Ondas Modelo Cognitivo PA Crencas Intervencoes
Ondas Modelo Cognitivo PA Crencas Intervencoes
Ondas Modelo Cognitivo PA Crencas Intervencoes
Modelo Cognitivo
Pensamentos automáticos
Crenças
Distorções Cognitivas
Matrizes TCC
Profa. Cleyciane Faria
E lá vem as ondas...
Primeira onda
Início século XX: sofre a forte influência da Biologia e do
comportamentalismo baseado em princípios clássicos de
aprendizagem.
Procurava-se apenas compreender as relações entre
organismos-ambientes (S-R) fossem esses organismos seres
humanos ou outros animais.
O foco era o entendimento puro das nuances do
comportamento (1ª Onda ou 1ª geração). Havia uma forte
rejeição às questões mentalistas (Watson).
Segunda Onda
Segunda Onda
Após a revolução cognitiva (1960) começa-se a levar em
consideração, com os seres humanos; a maneira como os
mesmos interpretam sua realidade e seu ambiente. Aqui
também entra Skinner e as AEC pois há uma retomada da
subjetividade com o estudo da linguagem e dos
comportamentos encobertos.
Nesse momento se utilizava tanto de técnicas cognitivas e
comportamentais nos tratamentos.
Mas conceitos cognitivos foram sendo trazidos para dentro
das terapias comportamentais.
Nesse momento o foco era o conteúdo dos pensamentos (2ª
Onda ou 2ª Geração). Flexibilixação de modelos
comportamentais e chegam no Brasil no final da década de
1990.
Terceira Onda
A 3ª Onda acrescentou alguns elementos de outras áreas
e agora estão mais preocupados com as funções das
cognições do que somente o conteúdo das mesmas. O
modelo mental nessa fase é: o ser humano interage e
opera no meio e nisso pode funcionar de forma
adaptativa ou de forma disfuncional ou psicopatológica.
Duas das características mais importantes dos métodos
de terceira geração são que eles são mais contextuais e
focados nos princípios e processos direcionados a
pessoas e seus problemas e desejos de felicidade do que
em pacotes de síndromes (HAYES; PISTORELLO, 2015).
Conceito para a Terceira
Onda:
Enraizada em uma abordagem empírica e focada em princípios, a
terceira onda de terapia comportamental e cognitiva é
particularmente sensível ao contexto e às funções dos fenômenos
psicológicos, não somente nas suas formas, e assim tende a
enfatizar estratégias de mudança contextuais e experienciais em
adição às estratégias mais diretas e didáticas. Estes tratamentos
tendem a buscar a construção de repertórios amplos, flexíveis e
efetivos acima de uma abordagem eliminativa de problemas
estreitamente definidos, e a enfatizar a relevância dos problemas
tanto para os clientes como para os clínicos. (Hayes, 2004, p.
658)
Modelo Cognitivo
O modelo cognitivo
Pensamentos Emoções
PENSAMENTOS
REAÇÕES
SITUAÇÃO
Fonte:
https://www.webpsicologos.com/blog
/que-es-modelo-cognitivo-conductual/
Como a TCC trabalha o modelo
cognitivo?
1- Reestruturação Cognitiva
2- Resolução de problemas;
3- Regulação emocional;
4- Controle de ambiente e mudança de
comportamento...
1- Reestruturação Cognitiva:
Começar a investigar pelos pensamentos automáticos (por
serem mais flexíveis que as crenças);
Por meio da reestruturação cognitiva coloca-se em teste e
questiona-se esses pensamentos. Ocorre por meio de
questionamento socrático sobre seus pensamentos.
Depois há a proposta de construir pensamentos alternativos
e buscar novas formas de explicação para os problemas e
questões.
Depois tem-se que colocar em prática. O que pode ser feito
por meio de situações comportamentais (colocar as pessoas
de frente aos medos e assim ajudar a desqualificar seus
pensamentos disfuncionais).
2- Resolução de problemas
Como lidar com isso? Por que é importante?
Busca a descobrir as melhores formas de lidar com os
pensamentos e comportamentos melhorando a
qualidade de vida e ajudando assim na reestruturação
cognitiva;
Pode envolver mudanças de hábitos e assim mesmo
flexibilizar crenças
Exemplo: Não consigo controlar minha ansiedade
3- Regulação emocional
Ajudar o paciente a não temer e entender que ele pode
ter um controle sobre suas emoções e inclusive
sabendo definir suas emoções ou mesmo diminuir ou
suprimir emoções;
Controlar reações fisiológicas;
Relaxamento, respiração, meditação, assistir filmes,
músicas, livros, textos, vídeos.
