2ºsem Semana3
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2ºsem Semana3
1.1 - Introdução
- O efeito do tempo nas relações jurídicas institui o requisito de
validade de alguns direitos, que somente podem ser exercidos
dentro de um certo prazo, sob pena de extinção da ação vinculada
ao direito (prescrição) ou do próprio direito (decadência).
- RENÚNCIA À PRESCRIÇÃO: Pode ser expressa ou tácita (art. 191, CC). Por tratar-se de
instituto de ordem pública, criado para estabilizar as relações jurídicas:
Não deve implicar em prejuízo para terceiros;
Deve ser feito após consumado o prazo prescricional;
- Quando o dies ad quem do prazo prescricional cai em sábados, domingos ou feriados, ocorre a
prorrogação para o 1º dia útil seguinte (art. 132,§1º, CC; art 184, §1º, I, CPC e art. 775, CLT).
- Quanto ao dies a quo – é preciso ter ciência da violação do direito. VEJAMOS:
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.3 – Normas gerais sobre prescrição.
- Contagem do prazo prescricional: DIES A QUO
SUM 156, TST: “Da extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional
do direito de ação em que se objetiva a soma dos períodos descontínuos de trabalho”.
OJ SDI – 1 83, TST: “A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso
prévio. Art. 487,§1º, CLT”.
SUM 380, TST: “Aplica-se a regra prevista no ‘caput’ do art. 132, do CC/2002 à
contagem do aviso prévio, excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento”.
SUM 350, TST: “O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento de decisão
normativa flui apenas da data de seu trânsito em julgado”.
OJ SID-1 129, TST: “A prescrição extintiva para pleitear judicialmente o pagamento da
complementação de pensão e do auxílio-funeral é de 2 anos, contados a partir do óbito
do empregado”.
OJ SDI-1 401, TST:” O marco inicial da contagem do prazo prescricional para o
ajuizamento de ação condenatória, quando advém a dispensa do empregado no curso de
ação declaratória que possua a mesma causa de pedir remota é o trânsito em julgado da
decisão proferida na ação declaratória e não a data da extinção do contrato de
trabalho.”.
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.4 – Prescrição parcial e prescrição total
TOTAL: Quando afeta o próprio direito, que não mais poderá ser pleiteado em juízo
(ex.: após o decurso de 2 anos da extinção do contrato de trabalho, sem a propositura da
ação).
PARCIAL: Quando afeta apenas as partes ainda não prescritas. Incide em relação às
prestações periódicas decorrentes do contrato de trabalho. A cada violação de uma
prestação devida em decorrência do contrato, nasce para o titular o direito de reclamar
seu cumprimento, devendo tal direito ser exercido no prazo máximo de 5 anos.
- SUM 452, TST: “Tratando-se de pedido de pagamento de diferenças salariais
decorrentes da inobservância dos critérios de promoção estabelecidos em Plano de
Cargos e Salários criado pela empresa, a prescrição aplicável é a parcial, pois a lesão é
sucessiva e se renova mês a mês”.
- Quanto ao MOMENTO: o art. 193 do CC afirma que pode ser alegada em qualquer grau de
jurisdição.
- Todavia, a SUM 282, do STF afirma ser inadmissível a arguição da prescrição em sede de
recurso extraordinário.
- SUM 153, TST: “Não se conhece da prescrição não arguida na instância ordinária”
(contestação e recurso ordinário, não sendo cabível no recurso de revista).
- HIPÓTESE: se a ação é julgada improcedente, sem que o juiz manifeste-se sobre a prescrição,
seria necessário o empregador alegar, em contrarrazões de recurso ordinário ou o Tribunal
Regional pode se pronunciar?
Entendimento de Alice Monteiro de Barros: A prescrição deve ser enfrentada nas contrarrazões.
Princípios da finalidade e utilidade processuais; Economia e celeridade.
2) Decadência no Direito do Trabalho
- No Direito do Trabalho, o exemplo mais claro de decadência é o inquérito para
apuração de falta grave que segue à suspensão do empregado detentor de estabilidade
no emprego (art. 853, CLT).