Semana de Arte

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Modernismo Brasileiro

Bananal, 1927
Lasar Segall
Óleo sobre tela, c.i.e.
87,00 cm x 127,00 cm
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo
Introdução:
• Você sabe o que é moderno?

• E o que foi o modernismo brasileiro?

A Boba, 1915
Anita Malfatti
Óleo sobre tela, c.i.e.
61,00 cm x 50,60 cm
Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (SP)
Principais características
• Rompimento com o tradicionalismo nas artes;

• Promoção de temas relacionados ao cotidiano


e as origens brasileiras;

• Na literatura acontece o desejo por mais


liberdade, usando uma linguagem mais
coloquial e menos rebuscada;

• A obra dos artistas apresentam opiniões sobre


política e outros acontecimentos sociais;
Fachada da Igreja de São Francisco, uma das obras-primas do Conjunto da
Pampulha (Foto: Wjgomes)
• Na pintura e na arquitetura o uso de curvas
foi uma característica bem marcante;
Contexto histórico.
Considerado um divisor de águas na história da arte brasileira, o Modernismo no
Brasil seguiu a tendência modernista que já havia estourado na Europa. Surgido em um
momento de insatisfação política, o Modernismo no Brasil foi desencadeado a partir de
influências das tendências artísticas das vanguardas europeias.
O país estava no final do regime da chamada República Velha (1889-1930). Nesse
momento, paulistas e mineiros alternavam-se no poder de forma fraudulenta e donos de
terras tinham grande influência. A oposição a esse esquema era feita pelo movimento
tenentista, composto por militares contrários ao governo.
O início do movimento modernista era claramente focado em São Paulo, naquele
momento, a cidade mais rica do país pelo acúmulo na produção e exportação de café.
Contudo, mesmo tendo uma industrialização já iniciada, havia nela poucos centros
culturais, e a divulgação artística era dominada pela imprensa, nos jornais e revistas.
Assim, os modernistas retratavam São Paulo como um lugar “modernizável”.
O contexto também foi marcado pelo êxodo rural e a vinda de imigrantes em busca de
melhores oportunidades.
Principais artistas

Anita Malfatti Tarsila do Amaral Vitor Brecheret Heitor Villa Lobos

Candido Portinari Alfredo Volpi Mario de Andrade Oswald de Andrade


Anita Malfatti

A Estudante Russa, 1915


A Mulher de Cabelos Verdes, 1915 O Homem Amarelo, 1915
Anita Malfatti Anita Malfatti
Anita Malfatti
Óleo sobre tela, c.i.e. Óleo sobre tela, c.i.d.
Óleo sobre tela, c.i.e.
76,00 cm x 61,00 cm 61,00 cm x 51,00 cm
61,00 cm x 51,00 cm Coleção Mário de Andrade do Instituto de Estudos
Coleção de Artes Visuais do Instituto de
Coleção particular Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB/USP)
Estudos Brasileiros - USP (São Paulo)
Vitor Brecheret

Ídolo,1919
Vitor Brecheret
Escultura em bronze com base de granito

Luta de Índios Kalápagos, 1951


Soror Dolorosa, 1920 Vitor Brecheret
Vitor Brecheret Bronze,
Escultura em bronze com base em granito. 85,0 x 185,0 x 31,0 cm
17 x 57 x 40,5 cm
Heitor Villa Lobos

O Trenzinho do Caipira é uma composição de Heitor Villa-Lobos


e parte integrante da peça Bachianas brasileiras nº 2. A obra se
Bachianas Brasileiras n.º 5 caracteriza por imitar o movimento de uma locomotiva com os
Heitor Villa Lobos instrumentos da orquestra.
Mario de Andrade
Ode ao Burguês
Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!


Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos;
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os Printemps com as unhas!

Livro Paulicéia Desvairada


Livro de Poemas de Mário de Andrade
Lançado em 1920.
Semana de arte moderna
Nesse cenário de inquietações e questionamentos se
organiza a Semana da Arte Moderna: movimento artístico,
social e político, que aconteceu nos dias 13, 15 e 17 de
fevereiro de 1922 no centenário da independência no
Theatro Municipal de São Paulo. Este evento que
revolucionou a cultura brasileira foi uma tentativa de jovens
artistas, cansados da arte inspirada nas escolas de belas artes
francesas ao gosto burguês, mostrarem o que estavam
fazendo de novo no país, visto que, essa inovação já
acontecia na Europa. Enfim, inspirados por novas ideias,
pretendiam romper com os velhos padrões estéticos que
vigoraram no século XIX.
Entre vaias e aplausos, vários artistas como Graça Aranha,
Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira,
entre outros, apresentam-se provocando reações de agrado
Cartaz da Semana de Arte Moderna, 1922 e de ódio.
Di Cavalcanti
Repercussão e manifestos
A crítica ao movimento foi severa, as pessoas ficaram desconfortáveis com
tais apresentações e não conseguiram compreender a nova proposta de arte.
Com isso, ficou claro que faltava uma preparação da população para a recepção
de tais modelos artísticos.
O Manifesto Antropófago, brilhantemente desenvolvido por Oswald de
Andrade, clamava aos artistas brasileiros por originalidade e criatividade. Ele
pretendia celebrar o nosso multiculturalismo, a miscigenação.
O desejo era devorar o que vinha de fora, assimilar a cultura alheia. Não
negar a cultura estrangeira, pelo contrário: absorvê-la, degluti-la, processa-la e
mistura-la para dar origem ao que é nosso. Podemos identificar nesse cenário
um movimento centrípeto, de trazer o exterior para dentro de nós.
O Manifesto Antropófago é composto por uma série de orações fortes, que
convidam o leitor a refletir sobre as questões levantadas pelos
modernistas.

“Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.


"Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de


todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz

Manifesto Antropófago
Publicado na revista Antropofagia
Escrito por Oswald de Andrade e ilustrado
por Tarsila do Amaral
Agora é a sua vez:
Os modernistas escreveram alguns manifestos para defender suas
convicções em relação a cultura brasileira. Agora é a vez de vocês, em trios
montem um pequeno texto ou poema em forma de manifesto defendendo a
cultura através da miscigenação brasileira. Lembrem-se é um texto artístico.
Caprichem e ilustrem suas ideias.

A escrita de um manifesto geralmente possui um tom formal de


discurso, carregado por um viés político e ideológico.
Referências:
Oscar Niemeyer: o pai da arquitetura moderna brasileira. Archtrends.2021. Disponível em
https://blog.archtrends.com/obras-oscar-niemeyer/. Acesso em: 08 de setembro de 2023.

Modernismo no Brasil. Português. 2022. Disponível em :https://www.portugues.com.br/literatura/modernismo-


brasileiro.html . Acesso em: 08 de setembro de 2023.

Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade. Cultura Genial. 2022. Disponível em:


https://www.culturagenial.com/manifesto-antropofago-oswald-de-andrade/. Acesso em 08 de setembro de 2023

Semana de arte moderna de 1922: os manifestos modernistas. Prensa. 2021. Disponível em:
https://prensa.li/@vinicius.bocanegra/semana-de-arte-moderna-de-1922-os-manifestos-modernistas/. Acesso em:
08 de setembro de 2023.

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