tradicionais dos povos
indígenas, que envolvem o
conhecimento e o uso de
plantas medicinais e demais
produtos da farmacopéia
tradicional no tratamento de
doenças e outros agravos a
saúde. Essa prática deve ser
valorizada e incentivada,
articulando-a com as demais
ações de saúde dos DSEIs.
FONTE: Mulheres Ikpeng conversando sobre práticas de cuidado com crianças e o uso de
ervas e raízes. Encontro de Mulheres, Polo Wawi, DSEI Xingu, 2007.

56
Assim, os pressupostos que devem orientar os gestores, são:
a) descentralização da gestão da assistência farmacêutica no âmbito dos
Distritos Sanitários Especiais Indígenas;
b) promoção do uso racional dos medicamentos essenciais básicos e
incentivo e valorização das práticas farmacológicas tradicionais;
c) avaliação e adaptação dos protocolos padronizados de intervenção
terapêutica e dos respectivos esquemas de tratamento, baseadas em
decisão de grupo técnico interdisciplinar de consenso, considerando as
variáveis socioculturais e as situações especiais (como grupos indígenas
isolados ou com pouco contato, com grande mobilidade e em zonas de
fronteira);
57
Assim, os pressupostos que devem orientar os gestores, são:

d) controle de qualidade e vigilância em relação a possíveis efeitos iatrogênicos, por


meio de estudos clínicos, epidemiológicos e antropológicos específicos;

e) promoção de ações educativas no sentido de se garantir adesão do paciente ao


tratamento, inibir as práticas e os riscos relacionados com a automedicação e
estabelecer mecanismos de controle para evitar a troca da medicação prescrita e a
hipermedicação;

f) autonomia dos povos indígenas quanto à realização ou autorização de levantamen-


tos e divulgação da farmacopéia tradicional indígena, seus usos, conhecimentos e
práticas terapêuticas, com promoção do respeito às diretrizes, políticas nacionais e
legislação relativa aos recursos genéticos, bioética e bens imateriais das sociedades
tradicionais.
58
PROMOÇÃO DE
AÇÕES

práticas terapêuticas.
FONTE: Pajé Takapé Waura fuma cigarro tradicional, instrumento de trabalho em várias
ESPECÍFICAS
EM SITUAÇÕES
ESPECIAIS

• Para a efetiva implementação e


consolidação da Política Nacional
de Atenção à Saúde dos Povos
Indígenas deverão ser
consideradas e priorizadas ações
para situações especiais, isto é,
caracterizadas,
fundamentalmente, por risco
iminente.
59
PROMOÇÃO DE
AÇÕES

práticas terapêuticas.
FONTE: Pajé Takapé Waura fuma cigarro tradicional, instrumento de trabalho em várias
ESPECÍFICAS
EM SITUAÇÕES
ESPECIAIS
• Especificidade do processo saúde-
doença, impactos econômico e
social de grandes projetos de
desenvolvimento, vulnerabilidade
derivada do tipo de contato,
exposição a determinados agravos,
como as doenças sexualmente
transmissíveis e a aids, o suicídio, e
os desastres ambientais, entre
outros.

60
PROMOÇÃO DE AÇÕES ESPECÍFICAS EM
SITUAÇÕES ESPECIAIS
Estas ações e situações especiais
devem, portanto, contemplar:
1 - prevenção e controle de
agravos à saúde em povos com
pouco contato ou isolados, com
estabelecimento de normas
técnicas específicas e ações de
saúde especiais que diminuam o
impacto causado à saúde no
momento do contato e pelos
desdobramentos posteriores.

FONTE: Jovem e criança Kawaiweté se banham nas águas do Xingu.

61
PROMOÇÃO DE AÇÕES ESPECÍFICAS EM
SITUAÇÕES ESPECIAIS
Deverão ser
contemplados: a
preparação e capacitação
de equipes de saúde para
situações especiais,
quarentena pré e pós-
contato, imunização da
população, estruturação
de sistema de vigilância e
monitoramento
demográfico;

FONTE: Jovem e criança Kawaiweté se banham nas águas do Xingu.

62
PROMOÇÃO DE AÇÕES ESPECÍFICAS EM
SITUAÇÕES ESPECIAIS

2 - prevenção e controle
de agravos à saúde
indígena nas regiões de
fronteira, em articulação
com as instituições
nacionais, e cooperação
técnica com os países
vizinhos;

FONTE: Jovem e criança Kawaiweté se banham nas águas do Xingu.

