Malaria

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PARASITOLOGIA HUMANA

Me. Flávio Augusto

PORTO VELHO
2021
 Acometeu 229 milhões de pessoas no mundo em Vamos conhecer
2020; IMAGINE UMA
um poucoUMA
DOENÇA da
história
DOENÇAdessa
QUE:
 409 mil foram a óbitos; doença?

 25 a 30 milhões de pessoas que viajam para


áreas endêmicas, entre 10 a 30 mil contraem
essa doença.

 90% das pessoas acometidas são crianças;

 Até o final dessa aula 187 pessoas irão


decorrente dessa doença
Ronald Ross
Cherles L. A.
1887
Laveran 1880

Século XVIII
“mal aire”

Século V a.C

Século XVII
Século II d.C Século XVI Cinchona
I Guerra Mundial um Anos 1970 –
inimigo inesperado Campanha Mundial de Erradicação

Paul Muller
DDT - 1942
600 mil internações
Das formas armadas dos EUA
Afinal de contas, de
qual doença
estamos falando?
 A Malária é uma doença infecciosa  causada pelo
protozoário unicelular do gênero Plasmodium, e
transmitida, entre humanos, por meio da picada de
mosquitos do gênero Anopheles
CONSIDERAÇÕES GERAIS

 CLASSIFICAÇÃO

 Reino: Protista;

 Filo: Apicomplexa;

 Gênero: Plasmodium.

 Espécies: Mais de 150


 Plasmodium falciparum
 Plasmodium vivax
 Plasmodium malariae
 Plasmodium ovale
 Plasmodium knowlesi
CICLO BIOLÓGICO

https://www.youtube.com/watch?v=CRAHOSuImI8

https://www.youtube.com/watch?v=XQAj4Y2cA1c
Plasmodium sp. Morfologia
† Esporozoíto:

• Alongado;

• Forma infectante para o homem e inoculada pelo mosquito;

• Complexo apical;

• Proteína circunsporozoítica.

 ASSEXUADA – ESQUIZOGONIA (Humano) –hospedeiro intermediário.


Plasmodium sp. Morfologia
† Merozoíto hepático:
• Formas do ciclo exo - eritrocitário: hepatócitos;

• Assemelham-se aos esporozoítos, porém são mais curtos e grossos;

• Célula uninucleada com conóide de penetração (extremidade apical).

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Plasmodium sp. Morfologia

 Ciclo eritrocítico
† Trofozoíto jovem:

• Forma de anel, sendo o aro (citoplasma) e a pedra (núcleo).

P. falciparum P. vivax

GRANULAÇÕES DO SCHUFFNER 15
Plasmodium sp. Morfologia

† Trofozoíto maduro:

• Citoplasma irregular ou vacuolizado.

P. falciparum P. vivax

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Plasmodium vivax Morfologia
† Esquizonte / merozoítos
• Assemelha-se estruturalmente aos da fase hepática exo-
eritrocítica;

• Crescimento do parasita com aumento desordenado de suas


organelas e núcleos.
Febre
Pigmento malárico
• 12 a 24 núcleos - P. vivax
• 8 a 32 núcleos - P. falciparum
P. falciparum / P. vivax

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Plasmodium sp. Morfologia

† Microgameta ou gametócito masculino


- Formas variáveis, dependendo da espécie;
- Rápido processo de formação.

P. falciparum P. vivax

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Plasmodium vivax. Morfologia

† Macrogameta ou gametócito feminino

- Formas variáveis, dependendo da espécie;


- Rápido processo de formação.

P. falciparum P. vivax

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Plasmodium sp. Morfologia
† SEXUADA – ESPOROGONIA (Inseto) –hospedeiro definitivo
P. falciparum / P. vivax

Microgameta
(8 flagelos ) macrogameta

zigoto oocisto

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Plasmodium sp. Anopheles
 Período de incubação

Reservatório

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Plasmodium sp. Transmissão

† Transmissão Congênita: rara no momento do parto.

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Plasmodium sp. Transmissão

† Uso compartilhado de agulhas contaminadas.

23
Plasmodium sp. Transmissão

† Transfusão de sangue de doadores na fase crônica.

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Plasmodium sp. Patologia

† Alterações fisiopatológicas estão ligadas à:

• esquizogonia eritrocítica do parasito nas


hemácias;

• reações de hipersensibilidade;

• obstrução do fluxo sangüíneo;

• hiperfagocitose de hemácias parasitadas.


