Universidade Wutivi Faculdade de Ciências Socias e Humanas Licenciatura em Psicologia Clínica Disciplina: Psicologia Comportamental
Universidade Wutivi Faculdade de Ciências Socias e Humanas Licenciatura em Psicologia Clínica Disciplina: Psicologia Comportamental
Universidade Wutivi Faculdade de Ciências Socias e Humanas Licenciatura em Psicologia Clínica Disciplina: Psicologia Comportamental
Helder Sive
Kevin Zulficar
Docente: Orlando
Pensamentos perturbados Dentro dos modelos cognitivos
de distúrbios emocionais
l Deve-se lembrar que alguns agorafóbicos experimentam pouca ansiedade porque eles são
consistentemente capazes de evitar suas situações fóbicas. A presença de outros sintomas tais
como depressão, despersonalização, sintomas obsessivos e fobias sociais não invalida o
diagnóstico, desde que esses sintomas não dominem o quadro clínico. Entretanto, se o paciente
já estava significativamente deprimido quando os sintomas fóbicos iniciaram, episódio depressivo
pode ser um diagnóstico principal mais apropriado; isso é mais comum em casos de início tardio.
A presença ou ausência de transtorno de pânico (F41.0) na situação agorafóbica na maioria das
ocasiões pode ser registrada por meio de um quinto caractere:
F40.00 Sem transtorno de pânico
F40.01 Com transtorno de pânico
Inclui: transtorno de pânico com agorafobia
Fobias sociais
Fobias sociais frequentemente se iniciam na adolescência e estão centradas em tomo de um
medo de expor-se a outras pessoas em grupos comparativamente pequenos (em oposição a
multidões), levando à evitação de situações sociais. Diferentemente da maioria das outras
fobias, as fobias sociais são igualmente comuns em homens e mulheres. Elas podem ser
delimitadas (isto é, restritas a comer ou falar em público ou encontrar-se com o sexo oposto) ou
difusas, envolvendo quase todas as situações sociais fora do círculo familiar. Um medo de
vomitar em público pode ser importante. Confrontação direta olho a olho pode ser
particularmente estressante em algumas culturas. Fobias sociais estão usualmente associadas à
baixa autoestima e ao medo de críticas. Elas podem se apresentar como uma queixa de rubor,
tremores das mãos, náuseas ou urgência miccional e o indivíduo às vezes está convencido de
que uma dessas manifestações secundárias de ansiedade é o problema primário; os sintomas
podem progredir para ataques de pânico. A evitação é frequentemente marcante e em casos
extremos pode resultar em isolamento social quase completo
Criterios de diagnostico
Todos os critérios seguintes devem ser preenchidos para um diagnóstico definitivo:
(a) os sintomas psicológicos, comportamentais ou autonômicos devem ser primariamente
manifestações de ansiedade e não secundários a outros sintomas tais como delírios ou
pensamentos obsessivos;
(b) a ansiedade deve ser restrita ou predominar em situações sociais;
(c) a evitação das situações fóbicas deve ser um aspecto proeminente.
Inclui: antropofobia neurose social
Diagnóstico diferencial
Os modelos cognitivos de ansiedade generalizada propõem que os indivíduos vivenciam ansiedade difusa porque suas
crenças a respeito de si mesmos e do mundo os tornam propensos a interpretar uma grande variedade de situações
como ameaçadoras. As crenças ou suposições disfuncionais que estão envolvidas na ansiedade generalizada são
extremamente variadas. Entretanto, a maioria gira em torno de questões de aceitação, competência, responsabilidade, e
controle, bem como dos sintomas da ansiedade em si. Exemplos de suposições relacionadas a
Aceitação: ‘não represento nada, ao menos que seja amado’, ‘ a crítica e sinônimo de rejeição pessoal’, e ‘ sempre devo
agradar aos outros’.
