AC EXECUTIVA Parte 1
AC EXECUTIVA Parte 1
AC EXECUTIVA Parte 1
Rui AGENTE
VALORES DEVIDOS AO Pinto DE EXEC. (ART. 20º)
2019
3ª QUESTÃO
O regime da injunção: como é o procedimento
VALORES DEVIDOS AO AGENTE DE EXEC. (ART. 20º)
e quais são os efeitos?
Artigo 703º nº 1 al. d) CPC
Decreto- Lei 269/98, de 1 de setembro (aprova o regime dos
procedimentos para cumprimento de obrigações pecuniárias emergentes de
contratos de valor não superior à alçada do tribunal de 1.ª Instância)
Portaria nº 220- A/2008, de 4 de março (Balcão Nacional de Injunções
(BNI), apresentação do requerimento de injunção e da oposição, formas de
pagamento da taxa de justiça, notificações pela secretaria e disponibilização
do título executivo
Decreto- Lei 62/2013, de 10 de maio (Estabelece medidas contra os
atrasos no pagamento de transações comerciais, e transpõe a Diretiva n.º
2011/7/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de fevereiro de
2011)
RPinto 3
ESQUEMA EXPLICATIVO
VALORES DEVIDOS AOdeAGENTE
(fluxogramas DE EXEC. (ART. 20º)
Cláudia Trindade)
Âmbito
RPinto 7
RPinto 8
RPinto 9
JURISPRUDÊNCIA: a questão da compensação
VALORES DEVIDOS AO AGENTE DE EXEC. (ART. 20º)
PROBLEMA: pode cobrar-se em injunção indemnizações ou cláusula penal?
SALVADOR DA COSTA, A injunção, 41 e 43: haverá que distinguir se a cláusula penal “foi
convencionada a título indemnizatório, para o caso de incumprimento de um contrato, ou
com escopo meramente compulsório. Na primeira situação trata-se de indemnização por
incumprimento contratual antecipadamente fixada, [mas cuja fonte seria a responsabilidade
civil] e, consequentemente, não pode ser exigida neste tipo de acção ou de procedimento; na
segunda situação, em que se está perante uma sanção aplicável sempre que se verifique ou
não um facto contratualmente previsto, parece que nada obsta a que o pedido do montante
convencionado possa ser objecto da acção ou do procedimento em causa”.
CASOS PRÁTICOS
VALORES DEVIDOS
(RetiradosAO
dosAGENTE DEO.A.)
Exames da EXEC. (ART. 20º)
RPinto 14
RPinto 15
RPinto 16
RPinto 17
RPinto 18
4ª QUESTÃO
Como pode ser usada a injunção pelo senhorio
VALORES
e peloDEVIDOS
inquilino noAO AGENTE DE
arrendamento EXEC. (ART. 20º)
urbano?
CRÉDITOS DO SENHORIO
Rendas [art. 1038/a) CC], encargos e despesas [art. 1078º CC]
VALORES DEVIDOS
Indemnização AO
por mora no AGENTE
pagamento DE[art.
de rendas EXEC.
1041º/1(ART.
CC], 20º)
Indemnização por mora na entrega do locado [art. 1045º CC]
MEIOS DE TUTELA PROCESSUAL DOS CRÉDITOS PECUNIÁRIOS DO SENHORIO
título para desocupação do locado (cf. nº 1 do art. 15º-E) mediante aposição
de fórmula com autenticação mediante assinatura eletrónica
VALORES DEVIDOS
Novo AONRAU,
art. 14-A/2 AGENTE
ex viDE
LeiEXEC. (ART. 20º)
13/2019,
de 12 de fevereiro
Artigo 14.º -A
Título para pagamento de rendas, encargos ou
despesas
A NOVA INJUNÇÃO EM
MATÉRIA DE ARRENDAMENTO
VALORES DEVIDOS AO AGENTE DE EXEC. (ART. 20º)
-> Novos artigos 15º-T e 15º-U NRAU
Artigo 15.º -T
Injunção em matéria de arrendamento
Artigo 15.º -U
Serviço de Injunção em Matéria de Arrendamento
1 — É criado, junto da Direção -Geral da Administração da Justiça, o Serviço de Injunção em Matéria
de Arrendamento (SIMA), destinado a assegurar a tramitação da injunção em matéria de
arrendamento prevista no artigo anterior.
2 — O SIMA tem competência em todo o território Nacional.
