Capital Próprio: Licenciatura em Gestâo

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LICENCIATURA EM GESTÂO

CONTABILIDADE FINANCEIRA

Capital Próprio
INDICE
2

Normativo aplicável
Definição
Reconhecimento
Mensuração
Divulgações
Capital Subscrito
Prémios de Emissão
Outros Instrumentos de Capital Próprio
Reservas
Resultados Transitados
Excedentes de Revalorização
Resultados Líquidos
Dividendos Antecipados
Ações Próprias
Informações complementares
Bibliografia
CAPITAL PRÓPRIO
3

 Normativo
Aplicável
 NCRF 27
Instrumentos
Financeiros
DEFINIÇÃO DE CAPITAL
PRÓPRIO
4

o De acordo com a alínea c), do § 49, da Estrutura Conceptual,


capital próprio é “o interesse residual nos ativos da entidade
depois de deduzir todos os seus passivos”.

o Nas sociedades há que distinguir entre capital próprio e


capital social/nominal.

o O capital próprio é o excedente do ativo sobre o passivo e


representa os fundos aplicados numa sociedade pelos sócios
acrescidos dos lucros não levantados ou distribuídos.

o O capital social representa a soma das quotas-partes


subscritas pelos sócios.
MENSURAÇÃO DO CAPITAL
PRÓPRIO
5

Se CP = A - P então

“a mensuração do CP está dependente da mensuração dos seus ativos e


passivos” (E.C. §66).

Normalmente, o valor de mercado das ações não corresponde ao valor do CP


contabilístico. Devido:

i) aos critérios de mensuração (Justo valor ≠ Custo histórico);

ii) ao não reconhecimento de determinados ativos e passivos (ativos


intangíveis, goodwill, ativos e passivos contingentes).
COMPOSIÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO
6

o O capital próprio é composto por:


- Capital contribuído (investido), a que correspondem os instrumentos de
capital próprio) como sejam:
* Capital Subscrito;
* Prémios de Emissão;
* Outros Instrumentos de Capital Próprio (ex: Prestações Suplementares/Acessórias);

- Capital gerado e retido (não distribuído), como sejam:


* Reservas;
* Excedente de revalorização (relacionados com ativos fixos tangíveis e ativos
intangíveis);
* Outras variações no capital próprio (relacionadas com subsídios ao investimento);
* Resultados transitados;
* Resultado líquido do período.
CAPITAL PRÓPRIO (COMPONENTES)
7

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprio

Capital subscrito
Ações (quotas) próprias
Outros instrumentos de capital próprio
Prémios de emissão
Reservas legais
Outras reservas
Resultados transitados
Excedentes de revalorização
Ajustamentos/ outras variações no capital próprio

Resultado líquido do período

Interesses que não controlam

Total do capital próprio


RECONHECIMENTO DOS
INSTRUMENTOS DE CAPITAL
PRÓPRIO
8

o Os instrumentos de capital próprio são reconhecidos:


- Quando a entidade emite um instrumento de capital próprio;
- Os subscritores fiquem obrigados a entregar dinheiro ou qualquer
outro recurso em troca.
MENSURAÇÃO DOS
INSTRUMENTOS DE CAPITAL
PRÓPRIO
9

NCRF 27 §20

“Uma entidade deve mensurar os instrumentos de capital próprio emitidos pelo


dinheiro recebido ou pelo justo valor dos recursos recebidos ou a receber. Se o
pagamento for diferido e o valor temporal do dinheiro for significativo, a
mensuração inicial deve ser o valor presente da quantia a receber. Todos os custos
associados à emissão de instrumentos de capital próprio devem ser deduzidos à
quantia inscrita no respetivo capital próprio.”