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Plasmodium sp. Patologia
† Plasmodium falciparum:(GRAVE)

• Liberação de citocinas;

• Seqüestro dos eritrócitos parasitados na


rede capilar – mecanismo de fuga do baço

• Deposição de hemácias “roseta” – TNF-α

† Plasmodium vivax:

• Malária não complicada e complicada.

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Plasmodium sp. Patologia

† Grau de hemólise está relacionado com:


• Número de hemácias parasitadas;
• Alterações da membrana citoplasmática eritrocitária;
• Resposta imune adquirida.

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Plasmodium sp. Patologia

† Conseqüência da hemólise:
• Hiperplasia e hipertrofia do sistema linfo-reticular;

• Hipovolemia;

• Anemia;

• Hipóxia tecidual: desencadeamento de insuficiência


renal, edema pulmonar e alterações no SNC e outros
órgãos.

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Plasmodium sp. Patologia

† Fígado
† Pigmento malárico
“Hemozoína”

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Plasmodium sp. Patologia

† Baço
† Pigmento malárico
“Hemozoína”

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Plasmodium sp. Sintomatologia

† Quadro Clínico Habitual

 1ª Fase:

• Calafrios;

• Pulso rápido e fino, podendo


sobrevir náuseas e vômitos;

• Entre meia e uma hora o frio


cessa e começa a 2ª fase.

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Plasmodium sp. Sintomatologia

 2ª Fase

• Calor e febre (39-41ºC);

• Duração de 2 a 4 horas;

• Pulso cheio, pele quente e seca;

• Intervalo febril dura até o término do ciclo eritrocítico;

• Assincronismo das esquizogonias.


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Plasmodium sp. Sintomatologia

 3ª Fase

• Sudorese;

• Normalização da temperatura.

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Plasmodium sp. Diagnóstico Clínico

† P. flaciparum – 8 a 12 dias;

† P. vivax – 12 a 14 dias;

† Transfusão sanguínea e hemoderivados –


10 horas a 60 dias.

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Plasmodium sp. Diagnóstico Clínico

† Período pré-patente:

• Compreende o tempo desde a inoculação


dos esporozoítas nos capilares até a invasão
dos merozoítas nas hemácias;

• Varia segundo a espécie, o número de


formas infectantes e a resposta imune do
hospedeiro (hipnozoita).

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Plasmodium sp. Diagnóstico Clínico

† Período subpatente:

• compreende o período do ciclo eritrocítico.

† Período patente:

• associado as manifestações clínicas – detecção


pela hemoscopia.
EPIDEMIOLOGIA

 Casos de Malária no
Mundo na última década:
1,5 bilhões;

 Média de óbito na última


década: 627 mil;

 92% dos casos de malária


no mundo ocorre na África;

 90% dos casos dos óbitos


ocasionado por malária no
mundo são de crianças
menores de 5 anos WHO, 2019
EPIDEMIOLOGIA
DISTRIBUIÇÃO DA MALÁRIA
NO BRASIL

158 mil casos:


 150 mil casos de P. vivax

 8 mil casos de P. falciparum


NÚMEROS CASOS DE MALÁRIA
NO BRASIL
NÚMEROS CASOS DE INTERNAÇÃO
POR MALÁRIA NO BRASIL
NÚMEROS CASOS DE ÓBITOS POR
MALÁRIA NO BRASIL
Plasmodium sp. Diagnóstico Clínico

† Período pré-patente:

• Compreende o tempo desde a inoculação


dos esporozoítas nos capilares até a invasão
dos merozoítas nas hemácias;

• Varia segundo a espécie, o número de


formas infectantes e a resposta imune do
hospedeiro (hipnozoita).

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Plasmodium sp. Diagnóstico Clínico

† Período subpatente:

• compreende o período do ciclo eritrocítico.

† Período patente:

• associado as manifestações clínicas – detecção


pela hemoscopia.
Plasmodium sp. Diagnóstico Clínico
Gota espessa Corada:

a) 1 ou 4 gotas de sangue em uma lâmina.

b) Com a ponta de 1 estilete desfibriná-la.

c) Secar ao ar ou estufa a 37 ºC (6 a 36hs)


para fixar.

d) Corar pelo Giemsa.