RPinto 38
dívida por execução de obras em substituição do senhorio, em
caso de execução de intimação
-emitida ao abrigo do n.º 2 do artigo 89.º do regime jurídico da
urbanização e da edificação, aprovado pelo Decreto –Lei n.º 555/99,
de 16 de dezembro,
- emitida ao abrigo do n.º 1 do artigo 55.º do regime jurídico da
reabilitação urbana, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 307/2009, de 23 de outubro
A injunção deve estar titulada pelo contrato de arrendamento, acompanhado da comunicação prevista no n.º 3 do artigo 22.º -C do regime jurídico das obras em prédios arrendados, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 157/2006, de 8 de agosto, e de cópia da intimação a que se reporta
A injunção deve estar titulada pelo contrato de arrendamento, acompanhado da comunicação prevista no n.º 3 do artigo
22.º -C do regime jurídico das obras em prédios arrendados, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 157/2006, de 8 de agosto;
A injunção deve ser titulada pela intimação dirigida pelo arrendatário nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 13.º -B da Lei n.º 12/2019, de 12 de fevereiro, acompanhada por auto emitido pela autoridade policial ou equiparada ou pela câmara municipal competente
INJUNÇÃO PARA PRESTAÇÃO DE FACTO UTELA PROCESSUAL DOS CRÉDITOS PECUNIÁRIOS DO INQUILINO
A injunção deve estar titulada pela intimação dirigida pelo arrendatário nos termos da alínea b) do n.º 2 do artigo 13.º -B da Lei n.º 12/2019, de 12 de fevereiro, acompanhada por auto emitido pela câmara municipal competente
Artigo 703.º
Espécies de títulos executivos
1 — À execução apenas podem servir de base:
a) As sentenças condenatórias;
[ …]
Artigo 53.º
Legitimidade do exequente e do executado
1 — A execução tem de ser promovida pela pessoa que no título executivo
figure como credor e deve ser instaurada contra a pessoa que no título tenha a
posição de devedor.
2 — Se o título for ao portador, será a execução promovida pelo portador do
título.
Artigo 54.º
Desvios à regra geral da determinação da legitimidade
1 — Tendo havido sucessão no direito ou na obrigação, deve a execução correr
entre os sucessores das pessoas que no título figuram como credor ou devedor
da obrigação exequenda; no próprio requerimento para a execução o exequente
deduz os factos constitutivos da sucessão
Artigo 55.º
Exequibilidade da sentença contra terceiros
A execução fundada em sentença condenatória pode ser promovida não só
contra o devedor, mas ainda contra as pessoas em relação às quais a sentença
tenha força de caso julgado.
ESQUEMA EXPLICATIVO
VALORES DEVIDOS AO AGENTE DE EXEC. (ART. 20º)
DEVEDORES SUJEITOS À EXECUÇÃO POR SENTENÇA
Terceiros em relação às quais a sentença tenha força de caso julgado (art. 55º)
JURISPRUDÊNCIA E CASOS PRÁTICOS
VALORES DEVIDOS AO AGENTE DE EXEC. (ART. 20º)
Réu condenado como devedor (art. 55º) abrange
o réu originário
o interveniente principal provocado associado do réu (art. 320º CPC)
Adquirente do direito ou coisa litigiosa depois do trânsito em julgado (art. 54º nº 1 CPC)
.
EXECUÇÃO DE SENTENÇA CONTRA TERCEIROS
6ª QUESTÃO
Em que termos se pode executar uma
VALORES DEVIDOS AO AGENTE DE EXEC. (ART. 20º)
ata de condomínio?
DL n.º 268/94, de 25 de outubro
Artigo 6.º
Dívidas por encargos de condomínio
RPinto 60
ESQUEMA EXPLICATIVO + JURISPRUDÊNCIA
VALORES DEVIDOS AO AGENTE DE EXEC. (ART. 20º)
QUEM É O AUTOR NAS AÇÕES DE COBRANÇA DE
DÍVIDAS AO CONDOMÍNIO?
QUEM É O AUTOR NAS AÇÕES DE COBRANÇA DE
DÍVIDAS AO CONDOMÍNIO?
STJ 4-10-2007/Proc. 07B1875 (SANTOS BERNARDINO)
O administrador “age, em juízo, enquanto órgão do condomínio e, portanto, em
representação deste”, pelo que a “parte no processo, relativamente às partes comuns do
edifício, é o condomínio”. Ele não é parte no processo: “parte no processo, relativamente às
partes comuns do edifício, é o condomínio.