Pelo valor recebido (dinheiro);


Pelo justo valor dos recursos (em espécie);
Valor presente da quantia a receber (diferida);
Custos com emissão deduzidos à quantia inscrita no Capital Próprio
OUTRAS ORIGENS
DAS VARIAÇÕES NO CAPITAL
10

551 Reservas
Legais Estatutárias
Resultados
(através de 552 Outras
lucros / reservas Contratuais
prejuízos
retidos)
56 Resultados
Transitados Livres
Origens
58 Excedentes de
Revalorização revalorização de
de ativos AFT e AI

593 Subsídios de
ativos (ao
investimento)
Capital
594 Doações
(ativos obtidos
gratuitamente)
SUBDIVISÃO DAS CONTAS DO
CAPITAL PRÓPRIO
11

o O Código de contas do SNC, na “Classe 5 – Capital, Reservas e


Resultados Transitados”, decompõe-se da seguinte forma:

51 – Capital Subscrito;
52 - Ações (quotas) próprias;
53 - Outros instrumentos de capital próprio;
54 - Prémios de emissão;
55 – Reservas;
56 – Resultados Transitados;
57 – Ajustamentos em ativos financeiros;
58 - Excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e
intangíveis;
59 – Outras variações no capital próprio.
CONTA 51 - CAPITAL

12

o Conta 51 – Capital Subscrito: contempla o capital subscrito pelos


detentores.

o “Uma entidade deve reconhecer instrumentos de capital próprio no


capital próprio quando a entidade emite tais instrumentos e os
subscritores fiquem obrigados a pagar dinheiro ou entregar qualquer
outro recurso em troca dos referidos instrumentos de capital
próprio.”
o “Se os instrumentos de capital próprio forem emitidos antes dos
recursos serem proporcionados a entidade deve apresentar a quantia
a receber como ativo. (§ 7 da NCRF 27).
OPERAÇÕES COM CAPITAL SOCIAL
13

Operações relacionadas com capital social

 Subscrição Aumento  de  Redução de


Inicial capital Capital
 Entradas em Entradas em  Cobertura de
dinheiro dinheiro prejuízos

 Libertação de
Entradas em  Entradas em
excesso de
espécie espécie
capital

Com finalidade
 Incorporação especial (ex.
de reservas saída de um
sócio/acionista)
CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADES
14

ASPETOS SOC. QUOTAS SOC. ANÓNIMA

NÚMERO DE SÓCIOS 1 5

CAPITAL SOCIAL MÍNIMO LIVRE 50.000 €


DIVISÃO DO CAPITAL QUOTAS AÇÕES
QUOTA/AÇÃO MINIMA 1,00€ 0,01€

CONTRIBUIÇÃO DE INDÚSTRIA NÃO ADMITIDA NÃO ADMITIDA


O QUE RESPONDE PELAS DÍVIDAS DA
PATRIMÓNIO SOCIAL PATRIMÓNIO SOCIAL
SOCIEDADE
SOLIDARIAMENTE PELAS SOLIDARIAMENTE PELAS
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS
ENTRADAS ENTRADAS
CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADES
15

ASPETOS SOC. QUOTAS SOC. ANÓNIMA

A) CONSELHO DE
A) GERÊNCIA + CONSELHO ADMINISTRAÇÃO
FISCAL +
CONSELHO FISCAL
B) CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
B) GERÊNCIA
(compreendendo uma comissão
ESTRUTURA DE ADMINISTRAÇÃO E DE
de auditoria )+ ROC
FISCALIZAÇÃO
CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO
+
C) GERÊNCIA + ROC* CONSELHO GERAL E DE
SUPERVISÃO
+
ROC
NOME DA FIRMA NOME DA FIRMA
FIRMA + +
LIMITADA / LDA SOCIEDADE ANÓNIMA/ SA

Em determinadas circunstâncias o Conselho de Administração pode ser substituído por


Administrador Único, e o Conselho Fiscal por Fiscal Único que nesse caso terá de ser ROC
CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADES
POR QUOTAS
16

o Subscrição: Ato pelo qual os sócios formalizam a sua obrigação de


entrada.

