Aula V - Têmpera e Revenimento

Têmpera e Revenimento
Aula 4
Tratamentos Térmicos dos Aços
TRATAMENTO - TÊMPERA
- Aquecimento
Acima da linha A1 (entre 815° e
870°C), tanto para aços hipo e
hipereutetóides.
- Resfriamento
Rápido
- Objetivo  obter estrutura

martensítica Constituintes estruturais resultantes
Aumento de dureza - Aços eutetóides  Martensita
Aços Hipoeutetóides  Martensita e Perlita
Aumento de resistência a tração -Aços Hipereutetóides Martensita e Carbonetos
Aumento de resistência ao desgaste secundários
Redução na tenacidade
Aços Hipereutetóide  50°C acima da linha A3

Aços Hipereutetóide  Temperatura inferior da linha Acm e acima da linha A1
TRATAMENTO DOS METAIS
Temperaturas, meios de
resfriamento e dureza resultante
para aços carbonos.
MARTENSITA
- Obtida por resfriamento rápido da austenita (CFC) até temperatura
próximo da ambiente.
O resfriamento rápido evita a difusão do carbono (transformação
adifusional), permanecendo retido como impurezas intersticiais, resultando
em uma solução sólida supersaturada.
Estrutura TCC
Transformação instantânea
(sem difusão)  elevada taxa
de transformação 
praticamente independente
do tempo.
Movimento coordenado dos átomos é inferior a uma distância Sítio do

atômica. átomo de C
- Admiti-se que a martensita
apresenta uma estrutura tetragonal
centrada, formada por um
movimento de átomos em planos
específicos da austenita.
- Caracterizada pela supersaturação
de carbono, e por apresentar tensões
Aspecto micrográfico de um aço temperado:
internas e tensões térmicas
martensita. Ampliação 1000x. (resultantes do resfriamento não
uniforme).
- Tem-se a parte central sob
compressão e as camadas mais
externas sob tração.
Resfriamento
rápido
Relação entre dureza, teor de carbono e quantidade de

martensita.
TRATAMENTO - REVENIDO
- Tratamento térmico que normalmente sempre acompanha a têmpera,
para a obtenção de propriedades mecânicas específicas (aliviar ou remover
as tensões internas, corrigir a dureza e a fragilidade excessiva da
martensita, aumentar a resistência ao choque e a ductilidade).
Têmpera
Com raras exceções o revenimento
dos aços é realizado entre 175 ° e
650°C, em tempos que variam entre
Revenimento 30 min e 4 horas.
TRANSFORMAÇÕES NO REVENIMENTO EM VIRTUDE DA TEMPERATURA
- 25° a 100°C: segregação ou redistribuição do carbono em direção as

discordâncias;
- 100° a 250°C (1ºestágio): Precipitação de carbonetos episilon (Fe2-3C e

reticulado hexagonal). Pode estar ausente em aços de baixo carbono e
baixa liga). Dureza 65 HRc  60HRc.
- 200° a 300°C (2°estágio): Austenita retida se transforma em ferrita e

cementita em aços carbono de médio e alto carbono.
- 250° a 350°C (3º estágio): forma-se o carboneto metaestável Fe5C2.

Dureza 60 HRc  50HRc.
- 400 a 600°C: os aglomerados de Fe3C passam a forma esferoidal, fcand
mantida uma estrutura de ferrita acicular. Dureza 50 HRc  45-25HRc.
- 500 a 600°C (4º estágio): para aços contendo Ti, Cr, Mo, V, Nb, ou W, há
precipitação de carbonetos de liga (endurecimento secundário).
- 600° a 700°C: ocorre a recristalização e crescimento de grão; a cementita

apresenta forma esferoidal. Dureza 25HRc  5-20HRc.
Você em Ação
1. Explique o que é fragilidade ao revenido.
2. Explique o que é o endurecimento secundário.

Efeito da temperatura de revenimento no aço AISI 1045

Efeito da temperatura e do tempo no aço carbono

Ciclo de Tratamento Térmico para um aço rápido – Revenimentos

Múltiplos
Tratamentos Térmicos
Recozimento Tempera e
Total ou Pleno Revenido
Recozimento
Normalização
Isotérmico
Resfriamento
Lento
Resfriamento
(dentro do forno)
ao ar
Ciclos de Tratamentos Térmicos.