São dívidas próprias se a fração estiver em nome de um deles (cf. artigo 1692.º al. a) CC),
mas o administrador
pode alegar a comunicabilidade da dívida, por ser um encargo normal da vida familiar
(cf. o artigo 1691.º n.º 1 al. b) CC)), desde que o imóvel seja a casa de habitação efetiva da
família
na ação declarativa, ao propô-la contra ambos os cônjuges, ou na ação executiva, nos
termos do artigo 741.º CPC
sem prejuízo de na ação singular o réu condómino poder chamar o cônjuge à ação (arts.
316º nº 3 al. b) e 742º CPC)
MEIOS DE TUTELA PROCESSUAL DOS CRÉDITOS DO COMNDOMÍNIO
Ata de condomínio nas condições do art. 6º DL n.º 268/94, de 25 de outubro (art. 703º nº 1
al. d) CPC)
QUE DÍVIDAS SE PODEM EXECUTAR COM A ATA DE CONDOMÍNIO?
As atas constitutivas da dívida [ = atas que aprovam certa despesa ou contribuição]; não
se consegue executar uma ata de liquidação sózinha
Os concretos valores em mora são liquidados na execução (cf. artigo 716º CPC), usando,
eventualmente, a ata de liquidação
Esses elementos devem constar de uma única ata: não pode ser completada por outras
atras em que se determinem as quotas partes de cada condomínio [suficiência do titulo]?
A ATA DEVE ESTAR ASSINADA, em ordem a ter autoria do ato; uma ata não
assinada não tem efeitos materiais, nem processuais
mera irregularidade
RL 7-4-2016/Proc. 2816/12.6TBCSC-A.L1-2 (ONDINA CARMO ALVES), RL
15-2-2007/Proc. 9207/2006-2 (JORGE LEAL) e RG 21-11-2013/Proc. 6017/10.0TBBRG-
A.G1 (HELENA MELO)
ineficaz, pois não tem autoria = falta ou insuficiência de título executivo
A FALTA DE ASSINATURAS SANA-SE
se a recusa de assinatura for anterior à elaboração da ata, “deve ser isso consignado na
acta, sendo assinada pelos demais que hajam participado na assembleia”
se a recusa for posterior à elaboração da ata, o administrador de condomínio notificará,
extrajudicialmente ou por via judicial avulsa, o ausente para vir assinar; uma (nova)
omissão valerá como recusa de assinatura, ficando sanado o vício, pois o ausente já não o
pode vir invocar posteriormente.
não pode haver “incidente” judicial de suprimento dessa ineficácia na própria execução;
isso equivaleria a formar um título executivo judicial ad hoc e não previsto na lei
se o devedor não esteve presente na assembleia de condomínio, não pode assinar a ata,
mas deve receber a comunicação do que foi deliberado, como impõe o artigo 1432.º n.º 6
CC.
CAUSAS GERAIS
falecimento ou extinção de alguma das partes, sem prejuízo do disposto no artigo 162.º CSC;
falecimento do advogado ou a sua absoluta impossibilidade de exercício do mandato, nas
execuções em que seja obrigatória a constituição de advogado;
falecimento do representante legal do incapaz ou a sua absoluta impossibilidade de exercício
da representação nas execuções em que não é obrigatória a constituição de advogado, salvo se
houver mandatário judicial constituído;
despacho judicial de suspensão por ocorrer motivo justificado;
acordo de suspensão entre exequente e executado (não o acordo de pagamentos) por períodos
que, na sua totalidade, não excedam três meses (cf. artigo 272º nº 4) ;
trânsito em julgado da sentença de homologação do plano de recuperação em sede de
processo especial de revitalização (cf. artigo 17º-E nº 1 segunda parte CIRE).
CAUSAS ESPECIAIS
prestação de caução, por oposição à execução (cf. artigo 733º nº 1 al. a));
despacho judicial que entenda justificada a suspensão sem caução, após recebimento de
Meação nos bens comuns do casal (só nos regimes de comunhão de bens)
2º EXECUÇÃO DE DÍVIDAS COMUNS
(TÍTULO EXECUTIVO CONTRA O CASAL)
Lei n.º 7/2001, de 11 de Maio (lei das uniões de facto): nada diz quanto à ação executiva,
nem ao regime dívidas
RPinto 99
3 — O cônjuge não executado pode impugnar a comunicabilidade da dívida:
a) Se a alegação prevista no n.º 1 tiver sido incluída no requerimento executivo, em oposição à
execução, quando a pretenda deduzir, ou em articulado próprio, quando não pretenda opor -se
à execução; no primeiro caso, se o recebimento da oposição não suspender a execução, apenas
podem ser penhorados bens comuns do casal, mas a sua venda aguarda a decisão a proferir
sobre a questão da comunicabilidade;
b) Se a alegação prevista no n.º 1 tiver sido deduzida em requerimento autónomo, na respetiva
oposição.
