Direitos Humanos

DIREITOS HUMANOS
Profª. Geusiani Pereira Silva e Nascimento

“Liberdade parcial não é liberdade”
Nelson Mandela
POR QUE FALAR DE
DIREITOS HUMANOS?
- Nascemos detentores de dignidade;
- EU QUERO ter condições para viver, com os

meus, e viver bem;
*ser ouvido e respeitado;

*ter direito à defesa;
*poder estar, participar...ser incluído;
*desenvolver – integralmente;
*acessar direitos, serviços, bens, oportunidades sociais;
- CAPACIDADE DE DIREITO X CAPACIDADE DE FATO!

DIREITOS HUMANOS...
PARA (TODOS/AS) HUMANOS!?!
- Eu não vivo numa bolha:
*que sociedade é essa?

*todos são de fato responsabilizados?
*todos os direitos valem para todos/as?
*que valores sociais são legitimados?
Como pensar consumo; individualismo; merecimento...

DIREITOS HUMANOS...
- Eu não vivo numa bolha:
*o que pensar a “DESUMANIZAÇÃO” do humano?
*como pensar a produção de estigmas,

estereótipos e os marcadores sociais?
- A sociedade é de fato harmônica?
é possível falar em AÇÃO X REAÇÃO?

DIREITOS HUMANOS...
A violência deve ser percebida como o ato de privar que por sua
vez “significa tirar, destituir, despojar, desapossar alguém de
alguma coisa”.
A violência nos impede não apenas ser o que gostaríamos de ser,

mas fundamentalmente de nos realizar como homens. A idéia de
privação parece-me, portanto, permitir descobrir a violência
onde ela estiver, por mais camuflada que esteja sob montanhas
de preconceitos, de costumes ou tradições, de leis e legalismos
[...] Toda vez que o sentimento que experimento é o da privação,
o de que determinadas coisas estão me sendo negadas, sem
razões sólidas e fundamentadas, posso estar seguro de que uma
violência está sendo cometida (ODALIA,1983, p.86).
CONSIDERAÇÕES INICIAIS.
- Desde o fim da segunda Guerra Mundial, como
condição sine qua non, a observância dos Direitos
Humanos como parte da estrutura de um Estado
Democrático de Direito;
- A Organização das Nações Unidas (ONU), em especial,

criada em 1946, foi legitimada (sob fortes inferências
norte-americanas) como uma referência importante
para se pensar acordos de paz e a defesa desses
direitos, a partir de pactos internacionais/nacionais;
- Em abril de 1948, a OEA aprovou a
Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem, em
Bogotá, Colômbia, o primeiro documento internacional de direitos
humanos de caráter geral. A CIDH foi criada em 1959, reunindo-se
pela primeira vez em 1960;
- A ONU foi criada em substituição à fracassada Liga das Nações
(também chamada de Sociedade das Nações), internacionalmente
criada em 28 de abril de 1919, em Versalhes, subúrbios de Paris,
por representantes das potências vencedoras da Primeira Guerra
Mundial.
- A carta assinada a partir do Tratado de Versalhes foi assinada por 44
Estados que intentavam estabelecer acordos de paz. Em setembro
de 1939, A. Hitler desencadeia a Segunda Guerra Mundial,
principal motivo para que a Liga das Nações fosse dissolvida.
• Posteriormente, somam forças à ONU, a Organização dos
Estados Americanos – OEA (1948) que, contando com mais de
35 estados-membros, desde 1990, estabeleceram a defesa da
democracia como prioridade, e de tudo que contribuiria para o
pacífico desenvolvimento econômico, social e cultural;
• Em 1959, foi criada a Comissão Interamericana de Direitos

Humanos (CIDH), pela Organização dos Estados Americanos e,
juntamente com a Corte Interamericana de Direitos Humanos
(CorteIDH) criada em 1979, atua na defesa, promoção e
proteção dos direitos humanos no continente. Desde 1979,
pode-se identificar um Sistema Interamericano de direitos
humanos – SIDH.
Sobre os Direitos Humanos...
O que podemos falar deles?

PROBLEMATIZAÇÕES.
- Dimensões social, histórica e conceitual;
- Possui valor ético-político e tornou-se uma

obrigação jurídica;
- Não é uma “disciplina ou doutrina “teórica”,

mas uma doutrina teórico-prática”;
-Falar em direitos humanos, portanto, significa falar de
uma “doutrina” ou “teoria” fruto de uma tradição
histórica e de um debate interpretativo em torno de
vários textos.
-Trata-se de uma construção humana que não podem ser

sacralizada. Tem caráter laico e racionalista contrários ao
fanatismo e ao fundamentalismo;
-Possui uma dimensão ética (valores) e políticos (possui

um ethos coletivo);
- Orienta a implementação de políticas públicas – o

Estado torna-se promotor do conjunto de direitos
fundamentais;
EMBATES DIALÉTICOS
Contraposições sócio-históricas entre:
- Universalidade x particularidade;
- Fundamentação jusnaturalista x juspositivista;
- Moral e direito;
- Gerações de direitos x indissociabilidade dos
direitos;
EFEITOS DA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS
HUMANOS
- UNIVERSALIZAÇÃO: instaura-se a concepção de

cidadãos do mundo;
- MULTIPLICAÇÃO: extensão a outras gerações de

direitos (natureza; povos; minorias; comunicação);
- DIVERSIFICAÇÃO OU ESPECIFICAÇÃO:
especificidades formas consideradas – e não mais a
concepção de ser humano genérico;
GERAÇÃO DE DIREITOS
- PRIMEIRA: civis e políticos;
- SEGUNDA: econômicos, sociais e culturais;
- TERCEIRA: nova ordem internacional – paz e

desenvolvimento;
- QUARTA: habitabilidade para gerações futuras;

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- EU QUERO ter condições para viver, com os

*ser ouvido e respeitado;

- CAPACIDADE DE DIREITO X CAPACIDADE DE FATO!

- Eu não vivo numa bolha:

*que sociedade é essa?

Como pensar consumo; individualismo; merecimento...

- Eu não vivo numa bolha:

*o que pensar a “DESUMANIZAÇÃO” do humano?

*como pensar a produção de estigmas,

é possível falar em AÇÃO X REAÇÃO?

A violência nos impede não apenas ser o que gostaríamos de ser,

- A Organização das Nações Unidas (ONU), em especial,

• Em 1959, foi criada a Comissão Interamericana de Direitos

O que podemos falar deles?

- Possui valor ético-político e tornou-se uma

- Não é uma “disciplina ou doutrina “teórica”,

-Trata-se de uma construção humana que não podem ser

-Possui uma dimensão ética (valores) e políticos (possui

- Orienta a implementação de políticas públicas – o

- UNIVERSALIZAÇÃO: instaura-se a concepção de

- MULTIPLICAÇÃO: extensão a outras gerações de

- SEGUNDA: econômicos, sociais e culturais;

- TERCEIRA: nova ordem internacional – paz e

- QUARTA: habitabilidade para gerações futuras;

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