Fluxo Genico

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FLUXO GÊNICO EM MILHO SOB DIFERENTES

TAMANHOS DE AMOSTRAS E DISTÂNCIAS DE


AMOSTRAGEM

Disciplina: Genética de Populações


Docente: Prof. Leandro Pereira Rezende
Discentes: Alexandre Lopes da Rocha e
Livia Lima Gomess
O fluxo gênico no milho ocorre quando o pólen
de uma planta de milho é transferido para o
estigma de outra planta de milho. Isso pode
acontecer por meio de polinização cruzada, onde
o pólen de uma variedade é transportado pelo
vento, insetos ou outros meios para fertilizar as
espigas de outra variedade de milho.

Blog em Pratos Limpos


A fim de garantir a coexistência entre milho
convencional e transgênico, o governo brasileiro, em
2007, estabeleceu por meio da Comissão Técnica
Nacional de Biossegurança (CTNBio) que a distância
entre uma lavoura de milho geneticamente modificada
e outra de milho convencional deve ser igual ou
superior a 100 m, com a alternativa de 20 m, desde que
acrescida de uma bordadura com, pelo menos, 10
linhas de milho convencional com porte e ciclo
similares aos do milho
geneticamente modificado. Além disso, o Brasil passou
a exigir, a partir de 2003, a rotulagem dos produtos que
contenham mais de 1% de traços de transgênicos
(Brasil, 2003). De modo semelhante, a União
Europeia, em 2004, estabeleceu que o limite de traços
transgênicos considerado em uma lavoura
Fonte: Brasil de Fato
convencional seja de 0,9%.
Objetivos

Objetivou-se, com este trabalho, a determinação do fluxo gênico em


milho utilizando a amostragem sistemática, bem como o
estabelecimento de um tamanho de amostra adequado para estimar a
taxa de contaminação por transgênicos em campos convencionais de
milho.
Material e Metódos

• Coleta de Amostras: Amostras de milho foram coletadas em campos de três municípios diferentes:
Itumirim, Madre de Deus e Ingaí. Em Itumirim e Madre de Deus, foram analisados os híbridos
convencionais e transgênicos com o evento Herculex, enquanto em Ingaí foram analisados um híbrido
convencional e um transgênico com o evento VT-Pro.
• Distâncias de Amostragem: As amostras foram coletadas em diferentes distâncias dos campos
transgênicos, variando de 5 metros a 100 metros. Em Ingaí, apenas quatro distâncias foram
amostradas devido a uma estrada que impossibilitava a coleta a 5 metros de distância.
• Tamanho das Amostras: Foram utilizados quatro tamanhos diferentes de amostras (1, 5, 10 e 15
espigas) e cada tamanho foi repetido quatro vezes.
Material e Metódos
• Coleta e Preparação das Amostras: As espigas coletadas foram secas até atingir um teor de água
de 14%, debulhadas manualmente e os grãos foram armazenados em condições controladas de
temperatura e umidade.
• Teste de PCR em Tempo Real: Para quantificar as taxas de contaminação com transgênicos, foi
realizado um teste de PCR em tempo real em laboratório. O DNA foi extraído das amostras e
amplificado utilizando-se alvos específicos para os transgênicos analisados.
• Análise de Dados: Os dados foram analisados estatisticamente para identificar diferenças
significativas entre as diferentes distâncias de amostragem e tamanhos de amostra, utilizando
análise de variância e teste de médias de Tukey.
Resultados e Discussões
• Não houve diferença significativa na contaminação em diferentes distâncias e tamanhos de
amostra: As análises não revelaram diferenças significativas na contaminação entre as amostras
coletadas em diferentes distâncias nos municípios de Itumirim e Madre de Deus, nem entre os
diferentes tamanhos de amostra. Isso sugere que a contaminação não variou de forma significativa
com a distância entre os campos de milho convencional e transgênico, nem com a quantidade de
espigas amostradas.
• Preferência de polinização: Há uma menção à preferência entre autopólen (polinização dentro da
mesma planta) e alopólen (polinização entre plantas diferentes). O estudo observou que a alopólen
foi responsável por apenas uma pequena fração das sementes contaminadas, corroborando estudos
anteriores.
Resultados e Discussão
• Resultados em Ingaí: Este local apresentou resultados mais consistentes em comparação com
estudos de fluxo gênico em outras partes do mundo. As frequências de pólen transgênico
diminuíram com o aumento da distância, o que está em linha com outros estudos que estimaram a
distância necessária para evitar a fertilização cruzada acima dos limites estabelecidos.
• Análise de variância conjunta: Mostrou interação significativa entre locais e distâncias, sugerindo
que fatores como velocidade e direção dos ventos, tamanho dos campos e distâncias entre eles
influenciaram o fluxo gênico.
• Taxas de contaminação: As taxas de contaminação observadas foram baixas em todos os locais,
estando bem abaixo do limite de 1% estabelecido pela legislação brasileira para rotulagem de
alimentos. Isso sugere que, apesar da presença de transgenes, a contaminação é mínima e não
representa um problema significativo.
Resultados e Discussões
Conclusões

As contaminações médias de eventos transgênicos em lavouras de


milho convencional são consistentemente muito baixas, permanecendo
sempre abaixo de 1%, independentemente da distância de amostragem,
do local considerado e do tamanho da amostra. Devido à baixa
intensidade do fluxo gênico observado neste estudo, não é viável
determinar com precisão o tamanho de amostra adequado para a
avaliação do fluxo gênico.

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