o Realização:
• O cumprimento da obrigação assumida.
• Pode efetuar-se em dinheiro ou em bens diferentes de dinheiro
(entradas em espécie).
• A realização com bens diferentes de dinheiro deve ser objeto de
relatório elaborado por um ROC (art.º 28º CSC).
• Na realização das entradas em dinheiro:
 entradas não diferidas – depositadas numa conta em nome da firma ou
realizadas até ao final do primeiro exercício social da sociedade;
 a parte que excede o valor mínimo da quota, pode ser diferida por um
período de até cincos ano ou por prazo equivalente à metade da duração
da sociedade, se este limite for inferior a cinco anos.
CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADES
POR QUOTAS
17

• Se a realização exceder o valor da subscrição, o excesso é


considerado prémio de emissão ou um empréstimo do sócio à
sociedade (suprimento).

o Suprimentos são empréstimos de sócios que podem vencer juros


e serão objeto de reembolso em data definida.

Registados na conta 25.32 – Financiamentos obtidos – Participantes de capital –


Suprimentos.
CONSTITUIÇÃO DE SOCS. ANÓNIMAS
18

o Na constituição das sociedades anónimas, é possível distinguir quatro


fases: emissão, subscrição, rateio e liberação (ou realização) do capital.

o A emissão de ações não implica registo contabilístico, pois apenas a


subscrição implica a existência de direitos da sociedade sobre terceiros.

o A subscrição pode ser particular ou pública:


• Subscrição particular - capital é subscrito por um número certo de entidades
singulares ou coletivas.
• Subscrição pública – as ações são oferecidas ao público, logo desconhece-se a
totalidade dos subscritores do capital, facto este que pode levar a que o
número de ações subscritas seja superior ou inferior ao número de ações
emitidas.
CONSTITUIÇÃO DE SOC. ANÓNIMAS
19

o Se as ações subscritas são superiores às emitidas, estamos perante o


rateio: é uma forma de repartir as ações colocadas à subscrição sempre
que estas não sejam suficientes para satisfazer a totalidade das ordens de
compra transmitidas pelos investidores nas ofertas públicas.

o A realização do Capital:
• Pode ser diferida a realização de 70% do valor nominal das entradas
em dinheiro (art.º 277.º do CSC) = realização mínima de 30% do valor
nominal não se podendo diferir a realização do prémio de
emissão;
• Se a realização exceder o valor da subscrição, o excesso é considerado
prémio de emissão ou empréstimo do sócio à sociedade (suprimento).
CONSTITUIÇÃO DE SOC. ANÓNIMAS
ACÇÕES
20

Valor Nominal ou Facial (VN): é o valor da ação inscrito no título.


VN = quociente do Capital Social pelo número de títulos emitidos

Valor de Emissão ou Colocação (VE): é o valor a pagar pelo subscritor.


• Se VE = VN - Emissão ao par;
• Se VE > VN - Emissão acima do par ou com prémio de emissão;
• A emissão abaixo do par não é permitida (art.º 298.º CSC).
Registado na conta 54.x – Prémio de emissão

Valor de Cotação ou Valor de Mercado (VM): preço de transação num


mercado regulamentado (por exemplo a Euronext Lisbon).

Valor Contabilístico (VC): Quociente do Capital Próprio pelo número de


ações emitidas.
PRÉMIOS DE EMISSÃO
21

Ocorrem em operações de aumento de capital, correspondem a


um aumento do capital próprio e traduzem-se no valor pago
pelos subscritores acima do montante do capital subscrito 

Visam compensar os sócios/acionistas pré-existentes de


reservas não distribuídas mas também devido a perspetivas de
lucros futuros

Sendo reconhecidas como parte integrante de capital próprio,


estando a sua utilização restringida a cobertura de prejuízos ou
aumento de capital 
CAPITAL SOCIAL
SUBSCRIÇÃO E REALIZAÇÃO
22