63
PROMOÇÃO DE AÇÕES ESPECÍFICAS EM
SITUAÇÕES ESPECIAIS
3 - exigência de estudos específicos
de impactos na saúde e suas
repercussões no campo social,
relativos a populações indígenas em
áreas sob influência de grandes
projetos de desenvolvimento
econômico e social (tais como a
construção de barragens, estradas,
empreendimentos de exploração
mineral, etc.), com implementação
de ações de prevenção e controle
de agravos; FONTE: Jovem e criança Kawaiweté se banham nas águas do Xingu.

64
PROMOÇÃO DE AÇÕES ESPECÍFICAS EM
SITUAÇÕES ESPECIAIS
4 - acompanhamento,
monitoramento e
desenvolvimento de ações
que venham coibir agravos de
violência (suicídios, agressões
e homicídios, alcoolismo) em
decorrência da precariedade
das condições de vida e da
expropriação e intrusão das
terras indígenas;
FONTE: Jovem e criança Kawaiweté se banham nas águas do Xingu.

65
PROMOÇÃO DE AÇÕES ESPECÍFICAS EM
SITUAÇÕES ESPECIAIS

5 - prevenção e assistência
em doenças sexualmente
transmissíveis e aids,
priorizando a capacitação
de multiplicadores, dos
agentes indígenas de
saúde e de pessoal técnico
especializado para atuar
junto aos portadores
destas doenças;
FONTE: Jovem e criança Kawaiweté se banham nas águas do Xingu.

66
PROMOÇÃO DE AÇÕES ESPECÍFICAS EM
SITUAÇÕES ESPECIAIS
6 - combate à fome e à desnutrição e
implantação do Programa de
Segurança Alimentar para os povos
indígenas, incentivando a agricultura
de subsistência e a utilização de
tecnologias apropriadas para
beneficiamento de produtos de
origem extrativa, mobilizando
esforços institucionais no sentido de
garantir assessoria técnica e insumos
para o aproveitamento sustentável
dos recursos; FONTE: Jovem e criança Kawaiweté se banham nas águas do Xingu.

67
PROMOÇÃO DE AÇÕES ESPECÍFICAS EM
SITUAÇÕES ESPECIAIS
7 - desenvolvimento
de projetos
habitacionais
adequados e
reflorestamento com
es- pécies utilizadas
tradicionalmente na
construção de
moradias.
FONTE: Jovem e criança Kawaiweté se banham nas águas do Xingu.

68
PROMOÇÃO DA ÉTICA NAS PESQUISAS E NAS AÇÕES DE
ATENÇÃO À SAÚDE ENVOLVENDO COMUNIDADES INDÍGENAS

• O órgão responsável pela execução


das ações de atenção à saúde dos
povos indígenas, em conjunto com o
órgão indigenista oficial, adotará e
promoverá o respeito à Resolução n°
196/96, do Conselho Nacional de
Saúde, que regulamenta a realização
de pesquisas envolvendo seres
humanos, e à Resolução nº 304/2000,
que diz respeito à temática especial:
pesquisas envolvendo populações
indígenas. FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP

69
PROMOÇÃO DA ÉTICA NAS PESQUISAS E NAS AÇÕES DE
ATENÇÃO À SAÚDE ENVOLVENDO COMUNIDADES INDÍGENAS

Igualmente, será promovido o


cumprimento das normas do
Código de Ética Médica, aprovado
pela Resolução n° 1.246/88, do
Conselho Federal de Medicina,
bem como a realização de eventos
que visem aprofundar a reflexão
ética relativa à prática médica em
contextos de alta diversidade
sociocultural e linguística.
FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP

70
PROMOÇÃO DE AMBIENTES SAUDÁVEIS E PROTEÇÃO À SAÚDE
INDÍGENA

FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP

O equilíbrio das condições ambientais nas terras indígenas é um fator de crescente


importância para a garantia de uma atenção integral à saúde dos povos indígenas. Mesmo
nos casos em que a definição de limites e o processo de demarcação das terras indígenas
tenham ocorrido de forma satisfatória.
71
PROMOÇÃO DE AMBIENTES SAUDÁVEIS E PROTEÇÃO À SAÚDE

FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP


INDÍGENA

Assegurando-se as condições indispensáveis para o futuro dos ocupantes, e mesmo que


estes se incluam entre os grupos mais isolados e com contatos menos freqüentes e
desestabilizadores com a sociedade envolvente, há demandas importantes colocadas na
interface entre meio ambiente e saúde para populações indígenas.