4 — A dedução do incidente previsto na segunda parte do n.º 1 determina a suspensão da
venda, quer dos bens próprios do cônjuge executado que já se mostrem penhorados, quer dos
bens comuns do casal, a qual aguarda a decisão a proferir, mantendo -se entretanto a penhora
já realizada.
5 — Se a dívida for considerada comum, a execução prossegue também contra o cônjuge não
executado, cujos bens próprios podem ser nela subsidiariamente penhorados; se, antes da
penhora dos bens comuns, tiverem sido penhorados bens próprios do executado inicial, pode
este requerer a respetiva substituição.
6 — Se a dívida não for considerada comum e tiverem sido penhorados bens comuns do casal,
o cônjuge do executado deve, no prazo de 20 dias após o trânsito em julgado da decisão,
requerer a separação de bens ou juntar certidão comprovativa da pendência da ação em que a
separação já sobre os bens comuns, aplicando -se, com as necessárias adaptações, o disposto
no n.º 2 do artigo anterior.
RPinto 100
Artigo 742.º
Incidente de comunicabilidade suscitado pelo executado
1 — Movida execução apenas contra um dos cônjuges e penhorados bens próprios do
executado, pode este, na oposição à penhora, alegar fundamentadamente que a dívida,
constante de título diverso de sentença, é comum, especificando logo quais os bens comuns
que podem ser penhorados, caso em que o cônjuge não executado é citado nos termos e para
os efeitos do n.º 2 do artigo anterior.
2 — Opondo-se o exequente ou sendo impugnada pelo cônjuge a comunicabilidade da
dívida, a questão é resolvida pelo juiz no âmbito do incidente de oposição à penhora,
suspendendo -se a venda dos bens próprios do executado e aplicando -se ainda o disposto
nos n.os 5 e 6 do artigo anterior, com as necessárias adaptações.
RPinto 101
ESQUEMA EXPLICATIVO
VALORES DEVIDOS AO AGENTE DE EXEC. (ART. 20º)
COMUNICAÇÃO DA DÍVIDA
serve para a obtenção de título contra ambos (cf. artigo 34º nº 3 segunda parte)
COMO SE FAZ?
Na ação declarativa: o credor demanda ambos os cônjuges ou o réu mandar chamar o
Na ação executiva desde que o título executivo não seja sentença: incidente de
comunicabilidade da dívida (arts. 741º + 742º; cf. art. 786º nº 5), promovido pelo exequente
ou pelo executado
INCIDENTE DE COMUNICAÇÃO NA AÇÃO EXECUTIVA
PRESSUPOSTOS E PROCEDIMENTO
- SANEAMENTO
- AUDIÊNCIA FINAL
-SENTENÇA DE - SENTENÇA
COMUNICAÇÃO DA
DÍVIDA
. OUTRA
COMUNICAÇÃO
DA DÍVIDA
.
PRESSUPOSTOS E PROCEDIMENTO
- SANEAMENTO
- AUDICÊNCIA FINAL
-SENTENÇA DE - SENTENÇA
COMUNICAÇÃO DA
DÍVIDA
. OUTRA
COMUNICAÇÃO
DA DÍVIDA
.
PRESSUPOSTOS E PROCEDIMENTO
- SANEAMENTO
- AUDICÊNCIA FINAL
-SENTENÇA DE - SENTENÇA
COMUNICAÇÃO DA
DÍVIDA
. OUTRA
COMUNICAÇÃO
DA DÍVIDA
.
FORMAÇÃO DO TÍTULO EXECUTIVO (cf. art. 703º / 1 – d) CPC)
RPinto 110
CASOS PRÁTICOS
VALORES DEVIDOS AO AGENTE DE EXEC. (ART. 20º)
10ª QUESTÃO
Como se pode o executado se defender da
VALORES DEVIDOS AO AGENTE DE EXEC. (ART. 20º)
execução?