Você em Ação
Sobre os tipos de tratamentos térmicos para um mesmo material,
comparativamente representados pelos gráficos temperatura x tempo
abaixo, pode-se afirmar que referem-se, respectivamente, a
(A) Recozimento, Têmpera e Revenido.

(B) Revenido, Recozimento e Têmpera.
(C) Têmpera, Revenido e Recozimento.
(D) Têmpera, Recozimento e revenido.
AUSTÊMPERA
- Evita-se a transformação direta da
martensita, eliminando-se os
inconvenientes que essa estrutura
apresenta quando obtida pelo revenimento.
O aço é austemperado mediante mediante

a seguinte sequência:
- Aquecimento até a temperatura
austenítica (790° a 915°C)
- Resfriamento em um banho quente
(sais/óleo) a temperatura constante (260° a Tratamento isótermico para
400°C) obtenção de estrutura bainítica.
- Permanência nesse banho para
transformação isotérmica da austenita. Peças de barras de pequenos
- Resfriamento até a temperatura ambiente diâmetros ou tiras de chapas de
ao ar calmo ou em banho de sal. pequenas espessuras.
- A grande vantagem da austêmpera sobre a
têmpera e o revenimento convencional
reside na transformação direta da
austenita sobre a bainita.
- Tensões internas resultantes são muito
menores em virtude da transformação a
temperaturas mais altas que a da
martensita.
- Não há distorção, ou empenamento ou
redução/eliminação da possibilidade do
aparecimento de fissuras de têmpera.
Os aços mais conveniente para a austêmpera são:

- Aços carbono comuns contendo entre 0,5 a 1,0%C e mínimo de 0,6%Mn
- Aços carbono de alto carbono, contendo mais que 0,9%C e menos que 0,6%Mn
- Aços carbono com carbono abaixo de 0,5% e manganês entre 1,0 a 1,65% (ex:1041)
- Aços liga, de baixo teor de liga, contendo carbono acima de 0,3% (série 5000) e acima de 0,4%C
(série 1300 e 4000, 6145 e 9440)
MARTÊMPERA
Têmpera interrompida a partir da Temp. de
austenitização de modo a retardar o
resfriamento do aço.
A martêmpera compreende a seguinte

sequência:
- Aquecimento até a faixa de austenitização
- Resfriamento num meio fluido quente
(óleo aquecido, banho de sal, metal
fundido), até temperatura acima da linha
Ms.
- Manutenção nesse meio de resfriamento Diminui a probabilidade de
até que temperatura se uniformize em toda empenamento ou distorção nas
peças.
a seção.
Formação de martensita de modo
- Resfriamento a velocidade moderada bastante uniforme através de toda a
(geralmente ao ar). seção da peça.
1090, 4130, 4140, 4150, 4640, 5140, 6150, 8630, 8640, 8740, 8745,
além de alguns tipos de aços para cementação, tais como 3312,
4620, 5120, 8620 e 9310.
Ciclos de Tratamentos Térmicos.

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Têmpera e Revenimento

- Objetivo  obter estrutura

Aços Hipereutetóide  50°C acima da linha A3

Movimento coordenado dos átomos é inferior a uma distância Sítio do

Relação entre dureza, teor de carbono e quantidade de

- 25° a 100°C: segregação ou redistribuição do carbono em direção as

- 100° a 250°C (1ºestágio): Precipitação de carbonetos episilon (Fe2-3C e

- 200° a 300°C (2°estágio): Austenita retida se transforma em ferrita e

- 250° a 350°C (3º estágio): forma-se o carboneto metaestável Fe5C2.

- 600° a 700°C: ocorre a recristalização e crescimento de grão; a cementita

2. Explique o que é o endurecimento secundário.

Efeito da temperatura de revenimento no aço AISI 1045

Efeito da temperatura e do tempo no aço carbono

Ciclo de Tratamento Térmico para um aço rápido – Revenimentos

Ciclos de Tratamentos Térmicos.

(A) Recozimento, Têmpera e Revenido.

O aço é austemperado mediante mediante

Os aços mais conveniente para a austêmpera são:

A martêmpera compreende a seguinte

Ciclos de Tratamentos Térmicos.

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