Aula SEP Transmissão

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SISTEMA

ELÉTRICO DE
POTÊNCIA
Introdução

❑ A indústria de energia elétrica tem as seguintes atividades clássicas:


“produção”, “transmissão”, “distribuição” e “comercialização”, sendo
que esta última engloba a medição e faturamento dos consumidores.

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Introdução

❑ A maior parte da energia elétrica gerada no Brasil é proveniente de


usinas hidroelétricas. O Brasil apresenta um grande potencial hidráulico
para a geração de energia elétrica. Uma parte deste potencial se encontra
aproveitada. Há atualmente mais de 110 usinas hidrelétricas em
funcionamento

❑ Nas grandes usinas geradoras o nível de tensão na saída dos geradores


está normalmente na faixa de 6 a 25 kV.

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Introdução

4
Introdução

5
Introdução

❑ No caso das hidroelétricas e termelétricas os geradores são do tipo síncrono


operando na frequência nominal de 60 Hz, que é a frequência dos sistemas
elétricos brasileiros. Observa-se que as máquinas da maior usina do Brasil, a
Usina de Itaipú-Binacional, do lado paraguaio funcionam em 50 Hz, mas são
interligadas por um sistema de corrente contínua com a região Sudeste do Brasil.
Conversores retificadores são utilizados para produzir a corrente contínua em
Foz do Iguaçu - PR, enquanto que em Ibiúna -SP há inversores para produzir a
corrente alternada.

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Introdução

❑ A tensão de saída dos geradores é ampliada a níveis mais altos por meio dos
transformadores elevadores das usinas. Isto é feito para viabilizar as transmissões
a média e longa distâncias, diminuindo-se desta forma, a corrente elétrica e,
portanto possibilitando o uso de cabos condutores de bitolas razoáveis, com
adequados níveis de perdas joule e de queda de tensão ao longo das linhas de
transmissão.

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Introdução

❑ Com relação às fontes convencionais observa-se que as usinas térmicas


apresentam, em geral como característica básica, um menor custo de construção,
maior custo de operação e de manutenção, possibilidades de serem alocadas mais
próximas do mercado consumidor e a possibilidade de operação a plena carga
garantida (supondo-se não haver qualquer tipo de restrição à obtenção do
combustível e excluindo os períodos de manutenção programada ou forçada).

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Introdução

❑ No caso de geração nuclear, as usinas normalmente são situadas o mais próximo


possível dos locais de consumo com o objetivo de minimizar os custos da
transmissão.

❑ As usinas térmicas a carvão (ou a gás) podem ser situadas remotamente junto à
mina de carvão (ou local das reservas de gás), necessitando de maiores redes de
transmissão da energia gerada até os centros consumidores, ou situadas nas
proximidades da carga, local aonde seria transportado o combustível (carvão ou
gás).

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Introdução

❑ As usinas hidrelétricas por sua vez apresentam alto custo inicial, baixo custo de
operação e de manutenção, produção de energia condicionada à hidrologia e
necessitam longos sistemas de transmissão por se localizarem cada vez mais
distantes dos centros consumidores a medida que os potenciais próximos se
esgotam, como é o caso brasileiro.

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1.
O que é transmissão
Quais suas características
A transmissão

❑ Entre a produção da energia elétrica até o seu consumo final existe um


longo caminho pelo qual a energia elétrica é transportada, o qual é
composto pelas redes de transmissão e de distribuição.

❑ Entre as redes de transmissão e de distribuição existe, em muitas


situações, uma outra rede com a função de repartir a energia. Esta rede
intermediária é chamada de “rede de subtransmissão”.

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Elevação da tensão

❑ Junto às usinas, subestações elevadoras transformam a energia para um


nível de tensão adequado, o qual é função da potência a transportar e às
distâncias envolvidas. O transporte de energia é realizado por diferentes
segmentos da rede elétrica que são definidos com base na função que
exercem:

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Tensões de transmissão

❑ Transmissão: redes que interligam a geração aos centros de carga.


❑ Interconexão: interligação entre sistemas independentes.
❑ Subtransmissão: rede para casos onde a distribuição não se conecta a
transmissão, havendo estágio intermediário de repartição da energia entre várias
regiões.
❑ Distribuição: rede que interliga a transmissão (ou subtransmissão) aos pontos de
consumo sendo subdividida em distribuição primária (nível de média tensão -
MT) ou distribuição secundária (nível de uso residencial).

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Tensões de transmissão

❑ As tensões usuais de transmissão adotadas no Brasil, em corrente


alternada, podem variar de 138 kV até 765 kV incluindo neste intervalo
as tensões de 230 kV, 345 kV, 440 kV e 500 kV.