Traduz o compromisso do subscritor realizar (pagar) as partes sociais que


subscreveu.
1. Momento da subscrição:
D26 pelo valor de subscrição/emissão
C51 pelo valor nominal
C54 pelo prémio de emissão (diferença entre o valor subscrição/emissão e o valor
nominal)
2. Momento da realização:
D12 pelas entradas em numerário
D14/2x/3x/4x pelas entradas de ativos em espécie
C2x pela assunção de passivos
C54 pelo prémio de emissão resultante do excedente da entrada em espécie sobre o
valor de subscrição quando não é estabelecida a obrigação da empresa entregar a
diferença (ou C2532 quando a empresa obrigação de entregar a diferença)
C26 pelo valor de subscrição/emissão realizado
CAPITAL SOCIAL
SUBSCRIÇÃO E REALIZAÇÃO
23

As subscrições do capital social registam-se nas seguintes contas:

Soc. Anónimas
261 Acionistas com subscrição
261(1) Acionista A
261(2) Acionista B
261(…) Acionista …

Soc. por quotas


262 Quotas não liberadas
262(1) Sócio A
262(2) Sócio B
262(…) Sócio …
AUMENTO DE CAPITAL
Artº 87º a 93º CSC

24

• O aumento de capital de uma sociedade pode ser efetuado mediante:


 Entradas em dinheiro ou entradas em espécie (art.º 89º CSC);
 Incorporação de reservas disponíveis (art.º 91º CSC);
 Transformação de dívidas em capital.
AUMENTO POR INCORPORAÇÃO DE RESERVAS

25

Com a incorporação de reservas, quer o Ativo quer o Passivo da sociedade


mantêm-se, assim como o Capital Próprio, havendo, no entanto, uma variação
na composição deste último.

As reservas, como parte integrante do capital próprio, são transformadas em


capital social.

A deliberação de aumento de capital indicará se são criadas novas quotas ou


ações, ou se apenas aumenta o valor nominal destas.

» na falta de indicação aumenta-se o valor nominal (art. 92.º, n.º 3, do CSC).


55 51
€ €
TRANSFORMAÇÃO DE DÍVIDAS EM CAPITAL

26

Neste caso o Ativo mantém-se e há um aumento do Capital Próprio em


contrapartida da redução do Passivo (capital alheio).

A empresa consegue dois objetivos através de um único processo:

i. aumenta o valor do seu capital social e


ii. diminui o montante das suas dívidas.
27/22 outras dívidas 51


valor das ações emitidas

ações entregues aos credores


REDUÇÃO DO CAPITAL
Artigos 94º a 96.º CSC
27

Redução com reembolso:


 Saída de um sócio;
 Excesso de capital;
implica a restituição ao sócio, ou sócios, da parte do capital próprio que lhe
cabe.

Redução sem reembolso:


 Cobertura de prejuízos; ou
 Questões Legais.
os sócios não são reembolsados pela parte do capital social reduzido. Visa o
saneamento do balanço por meio da cobertura de prejuízos.
REDUÇÃO DO CAPITAL
Artigos 94º a 96.º CSC
28

A redução de capital origina uma diminuição nas garantias oferecidas pela


sociedade aos seus credores, e como tal só pode ser efetivada após verificados
os condicionalismos previstos nos artigos 94º a 96º do Código das Sociedades
Comerciais.
Assim, e em termos gerais, depois de efetuada a assembleia geral de sócios e
tomada a resolução de reduzir o capital social.
AÇÕES (QUOTAS) PRÓPRIAS
29

Traduz uma dedução do capital próprio decorrente da


aquisição de instrumentos de capital da própria entidade
(ações ou quotas)

São reconhecidas como uma diminuição do capital


próprio, pelo justo valor da retribuição paga (§8 – NCRF 27)