72
PROMOÇÃO DE AMBIENTES SAUDÁVEIS E PROTEÇÃO À SAÚDE

FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP


INDÍGENA

Por um lado, a ocupação do entorno das terras indígenas e a sua intermitente invasão por
terceiros, com desmatamento, queimadas, assoreamento e poluição dos rios, têm afetado
a disponibilidade de água limpa e de animais silvestres que compõem a alimentação
tradicional nas aldeias.

73
PROMOÇÃO DE AMBIENTES SAUDÁVEIS E PROTEÇÃO À SAÚDE

FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP


INDÍGENA

Por outro, as relações de contato alteraram profundamente as formas tradicionais de


ocupação, provocando concentrações demográficas e deslocamentos de comunidades,
com grande impacto sobre as condições sanitárias das aldeias e sobre a disponibilidade
de alimentos e de outros recursos naturais básicos no seu entorno.

74
PROMOÇÃO DE AMBIENTES SAUDÁVEIS E PROTEÇÃO À SAÚDE

FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP


INDÍGENA

As prioridades ambientais para uma política de atenção à saúde dos povos


indígenas devem contemplar a preservação das fontes de água limpa,
construção de poços ou captação à distância nas comunidades que não
dispõem de água potável;
75
PROMOÇÃO DE AMBIENTES SAUDÁVEIS E PROTEÇÃO À SAÚDE

FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP


INDÍGENA

A construção de sistema de esgotamento sanitário e destinação final do lixo


nas comunidades mais populosas; a reposição de espécies utilizadas pela
medicina tradicional; e o controle de poluição de nascentes e cursos d’água
situados acima das terras indígenas.
76
PROMOÇÃO DE AMBIENTES SAUDÁVEIS E PROTEÇÃO À SAÚDE

FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP


INDÍGENA

As ações de saneamento básico, que serão desenvolvidas no Distrito


Sanitário, deverão ter como base critérios epidemiológicos e estratégicos
que assegurem à população água de boa qualidade, destino adequado dos
dejetos e lixo e controle de insetos e roedores.
77
CONTROLE
SOCIAL
• A participação
indígena deverá
ocorrer em todas as
etapas do
planejamento,
implantação e
funcionamento dos
Distritos Sanitários
Especiais Indígenas,
contemplando
expressões formais e
informais.

FONTE:https://racismoambiental.net.br/2016/10/06/mpfpr-discute-qualidade-do-controle-social-da-saude-indigena/ 78
CONTROLE SOCIAL

Essa participação dar-se-á especialmente por intermédio da constituição de Conselhos


Locais e Distritais de Saúde Indígena; por Reuniões Macrorregionais; pelas Conferências
Nacionais de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e Fórum Nacional sobre a Política de
Saúde Indígena e pela presença de representantes indígenas nos Conselhos Nacional,
Estaduais e Municipais de Saúde.

FONTE: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sesai/estrutura/controle-social 79
CONTROLE SOCIAL

Os Conselhos Locais de Saúde serão constituídos pelos representantes das


comunidades indígenas da área de abrangência dos Polos-Base, incluindo lideranças
tradicionais, professores indígenas, agentes indígenas de saúde, especialistas
tradicionais, parteiras e outros. Os representantes que farão parte do Conselho Local
de Saúde serão escolhidos pelas comunidades daquela região, tendo sua indicação
formalizada pelo chefe do Distrito.
FONTEhttps://fianbrasil.org.br/o-dificil-impasse-para-efetivacao-do-subsistema-de-saude-indigena-no-brasil/ 80
CONTROLE SOCIAL

Essa é uma instância privilegiada para articulação com gestores locais para
encaminhamento das discussões pertinentes às ações e serviços de saúde. Os Conselhos
Distritais de Saúde serão instâncias de Controle Social, de caráter deliberativo e
constituídos, de acordo com a Lei nº 8.142/90, observando em sua composição a
paridade de 50% de usuários e 50% de organizações governamentais, prestadores de
serviços e trabalhadores do setor de saúde dos respectivos distritos.
FONTEhttps://fianbrasil.org.br/o-dificil-impasse-para-efetivacao-do-subsistema-de-saude-indigena-no-brasil/ 81
CONTROLE SOCIAL

Todos os povos que habitam o território distrital deverão estar representados entre os
usuários. Aos conselheiros que não dominam o português deve ser facultado o
acompanhamento de intérprete. Os presidentes dos conselhos serão eleitos diretamente
pelos conselheiros, que devem elaborar o regimento interno e o plano de trabalho de
cada Conselho Distrital.
FONTE: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sesai/estrutura/controle-social 82
CONTROLE SOCIAL