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Tensões de transmissão

❑ Os sistemas ditos de subtransmissão contam com níveis mais baixos de


tensão, tais como 18,8kV, 34,5 kV, 69 kV ou 88 kV e 138 kV e
alimentam subestações de distribuição, cujos alimentadores primários de
saída operam usualmente em níveis de 13,8 kV. Junto aos pequenos
consumidores existe uma outra redução do nível de tensão para valores
entre 110 V e 440 V, na qual operam os alimentadores secundários.

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Tensões de transmissão

❑ As redes com tensões nominais iguais ou superiores a 230 kV são denominadas


de Redes em EHV - Extra Alta Tensão e no Brasil formam a chamada rede
“Básica” de transmissão. As redes com tensões nominais iguais e entre 69 kV e
138 kV são denominadas Redes em AT – Alta Tensão. As redes com tensão
nominal entre 1 kV e 69 kV são denominadas Redes em MT – Média Tensão (ou
em Tensão Primária) e os sistemas com tensões abaixo de 1 kV formam as Redes
em Baixa Tensão (ou em Tensão Secundária).

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Tensões de transmissão

❑ No Brasil existe um sistema que opera em corrente contínua, o Sistema de Itaipu,


com nível de tensão de ± 600 kVDC.

❑ Para se escolher transmissão entre sistemas de corrente alternada ou corrente


contínua são feitos estudos técnicos e econômicos. Sistemas de corrente contínua
começam a se mostrar viáveis para distâncias acima de 600 ~ 800 km.

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Tensões de transmissão

❑ No caso de transmissão em corrente alternada, o sistema elétrico de potência é


constituído basicamente pelos geradores, estações de elevação de tensão, linhas
de transmissão, estações seccionadoras e estações transformadoras abaixadoras.

❑ Na transmissão em corrente contínua a estrutura é essencialmente a mesma,


diferindo apenas pela presença das estações conversoras junto à subestação
elevadora (para retificação da corrente) e junto à subestação abaixadora (para
inversão da corrente) e ainda pela ausência de subestações intermediárias
abaixadoras ou de seccionamento,

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Tensões de transmissão

❑ As linhas de transmissão em corrente contínua apresentam custo inferior ao de


linhas em corrente alternada enquanto que as estações conversoras ainda
apresentam custo relativamente alto portanto a transmissão em corrente contínua
somente se mostra vantajosa em aplicações específicas como na interligação de
sistemas com frequências diferentes ou para transmissão de energia a grandes
distâncias.

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Tensões de transmissão

❑ A necessidade de sistemas de transmissão em tensão superior à de geração e de distribuição


se deve a impossibilidade de transmitir diretamente, mesmo em distâncias relativamente
pequenas , a potência elétrica gerada nas usinas, pois as correntes seriam elevadas e as
quedas de tensão e as perdas de potência na transmissão inviabilizariam técnica e
economicamente as transmissões. Esse problema é tanto mais grave quanto maior for a
distância de transmissão e quanto maior for a potência a ser transmitida. Com a elevação da
tensão, a potência gerada nas usinas (que é função do produto da tensão pela corrente) pode
ser transmitida com correntes inferiores às de geração, o que viabiliza a transmissão .

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Tensões de transmissão

❑ Um fator importante na minimização dos custos de transmissão e de distribuição está ligado


à escolha da seção dos cabos condutores das linhas, ou seja, de sua resistência ôhmica.
Como o custo das linhas (e do sistema de transmissão) aumenta de forma linear com a seção
condutora e as perdas ôhmicas (e portanto o seu custo) variam com o inverso da seção dos
condutores, existe um ponto de mínimo custo, que corresponde a seção condutora ótima.

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Tensões de transmissão

❑ Os consumidores, individualmente, requerem potências inferiores às transmitidas. Portanto,


são previstas estações abaixadoras nas quais as tensões de transmissão são transformadas
para níveis compatíveis com as cargas que vão alimentar regionalmente. Observa-se que as
pequenas potências de distribuição transportadas por circuitos aéreos ou subterrâneos nas
ruas ou avenidas são adequadas às baixas tensões, também por questões de segurança.

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Tensões de transmissão

❑ Em resumo, sob o ponto de vista funcional e também operacional, a estrutura de um sistema


elétrico pode ser dividida em várias subestruturas baseadas sobretudo nos seus diversos
níveis de tensão: geração/ transmissão/ sub-transmissão/ distribuição (primária e
secundária).

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2.
O que é o SIN?
Quais partes o compõe
“Conjunto de instalações e de
equipamentos que possibilitam o
suprimento de energia elétrica nas
regiões do país interligadas
eletricamente, conforme
regulamentação aplicável.”

