Introdução À Parasitologia - Apostila

Parasitologia
PROFª ANA CAROLINA

O que é parasitismo?
O parasitismo é uma relação ecológica onde uma espécie se beneficia de outra espécie,
causando prejuízo ao hospedeiro obrigatoriamente;
Grupos de parasitas:
 Protozoários ( Giardíase, Amebíase, Malária, Toxoplasmose, Doença de Chagas, Tricomoníase, etc);
 Platelmintos (Teníase e Cisticercose, Esquistossomose, etc);
 Nematelmintos (Ascaridíase, Ancilostomose, Bicho geográfico, elefantíase, etc);
 Aracnídeos (Sarna, Carrapatos, etc);
 Insetos (Pediculose – piolho, Chato, Berne, Pulga, etc);
COMO ENTENDER OS PARASITAS:

Ciclo – Morfologia – Fisiologia - Profilaxia
Conceitos de parasitologia
I. CICLO MONOOXENO: parasitas que possuem apenas 1 hospedeiro;
II. CICLO HETEROXENO: Parasitas que possuem mais de 1 hospedeiro;
III. FORMA INFECTANTE: Estágio de infecta o hospedeiro ( geralmente larvas, ovos ou cistos);
IV. HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Abriga o parasita adulto;
V. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Abriga o parasita imaturo;
VI. VETOR: Transmissor dos parasitas, podem ser insetos ou moluscos;
VII. HEMOPARASITA: Parasitas que fazem ciclo sanguíneo;
VIII. PARASITEMIA: Presença de parasitas no sangue;
IX. PROFILAXIA: Controle, prevenção e erradicação;
Giardíase – giárdia Lamblia
Parasitose intestinal muito comum e de alta disseminação (Zoonose);
Transmissão: Fecal- oral ( água, verduras, frutas, manipuladores de alimentos, contato direto, etc);
Morfologia do protozoário: Cisto (forma contaminante- resistente) e Trofozoítos;
Ciclo: Após a ingestão dos cistos, estes se alojam no intestino delgado. Os cistos evoluem para
trofozoítos que se multiplicam de forma assexuada (divisão binária); Os cistos são resistentes no
ambiente por até 60 dias;
Sintomas: Diarreia, desidratação, esteatorréia;
Profilaxia: Educação sanitária, lavar bem as mãos e os alimentos,
saneamento básico;
Diagnóstico: clínico e laboratorial;
Ciclo monoxeno
Cisto nas fezes: Trofozoíto nas fezes:
Doença de chagas
Causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi, transmitido através do inseto vetor Barbeiro (no momento
da picada, o inseto defeca, contaminando o hospedeiro humano); Ciclo Heteroxeno;
Transmissão: Fezes do vetor, Sanguínea, Alimentos contaminados (açaí/ cana), Congênita;
Formas do Protozoário: Tripomastigota (forma infectante), Epimastigota (forma de reprodução no vetor),
Amastigota (forma de reprodução no hospedeiro humano);
Após a picada do inseto, a forma infectante penetra no hospedeiro e se transforma na forma de
reprodução para se multiplicar intensamente (fase aguda). Depois da fase aguda o paciente pode ficar
por muitos anos na fase crônica.;
Sintomas: Fase aguda (febre baixa, romana, chagoma) e Fase crônica (assintomática – 70%, cardíaca
(20%) e digestiva (10%);
Diagnóstico: clinico e laboratorial.
Triatoma / Rhodnius / Panstrongylus
Tripomastigota na corrente sanguínea