OBSERVAÇÕES:
- Pode-se desemoglobinizar a lâmina. + =1-10 parasitos por 100 campos de g.e
++ = 11-100 parasitos por 100 campos g.e
-Examinada pelo menos 5 minutos por +++ =1-10 por campo de gota espessa
++++ = mais de 10 parasitos por campo
profissional competente antes de
considerar-se o exame negativo.
45
Plasmódium sp. Diagnóstico Clínico

Esfregaço Delgado Corado:

a) Uma gota de sangue sem anticoagulante


distendida, fixada e corada pelo Giemsa.

b) Examinar por pelo menos 10 a 15 minutos


no microscópio.

OBSERVAÇÃO: Identificação da espécie de


Plasmodium, pois o prognóstico a curto
e longo prazos, bem como a escolha dos
medicamentos depende, em certa
medida, da espécie em causa.

Corar 46
Plasmodium sp. Diagnóstico Clínico
† Imunológicos:

• Imunofluorescência indireta;

• Hemaglutinação;

• ELISA;

• Fixação de Complemento;

• Imunocromatografia.
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A IMPORTÂNCIA DO LABORATÓRIO
NO DIAGNÓSTICO DA MALÁRIA

1. Confirmação da suspeita clínica através


do exame laboratorial;

2. Diferenciação da espécie de
Plasmodium;

3. Aplicação terapêutica de acordo com


espécie diagnosticada;

4. Notificação e controle dos casos de


malária na região;

5. Bem estar do paciente


Plasmodium sp. Tratamento
 Infecção por Plasmodium vivax ou Plasmodium malariae:
Cloroquina (3 dias)
Primaquina (7 dias)

 Infecção por Plasmodium falciparum (RESISTENCIA A CLOROQUINA)


Artemeter + lumefantrina (Coartem) (3 dias)

 Infecção por Plasmodium falciparum (2 escolha)


Quinina (3 dias)
Doxicilina (5 dias)
Primaquina (6 dias)

 Malária Mista
Artemeter + lumefantrina (Coartem) (3 dias)
Primaquina (7 dias)
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TRATAMENTO SEGUNDO GUIA
PRÁTICO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
TRATAMENTO SEGUNDO GUIA
PRÁTICO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
TRATAMENTO SEGUNDO GUIA
PRÁTICO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
TRATAMENTO SEGUNDO GUIA
PRÁTICO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
TRATAMENTO SEGUNDO GUIA
PRÁTICO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
TRATAMENTO SEGUNDO GUIA
PRÁTICO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
TRATAMENTO SEGUNDO GUIA
PRÁTICO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
TRATAMENTO SEGUNDO GUIA
PRÁTICO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
TRATAMENTO SEGUNDO GUIA
PRÁTICO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
TRATAMENTO SEGUNDO GUIA
PRÁTICO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
O QUE É NECESSÁRIO PARA REALIZAR A
PESQUISA DE PLASMÓDIO?
PLANEJAMENTO: SE PLANEJE PRA TUDO
NA VIDA, SE NÃO....!!!!!

1. EPI’s;

2. Equipamentos necessários

3. Materiais de consumo

4. Reagentes necessários;
MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA
EQUIPAMENTO DE TRABALHO
RELAÇÃO DE MATERIAL PARA
LABORATÓRIO DE MALÁRIA
COLHEITA DE LÂMINAS
• Laminas de vidro
• Microlancetas descartáveis
• Luvas de látex descartáveis
• Algodão hidrófilo
• Álcool
• Caixa porta-laminas
• Etiquetas auto-adesivas
• Formulários
• Tubo para remessa de laminas
• Lenço de papel absorvente
• Fosfato monobásico de potássio,

500g
COLORAÇÃO DE LÂMINAS • Fosfato de sódio básico, 500g
• Água destilada
• Pissetas, 250ml ou 500ml • Glicerol PA
• Placa plástica com bordo para • Álcool metílico PA
coloração • Secador para secagem das laminas
• Proveta graduada, 25ml (madeira)
• Proveta graduada, 50ml • Frasco escuro, capacidade para 500
• Proveta graduada, 100ml ou 1.000ml
• Proveta graduada, 500ml • Frasco conta-gotas plástico ou de
• Perolas de vidro vidro, 20ml/30ml (para solução
• Giemsa em pó, 24g de Giemsa)
• Azul de metileno em pó, 24g • Óleo de imersão para microscopia
PESQUISA DE PLASMÓDIO
COLORAÇÃO DAS LÂMINAS
PREPARO DA GOTA ESPESSA
MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO
DA PARASITEMIA