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Objetivos do SIN
❑ A medida em que aumenta a demanda de energia, mais fontes necessitam
ser exploradas e novas redes de transmissão necessitam ser construídas
para conectar essas novas estações geradoras aos novos pontos de
distribuição e também às estações já existentes, surgindo assim a
interligação de sistemas. Se por um lado essas interligações implicam
numa maior complexidade de operação do sistema como um todo, por
outro, são economicamente vantajosas, além de aumentarem a
confiabilidade do suprimento às cargas

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O sistema interligado nacional

A Figura ilustra, de forma


esquemática, a configuração do SIN
referente ao ano de 2015 indicando
também algumas instalações a
serem implantadas até 2024.

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O sistema interligado nacional

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O sistema interligado nacional

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Objetivos do SIN

❑ (i) a transmissão da energia gerada pelas usinas para os grandes centros


de carga;
❑ (ii) a integração entre os diversos elementos do sistema elétrico para
garantir estabilidade e confiabilidade da rede;
❑ (iii) a interligação entre as bacias hidrográficas e regiões com
características hidrológicas heterogêneas de modo a otimizar a geração
hidrelétrica;
❑ (iv) a integração energética com os países vizinhos.

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Objetivos do SIN
❑ Se um centro consumidor é alimentado radialmente, falhas na
transmissão ou na geração podem prejudicar ou mesmo comprometer
totalmente a sua alimentação, ao passo que se tal centro consumidor fizer
parte de um sistema interligado, existirão “caminhos” alternativos para o
seu suprimento.

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Interconexões entre regiões

❑ As normas irão definir o


que deve ser feito em cada
projeto e também como
deverá ser feito

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Objetivos do SIN
❑ As interligações de sistemas elétricos também podem propiciar um
melhor aproveitamento das disponibilidades energéticas de regiões com
características distintas. Um exemplo é a interligação dos sistemas
Sudeste/Centro Oeste e Sul do Brasil: são sistemas caracterizados por
sensíveis diferenças de hidraulicidade de seus rios, isto é, os períodos
chuvosos não são coincidentes nas diversas bacias hidrográficas. Dessa
forma, através da interligação pode-se fazer uma adequada troca de
energia, sendo o superávit de uma exportado para a outra e vice-versa.

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A ONS
❑ O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é o órgão responsável
pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e
transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) e
pelo planejamento da operação dos sistemas isolados do país, sob a
fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel).

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A ONS
❑ O ONS é composto por membros associados e membros participantes,
que são as empresas de geração, transmissão, distribuição, consumidores
livres, importadores e exportadores de energia. Também participam o
Ministério de Minas e Energia (MME) e representantes dos Conselhos de
Consumidores.

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Objetivos do SIN
❑ Relativamente aos sistemas isolados, uma outra vantagem dos sistemas
interligados é a necessidade de um número menor de unidades geradoras
de reserva para o atendimento da carga.

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A operação do SIN
❑ Desde os grandes motores industriais até os equipamentos
eletrodomésticos, todos são projetados e construídos para trabalhar
dentro de certas faixas de tensão e frequência, fora das quais podem
apresentar funcionamento não satisfatório ou até mesmo se danificarem.
❑ Essas exigências básicas impõem, à operação dos sistemas elétricos um
adequado controle da tensão e da frequência na rede, a qual está sujeita
às mais variadas solicitações de carga.

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A operação do SIN
❑ Essas solicitações, mudam ano a ano, mês a mês e, o que é mais
importante, variam muito durante um único dia (por exemplo, nos
horários de pico – 17:00 às 21:00 horas - a demanda de energia requerida
no sistema é bem maior do que durante a madrugada. Note que não é
possível armazenar energia elétrica comercialmente, e assim deve ser
produzida, a cada instante, na justa medida da demanda requerida.

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A operação do SIN
❑ Além dessas variações de carga previstas, existem outras de natureza
aleatória, como por exemplo, a conexão ou desconexão de cargas por
manutenção ou defeito nas instalações da planta industrial/comercial que
ocasionam alterações, em geral, pequenas na frequência e na tensão da
rede. Variações ou oscilações sensivelmente maiores ocorrem quando
ocorrer defeitos na rede que provocam o desligamento de linhas,
geradores, grandes blocos de carga ou de interligações entre sistemas.

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A operação do SIN
❑ A frequência é controlada automaticamente nos próprios geradores
através dos reguladores de velocidade, equipamentos que injetam mais
ou menos água (ou vapor ou gás) nas turbinas que acionam os geradores,
dependendo do aumento ou diminuição da demanda.