ESQUEMA EXPLICATIVO (Ana Leal) +
VALORES DEVIDOS AO AGENTE DE EXEC. (ART. 20º)
JURISPRUDÊNCIA
RPinto 114
RPinto 115
QUADRO GERAL DOS MEIOS DE DEFESA DOS ATOS
PROCESSUAIS DA AÇÃO EXECUTIVA
OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO POR EMBARGOS (arts. 728º ss. CPC)
OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO POR SIMPLES REQUERIMENTO (art. 723º nº 1 al. d) CPC)
CPC)
ARGUIÇÃO DE NULIDADES
Nulidades típicas (arts. 186 ss. CPC)
FORMA ORDINÁRIA
Artigo 728.º
Oposição mediante embargos
1 — O executado pode opor -se à execução por embargos no prazo de 20 dias a contar da
citação.
FORMA SUMÁRIA
Artigo 856.º
Oposição à execução e à penhora
Artigo 732.º
Termos da oposição à execução
1 — Os embargos, que devem ser autuados por apenso, são liminarmente indeferidos quando:
a) Tiverem sido deduzidos fora do prazo;
b) O fundamento não se ajustar ao disposto nos artigos 729.º a 731.º;
c) Forem manifestamente improcedentes.
2 — Se forem recebidos os embargos, o exequente é notificado para contestar, dentro do prazo
de 20 dias, seguindo -se, sem mais articulados, os termos do processo comum declarativo.
3 — À falta de contestação é aplicável o disposto no n.º 1 do artigo 567.º e no artigo 568.º, não
se considerando, porém, confessados os factos que estiverem em oposição com os
expressamente alegados pelo exequente no requerimento executivo.
[…]
Artigo 732.º
Termos da oposição à execução
[…]
4 — A procedência dos embargos extingue a execução, no todo ou em parte.
5 — Para além dos efeitos sobre a instância executiva, a decisão de mérito proferida
nos embargos à execução constitui, nos termos gerais, caso julgado quanto à
existência, validade e exigibilidade da obrigação exequenda.
FUNDAMENTOS
Artigo 729.º
Fundamentos de oposição à execução baseada em sentença
Fundando -se a execução em sentença, a oposição só pode ter algum dos fundamentos seguintes:
a) Inexistência ou inexequibilidade do título;
b) Falsidade do processo ou do traslado ou infidelidade deste, quando uma ou outra influa nos termos
da execução;
c) Falta de qualquer pressuposto processual de que dependa a regularidade da instância executiva,
sem prejuízo do seu suprimento;
d) Falta ou nulidade da citação para a ação declarativa quando o réu não tenha intervindo no
processo;
e) Incerteza, inexigibilidade ou iliquidez da obrigação exequenda, não supridas na fase introdutória
da execução;
f) Caso julgado anterior à sentença que se executa;
g) Qualquer facto extintivo ou modificativo da obrigação, desde que seja posterior ao encerramento
da discussão no processo de declaração e se prove por documento; a
prescrição do direito ou da obrigação pode ser provada por qualquer meio;
h) Contracrédito sobre o exequente, com vista a obter a compensação de créditos;
i) Tratando -se de sentença homologatória de confissão ou transação, qualquer causa de nulidade ou
anulabilidade desses atos.
PROBLEMA: como deduzir compensação na oposição à execução?
1 — Se, depois da venda, se reconhecer a existência de algum ónus ou limitação que não fosse
tomado em consideração e que exceda os limites normais inerentes aos direitos da mesma
categoria, ou de erro sobre a coisa transmitida, por falta de conformidade com o que foi
anunciado, o comprador pode pedir, na execução, a anulação da venda e a indemnização a que
tenha direito, sem prejuízo do disposto no artigo 906.º do Código Civil.
2 — A questão prevista no número anterior é decidida pelo juiz, depois de ouvidos o exequente,
o executado e os credores interessados e de examinadas as provas que
se produzirem.
3 — Feito o pedido de anulação do negócio e de indemnização do comprador antes de ser
levantado o produto da venda, este não é entregue sem a prestação de caução; sendo o
comprador remetido para a ação competente, a caução é levantada, se a ação não for proposta
dentro de 30 dias ou estiver parada, por negligência do autor, durante
três meses.
ANULAÇÃO DA VENDA OU DA SUA INEFICÁCIA
ARGUIÇÃO DE NULIDADES
Falta ou nulidade da citação (arts. 188º a 192º CPC) art. 839º nº 1 al. b) CPC
de setembro)
Quando ocorra legalidade do despacho do agente de execução por
violação de lei substantiva ou processual (que não configure nulidade processual geral ou
NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO, sem prejuízo do poder geral do juiz do art. 272º nº 1