4- Controle de ambiente e
mudança de comportamento
Planejar junto com os pacientes evitações e fugas que
pudessem contribuir com a manutenção de seus
problemas, saindo dos supostos círculos viciosos.
Ex: Retirar acesso fácil a comida, drogas, jogos,
dinheiro de quem, por exemplo, é compulsivo.
Mas cuidado: não podemos tirar um fóbico social do
convívio social, assim só potencializamos o transtorno.
Pensamentos Automáticos
Características dos
Pensamentos Automáticos (PA)
Ocorrem em forma de palavras ou frases;
Ocorrem em forma de Imagens (Flashs);
Acontecem de forma rápida e muitas vezes não nos
atentamos a eles;
Podem ser funcionais ou disfuncionais;
Pensamentos disfuncionais levam a comportamentos
disfuncionais (fora de contexto, desproporcionais ou
catastróficos) ;
O sujeito pode não conseguir investigar o pensamento,
mas ele percebe seu humor:
Hoje não estou bem, estou com um aperto no peito (triste).
Como surgem os PAs
No evento, na situação;
Nas reflexões sobre situações passadas;
Nas reflexões sobre questões futuras (certos ou incertos);
Em um julgamento do modelo cognitivo de si mesmo ou
de outras pessoas:
Sob um estado de Raiva a pessoa pensa: Isso não pode
acontecer!!!! (PA). Esse pensamento sob estado de raiva
pode gerar outros pensamentos disfuncionais, o que gera
mais raiva, ou tristeza piorando o quadro e criando uma
corrente de pensamentos distorcidos. (Torrente ou
corrente de pensamentos)
Como identificar os
pensamentos Automáticos
Esse tipo de pensamento costuma ser muito breve,
de modo geral as pessoas são mais cientes da emoção
provocada por eles do que o pensamento em si.
Como modificar os
pensamentos automáticos
Sugerir ao paciente para fazer um RPD (Registro de
Pensamento Diário) ou “diário de problemas e
soluções” como tarefa de casa e trazer para as
sessões;
É sempre necessário observar o grau de crença nos
pensamentos automáticos pois os mesmos fornecem
pistas sobre a flexibilidade e resistência das
cognições.
Crenças
Tipos de crenças
Crenças intermediárias ou secundárias
Nível existente entre os pensamentos automáticos e as
crenças centrais. Constituem uma forma de “confirmarem”
ou reduzirem a crença central, consistindo basicamente de
regras e suposições como “eu devo”, “eu tenho que”,
“se...então”.
São regras, padrões, normas, premissas e atitudes que
adotamos e guiam nossa conduta
Crenças centrais
Afirmações ou conteúdos cognitivos rígidos e profundos,
ideias centrais que a pessoa tem de si mesma, dos outros e
do mundo.
Crenças centrais
São fenômenos cognitivos duradouros e se constituem
nos primeiros estágios de desenvolvimento e
determinam o modo como as pessoas se veem, como
percebem a si, os outros e o mundo.
Classificação das crenças:
1. Crenças de desamparo: ser impotente, frágil,
vulnerável, carente e desamparado.
2. Crenças de desamor: ser indesejado, incapaz de ser
amado, rejeitado e sozinho.
3. Crenças de desvalor: ser falho, incapaz, sem valor e
impotente.
O modelo cognitivo e as crenças
Modificando crenças
Estratégias de Coping (enfrentamento): são os
comportamentos que os indivíduos utilizam na
tentativa de lidar com suas crenças.
Testar hipóteses:
O poder do “Será?!?”
“O que de pior pode acontecer?”
Questionamento socrático;
Pensamentos realísticos;
Verificar nível de preparação das situações;
Quebrar ou substituir as regras de se...então.
Modificando Crenças Centrais
Distorções cognitivas
Conceito
São compreendidas como vieses sistemáticos na
forma como as pessoas interpretam suas
experiências” (Knapp, 2004, p.20). Deste modo, o
autor afirma que as distorções cognitivas podem
levar o indivíduo a conclusões equivocadas mesmo
quando sua percepção da situação é acurada.
Finalizando
Referências
Hayes; Pistorello. Terapias comportamentais de terceira
geração: guia para profissionais. Organizado por Paola
Lucena-Santos, José Pinto-Gouveia e Margareth da Silva
Oliveira... [et al.] – Novo Hamburgo: Sinopsys, 2015.
Knapp, P. Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática
Clínica Psiquiátrica. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Wright, J. H. et al. Aprendendo a Terapia Cognitivo-
Comportamental. Porto Alegre: Artmed, 2008.
Imagens retiradas do Google Imagens fazendo busca com as
palavras “Terapia Cognitivo Comportamental,
pensamentos automáticos, crenças, distorções cognitivas”.