Leitura e Produção Textual - ADM - Ementa

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Leitura e

Produção Textual

Professora Kelly Mendes


UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO
MARANHÃO
Curso: Administração
Doutoranda em Letras pela Universidade Federal do Tocantins - UFT (2019 - Programa de Pós-Graduação em Letras:
Ensino de Língua e Literatura, no Câmpus de Araguaína).
Mestra em Letras pela Universidade Federal do Tocantins - UFT (ProfLetras 2018 - Câmpus Araguaína).
Licenciada em Letras/Inglês pela Universidade Estadual do Maranhão - UEMA (2009).
Especialista em Neuropicopedagogia e Educação Inclusiva - Pós- Graduação Lato Sensu - Censupeg (2015).
Atualmente é Professora-Formadora no Setor Pedagógico de Anos Finais na Secretaria Municipal de Educação de
Imperatriz (Semed - MA).
Professora no Colégio COC Imperatriz de gramática e literatura no ensino médio.
Desenvolve estudos na área de Linguística Aplicada, atuando principalmente nos estudos do letramento, educação
científica, letramento científico e letramento literário, compreendendo os seguintes conteúdos: ensino de gramática,
gêneros textuais, produção de material didático, práticas de escrita e de leitura, formação de professores e metodologias
ativas na educação. Atua como professora de língua e literatura no ensino básico.
Mãe solo de Stella e Maitê.
Ementa
Linguagem e Leitura.
Texto e textualidade.
Gramática do texto.
Critérios para a análise da coerência e da coesão.
Intertextualidade.
Leitura, produção e reestruturação de textos.
Objetivos
Gerais
 Adquirir uma metodologia de leitura com base na compreensão referencial, analítica e
 crítico- interpretativa de textos;
 Refletir na prática do processo de ensino aprendizagem e uso adequado e coerente da língua portuguesa, aprender a
produzir textos acadêmicos.

Específicos
 Identificar os elementos da comunicação;
 Desenvolver a habilidade da comunicação do aluno de forma eficaz e participativa do grupo social;
 Refletir sobre o uso da língua falada e escrita mediante as situações de leitura e produção textual;
 Reconhecer os elementos que fazem do texto um texto;
 Compreender e coesão textual;
 Usar adequadamente os gêneros textuais reconhecendo a importância dos tipos e suportes textuais;
 Produzir de forma adequada e satisfatória: resenhas, resumos e textos argumentativos, narrativos e descritivos e textos
científicos;
Conteúdo Programático
UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV
Noções básicas Coerência e coesão textuais As concepções de leitura Estudo da língua
 A comunicação: linguagem,  Ler e escrever, escrever e ler  Materializando discursos;  Argumentando
língua, fala, conceito de leitura.  A escrita como espaço de  Construindo textos  Informação ou opinião?
variação  Garantindo coesão  Discurso reportado
 Leitura e texto: inter-relações  Escrita na universidade  Estudo gramatical de  O gênero ensaio
 Texto de discurso conteúdos morfossintáticos;
 Conceitos e características do
 Reatando fios: leitura e
texto;
informatividade
 Competências para a efetivação
da leitura
 Funções da linguagem
 Níveis de linguagem
 Escrever não é o mesmo que
falar
Metodologias

 Aulas expositivas
 Promoção de debates e discussões instigação à discussão
de temas de textos diversos
 Aulas dialogadas
 Atribuições de atividades individuais e coletivas
 Produções diversas
 Seminários e relatórios
 Vídeo-aula: filme para análise, debates e produção de texto.
Critérios de avaliação
 Participação e empenho nas atividades de
 Avaliação contínua sala de aula

 Leitura e comentários de textos lidos  Trabalhos em grupo

 Frequência e entrega hábil dos  Trabalhos


Exposiçãoindividuais
de defesas
trabalhos  Provas escritas
 Relatórios, resumos e resenhas
 Debates
 Autoavaliação
 Seminários e relatórios
 Avaliação escrita final
Bibliografia
 ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. 4ed. São Paulo:
Parábola, 2005.
 ABREU, Antonio Suarez. O desing na escrita. São Paulo: Ateliê editorial, 2008.
 FIORIN, José Luiz, Sviole, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 3
ed. São Paulo: Valer. 2008.
 KATO, Mary. O aprendizado da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1985.
 KATO, Mary. No mundo da escrita; uma perspectiva psicolinguística. São Paulo: Ática,
1986.
 ORLANDI, Eni Pulcinelli. Discurso e leitura. São Paulo: Cortez, 1988
 SMITH, Frank. Compreendendo a Leitura: uma análise psicolinguística da leitura e do
Concepções de leitura
Ler, para alguns autores, é extrair significado do texto. Para outros é atribuir um significado.