Nota: Não deve ser reconhecido nenhum ganho ou perda na demonstração da


de resultados em resultado da compra, venda ou cancelamento de ações
próprias (qualquer efeito de ganho ou perda deve ser reconhecido diretamente
no capital próprio na conta 59x)
AÇÕES (QUOTAS) PRÓPRIAS
30

Rubricas Notas 31/12/2018 31/12/2017

Capital próprio

Capital subscrito 14 1 000 000 1 000 000

Ações (quotas) próprias 14 (240 000) (240 000)

Reservas legais 15 802 374 802 374

Outras reservas 15 30 890 728 30 890 728

Resultados transitados 15 (30 890 875) (30 494 805)

Ajustamentos / outras variações no capital próprio 15 160 000 507 974

Resultado líquido 15 (3 450 866) (2 174 237)

Total do capital próprio (1 728 638) 292 035


AÇÕES (QUOTAS) PRÓPRIAS
31

A aquisição de ações/quotas próprias têm limites impostos pelo CSC dos quais
se salienta:

 Regra geral sociedades anónimas não podem adquirir mais do que 10% do
seu capital social (artº 317 CSC)

 As sociedades anónimas têm que tornar indisponíveis reservas pelo


montante da contraprestação (artº 324 CSC, aplica-se a mesma disposição à sociedades
por quotas por remissão do nº 4, do artº 220º)
» p.e. 551x Reservas indisponíveis

 As sociedades por quotas ou anónimas têm de dispor de reservas livres em


montante não inferior ao dobro da contraprestação (artº 220º e artº 324º ambos do
CSC)
OUTROS INSTRUMENTOS DE
CAPITAL PRÓPRIO
32

Correspondem a um compromisso dos subscritores (ou outros)


pagarem os instrumentos de capital a que estejam obrigados
(ou que tenham subscrito)

É necessário atender à substância e à realidade financeira da


operação e não à sua forma jurídica.

São reconhecidas como um aumento do capital próprio, pelo


justo valor da retribuição recebida, desde que não sejam
suscetíveis de reembolso, caso contrário são tratados como
dívida a reembolsar ao investidor (suprimentos).
Exemplos comuns: prestações suplementares/acessórias
Conta 53 – OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO
PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES
33

PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES - Art. 210º a 213º CSC Soc.


Quotas
• São entradas de dinheiro exigidas aos sócios para reforço do capital da
sociedade.
• Não vencem juros.
• Só podem ser exigidas se estiverem previstas no contrato de sociedade,
assim como o seu montante e respetiva repartição pelos sócios.
• Não é fixado nenhum prazo de reembolso.
• Só podem ser restituídas desde que o Capital Próprio não fique inferior à
soma do capital e da reserva legal e o sócio já tenha liberado a sua quota.

Nota: quando existir previsão


São registadas na conta #53
reembolso de reembolso são « Outros instrumento de capital próprio »
passivo (registado na conta 253x)
Conta 53 – OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO
PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES
34

Contabilização de Prestações suplementares


  
 As prestações suplementares respeitam a entradas de dinheiro,

como reforço do capital, se o contrato de sociedade tal exigir, e


não vencem juros.
 
 A restituição das prestações suplementares aos sócios depende

da deliberação dos mesmos em Assembleia Geral e só pode ser


efetuada desde que o capital próprio (depois da restituição) não
fique inferior à soma do Capital (social) e da reserva legal.
Conta 53 – OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO
PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES
35

Exemplo 1: Contabilização de prestações suplementares


 
O contrato da empresa Alfa, Lda., contempla a entrega por parte dos seus sócios, de
prestações suplementares. Em conformidade, os sócios deliberaram entregar à sociedade €
35.000.
 
