Sistema de Sobrealimentação
Sistema de Sobrealimentação
Sistema de Sobrealimentação
A escolha do turbocompressor a montar num motor tem que ser feita não só de acordo com as
características do motor, mas também tendo em vista a utilização pretendida.
garantir uma elevada pressão a baixas rotações que, depois, terá de ser controlada a altas
rotações.
5. A lubrificação
A detonação
No caso dos motores Diesel, a detonação não tem demasiada importância, pois a combustão
A mistura que se inflama espontaneamente origina uma frente de chama com uma
velocidade de cerca de 100 metros por segundo, ou seja, três vezes mais rápida, o avanço
inicial da faísca fica descompensado e o êmbolo recebe a força da explosão ou expansão dos
gases quando ainda não chegou ao seu PMS. Isto produz altíssimos esforços anormais nos
órgãos móveis, rotura das películas de óleo, possibilidade de perfuração da cabeça dos
êmbolos, perda rápida de potência e grandes tensões na câmara de combustão. A detonação
acontece quando a mistura ar/combustível é submetida a pressões e temperaturas muito
O aumento dos esforços mecânicos no motor
O aumento de pressão e temperatura provocado pela maior quantidade de ar admitida no
cilindro pode, de facto, originar problemas de tipo mecânico, pois os apoios (chumaceiras), os
cilindros e êmbolos e o sistema de lubrificação terão de suportar maiores cargas. Os êmbolos
terão de trabalhar sob temperaturas mais elevadas e, portanto, sofrerão maiores dilatações.
Também os apoios irão trabalhar sob maiores pressões. O problema fundamental que isto
representa será o possível rompimento das películas de óleo lubrificante que se formam
entre os veios e os apoios.
A lentidão de resposta do turbocompressor
A velocidade de rotação do turbocompressor depende da quantidade de gases de escape
expelidos pelo motor. Sempre que o motor funcionar em baixa rotação e com carga reduzida, a
turbina rodará, também, com velocidade baixa. Numa situação destas, sempre que o condutor
pretender acelerar a marcha do veículo, a turbina demorará um certo tempo até atingir rotações
elevadas e, consequentemente, aumentar a pressão na admissão. É nestas condições que temos
a lentidão de resposta do turbocompressor.
Para isso contribui a utilização de turbinas com pouca inércia, de dimensão reduzida ou uso de
turbinas de geometria variável.
O aumento de temperatura do ar e do motor
O problema do aumento de temperatura reflecte-se em dois aspectos:
2. Por outro lado, o excessivo calor da mistura, uma vez na câmara de combustão, eleva a
temperatura de funcionamento do motor.
A B
A lubrificação do turbocompressor
O circuito de lubrificação de um motor sobrealimentado alimenta, também,
abundantemente de óleo lubrificante o corpo central do turbocompressor, por forma a
lubrificar os apoios, refrigerar o turbocompressor e arrastar todas as eventuais impurezas
que possam ter sido arrastadas pelo ar e centrifugadas pelo impulsor compressor.
Sobrealimentação seguida de arrefecimento do ar comprimido
Segundo a Lei dos Gases Perfeitos, a quantidade de massa que se consegue colocar num
determinado volume, depende directamente da pressão a que está submetido o gás e
inversamente da sua temperatura.
Podemos então concluir que a densidade do ar aumenta com o aumento da pressão mas, por
outro lado, diminui quando a temperatura se eleva.
Além disto, os motores a gasolina ou de ignição por faísca são bastante sensíveis à
autoinflamação e à detonação e os motores Diesel suportam o aumento da carga térmica
provocada pela admissão de ar muito quente.
• Baixa o nível de emissões de fumos pelo escape, por haver um maior excesso de ar nos
motores Diesel.
• Diminui as perdas mecânicas durante a compressão, uma vez que é mais fácil comprimir ar
mais fresco.
Em conclusão, a sobrealimentação seguida de arrefecimento do ar comprimido permite
fabricar motores mais elásticos, mais potentes, mais económicos, mais silenciosos, mais
fiáveis e menos poluentes.
Desvantagens
• Maior espaço ocupado pela instalação do permutador;
• Entupimento do intercooler.