Enfoque

Linguístico Psicológico Social

Incentivo,
Conceitos, sons,
Estrutura emocional importância,
língua, signo, etc.
consciência, etc.
Definições de leitura
Processo de representação – olhar para algo e ver
outro;

Reconhecer o mundo através de espelhos;


Arquiteto - arquitetônica
Casa Sociólogo - sociológica
Ladrão - estratégica
Geral
Conhecimento prévio – transcendental.

Leitura verbal e não verbal – olhos tristes


o passado de um povo nas ruínas de uma cidade.
OLHAR

Sem triangulação não há leitura. Às


vezes, no entanto, a triangulação não é
possível. Quando o leitor diz "li mas
não entendi", ele ficou apenas no
primeiro elemento da realidade; olhou
mas não viu. Houve tentativa de leitura
mas não houve leitura.

OBJETO REPRESENTAÇÃO
Definições de leitura
A riqueza da leitura não está necessariamente nas grandes
obras clássicas, mas na experiência do leitor ao processar o
texto. O significado não está na mensagem do texto mas na
série de acontecimentos que o texto desencadeia na mente do

Restrita leitor

Extrair significado Atribuir significado


▪ Leitor – texto
Texto –leitor
▪ Conhecimento prévio
Significado dentro do texto;
Texto: mina, busca, ▪ Qualidade da leitura medida pela
garimpagem; quantidade de reação do leitor;
▪ Texto como levantamento de hipótese;
Leitura ascendente – sobe do
texto para o leitor. ▪ A compreensão se dá pelo que está além
O texto não possui um conteúdo mas reflete-o, dos olhos;
como um espelho. Um mesmo texto pode refletir ▪ Leitura descendente – desce do leitor
vários conteúdos, como vários textos podem
também refletir um só conteúdo. para o texto.
Concepções de
Leitura Leitura

Importância Hábito Papel da escola

No bojo dessa discussão, destacam-se questões como:


Concepção de leitura
O que é ler? Sujeito
Pra que ler? Língua
Como ler? Texto

Foco no Autor
A concepção de língua como representação do pensamento

Sujeito psicológico, individual, dono de sua vontade e de suas ações.

 Visto como um ego que constrói uma representação mental e deseja que ela seja captada pelo
leitor como foi mentalizada.
 O texto é visto como produto – lógico – do pensamento;
 O leitor exerce um papel passivo.
 A leitura assim é entendida como atividade de captação de ideias do autor, sem consideraras
experiências e conhecimento do leitor.

A leitura é entendida como atividade de captação de ideias do autor, sem se levar em consideração as
experiências e os conhecimentos do leitor.
Foco no Texto
A concepção de língua como estrutura

Sujeito determinado, “assujeitado” pelo sistema, caracterizado por


uma espécie de “não consciência”.

 Explicação de fenômeno e comportamento repousa sobre a consideração do sistema


linguístico e social;
 Língua como código e sujeito como determinado pelo sistema;
 O texto é visto como simples produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo
leitor/ouvinte;
 Basta conhecer o código;
 Leitura – uma atividade que exige do leitor o foco no texto, em sua linearidade – “tudo está
dito no dito”;
A leitura é entendida como atividade que exige do leitor o foco no texto, em sua linearidade, pois tudo está dito no que
 Reconhecimento do sentido das palavras eestá estruturas
dito. do texto;
Foco na Interação autor – texto
- leitor A concepção interacional dialógica da língua
Sujeitos vistos como atores/ construtores sociais, sujeitos ativos que
se constroem e são construídos no texto

 Há lugar para uma gama de implícitos, dos mais variados tipos detectados pelo contexto
sociocognitivo dos participantes da interação.
 O sentido do texto é construído na interação texto-sujeitos e não a algo que preexista a essa
interação;
 Leitura como atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos
 Realiza-se por meio de elementos linguísticos presentes na superfície textual e na forma de
organização;
Foco na Interação autor – texto
- leitor

 A leitura é uma atividade na qual se leva em conta as experiências e os conhecimentos do leitor.