Contabilização da deliberação dos sócios entregarem à empresa as prestações
suplementares:
Valor
Data Histórico Conta 
Débito Crédito
Dd Outras operações com os sócios 268x 35.000,00
Dd Prestações suplementares 53 35.000,00

Contabilização do recebimento das prestações suplementares:


Dd Banco X 11/12x 35.000,00
Dd Outras operações com os sócios 268x 35.000,00
Conta 53 – OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO
PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES
36

Exemplo 1: Contabilização de prestações suplementares (continuação)


 
Passados dois exercícios económicos, os sócios deliberaram que as prestações
suplementares entregues, fossem restituídas, uma vez que o capital próprio depois
da restituição permanecia superior à soma do capital social e da reserva legal.
 
Contabilização: Restituição das prestações suplementares:

Valor
Data Histórico Conta 
Débito Crédito
Dd Prestações suplementares 53 35.000,00
Dd Outras operações com os sócios 268x 35.000,00

Contabilização do pagamento aos sócios:


Dd Outras operações com os sócios 268x 35.000,00
Dd Banco x 12x 35.000,00
PRESTAÇÕES ACESSÓRIAS

37

Prestações acessórias
Soc. Quotas
  e
Soc Anónimas

 As prestações acessórias estão definidas nos artigos 209º e 287º do CSC,


respetivamente para as sociedades por quotas e anónimas.
 As prestações acessórias podem ser ou não em dinheiro e podem ou não vencer
juros e podem ou não estar contempladas no contrato de sociedade.
 Se as prestações acessórias não vencerem juros e não estiver definida a data do
posterior reembolso aos sócios devem ser contabilizadas no capital próprio, na conta
«53 - Prestações suplementares».
 As prestações suplementares só são exigidas, pelos estatutos das sociedades por
quotas. (conferir artigos 35º e 210, do CSC)
 Se, ao contrário, vencerem juros e/ou estiver definida a data de reembolso, devem ser
consideradas como suprimentos e contabilizadas no passivo da empresa, na conta
«253x Financiamentos obtidos – Participantes de capital».
SUPRIMENTOS

38

SUPRIMENTOS

• São empréstimos dos sócios (dinheiro ou coisa fungível) à sociedade,


ficando esta obrigada a restituir outro tanto do mesmo género e qualidade.
• São objeto de reembolso em data definida.
• Vencem juros.
• É efetuado um contrato.

25.3x - Financiamentos obtidos - Participantes de capital


- Suprimentos
PRESTAÇÕES ACESSÓRIAS
vs SUPRIMENTOS
39

Exemplo 02: Contabilização de suprimento (empréstimo de sócio).

No dia 31 de dezembro de 20N0, os sócios entregaram à sociedade €


30.000,00 que vencem juros postecipados à taxa de 6% ao ano. Os juros
são pagos em 31 de dezembro de 20N(+1) e na data do reembolso do
dinheiro aos sócios. Em 31 de dezembro do ano 20N(+2) aquele montante
será restituído aos sócios.

Contabilização do recebimento dos suprimentos admitindo que não


existe retenção na fonte:
PRESTAÇÕES ACESSÓRIAS
vs SUPRIMENTOS
40

Valor
Data Histórico Conta 
Débito Crédito
31- Recebimento do empréstimo 12x 30.000,00
dez- Sócios 253x 30.000,00
N0
Contabilização do pagamento dos juros relativos ao ano de 20N+1:
31- Outros juros a pagar 6918x 1.800,00
dez- Banco X 12x 1.800,00
N+1
Contabilização da restituição dos suprimentos e pagamento dos juros relativos ao ano de
20N+2:
31- Sócios 253x 30.000,00
dez- Outros juros a pagar 6918x 1.800,00
N+2 Banco X 12x 31.800,00
RESPONSABILIDADE DA GERÊNCIA
Artigo 35.º CSC
41

Perda de metade do capital


1 - Resultando das contas de exercício ou de contas intercalares, tal como elaboradas
pelo órgão de administração, que metade do capital social se encontra perdido, ou
havendo em qualquer momento fundadas razões para admitir que essa perda se
verifica, devem os gerentes convocar de imediato a assembleia geral ou os
administradores requerer prontamente a convocação da mesma, a fim de nela se
informar os sócios da situação e de estes tomarem as medidas julgadas convenientes.