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A operação do SIN
❑ O controle da tensão pode ser feito remotamente nas usinas, através dos
reguladores automáticos de tensão, mas também pode ser efetuado a
nível de transmissão, de subtransmissão e/ou de distribuição. O controle
é feito automaticamente por meio de transformadores com controle de
tap, por compensadores síncronos ou compensadores de reativos
estáticos e, manualmente, por meio de conexão ou desconexão de bancos
de capacitores e/ou reatores em derivação.

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A operação do SIN
❑ É interessante ressaltar também que existem sistemas automáticos de
supervisão e controle ou de despacho automático. O controle é feito por
algoritmos de simulação/decisão em computador com dados monitorados
continuamente sobre o carregamento das linhas de transmissão, as
gerações das diversas usinas e, o estado da rede de transmissão.

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Complexo de Belo Monte

O complexo hidrelétrico de Belo Monte fica


localizado na região de Volta Grande do rio Xingu,
próximo às cidades de Altamira e Vitória do Xingu,
no estado do Pará. Na sua configuração final terá
capacidade instalada de 11.233 MW sendo 11.000
MW na casa de força principal e 233 MW na casa de
força secundária. O início de motorização da usina
se deu em abril de 2016, completando a motorização
em junho de 2020.

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Complexo de Belo Monte

Além de reforços na rede em corrente


alternada vizinha ao ponto de conexão
desse empreendimento na SE Xingu 500
kV, para possibilitar o escoamento pleno
da potencia do AHE Belo Monte, os
estudos levaram à recomendação de dois
bipolos em corrente continua de ± 800
kV, ambos partindo da SE Xingu 500
kV, com capacidade de 4.000 MW cada,
sendo o primeiro indicado para 2018 e o
segundo para 2019

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Complexo de Belo Monte

Tais bipolos têm como pontos de


chegada na região sudeste a SE Estreito,
na divisa dos estados
de Minas Gerais e São Paulo, e o
Terminal RJ, no estado do Rio de
Janeiro, próximo ao Município de Nova
Iguaçu. O bipolo Xingu - Estreito foi
licitado em fevereiro/2013, tendo
entrada em operação prevista para
fevereiro/2018. Quanto ao bipolo Xingu
– Terminal Rio, sua licitação ocorreu em
julho/2015,
tendo a entrada em operação prevista
para fevereiro de 2019.

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Complexo de Belo Monte

Tais bipolos têm como pontos de


chegada na região sudeste a SE Estreito,
na divisa dos estados
de Minas Gerais e São Paulo, e o
Terminal RJ, no estado do Rio de
Janeiro, próximo ao Município de Nova
Iguaçu. O bipolo Xingu - Estreito foi
licitado em fevereiro/2013, tendo
entrada em operação prevista para
fevereiro/2018. Quanto ao bipolo Xingu
– Terminal Rio, sua licitação ocorreu em
julho/2015,
tendo a entrada em operação prevista
para fevereiro de 2019.

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Outras fontes

No caso da geração eólica, foram contratados 600 empreendimentos eólicos desde a realização do
segundo Leilão de Energia de Reserva de 2009, o que totaliza uma capacidade instalada de 15.175
MW em 2019.

Esse conjunto de usinas possui uma capacidade instalada de 2.653MW e está concentrado nas regiões
Nordeste e Sudeste do país, com destaque especial para os estados de Minas Gerais, São Paulo e
Bahia, que são responsáveis por aproximadamente 65% das contratações realizadas.

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Outras fontes

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Outras fontes

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Distribuição

❑ As linhas de transmissão e de subtransmissão convergem para as


estações de distribuição, onde a tensão é abaixada, usualmente para o
nível de 13,8 kV.
❑ Destas subestações originam-se alguns alimentadores que se
interligam aos transformadores de distribuição da concessionária ou a
consumidores em tensão primária.
❑ Os alimentadores primários aéreos operam normalmente de maneira
radial e com formação arborescente atendendo aos pontos de carga,

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Distribuição

❑ Existem ainda outros níveis de tensões primárias normalizadas ,


atendendo localidades específicas, tais como 23 kV (existente em São
Roque); 3,8 kV em alguns pontos da cidade de São Paulo; 6,6 kV em
Santos e São Vicente. Nas localidades onde o nível de tensão é de 3,8
kV ou 6,6 kV a tensão prevista no futuro será de 13,8 kV. No interior
do Estado de São Paulo há o nível 11,9 kV (por exemplo, em
Campinas) e em alguns casos a tensão de 34,5 kV é usada na
distribuição primária

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Por hoje é só…
Dúvidas?

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❑ ruan.branco@sistemafiep.org.br

55
OLÁ!
Eu sou o professor Ruan
Eng. Eletricista
Você pode me encontrar através do e-mail
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