 A leitura exige mais que o conhecimento linguístico, pois o texto não é simples produto de
codificação e decodificação pelo receptor passivo.
Espera-se que o leitor concorde ou não com o autor, complete-as, adapte-as, recolha os não ditos,
construa significados considerando as sinalizações textuais dadas pelo autor e os conhecimentos do
leitor que, durante todo o processo de leitura, deve assumir uma posição passiva.
Interação
autor – texto - leitor
A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho
ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de
 Leitor enquanto construção de sentido; seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto,
sobre o autor, de tudo que sabe sobre a linguagem etc.
Não se trata de extrair informação, decodificando letra
por letra, palavra por palavra. Trata-se uma atividade que
 Estratégias de seleção, antecipação, inferência e implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e
verificação. verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o
uso desses procedimentos que possibilita controlar o que
vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante de
dificuldades de compreensão, avançar na busca de
esclarecimento, validar no texto suposições feitas.
Leitura e produção de sentido
É importante ainda, levar em conta os conhecimentos do leitor, condição fundamental para o
estabelecimento da interação, com maior ou menos intensidade, durabilidade, qualidade.

Leitura e ativação do conhecimento


 Fala-se de Um sentido para o texto e não do sentido:
 Na atividade da leitura ativamos: lugar social, vivências, relações com o outro, valores da
comunidade, conhecimentos textuais.
Dentre outros conhecimentos, ativamos valores da época e da
comunidade em que vivemos, como verificamos na relação de
causa e consequência sugerida na materialidade linguística:
 A velhice é a causa de se ficar cada vez menos: menos
tônus muscular, menos brilho no cabelo, menos peito,
menos bunda,...
 A velhice é a causa de se ficar cada vez mais: mais
olheiras, mais rugas, mais papada, mais manchas, mais
barriga, mais celulite,...
Leitura e produção de sentido
É importante ainda, levar em conta os conhecimentos do leitor, condição fundamental
É imprescindível para o
que o leitor considere
estabelecimento da interação, com maior ou menos intensidade, durabilidade,
na e para a produção dequalidade.
sentidos as
“sinalizações”
Pluralidade de leituras e sentidos do texto, além dos conhecimentos que
possui.
 Leitores diferentes = conhecimentos diferentes – implica aceitar uma pluralidade de
leituras e de sentidos em relação a um mesmo texto.
Não te amo mais
Não te amo mais
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo! Sinto, mas tenho que dizer a
verdade
Fui à Água Doce Cachaçaria e tomei uma cachaça da boa, mas tão
boa que resolvi levar dez garrafas para casa, mas Dona Patroa me
obrigou a jogar tudo fora.
Peguei a primeira garrafa, bebi um copo e joguei o resto na pia.
Peguei a segunda garrafa, bebi outro copo e joguei o resto na pia.
Peguei a terceira garrafa, bebi o resto e joguei o copo na pia.  A disposição dos termos chama
atenção por ser semanticamente
Peguei a quarta garrafa, bebi na pia e joguei o resto no copo.
inaceitável.
Peguei o quinto copo, joguei a rolha na pia e bebi a garrafa.  Quanto mais bebe, mais se
embriaga; quanto mais se embriaga,
Peguei a sexta pia, bebi a garrafa e joguei o copo no resto.
mais comete incoerências sintático-
A sétima garrafa eu peguei no resto e bebi a pia. semânticas.
 O autor pressupõe que o leitor levará
Peguei no copo, bebi no resto e joguei a pia na oitava garrafa.
em conta a incoerência semântica –
O décimo copo, eu peguei a garrafa no resto e me joguei na pia. estilisticamente construída – como
indicação relevante para a
Não me lembro do que fiz com a patroa!
construção do sentido
Não!!! Como leitores competentes, sabemos que agora não se trata de ler o
texto de baixo pra cima ou da direita para a esquerda!
Então, por que
ler?
 Fonte de informação, la
formação pessoal;
 Ampliar seu universo,
recursos expressivos;
 Aprender a questionar;
 Coletar informações;
 Identificar pontos de vi
 Argumentar suas ideias

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