MALÁRIA – plasmodium sp.
Causada pelo protozoário Plasmodium falciparum, P. vivax e P. malariae;
Inseto vetor: Anopheles (fêmea -hospedeiro definitivo);
Maior incidência em regiões de clima tropical (principalmente Africa – no Brasil na Amazônia);
No hospedeiro intermediário, o mosquito libera o esporozoíto que busca células hepáticas, onde ele se
multiplica e se transforma em Merozoíto, que consegue parasitar os glóbulos vermelhos. Dentro das
hemácias, o protozoário se transforma em Trofozoíto, que se multiplica e se transforma em gametócito,
que é a forma de reprodução no hospedeiro definitivo; Pode ficar em estado de latência.
Sintomas: Cefaleia, mialgia, cansaço, acesso malárico (febre forte intermitente
febre terçã e febre quartã);
Tratamento: Cloroquina + Primaquina (P. vivax), Artemeter + Lumefantrina
(P. falciparum), Cloroquina (P. malariae).
Toxoplasmose – toxoplasma gondii
Protozoário, intracelular obrigatório; Acomete aproximadamente 70% da população brasileira;
Ciclo heteróxeno ( gato é hospedeiro definitivo e humano intermediário);
Morfologia: Possui 3 formas: Taquizoíto (fase aguda), Bradizoíto (fase crônica) e Oocisto (forma
infectante nos felinos);
Patogenia: Os gatos contaminados liberam oocistos nas fezes, que podem ser ingeridos por
contaminação alimentar e contaminar humanos. Após a ingestão dos oocistos, esses se
transformam em taquizoítos e começa a produção de cistos que podem ser destruídos pelo sistema
imunológico ou se manter no organismo reativando a infecção.
Complicação nas gestantes: Pode ocorrer a transmissão congênita que pode provocar sequelas no
embrião (principalmente neurológicas e oftálmicas - Coriorretinite).
Tratamento: Sulfadiazina + Pirimetamina (pode ser tóxico o uso a longo prazo);
TAQUIZOÍTOS
ASCARIDÍASE – ASCARIS
LUMBRICOIDES
Popularmente conhecida como lombriga. Atinge 30% da população mundial;
Contágio: Água e alimentos contaminados com ovos contendo larva;
Sintomas: Dor abdominal, diarreia, febre, tosse e pneumonia;
Patogenia: Leve (10 vermes), Moderada (50 vermes), Maciça (100
vermes – causa desnutrição, obstrução, pneumonia).
Diagnóstico: clinico e laboratorial;
Ovo eliminado nas fezes
Ciclo Monoxeno
Verme adulto
intestinal.
Teníase e cisticercose
Platelmilto: taenia solium (porco- teníase e cisticercose) /Taenia Saginata ( Boi - teníase);
Teníase: verme adulto (solitária)
Cisticercose: larva da Taenia (Canjiquinha)
Transmissão: Ingestão de carne com cisticerco (Teníase), ou ingestão de ovos (cisticercose);
Ciclo heteróxeno: O hospedeiro definitivo (humano) libera nas fezes ovos ou proglotes da tenia, que
contamina o solo e consequentemente o hospedeiro intermediário (boi ou
porco). A carne contaminada pode ser ingerida por um novo hospedeiro;
Sintomas: Teníase: vômito, dor abdominal, diarreia, alergias, proglotes nas fezes;
Cisticercose: Sintomas abrangentes, pode causar a neurocisticercose;
Profilaxia: Educação sanitária, lavar bem as mãos e os alimentos,
saneamento básico;
Ciclo Heteroxeno Ovo nas fezes
Verme Adulto
Taenia
Tricomoníase – Trichomonas vaginalis
É uma DST (170 milhões de casos/ano);

Parasita flagelado, exclusivo de humanos e transmissão sexual principalmente;
Uma das maiores causas de vaginite, provoca nas mulheres, desconforto e corrimento vaginal
intenso; Nos homens geralmente é assintomática;
Ciclo parasitário monoxeno, simples. Habita o trato geniturinário, e o próprio parasita em fase
adulta (trofozoíto) é transmitido através da relação sexual;
Prevenção: uso de preservativos e tratar quando diagnosticado;
Complicações: Aumenta o índice de doença inflamatória pélvica e aumenta
a predisposição de câncer cervical e infertilidade;
Bicho geográfico – larva migrans
Larvas de Ancylostoma brasilense e Ancylostoma caninum;
Não completam ciclo em humanos, apenas em cães e gatos. Os humanos são hospedeiros acidentais;
Os cães/gatos liberam os ovos nas fezes. O ovo eclode e libera a larva que se mantém viva no ambiente e
pode penetrar na pele de humanos e fica migrando de maneira subcutânea “tentando entrar na
corrente sanguínea”, gerando um rastro de vermelhidão;
Sintomas: Coceira, vermelhidão, infecções secundárias;
Profilaxia: Tratar os animais domésticos, educação sanitária;
Tratamento: Pomada Tiabendazol;
Miíase - berne
Dermatobiose causada pela larva da mosca Dermatobia hominis;
Nos seres humanos causam lesões furunculares, com produção de secreção purulenta;
As lesões são acompanhadas de dor e coceira, a larva cresce e geralmente após atingir maturação a
larva eclode e sai da lesão, que evolui para cura;
Tratamento: utiliza-se oclusão com vaselina pastosa, o que impede que a larva respire, e com sua
imobilização, retirá-la com pinça ou expressão manual.

Introdução À Parasitologia - Apostila

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Introdução À Parasitologia - Apostila

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Introdução À Parasitologia - Apostila

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Parasitologia

PROFª ANA CAROLINA

COMO ENTENDER OS PARASITAS:

Tripomastigota na corrente sanguínea

É uma DST (170 milhões de casos/ano);

Você também pode gostar