2 - Considera-se estar perdida metade do capital social quando o capital próprio da


sociedade for igual ou inferior a metade do capital social.

3 - Do aviso convocatório da assembleia geral constarão, pelo menos, os seguintes


assuntos para deliberação pelos sócios:

a) A dissolução da sociedade;
b) A redução do capital social para montante não inferior ao capital próprio da
sociedade, com respeito, se for o caso, do disposto no n.º 1 do artigo 96.º;
c) A realização pelos sócios de entradas para reforço da cobertura do capital.
APLICAÇÃO DE RESULTADOS

42
o No final de cada período económico, a empresa apura um resultado líquido,
que pode ser positivo ou negativo.

o Os resultados líquidos sejam lucro ou prejuízo, no inicio ano seguinte


deverão ser sempre transferidos para resultados transitados.
Resultado

Prejuízo

Db 56x
Cr 818

Lucro

Db 818
Cr 56x

o No caso de ser positivo, o resultado obtido no final de cada período de relato


deve ser alvo de uma proposta de aplicação, ao abrigo da alínea f) do nº 5 do
art.º 66º CSC.
APLICAÇÃO DE RESULTADOS

43

o Nos primeiros 90 dias de cada exercício os sócios ou acionistas deverão


apreciar e deliberar sobre o relatório e contas do ano anterior e aplicação de
resultados

o Na Assembleia-Geral da empresa é decidido onde é aplicado o resultado


líquido apurado:
- Se o resultado for negativo: é transferido para a conta de resultados
transitados;
- Se o resultado for positivo, pode ser aplicado:
 Cobertura de prejuízos acumulados (se existentes)
 Reservas Legais e/ou Livres;
 Distribuição de lucros/dividendos;
 Gratificações ao pessoal;
 Manter em resultados transitados.
RESULTADO LÍQUIDO
44

Corresponde à diferença entre os rendimentos e os gastos de


um período (incluindo gasto com imposto sobre o
rendimento).

Resume o desempenho da entidade durante o período.

É através desta componente que se faz a ligação com a


demonstração dos resultados.
RESULTADOS TRANSITADOS

45

Representam lucros (prejuízos) provenientes de períodos


anteriores que não foram objeto de aplicação por parte dos
detentores de capital.
RESERVAS
46

Representam lucros não distribuídos aos sócios estando, por


conseguinte, retidos na entidade.

Integra duas naturezas:


 Reservas legais, aquelas que decorrem de imposição legal
(ex: reservas legais do artº 218º, artº 220º e artº 295º C.S.C)
 Outras reservas, aquelas que são geradas por vontade dos
sócios ou por contrato (ex: reservas estatutárias, contratuais
e livres)
RESERVAS
47

Natureza jurídica das reservas de lucros

Obrigatórias
Aquelas que a entidade tem o dever de constituir

551 Reservas Legais


(Por força da lei)