Os Conselhos Distritais serão formalizados pelo presidente do órgão responsável pela


execução desta política, mediante portaria publicada no Diário Oficial. Como forma de
promover a articulação da população indígena com a população regional na solução de
problemas de saúde pública, deve ser favorecida a participação de seus representantes
nos Conselhos Municipais de Saúde.
FONTE: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sesai/estrutura/controle-social 83
CONTROLE SOCIAL

Deve ser ainda estimulada a criação de Comissões Temáticas ou Câmaras


Técnicas, de caráter consultivo, junto aos Conselhos Estaduais de Saúde,
com a finalidade de discutir formas de atuação na condução da Política
Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas.
FONTE: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sesai/estrutura/controle-social 84
CONTROLE SOCIAL

O Controle Social, no âmbito nacional, será exercido pelo Conselho Nacional


de Saúde, assessorado pela Comissão Intersetorial de Saúde Indígena - CISI,
já existente e em funcionamento. As Conferências Nacionais de Saúde dos
Povos Indígenas deverão fazer parte das Conferências Nacionais de Saúde e
obedecerão à mesma periodicidade.
FONTE: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sesai/estrutura/controle-social 85
RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS

As características excepcionais
da assistência à saúde dos
povos indígenas determinam a
necessidade de uma ampla
articulação em nível intra e
intersetorial, cabendo ao órgão
executor desta política a
responsabilidade pela
promoção e facilitação deste
processo

86
RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS

A Política Nacional de
Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas prevê a
existência de uma atuação
coordenada, entre
diversos órgãos e
ministérios, no sentido de
viabilizar as medidas
necessárias ao alcance de
seu propósito.
87
RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS

 Articulação intersetorial: Deverão ser


definidos mecanismos de articulação
intersetorial que possam fazer frente
aos diferentes determinantes
envolvidos nos processos de saúde e
doença que afetam essas populações.

88
RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS

O órgão executor das ações de atenção à


saúde dos povos indígenas buscará, em
conjunto com o órgão indigenista oficial,
parcerias para a condução desta política,
principalmente no que diz respeito a
alternativas voltadas para a melhoria do
nível de saúde dos povos indígenas.
 

89
RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS

 Articulação intra-setorial: Do ponto de


vista da articulação intra-setorial, é
necessário um envolvimento
harmônico dos gestores nacional,
estaduais e municipais do Sistema
Único de Saúde - SUS, por meio de um
planejamento pactuado nos Distritos
Sanitários Indígenas que resguarde o
princípio da responsabilidade final da
esfera federal e um efetivo Controle
Social exercido pelas comunidades
indígenas. 90
• Os direitos indígenas têm sede
constitucional e são de competência
federal, cabendo ao Ministério da
Saúde a responsabilidade pela
gestão e direção da Política Nacional
de Atenção à Saúde dos Povos
Indígenas. Conforme determinação
do Decreto n° 3.146, de 27 de
agosto de 1999 (Art. 3º), a
Fundação Nacional de Saúde -
FUNASA - é o órgão responsável
pela execução das ações.

91
MINISTÉRIO DA SAÚDE

As atribuições da FUNASA, em articulação com as Secretarias de


Assistên- cia à Saúde e de Políticas de Saúde, são as seguintes:
› estabelecer diretrizes e normas para a operacionalização da
Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas;
› promover a articulação intersetorial e intra-setorial com as outras
instâncias do Sistema Único de Saúde;
› coordenar a execução das ações de saúde e exercer a
responsabilidade sanitária sobre todas as terras indígenas no país; 
› implantar e coordenar o sistema de informações sobre a saúde
indígena no país.
92
MINISTÉRIO DA SAÚDE

• A Fundação Nacional de Saúde -


FUNASA, por intermédio do
Departamento de Saúde Indígena -
DESAI, desenvolverá atividades
objetivando a racionalização das
ações desenvolvidas pelos Distritos
Sanitários Especiais Indígenas, que
incluirão a promoção de encontros
regionais, macrorregionais e nacionais
para avaliar o processo de implantação
da Política Nacional de Atenção à
Saúde dos Povos Indígenas.

