O documento descreve uma aula sobre a pintura "O Casamento dos Arnolfini", de Jan van Eyck, dada pelo Professor Barrow no Museu Nacional da Grã-Bretanha. O professor explica os detalhes simbólicos da pintura, incluindo a fruta, o cão, a estátua e a vela, e como estas indicam a prosperidade, lealdade e consentimento do casamento. Ele também aponta que as testemunhas estão refletidas no espelho da pintura na forma de Jan van Eyck e outra figura, mostrando que a pint
O documento descreve uma aula sobre a pintura "O Casamento dos Arnolfini", de Jan van Eyck, dada pelo Professor Barrow no Museu Nacional da Grã-Bretanha. O professor explica os detalhes simbólicos da pintura, incluindo a fruta, o cão, a estátua e a vela, e como estas indicam a prosperidade, lealdade e consentimento do casamento. Ele também aponta que as testemunhas estão refletidas no espelho da pintura na forma de Jan van Eyck e outra figura, mostrando que a pint
O documento descreve uma aula sobre a pintura "O Casamento dos Arnolfini", de Jan van Eyck, dada pelo Professor Barrow no Museu Nacional da Grã-Bretanha. O professor explica os detalhes simbólicos da pintura, incluindo a fruta, o cão, a estátua e a vela, e como estas indicam a prosperidade, lealdade e consentimento do casamento. Ele também aponta que as testemunhas estão refletidas no espelho da pintura na forma de Jan van Eyck e outra figura, mostrando que a pint
O documento descreve uma aula sobre a pintura "O Casamento dos Arnolfini", de Jan van Eyck, dada pelo Professor Barrow no Museu Nacional da Grã-Bretanha. O professor explica os detalhes simbólicos da pintura, incluindo a fruta, o cão, a estátua e a vela, e como estas indicam a prosperidade, lealdade e consentimento do casamento. Ele também aponta que as testemunhas estão refletidas no espelho da pintura na forma de Jan van Eyck e outra figura, mostrando que a pint
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M4
Ideias & Imagens Módulo 4 – Leitura de
Ana Lídia Obra Pinto | Fernanda Meireles Manuela Cernadas Cambotas Uma aula sobre pintura flamenga dada no Museu The National Gallery pelo Professor Barrow, Mestre em História da Arte. O professor Barrow é uma personagem ficcional criada pelo escritor Noah Charney (historiador de arte e diretor e fundador da Association for Research into Crime against Art - ARCA), no seu livro O Ladrão de Arte. Charney descreve-o como um homem idoso, de cabelos brancos e rosto vermelho, docente numa universidade londrina que, naquela altura, estava a ser perseguido por três agentes. Convido-vos a participar nesta sua aula.... “- Senhoras e senhores, vou levá- los numa visita a National Gallery. Por favor mostrem espanto, veneração e subsequente esclarecimento adequado. Este é o Contrato de Casamento de Jan van Eyck […] um pintor, um intelectual e um agente secreto […]. Um dos primeiros homens do Renascimento, atrevo-me a dizer. Embora não tivesse inventado a pintura a óleo, Jan van Eyck elevou-a a um nível de perfeição nunca antes visto e influenciou todos os artistas que lhe sucederam. […].
Jan Van Eyck, O Casamento dos Arnolfini, 1434,
óleo sobre madeira de carvalho, 82 x 60 cm Reparem que há alguma coisa escrita […] no fundo do quadro: ‘Johannes van Eyck me fecit’, […] que tornou van Eyck tão magnífico foi a sua precisão, e esta foi conseguida através do uso de tintas a óleo. […] Também eram utilizados pincéis minúsculos, para permitir pormenores minuciosos. Mas a sobreposição das tintas é que é o segredo. […]. Este é o retrato de duas pessoas, o Sr. e a Sra Giovanni Arnolfini. O senhor era um comerciante de tecidos que vivia em Bruges. […] Está de mão dada com o seu lastro, que está vestida num verde sumptuoso debruado a pele, visivelmente dispendioso. […] A senhora parece estar grávida, certo? Errado! […] Juntou o amplo vestido à sua frente segurando-o com a mão […]. A Sra. Arnolfini deve parecer atraente e fértil. E há mais. Durante o Renascimento, no Norte da Europa, os artistas utilizavam uma técnica com um nome intrigante simbolismo disfarçado. Vou dar-vos exemplos simples. […] Há uma peça de fruta, provavelmente uma laranja, em cima da mesa por baixo da janela à direita de Giovanni. A fruta simboliza prosperidade e florescimento económico e biológico. Há um cão no chão entre o casal. […] O cão é o símbolo disfarçado da lealdade. Que mais? Veem a estátua na parede ao fundo da sala? É de Santa Margarida, a santa a quem rezariam se desejassem engravidar. [...] Como é que eu sei que não se tratou de um casamento forçado? Olhem para o cimo do quadro. Há um candeeiro com uma vela acesa. […]. Há uma tradição germânica em que deve ser acesa uma vela durante uma cerimónia de casamento, e colocada à porta do quarto conjugal dos recém- casados. No momento em que o casamento for consumado, [...] os pais do casal apagavam a vela. […] O simbolismo disfarçado permite que os quadros sejam interpretados, como os livros, mas primeiro temos de perceber o código. É um enigma à espera de ser decifrado. [...] Porque é que este quadro se intitula O Contrato de casamento? […] Para juntar os trapos bastava dar a mão à namorada e fazer uns votos em frente a duas testemunhas. Podemos ver que os Arnolfini estão de mãos dadas. Também estão descalços. Significa que estão em solo consagrado. Mas estão num quarto. Sim, mas estão no meio de uma cerimónia de sagrado matrimónio. […]
Então, onde estão as testemunhas?
[…]. Há um espelho convexo ao centro da sala. […] Mas o que vemos nós no espelho? Duas figuras. Uma de turbante azul, e outra... de turbante vermelho […]. Jan van Eyck usa um turbante vermelho no seu [possível] autorretrato […]. As duas testemunhas refletidas no espelho significa que estão onde nós agora estamos, a observar. […] E, no caso de não terem ficado totalmente convencidos, mesmo no centro do quadro há uma assinatura que diz: ‘Johannes van Eyck esteve aqui, 1434’. Assinou este quadro enquanto testemunha. O quadro é literalmente um contrato de casamento! Agora, para a sala seguinte!”
Jan Van Eyck, Homem de Turbante Vermelho, 1433,
óleo sobre madeira, 15,5 x 19 cm CONCLUSÃO Esta obra é hoje considerada como uma das mais notáveis de Van Eyck. É um dos primeiros retratos de tema não hagiográfico que se encontram conservados e representa uma cena do quotidiano ou de género. A obra foi inovadora para a época em que foi concebida, exibe diversos conceitos novos relativamente às perspetivas e à acentuação dos segundos planos.