552 Outras reservas


552x Contratuais
552x Estatutárias

Facultativas
Aquelas em que a sua constituição depende de deliberação da AG

552 Outras reservas


552x Livres
552x Especiais
RESERVAS
48

o As reservas são, essencialmente, resultados não distribuídos, e


surgem essencialmente por dois motivos:
1. Por uma questão de prudência e previdência, a entidade não deve
atribuir aos sócios a totalidade dos lucros mas sim reservar uma
parte para fazer face a prejuízos futuros, sempre possíveis;
2. No sentido de garantir os interesses dos credores e dos próprios
postos de trabalho da entidade, a própria lei comercial obriga a
que as sociedades de responsabilidade limitada retenham, dos
lucros líquidos de cada exercício económico, determinada
percentagem para constituição da “reserva legal”.
RESERVA LEGAL
49
o RESERVA LEGAL:
- As sociedades por quotas e anónimas deverão reservar, após a
cobertura de eventuais prejuízos acumulados, 5% dos lucros obtidos em
cada período à constituição de reserva legal até que esta atinja 20% do
Capital Social (art.º 295º CSC).
- Para as sociedades por quotas, o limite mínimo da reserva legal é de 2
500 Euros (art.º 218.º CSC).
- Só pode ser utilizada para (art.º 296º CSC):
 cobrir parte do prejuízo evidenciado pelo balanço do período que não possa
ser coberto pela utilização de outras reservas;
 para cobrir a parte dos prejuízos transitados do período anterior que não possa
ser coberto pelo lucro do período nem pela utilização de outras reservas;
 para incorporação no capital social.
UTILIZAÇÃO DA RESERVA LEGAL
50

Só pode ser utilizada para:


 cobrir parte do prejuízo evidenciado pelo balanço do
período que não possa ser coberto pela utilização de
outras reservas

 para cobrir a parte dos prejuízos transitados do


período anterior que não possa ser coberto pelo lucro
do período nem pela utilização de outras reservas

 para incorporação no capital social


DIVIDENDOS ANTECIPADOS
51

Traduzem-se numa redução do capital próprio e correspondem


a adiantamentos por conta de lucros do exercício, feitos a
acionistas antes do fim do período a que respeitam 

Nota: só permitido em sociedades anónimas e no decurso do


2º semestre
DIVIDENDOS ANTECIPADOS
Conta 89
52

Durante o 2º semestre do exercício podem existir pagamentos por


dividendos antecipados nas sociedades anónimas (artº297 CSC)

Db 89 Cr 263
Db 263 Cr 12 e Cr 242 (retenções / dividendos)

No período seguinte aquando a aplicação de resultados:

Db 56 / Cr 89
ALGUMAS OPERAÇÕES
COM DETENTORES DE CAPITAL
53

Fase do arranque
Subscrição de capital

Fase de desenvolvimento e exploração


Suprimentos
Db 12x Cr 253

Prestações suplementares ou acessórias


Db 12x Cr 53x

Aumentos de capital
Ver Slides 21, 24 e 25

Reduções de capital
Db 51X Cr 56/268/12X

Aplicação de resultados
Db 56x Cr 55x/264
Bibliografia

 ALMEIDA, Rui, DIAS, Ana I., ALBUQUERQUE, Fábio, CARVALHO, Fernando, PINHEIRO, Pedro, (2010) - “SNC
EXPLICADO – 2ª EDIÇÃO”, ATF Edições Técnicas, Lisboa.

 ALMEIDA, Rui, ALMEIDA, Mª do Céu, DIAS, Ana I., ALBUQUERQUE, Fábio, CARVALHO, Fernando, PINHEIRO,
Pedro, (2010) “SNC CASOS PRÁTICOS E EXERCÍCIOS RESOLVIDOS”, ATF Edições Técnicas, Lisboa.

 BORGES, António, RODRIGUES, Azevedo e RODRIGUES, Rogério, (2010) “ELEMENTOS DE CONTABILIDADE


GERAL”, 25ª Edição, Áreas Editora, Lisboa.

 SILVA, Eusébio Pires da, SILVA, José Luís Miguel da, JESUS, Tânia Alves de, SILVA, Ana Cristina Pires da, (2011)
“SNC -CONTABILIDADE FINANCEIRA – CASOS PRÁTICOS - TOMO I (Contabilidade das empresas individuais)”,
Rei dos Livros, Lisboa.

 SILVA, Eusébio Pires da e SILVA, Ana Cristina Pires da, (2010) “SNC – MANUAL DE CONTABILIDADE”, Rei dos
Livros, Lisboa.

 Sistema de Normalização Contabilística (SNC).


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