Aula 7
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HUMANISTA
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GESTALT
• Apesar de nós experimentarmos perceptivamente o mundo recheado de sentido,
valor e ordem, no século XIX a psicologia era marcada pelo ponto de vista
mecanicista, onde a experiência psicológica era analisada oriunda de sua relação
com o mundo físico.
• Surge nesta época, uma nova arte, o cinema, que nada mais é que uma sucessão
de fotografias estáticas que são apresentadas com uma rapidez tal que as pessoas
que as assistem vêm, não uma série de fotografias, mas os movimentos contínuos
no tempo.
• No cinema então, devido ao fato das imagens irem se sobrepondo em nosso globo
ocular, há a sensação de movimento, que na verdade, é uma ilusão de ótica devido
à imagem tardar a se extinguir de nossa retina. Porém, o que está realmente na tela
é uma fotografia estática.
• Os gestaltistas inquietavam-se com o fato de que um estímulo físico é percebido
diferentemente do que ele é na realidade, aparentando uma forma mudada.
Perguntavam-se quais os processos psicológicos estariam envolvidos nesta ilusão
de ótica.
• Quando uma bola de fogo é girada em alta velocidade, estando atada a uma corda:
vemos um círculo pelo movimento, e não uma bola. Pelo fato de uma percepção
visual demorar em média dezenove segundos, a reação entre o órgão do sentido e
a resposta produzida leva a esta sensação de continuidade. Denominou-se de
movimento aparente, de onde dois pontos parados surgem uma sensação dinâmica.
• A importância deste fenômeno, denominado Phi, ou Fi, é que, entre uma imagem e
outra, não há qualquer estímulo, e o sujeito não conseguem perceber se o
movimento é real ou aparente. Esse processo total e contínuo é uma Gestalt.
• Após o estudo da percepção do movimento aparente, outro fenômeno foi
investigado pelos psicólogos da Gestalt: a constância perceptual.
• De modo muito parecido, a constância de cor ocorre quando objetos que nos são
familiares tendem a manter as cores para nós mesmo em situações desfavoráveis
a nossos olhos. Se soubermos que um carro é vermelho, ele manterá essa cor na
nossa retina mesmo em uma rua escura ou muito iluminada.
• Entretanto, se o objeto não nos é familiar, pode haver distorção da cor, como por
exemplo, quando comparamos uma calça em uma loja com iluminação excelente e
quando a olha em um local com luz comum, a cor não é a mesma.
• Conclui-se que a percepção é um fenômeno unificado, não podendo ser
compreendido como soma de elementos, ou sensações isoladas.
• Não havia uma relação formal entre suas teorias e as dos gestaltistas. Lewin
focava-se nas questões de motivação dos indivíduos, o que induzia ao pensamento
relacionado a problemas de organização da personalidade. Posteriormente, partiu
para questões da psicologia social, o que incluía as dinâmicas de grupo, passando
por outras áreas como problemas da natureza da aprendizagem, fatores culturais na
organização da personalidade, e até mesmo desenvolvimento infantil.
• Segundo esta teoria, o comportamento humano é função tanto das características
da pessoa quanto daquelas do meio onde a pessoa está inserida. Isto indica que nós
não agimos apenas em função de nossos impulsos, mas em função também do meio
no qual estamos inseridos.
• A Gestalt terapia foca no aqui e agora, incentivando as confrontações cara a cara. Com
o intuito de transformar as pessoas mais sinceras e ‘verdadeiras’, a pessoa é vista
como um todo e o terapeuta é diretivo e ativo.
• A exacerbação, em que o cliente acentua seus gestos ou rediz falas significativa em tons
mais altos, para poder sentir o impacto total;
• A ênfase na ideia de que o cliente é ativo e responsável por si pode ser trabalhada na
Gestalt quando se adiciona a frase “E eu assumo a responsabilidade por isso”, logo
após falas relacionadas a sentimentos e comportamentos;
Algumas atuações:
• Nessa técnica, uma cadeira ou uma almofada são destinadas a ser ocupadas por uma
representação. Podem ser personagens de alguma situação inacabada, aspectos
polares da personalidade, aspectos projetados ou qualquer outra possibilidade de
dissociação e conflito. Tal representação se dá na forma de um diálogo que o cliente
estabelece com a outra parte, intercambiando os papéis, mudando de lugar. Para que
esse recurso ganhe potência, é fundamental o acompanhamento do terapeuta no que
diz respeito ao envolvimento do cliente com o papel representado.
• Por exemplo: agora eu percebo minha boca seca; agora sinto uma leve tensão no
pescoço; agora me sinto perdido etc.
• Barry Stevens (1977) utilizava sobretudo essa técnica, pedindo ao cliente que prestasse
atenção no que experimentava corporalmente e, de quando em quando, dando
notícias do que observa. Ela acompanhava o processo e fazia sugestões adicionais,
como manter-se em determinada sensação e/ou intensificá-la.