93
SECRETARIAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS DE SAÚDE

As Secretarias Estaduais e Municipais devem atuar de forma


complementar na execu- ção das ações de saúde indígena, em
articulação com o Ministério da Saúde/FUNASA. É indispensável a
integração das ações nos programas especiais, como imunização,
saúde da mulher e da criança, vigilância nutricional, controle da
tuberculose, malária, doenças sexualmente transmissíveis e aids, entre
outros, assim como nos serviços de vigilância epidemiológica e
sanitária a cargo dos gestores estaduais e municipais do SUS. Deverá
se dar atenção, também, às doenças crônico-degenerativas (como o
câncer cérvico-uterino; diabetes etc.) que já afetam grande parte da
população indígena no país. 
94
• A Fundação Nacional
do Índio - FUNAI é o
órgão indigenista
oficial, vinculado ao
Ministério da Justiça,
responsável pela
coordenação das
ações do governo
federal destinadas a
assegurar os direitos
constitucionais dos
povos indígenas no
país.

95
• Entre suas principais
atribuições está a
garantia dos
territórios indígenas,
por meio de uma
política de
demarcação,
fiscalização e retirada
de invasores, ação que
assume relevância
primordial entre os
fatores determinantes
de saúde e qualidade
de vida destas
populações.
96
• Os projetos de
desenvolvimento
sustentável e manejo
adequado do meio
ambiente deverão ser
priorizados por essa
instituição. A FUNAI
deve fazer o
acompanhamento
das ações de saúde
desenvolvidas em
prol das comunidades
indígenas.

97
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Uma estreita cooperação com o
Ministério da Educação e
Secretarias Estaduais de Educação é
de importância vital para a
execução de diversos aspectos
desta política. Entre estes,
destacam-se a necessidade de
integração da Política Nacional de
Atenção à Saúde dos Povos
Indígenas com os currículos básicos
das escolas indígenas.
FONTE: Fotografia: Poliana Loverbeck.

98
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
• A garantia do ensino fundamental em
programas especiais para jovens e
adultos como componente fundamental
na formação dos Agentes Indígenas de
Saúde, o envolvimento das universidades
nas atividades de pesquisa e extensão, a
capacitação e certificação dos agentes
indígenas de saúde e dos profissionais
de saúde que atuam nas áreas, assim
como o apoio ao desenvolvimento de
atividades de educação comunitária em
bases culturalmente adequadas.
FONTE: Fotografia: Poliana Loverbeck.

99
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

A participação do Ministério Público Federal tem como objetivo garantir o


cumprimento dos preceitos constitucionais assegurados aos povos indígenas
no país, que devem obedecer aos princípios da autonomia, eqüidade e
respeito à diversidade cultural em todas as políticas públicas a eles
destinadas.
FONTE: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sesai/estrutura/controle-social 100
COMISSÃO NACIONAL DE ÉTICA EM PESQUISA -
CONEP/CNS

A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa com Seres Humanos - CONEP


foi criada pelo Conselho Nacional de Saúde com o intuito de elaborar e
acompanhar a aplicação das normas que devem regulamentar as
pesquisas envolvendo seres humanos no país.
101
COMISSÃO NACIONAL DE ÉTICA EM PESQUISA -
CONEP/CNS

A articulação com esta comissão visa à vigilância ao cumprimento dos


princípios da Resolução n° 196/ 96, do Conselho Nacional de Saúde, e,
especialmente, da Resolução n° 304/2000, em virtude dos riscos
adicionais que podem apresentar as pesquisas junto a populações
indígenas decorrentes de sua condição excepcional.
102
COMISSÃO INTERSETORIAL DE SAÚDE INDÍGENA-CISI/CNS

O funcionamento da Comissão Intersetorial de Saúde Indígena -


CISI, órgão assessor do Conselho Nacional de Saúde, com
participação de instituições públicas, organizações não-
governamentais e organizações representativas dos povos
indígenas, tem por finalidade o acompanhamento da
implementação da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos
Indígenas em nível nacional, recomendando medidas para a sua
correta execução. Essa comissão atende às exigências do controle
social estabelecidas na Lei n° 8.080/90, devendo ter participação
paritária de membros escolhidos pelos povos indígenas e suas
organizações representativas.
 
103
FINANCIAMENTO

As ações a serem desenvolvidas pelos Distritos Sanitários Especiais


Indígenas serão financiadas pelo orçamento da FUNASA e do Ministério
da Saúde, podendo ser complementada por organismos de cooperação
internacional e da iniciativa privada.
FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP 104
FINANCIAMENTO

Os estados e municípios também deverão atuar


complementarmente, considerando que a população indígena
está contemplada nos mecanismos de financiamento do SUS.

FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP 105
FINANCIAMENTO

O financiamento dos Distritos Sanitá- rios Especiais Indígenas


deverá ser de acordo com o montante de população, situação
epidemiológica e características de localização geográfica.
FONTE: Fotografia: Helio Carlos Mello - Acervo Projeto Xingu/EPM - UNIFESP 106

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