Suposições relacionados a competência incluem: na vida só a ganhadores e perdedores’, ‘ se cometer um erro
fracassarei’, não consigo enfrentar. O sucesso das outras pessoas deprecia o meu, tenho de fazer tudo perfeitamente’, ‘se
algo não está perfeito não tem valor algum’
Suposições relacionadas a responsabilidade incluem ‘ sou maior responsável pelo entretenimento das pessoas quando
está comigo’, ‘ sou o maior responsável pela formação dos meus filhos’. ‘
Entre as suposições relacionadas ao controle estão: soou o único capaz de resolver os meus problemas’, ‘tenho sempre
de manter o controle da situação’, ‘se permitir que alguém fique muito íntimo, essa pessoa vai me controlar’, ‘ as
suposições relacionadas a ansiedade
SUMÁRIO DOS TÓPICOS A
SEREM COBERTOS NA
AVALIAÇÃO
Breve descrição do problema apresentado
Para cada problema:
Descrição detalhada de uma ocasião recente em que o problema ocorreu ou se apresentou em sua forma mais pronunciada
Situação
Reação corporal
Cognições
Comportamento
Relação de situações em que a ocorrência do problema ee mais provável/mais seria
Evitacao (situações e atividades, ativa e passivas)
Modulares (coisas que agravam ou melhoram o problema)
Atitudes e comportamento das outras pessoas
Crenças sobre as causas do problema
Experimentos comportamentais (quando apropriados)
Inicio e evolução
Medicação prescrita e não prescrita
Tratamento anterior (tipos, tiveram êxito?)
Pontos fortes e habilidades pessoais
Circunstancias sócias e financeiras
Os três procedimentos de monitorização mais comuns
Uma vez iniciado o tratamento, e importante fazer uma monitorização continua dos progressos
obtidos, com o objetivo de decidir se uma determinada estratégia de tratamento está
funcionando, ou se o caso precisa ser reformulado e/ou se novo procedimento terapêuticos
precisam ser implementados. Os três procedimentos de monitoração mais comuns são:
Questionários padronizados. Ha vários questionários padronizados que podem ser usados na
monitoração do progresso semanal. O inventario de beck para a ansiedade e o inventário de
beck para depressão constituem, respectivamente, medidas uteis do humor em estado de
ansiedade e depressão.
Os diários podem ser usados para se manter registros dos sintomas. A figura aseguir ilustra um
diário especificamente elaborado para pacientes com distúrbios de pânico. Sugere uma forma
útil de diário para ansiedade generalizada.
Pede se aos pacientes que registrem, a cada três horas, se vivenciaram qualquer ansiedade no
período que precedeu. Se a resposta for positiva, da se uma nota para intensidade as ansiedade
em uma escala de 1 a 5 pontos e, se a resposta for negativa, regista se 0. As medidas que podem
ser obtidas através desse diário constituem o numero médio de períodos de ansiedade por
semana e a media da intensidade de ansiedade durante esses períodos.
Quando a preocupação principal reside nos sintomas específicos, e geralmente útil fazer diários
individualizados.
Avalição das crenças
Um dos principais objetivos da terapia cognitivo comportamental e ajudar o paciente a confrontar suas
crenças irracionais e suas interpretações errôneas. Para que se possa determinar o êxito desse
questionamento, as crenças que os pacientes sustentam com relação a determinados pensamentos
chaves são repetidamente monitoradas . Pode se avaliar a crença em um pensamento ao se pedir ao
paciente que lhe de uma nota numa escala que vai e 0 ‘ não acredito de forma alguma’ a 100 ‘estou
absolutamente convencido’. As avaliações repetidas de crenças podem ser usadas para monitorar o
progresso durante as sessões e entre elas, e também para ajudar os pacientes a concentrar sua
atenção nos papeis importantes desempenhados por crenças especificas na manutenção de seus
problemas. Em geral, as avaliações de crenças para antecipação de catástrofe ( por exemplo ‘‘serei
incapaz de enfrentar’’ ‘‘ as pessoas acharão que sou burro se eu falar abertamente na sala de aulas’’ ,
‘qquando estou ansiosa e tendo sensação de desiquilíbrio, ee sinal de que provavelmente vou
desmaiar’’) são mais altas quando os pacientes se encontram em situações que provocam medo, ou
experimentam um sintoma ameaçador, do que quando estão discuntindo calmamente esses fatos em
uma sessão de terapia. Por isso, e importante que os terapeutas verifiquem se o tratamento resultou
na redução das crenças, tanto nas situações temidas quanto no contexto clinico.