MÉTODO TRADICIONAL DE AVALIAÇÃO


• Semiquantitativa (em cruzes)

CRITÉRIOS
• Numero de campos a examinar: 100
ESTIMATIVA DA PARASITEMIA A PARTIR
DA AVALIAÇÃO SEMIQUANTITATIVA

CRITÉRIOS
• Numero de campos a examinar: 100.
• Classificar a parasitemia em cruzes, de acordo com o método tradicional
de avaliação semiquantitativa, anteriormente mencionado.
• Registrar o intervalo de parasitemia por μl, conforme o quadro
a seguir, lembrando que 100 campos microscópicos equivalem a 0,2μl de sangue:
Método de avaliação relativa à contagem
de leucócitos por campo
Critérios
• Numero de campos a examinar: aqueles que levem ao alcance do
numero de leucócitos padronizado. Em geral, contam-se 200 leucócitos.
• Contar simultaneamente o numero de parasitos assexuados, ate alcançar
200 leucócitos.
• Assumindo uma leucometria padrão de 6.000 leucócitos/μl de
sangue para todo paciente com malaria, realizar uma regra de três
para obter a parasitemia/μl de sangue. Por exemplo:
Se encontrarmos 50 parasitos assexuados contra 200 leucócitos, teremos
x parasitos para 6.000 leucócitos

Entao x = (50 x 6.000) ÷ 200 = 1.500


parasitos/μl.
MÉTODO DE AVALIAÇÃO PELO PERCENTUAL DE HEMÁCIAS
PARASITADAS (ESFREGAÇO DELGADO)
Critérios
• Numero de campos a examinar: aqueles que levem ao alcance do
numero de 500 hemácias (em geral, de 5 a 10 campos).
• Contar simultaneamente o numero de parasitos assexuados, ate alcançar
500 hemácias.
• Realizar uma regra de três para obter a parasitemia percentual. Por
Exemplo: Se encontrarmos 50 parasitos assexuados contra 500 hemácias
teremos um percentual de 10% de hemácias parasitadas, ou seja,

Esse resultado equivale, em um individuo


com 5.000.000 de hemácias por microlitro
de sangue, a uma parasitemia de 500.000
parasitos/μl de sangue.
REGISTROS DE RESULTADOS
DO EXAME MICROSCÓPICO
ELEMENTOS FIGURADO DO SANGUE
CARACTERÍSTICAS ENTRE P. vivax DO P.
falciparum ENCONTRADOS NO SANGUE
PERIFÉRICO
FORMAS EVOLUTIVAS Plasmodium falciparum Plasmodium vivax
forma : anel ou as vezes aberto, forma de anéis pequenos, as vezes
virgulas, regulares, 1, 2 ou 3 abertos,mostrando apenas uma massa de
Trofozoitos jovens cromatina. Ausência de cromatina (raramente duas). Pode ser confundido
pigmento malárico com os trofozoitos jovens do P. falciparum.
Ausência de pigmento malárico. Os anéis podem
ser maiores e, nesse caso, apresentam vacúolo
claramente definido.

Trofozoitos maduros forma rara: compacto, com Grande, amebóide e com vacúolo presente.
aspecto solido, sem vacúolo ou Grânulos finos de pigmento malárico escuro no
com pequeno vacúolo citoplasma, geralmente identificados como
formas irregulares

Esquizontes grande, redondo e com menos de 12 núcleos


(cromatinas) quando ainda jovem. Grânulos de
AUSENTE pigmento fino, escuro e difuso pelo citoplasma.
Quando maduro, apresenta 12 a 24 merozoitos
(cromatinas maiores)

forma de “banana”, “crescente” Redondo ou oval, com única massa de cromatina


Gametócito ou “salsicha”, e considerado triangular ou redonda, tamanho variável.
típico dessa espécie. Pigmento malárico fino, difuso e escuro sobre o
citoplasma. As formas mais evoluídas podem ser
maiores que o microlinfocito
P. falciparum P. vivax
CUIDADO!!!!!
SUGESTÃO DE DIAGNÓSTICO

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