Principais técnicas de abordagem cognitivo-comportamental para o
tratamento das perturbações de ansiedade
Pede se ao paciente que se recorde de um evento ou uma situação recente que estejam
associados a ansiedade, e dos quais tenham uma lembrança bem clara. O terapeuta deve fazer
perguntas como: o que se passou por sua cabeça naquele momento? ‘Alguma imagem lhe
ocorreu naquele momento? ’ ‘ Quando você estava no ápice da ansiedade, qual era a pior coisa
que pensava poder acontecer? O grau de convicção dos pacientes nos pensamentos relativos a
ansiedade geralmente varia de acordo com seu nível de ansiedade.
Ao enumerarem as cognições associadas aos ataques de pânico, os terapeutas devem procurar
ajudar os pacientes a observar as ligações entre as sensações especificas ou grupos de
sensações e interpretações especificas. Isso pode ser alcançado ao se fazer uma lista de todas as
sensações que o paciente experimenta durante um ataque de pânico, e também uma lista dos
pensamentos que ocorrem nessa ocasião.
Utilização de imagens mentais e representações de papeis (role – play) para reviver
uma experiência emocional
Quando o questionamento direto simples não é capaz de evocar os pensamentos automáticos, pode ser útil ao paciente que reviva o
fato emocional recente, seja através da repetição dele de forma detalhada, utilizando – se as imagens mentais ou, se se tratar de uma
interação interpessoal, através da representação de papeis. As instruções para se reviver uma experiência emocional através de
imagens mentais podem ser as seguintes:
Parece que é difícil para você, recordar exatamente o que estava acontecendo e o que estava passando pela sua cabeça naquela
situação. Quando isso acontece, as vezes achamos que é útil fazer com que as pessoas procurem produzir uma imagem clara de si
mesmas na situação e então rodar a imagem da mesma maneira que se rodaria um filme. Para ajudá-lo a fazer isso, primeiro gostaria
de ensiná-lo rapidamente a produzir imagens claras. (O terapeuta então pede ao paciente que imagine um objeto neutro, como uma
maçã ou uma rosa, que indique quando uma imagem clara esteja formada, e então verifica se a pessoa realmente está visualizando o
objeto através de perguntas como: ‘‘ você consegue ver as pétalas da rosa? Elas estão enroladas quais são as suas cores? etc. ’agora
que você tem uma pratica gostaria que imaginasse na situação que discutimos, um pouco antes de notar que estava ficando ansioso.
Assim que conseguir uma imagem clara, pode descrever o que consegue ver? (O paciente descreve a cena). Agora, roda a imagem para
frente, atentando o tempo todo para o que está acontecendo, como está se sentindo e o que está se passando pela sua cabeça. O que
vê agora? No momento em que houve um aumento repentino de sua ansiedade, o que estava passando pelas sua cabeça?
Quando o evento que está sendo discutido for uma interação interpessoal (por exemplo, a confrontação com alguém no trabalho) o
uso de representações de papeis e geralmente mais eficaz do que a revivescência através de imaginação. Depois de obter uma
descrição detalhada de como a outra pessoa na interação se comportou, o terapeuta desempenha o papel da outra pessoa enquanto
os pacientes desempenham os papeis ‘ deles mesmos’
Mudanças de humor durante a sessão
As mudanças de humor durante as sessões de terapia podem ser fortes particularmente uteis de
pensamentos automáticos. O terapeuta indica a ocorrência de uma mudança de humor e então pergunta
ao paciente: ‘ o que passou por sua cabeça naquele momento?
Determinar o significado de um evento
Às vezes, as tentativas habilidosas de evocar pensamento automáticos são malsucedidas. O terapeuta
deve então procurar discernir através de perguntas, o significado especifico do evento para o paciente.
Por exemplo
Terapeuta: você não tem certeza daquilo que passava por sua cabeça quando se sentiu ansioso em
(especificar a situação). Relembrando a situação agora, o que ela significou para você? (Se isso não
funcionar, o terapeuta talvez precise fornecer mais sugestões, dando aos pacientes uma ideia do tipo de
pensamentos que acompanham a ansiedade relacionam-se a percepção de perigo; os que acompanham a
culpa relacionam-se a convicção de que fez algo de errado; os que acompanham a raiva relacionam – se a
percepção dos outros como tendo quebrado uma de suas regras idiossincráticas sobre o que é certo, etc.)
Modificar os pensamentos negativos e comportamento associados